Tubarão-baleia: diferenças entre revisões

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*''Micristodus punctatus'' {{pequeno|(Gill, 1865)}}<ref name=WORMS>{{Citar web|url=https://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=105847|título=''Rhincodon typus Smith'', 1828|publicado=WORMS - World Register of Marine Species|acessodata=15 de abril de 2022}}</ref>
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*''Rhicodon typus'' {{pequeno|(Smith, 1828)}}<ref name=WORMS />
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*''Rhinodon typicus'' {{pequeno|(Müller & Henle, 1839)}}<ref name="Müller & Henle, 1841" />
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O '''tubarão-baleia''' ([[nome científico]]: ''Rhincodon typus'') é uma espécie de [[tubarão]] [[Animal filtrador|filtrador]] da [[ordem (biologia)|ordem]] dos [[orectolobiformes]] e a maior espécie de peixe existente conhecida. O maior indivíduo confirmado tinha um comprimento de 18,8 metros (61,7 pés).<ref name=":1">{{Citar livro|sobrenome1=McClain|nome1=C. R.|sobrenome2=Balk|nome2=M. A.|sobrenome3=Benfield|nome3=M.C.|sobrenome4=Branch|nome4=T. A.|sobrenome5=Chen|nome5=C.|sobrenome6=Cosgrove|nome6=J.|sobrenome7=Dove|nome7=A. D. M.|sobrenome8=Gaskins|nome8=L. C.|sobrenome9=Helm|nome9=R. R.|sobrenome10=Hochberg|nome10=F. G.|sobrenome11=Lee|nome11=F. B.|sobrenome12=Marshall|nome12=A.|sobrenome13=McMurray|nome13=S. E.|sobrenome14=Schanche|nome14=C.|sobrenome15=Stone|nome15=S. N.|sobrenome16=Thaler|nome16=A. D.|ano=2015|título=Sizing ocean giants: patterns of intraspecific size variation in marine megafauna|jornal=PeerJ|página=3:e715|doi=10.7717/peerj.715}}</ref> O tubarão-baleia detém muitos recordes de tamanho no reino animal, sendo de longe o maior vertebrado não mamífero vivo. É o único membro do [[gênero (biologia)|gênero]] ''Rhincodon'' e o único membro existente da [[família (biologia)|família]] dos rincodontídeos (''Rhincodontidae''), que pertence à subclasse ''[[Elasmobranchii]]'' na [[classe (biologia)|classe]] ''[[Chondrichthyes]]''. Antes de 1984 foi classificado como ''Rhiniodon'' nos rinodontídeos (''Rhinodontidae'').
O '''tubarão-baleia''' (''Rhincodon typus'') é uma espécie de [[tubarão]] que se alimenta por filtração e o único membro existente da família '''''Rhincodontidae''''' e do gênero '''''Rhincodon,''''' que pertence à [[Classe (biologia)|subclasse]] [[Elasmobranchii]]. É o maior [[peixe]] vivo e, de longe, o maior [[Vertebrados|vertebrado]] não mamífero existente. O maior indivíduo registrado tinha um comprimento de 12,65 m e um peso de cerca de 21,5 toneladas.


O tubarão-baleia é encontrado em águas abertas dos oceanos tropicais e raramente é encontrado em águas abaixo de 21°C (70°F).<ref name="iucn status 15 de abril de 2022" /> Estudos analisando as bandas de crescimento vertebral e as taxas de crescimento de tubarões que nadam livremente estimaram a expectativa de vida do tubarão-baleia em 80-130 anos.<ref name=":4">{{citar periódico|último1=Hsu|primeiro1=Hua Hsun|último2=Joung|primeiro2=Shoou Jeng|último3=Hueter|primeiro3=Robert E.|último4=Liu|primeiro4=Kwang Ming|data=2014 |título=Age and growth of the whale shark (Rhincodon typus) in the north-western Pacific|url=http://www.publish.csiro.au/?paper=MF13330|periódico=Marine and Freshwater Research|volume=65|número=12|páginas=1145|doi=10.1071/MF13330 |issn=1323-1650}}</ref><ref name="fishbase">{{citar web|último=Colman|primeiro=J. G.|editor-sobrenome1=Froese|editor-nome1=Ranier|editor-sobrenome2=Pauly|editor-nome2=Daniel |título=''Rhincodon typus'' |url=http://www.fishbase.org/Summary/SpeciesSummary.php?id=2081|acessodata=17 de setembro de 2006 |publicado=FishBase}}</ref><ref name=":5">{{citar periódico|último1=Perry|primeiro1=Cameron T.|último2=Figueiredo |primeiro2=Joana|último3=Vaudo|primeiro3=Jeremy J.|último4=Hancock|primeiro4=James|último5=Rees|primeiro5=Richard |último6=Shivji|primeiro6=Mahmood|data=2018|título=Comparing length-measurement methods and estimating growth parameters of free-swimming whale sharks (Rhincodon typus) near the South Ari Atoll, Maldives |url=http://www.publish.csiro.au/?paper=MF17393|periódico=Marine and Freshwater Research|volume=69|número=10 |páginas=1487|doi=10.1071/MF17393|issn=1323-1650}}</ref> Os tubarões-baleia têm bocas muito grandes e são filtradores, que é um modo de alimentação que ocorre em apenas dois outros tubarões, o [[tubarão-boca-grande]] e o [[tubarão-peregrino]]. Alimentam-se quase exclusivamente de [[plâncton]] e pequenos peixes e não representam uma ameaça para os seres humanos.
O tubarão baleia é encontrado em [[águas abertas]] oceânicas tropicais e raramente é visto em águas cuja temperatura seja inferior a 21 graus Celsius. Estimativas sugerem uma vida útil de cerca de 70 anos, porém a longevidade exata do tubarão baleia é difícil de calcular. O tubarão baleia possui uma boca bastante grande, e se alimenta através de filtração, somente outras duas espécies de tubarões exibem este comportamento: o [[Tubarão-boca-grande|tubarão boca grande]] e o [[Cetorhinus maximus|tubarão elefante]]. Eles se alimentam quase que exclusivamente de [[plâncton]] e geralmente não são uma ameaça para os [[Humano|seres humanos]].


A espécie foi oficialmente descrita em abril de 1828, após um indivíduo de 4,6 m ser capturado em uma praia na [[África do Sul]]. [[Andrew Smith]], um médico militar associado a tropas britânicas estabelecidas na [[Cidade do Cabo]], o descreveu no ano seguinte. O nome "tubarão baleia" refere-se ao tamanho do peixe, sendo quase tão grande quanto algumas espécies de baleias, e também pelo fato de se alimentar através de filtração como as [[baleia]]s da ordem [[Mysticeti]].
A espécie foi distinguida em abril de 1828 após o arpoamento de um espécime de 4,6 metros (15 pés) na [[baía da Mesa]], [[África do Sul]]. [[Andrew Smith]], um médico militar associado às tropas britânicas estacionadas na [[Cidade do Cabo]], descreveu-o no ano seguinte.<ref>{{citar web|último=Martin |primeiro=R. Aidan |título=Rhincodon or Rhiniodon? A Whale Shark by Any Other Name |publicado=ReefQuest Centre for Shark Research |url=http://elasmo-research.org/education/topics/ng_rhincodon_or_rhiniodon.htm}}</ref> O nome "tubarão-baleia" refere-se ao tamanho do peixe, sendo tão grande quanto algumas espécies de baleias,<ref>{{citar periódico|último1=Brunnschweiler |primeiro1=J. M. |último2=Baensch |primeiro2=H. |último3=Pierce |primeiro3=S. J. |último4=Sims |primeiro4=D. W. |data=3 de fevereiro de 2009 |título=Deep-diving behaviour of a whale shark ''Rhincodon typus'' during long-distance movement in the western Indian Ocean |periódico=Journal of Fish Biology |doi=10.1111/j.1095-8649.2008.02155.x |pmid=20735591 |volume=74 |número=3|páginas=706–14 }}</ref> e também por ser um filtrador como os [[misticetos]].


== Descrição ==
== Descrição ==
[[Ficheiro:Rhincodon typus jaws.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|229x229px|mandíbulas de um tubarão baleia]]
[[Ficheiro:Rhincodon typus teeth.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|230x230px|dentes de um tubarão baleia]]
A boca de um tubarão baleia mede aproximadamente cerca 1,5 m de largura, e possui entre 300 a 350 fileiras de dentes minúsculos e 10 almofadas de filtração que eles utilizam para se alimentar. Tubarões baleias têm cinco grandes pares de [[brânquia]]s. A cabeça é larga e plana, com dois olhos pequenos na frente. Eles geralmente são de cor cinza com o ventre branco. Sua pele é marcada com manchas e listras amarelas ou brancas, e cujo padrão é único para cada indivíduo. O tubarão baleia têm 3 protuberâncias proeminentes ao longo da lateral de seus corpos. Sua pele pode ter até 10&nbsp;cm de espessura. A espécie possui um par de barbatanas peitorais e dorsais. As caudas dos animais jovens têm uma barbatana superior maior que a inferior, diferente dos adultos.


As bocas do tubarão-baleia podem conter mais de 300 fileiras de dentes minúsculos e 20 almofadas de filtro que usa para filtrar a alimentação.<ref name="FAO">{{citar web|último=Compagno |primeiro=L. J. V. |título=Species Fact Sheet, ''Rhincodon typus'' |publicado=Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura é uma das agências das Nações Unidas |local=Roma|url=http://www.fao.org/fishery/species/2801/en |acessodata=19 de setembro de 2006}}</ref> Ao contrário de muitos outros tubarões, as bocas dos tubarões-baleia estão localizadas na frente da cabeça e não na parte inferior da cabeça.<ref>{{citar web|url=http://marinebio.org/species.asp?id=47|título=Whale Sharks, Rhincodon typus |website=MarineBio.org|acessodata=17 de maio de 2018}}</ref> Foi relatado que um exemplar de 12,1 metros (39,7 pés) tinha uma boca de 1,55 metros (5,1 pés) de diâmetro.<ref>{{citar periódico|último1=Kaikini |primeiro1=A. S.|último2=Ramamohana Rao|primeiro2=V.|último3=Dhulkhed|primeiro3=M. H.|data=1959 |título=A note on the whale shark Rhincodon typus Smith, stranded off Mangalore|url=https://core.ac.uk/display/33012000 |periódico=Central Marine Fisheries Research Unit, Mangalore.}}</ref> A cabeça é larga e plana com dois pequenos olhos nos cantos frontais. Os espiráculos estão localizados logo atrás dos olhos. Os tubarões-baleia têm cinco grandes pares de guelras. Sua pele é cinza escuro com uma barriga branca marcada com manchas e listras cinza-claras ou brancas que são únicas para cada indivíduo. Sua pele pode ter até 15 centímetros de espessura e é muito dura e áspera ao toque. Tem três cristas proeminentes ao longo de seus lados, que começam acima e atrás da cabeça e terminam no pedúnculo caudal.<ref>{{citar livro|autor=Norman, Brad |título=CITES identification manual|data=2002|publicado=Environment Australia|isbn=0-642-54900-1 |oclc=54364165}}</ref>
O tubarão baleia é o maior animal não [[Cetáceos|cetáceo]] do mundo. O tamanho médio dos animais adultos é estimado em 9,7 m e 9 t de peso. Foram relatados vários espécimes com mais de 18 m de comprimento. O maior indivíduo já registrado foi capturado em 11 de novembro de 1947, perto da ilha de Baba no litoral do [[Paquistão]], e tinha 12,65 m de comprimento, 21,5 toneladas de peso e uma circunferência de 7 m. São conhecidos relatos e histórias de espécimes maiores de 18 m e 45,5 t, mas nenhum registro científico comprovou a sua existência. Em 1868, o cientista [[Irlanda|irlandês]] [[Edward Perceval Wright]] observou um grupo da éspecie perto das [[Seicheles]], mas alegou ter observado animais com comprimento superiores a 21 metros.


Verificou-se que os tubarões-baleia possuem dentículos dérmicos na superfície de seus globos oculares que são estruturados de forma diferente dos dentículos do corpo. Esses dentículos servem para proteger o olho contra danos, juntamente com a capacidade do tubarão-baleia de retrair seu olho profundamente em sua órbita.<ref>{{citar periódico|último1=Tomita|primeiro1=Taketeru|último2=Murakumo|primeiro2=Kiyomi|último3=Komoto|primeiro3=Shinya|último4=Dove |primeiro4=Alistair|último5=Kino|primeiro5=Masakatsu|último6=Miyamoto |primeiro6=Kei|último7=Toda|primeiro7=Minoru|data=2020-06-29|título=Armored eyes of the whale shark|periódico=PLOS ONE|volume=15|número=6|páginas=e0235342 |doi=10.1371/journal.pone.0235342|pmid=32598385|pmc=7323965|bibcode=2020PLoSO..1535342T |issn=1932-6203|doi-access=free}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.smithsonianmag.com/smart-news/whale-sharks-have-tiny-teeth-their-eyeballs-180975240/|título=Whale Sharks Have Tiny Teeth on Their Eyeballs|primeiro=Nora |último=McGreevy|website=Smithsonian Magazine}}</ref> O genoma completo e anotado do tubarão-baleia foi publicado em 2017.<ref>{{citar periódico|último1=Read |primeiro1=Timothy D.|último2=Petit|primeiro2=Robert A.|último3=Joseph|primeiro3=Sandeep J.|último4=Alam|primeiro4=Md. Tauqeer|último5=Weil |primeiro5=M. Ryan|último6=Ahmad|primeiro6=Maida|último7=Bhimani|primeiro7=Ravila|último8=Vuong |primeiro8=Jocelyn S.|último9=Haase|primeiro9=Chad P.|data=dezembro de 2017|título=Draft sequencing and assembly of the genome of the world's largest fish, the whale shark: Rhincodon typus Smith 1828|periódico=BMC Genomics |volume=18|número=1|páginas=532|doi=10.1186/s12864-017-3926-9|issn=1471-2164|pmc=5513125|pmid=28709399}}</ref> Evidências sugerem que os tubarões-baleia podem se recuperar de ferimentos graves e podem regenerar pequenas seções de suas barbatanas.<ref>{{citar periódico|último1=Womersley|primeiro1=Freya|último2=Hancock|primeiro2=James|último3=Perry|primeiro3=Cameron T.|último4=Rowat|primeiro4=David|data=fevereiro de 2021|título=Wound-healing capabilities of whale sharks (Rhincodon typus) and implications for conservation management|periódico=Conservation Physiology|volume=9|número=1|páginas=coaa120|doi=10.1093/conphys/coaa120|pmc=7859907|pmid=33569175}}</ref>
Em 1925 uma publicação feita pelo [[Ictiologia|ictiólogo]] americano [[Hugh M. Smith]] descreveu um enorme animal capturado em uma armadilha para peixe feita de bambu na [[Tailândia]] em 1919. O tubarão era muito pesado para ser trazido a terra, mas Smith estimou que ele tinha um comprimento de pelo menos 17 m e 37 t de peso. Essas medidas mais tarde foram exageradas para 43 t e 17,98 m. Em 1994 um tubarão capturado no sul de [[Taiwan]], supostamente pesava 35,8 toneladas. Houve também relatos de tubarões baleia de até 23 metros e 100 toneladas. Em 1934, um navio chamado Maurguani caçou um tubarão baleia no [[Pacífico Sul]] que tinha supostamente 12,20 m de comprimento e 4,6 m de circunferência. Porém não existem registros confiáveis que provem a existência de tubarões baleia gigantes e por isso essa reivindicações de tamanho são desconsideras pela maioria dos cientistas e biólogos.


=== Tamanho ===
== Distribuição e habitat ==
[[Ficheiro:Rhincodon typus, western Caribbean - NOAA.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|230x230px|um indivíduo no [[Caribe]]]]
O tubarão baleia habita quase todos os mares tropicais e temperados do mundo. O peixe é principalmente [[pelágico]], vivendo em mar aberto, entretanto, não nas profundezas do oceano, embora sejam conhecidos por mergulharem em profundidades de até 1.800 m. As agregações de alimentação sazonal ocorrem em várias regiões costeiras, como partes do sul e leste da [[África do Sul]][[Ilha de Santa Helena]] no [[Oceano Atlântico|Oceano Atlântico sul]]; [[golfo de Tadjoura]] em [[Djibouti]], [[Gladden Spit]] em [[Belize]]; [[Ningaloo Reef]] na [[Austrália Ocidental]]; [[Lakshadweep]], [[golfo de Kutch]] e [[Saurashtra]] litoral de [[Gujarate|Gujarat]] na [[Índia]]; [[Útila]] em [[Honduras]]; [[Leyte do Sul]]; [[Donsol]], [[Pasaco|Pasacao]] e [[Batangas]] nas [[Filipinas]]; [[Ilha das Mulheres]] e [[Isla Holbox]] na [[Península de Iucatã]] e [[Bahía de los Angeles]] na [[Baixa Califórnia]] [[México]]; [[Maamigil]],nas [[Maldivas]]; [[Parque Nacional de Ujung Kulo]]n na [[Indonésia]]; [[Parque Nacional de Cenderawasih Bay]]em [[Nabire]], [[Papua-Nova Guiné]]; em [[Madagascar]], [[Ilha Nosy Be]] em [[Moçambique]];[[Pemba (Tanzânia)|Pemba]], [[Tanzânia]]; [[Golfo de Tadjoura]] no [[Djibuti]], os arquipelágos [[Ad Dimaniyat]] no [[Golfo de Omã]] e [[Al Hallaniyat]] no [[Mar Arábico|mar da Arábia]]; e mais raramente na foz do [[Rio Jordão]] em [[Israel]]. Embora tipicamente visto no exterior, foi encontrado mais perto da terra, chegando a entrar em lagoas e [[atóis de coral]], perto da foz de [[estuário]]s e rios. Seu alcance geralmente é limitado a cerca de 30 graus de latitude. É capaz de mergulhar a profundidades de pelo menos 1.286 m.


O tubarão-baleia é o maior animal não cetáceo do mundo. Evidências sugerem que exibe [[dimorfismo sexual]] em relação ao tamanho, com os machos não crescendo tão grandes quanto as fêmeas. Um estudo analisou o crescimento de espécimes ao longo de 10 anos. Concluiu que os machos atingem em média 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento; embora isso não represente o tamanho máximo possível. O mesmo estudo previu que as fêmeas atingiriam um comprimento de cerca de 14,5 metros (48 pés) em média, com base em dados mais limitados.<ref name=":7">{{citar periódico|último1=Meekan|primeiro1=Mark G.|último2=Taylor|primeiro2=Brett M.|último3=Lester|primeiro3=Emily|último4=Ferreira|primeiro4=Luciana C.|último5=Sequeira|primeiro5=Ana M. M.|último6=Dove|primeiro6=Alistair D. M.|último7=Birt|primeiro7=Matthew J.|último8=Aspinall|primeiro8=Alex|último9=Brooks|primeiro9=Kim|último10=Thums|primeiro10=Michele|data=2020|título=Asymptotic Growth of Whale Sharks Suggests Sex-Specific Life-History Strategies|periódico=Frontiers in Marine Science|língua=en|volume=7|doi=10.3389/fmars.2020.575683|s2cid=221712078|issn=2296-7745|doi-access=free}}</ref> Estudos anteriores estimando o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia produziram estimativas que variam de 14 a 21,9 metros (46 a 72 pés) de comprimento.<ref name=":4" /><ref name=":5" /><ref name=":8" /><ref name="ong" /> Evidências limitadas, principalmente de machos, sugerem que a [[maturidade sexual]] ocorre em torno de 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento, com as fêmeas possivelmente amadurecendo em um tamanho semelhante ou maior.<ref name=":2">{{citar periódico|último=Colman|primeiro=J. G.|data=1997|título=A review of the biology and ecology of the whale shark|periódico=Journal of Fish Biology|língua=en|volume=51|número=6|páginas=1219–1234|doi=10.1111/j.1095-8649.1997.tb01138.x|pmid=29991171|issn=1095-8649}}</ref><ref name=":6">{{citar periódico|último=Stevens|primeiro=J. D.|data=2007-03-01|título=Whale shark (Rhincodon typus) biology and ecology: A review of the primary literature|periódico=Fisheries Research|series=Whale Sharks: Science, Conservation and Management|volume=84|número=1|páginas=4–9|doi=10.1016/j.fishres.2006.11.008|issn=0165-7836}}</ref><ref name=":0">{{citar periódico|último1=Rowat|primeiro1=D.|último2=Brooks|primeiro2=K. S.|data=2012|título=A review of the biology, fisheries and conservation of the whale shark Rhincodon typus|url=https://semanticscholar.org/paper/d129cb7934494308d800d579adfa74f66f2b8c6e|periódico=Journal of Fish Biology|língua=en|volume=80|número=5|páginas=1019–1056|doi=10.1111/j.1095-8649.2012.03252.x|issn=1095-8649|pmid=22497372|s2cid=7243391}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Norman|primeiro1=Bradley M.|último2=Stevens|primeiro2=John D.|data=2007-03-01|título=Size and maturity status of the whale shark (Rhincodon typus) at Ningaloo Reef in Western Australia|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165783606004036|periódico=Fisheries Research|series=Whale Sharks: Science, Conservation and Management|língua=en|volume=84|número=1|páginas=81–86|doi=10.1016/j.fishres.2006.11.015|issn=0165-7836}}</ref> O comprimento máximo da espécie é incerto devido à falta de documentação detalhada dos maiores indivíduos relatados. Vários tubarões-baleia com cerca de 18 metros (59 pés) de comprimento foram relatados.<ref name=":1" /> Os grandes tubarões-baleia são difíceis de medir com precisão, tanto na terra quanto na água. Quando medido em terra, o comprimento total pode ser afetado pela forma como a cauda está posicionada, seja inclinada como seria em vida ou esticada ao máximo possível. Historicamente, técnicas como comparações com objetos de tamanho conhecido e cordas com nós têm sido usadas para medições na água e podem apresentar imprecisões. Em 2011, a fotogrametria a laser foi proposta para melhorar a precisão da medição na água.<ref name=":0" /><ref name=":16">{{citar periódico|último1=Rohner|primeiro1=C. A.|último2=Richardson|primeiro2=A. J.|último3=Marshall |primeiro3=A. D.|último4=Weeks|primeiro4=S. J. |último5=Pierce|primeiro5=S. J.|data=2011|título=How large is the world's largest fish? Measuring whale sharks Rhincodon typus with laser photogrammetry|periódico=Journal of Fish Biology|língua=en|volume=78|número=1|páginas=378–385 |doi=10.1111/j.1095-8649.2010.02861.x|pmid=21235570 |s2cid=6882935|url=https://semanticscholar.org/paper/2bc256020b346d5ce7ee849db63e108252b92a1d}}</ref>
O tubarão baleia é uma espécie [[Migração de animais|migratória]]. Um tubarão-baleia, em 2018, fez a mais longa viagem de migração já registrada viajando mais de 19.000&nbsp;km. através do Oceano Pacífico, ela foi rastreada fazendo a migração do [[Panamá]] para uma área próxima às [[Filipinas]] no Indo-Pacífico.<ref>[https://www.independent.co.uk/news/science/whale-shark-migration-furthest-recorded-tracked-panama-philippines-12000-miles-a8325711.html Whale shark tracked travelling furthest distance ever recorded Anne travelled more than 12,000 miles across the Pacific] por Alina Polianskaya (2018)</ref> Em 7 de fevereiro de 2012, no litoral no [[Paquistão]], um grande tubarão baleia foi encontrado a 150 quilômetros da costa do país. O comprimento do animal em questão era de 11 ou 12 m, com um peso aproximado de 15.000&nbsp;kg. Em 2011, mais de 400 tubarões baleia migraram para a [[Península de Iucatã]] no [[México]]. Foi um dos maiores encontros de tubarões baleia de que se tem registro. Agregações sazonais da espécie nessa área acontece todos os anos, especialmente entre os meses de maio e setembro, e estão entre os melhores lugares do mundo para se avistar tubarões baleia. O [[ecoturismo]] associado a espécie cresceu rapidamente nos últimos anos.


=== Relatos de grandes indivíduos ===
== Reprodução ==
O comportamento reprodutivo dos tubarões baleia não foi observado. A captura de uma fêmea em 1996 que estava gravida de 300 filhotes confirmou que os tubarões baleia são ovovíparos. Os ovos permanecem no corpo da fêmea que dá a luz à filhotes vivos com 40 e 60&nbsp;cm de comprimento. Há evidências que indicam que os filhotes não nascem todos de uma vez, com a fêmea retendo o esperma de um acasalamento e produzindo um fluxo constante de filhotes durante um período prolongado. Eles atingem a maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua vida útil é estimada em pelo menos 70 anos e possivelmente até 100 anos.


[[Imagem:Rhincodon typus, western Caribbean - NOAA.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|280px|Indivíduo no [[Caribe]]]]
Em 7 de março de 2009, [[Biologia marinha|biólogos marinhos]] nas [[Filipinas]] descobriram o que se acredita ser o menor espécime vivo de tubarão baleia registrado. O jovem tubarão, que media apenas 38&nbsp;cm, foi encontrado com a cauda amarrada em uma rede de pesca, e foi libertado e devolvido a natureza. Com base nesta descoberta, alguns cientistas já não acreditam que está área nas Filipinas seja apenas uma área de alimentação mas também uma de reprodução. Tanto indivíduos jovens quanto adultos de tubarão baleia foram vistos no litoral da [[Ilha de Santa Helena]] no [[Oceano Atlântico|Atlântico sul]], onde um grande número de tubarões podem ser vistos durante o verão.
[[Ficheiro:Whale Shark AdF.jpg|miniaturadaimagem|227x227px|tubarão baleia filtrando [[plâncton]] nas [[Maldivas]]. ]]


Em 1868, o cientista natural irlandês [[Edward Perceval Wright]] obteve vários pequenos espécimes de tubarão-baleia nas [[Seicheles]]. Wright foi informado de um tubarão-baleia que foi medido como superior a 45 pés (14 metros) e outros acima de 21 metros (70 pés). O próprio, inclusive, relatou ter observado espécimes acima de 15 metros (50 pés).<ref>{{citar livro|título=Six months at the Seychelles: letter to A. Searle Hart, LL. D., S.F.T.C.D.|autor=Wright, E. Perceval |data=2011|publicado=British Library, Historical Print Editions|isbn=9781241491611|oclc=835888086}}</ref> [[Hugh McCormick Smith]] descreveu um enorme animal capturado em uma armadilha de bambu na [[Tailândia]] em 1919. O tubarão era pesado demais para ser puxado à praia, e nenhuma medida foi feita. Smith aprendeu através de fontes independentes que tinha pelo menos 10 [[wa (unidade)|wa]] (uma unidade tailandesa de comprimento entre os braços estendidos de uma pessoa). Smith observou que um wa poderia ser interpretado como 2 metros (6,6 pés) ou a média aproximada de 1,7 a 1,8 metros (5,6–5,9 pés), e pesava aproximadamente 37 toneladas ({{fmtn|81500}} libras) com base nos pescadores locais.<ref>{{citar periódico|último=Smith|primeiro=H. M.|data=1925-11-13|periódico=Science|volume=62|número=1611|páginas=438 |doi=10.1126/science.62.1611.438|pmid=17732228|issn=0036-8075|título=A Whale Shark (Rhineodon) in the Gulf of Siam|bibcode=1925Sci....62..438S}}</ref> Fontes posteriores afirmaram que este tubarão-baleia tinha aproximadamente 18 metros (59 pés), com um peso de 43 toneladas, mas a precisão da estimativa foi questionada.<ref name=":2" /><ref name=":1" /> Em 1934, um navio chamado ''Maunganui'' encontrou um tubarão-baleia no sul do Oceano Pacífico, abalroou-o e o tubarão ficou preso na proa do navio, supostamente com 15 pés (4,6 metros) de um lado e 40 pés (12,2 metros) do outro, sugerindo um comprimento total de cerca de 55 pés (17 metros).<ref>{{citar periódico|último=Gudger|primeiro=E. W.|data=1938|título=Whale Sharks Rammed by Ocean Vessels: How These Sluggish Leviathans Aid in Their Own Destruction|periódico=New England Naturalist |publicado=Boston Society of Natural History|local=New England Museum of Natural History|volume=1-15 |oclc=1759776}}</ref><ref>{{citar livro|url={{google books |plainurl=y |id=FgFFAAAAYAAJ}}|título=The Jaws of Death: Shark as Predator, Man as Prey|último=Maniguet|primeiro=Xavier|data=1992|publicado=HarperCollins Publishers Limited|isbn=978-0-00-219960-5}}</ref>
== Alimentação ==

[[Ficheiro:Whale shark and remora.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|230x230px|tubarão baleia com uma [[Rêmora|remora]] ]]
Scott A. Eckert e Brent S. Stewart relataram o rastreamento por satélite de tubarões-baleia entre 1994 e 1996. Dos 15 indivíduos rastreados, duas fêmeas foram relatadas medindo 15 metros (49 pés) e 18 metros (59 pés), respectivamente.<ref>{{citar periódico|último1=Eckert|primeiro1=Scott A.|último2=Stewart|primeiro2=Brent S.|s2cid=22173382|data=2001-02-01|título=Telemetry and Satellite Tracking of Whale Sharks, Rhincodon Typus, in the Sea of Cortez, Mexico, and the North Pacific Ocean|periódico=Environmental Biology of Fishes|língua=en|volume=60|número=1|páginas=299–308|doi=10.1023/A:1007674716437|issn=1573-5133}}</ref> Um tubarão-baleia de 20,75 metros (68,1 pés) de comprimento foi relatado como encalhado ao longo da costa de {{ilc|Ratenaguiri||Ratnagiri}} em 1995.<ref>{{citar periódico|último=Katkar |primeiro=B.N.|data=1996|título=Turtles and whale shark landed along ratnagiri coast, maharashtra |url=https://core.ac.uk/reader/33018228|periódico=Marine Fisheries Information Service|volume=141 |páginas=20}}</ref><ref name=":3">{{citar periódico|último1=Venkatesan|primeiro1=V|último2=Ramamurthy|primeiro2=N|último3=Boominathan |primeiro3=N|último4=Gandhi|primeiro4=A|data=2008|título=Stranding of a whale shark, Rhincodon typus (smith) at Pamban, Gulf of Mannar|url=https://core.ac.uk/download/pdf/33014069.pdf|periódico=Marine Fisheries Information Service|volume=198 |páginas=19–22}}</ref> Um indivíduo do sexo feminino com um comprimento padrão de 15 metros (49,2 pés) (e um comprimento total estimado em 18,8 metros (61,7 pés)) foi relatado no [[Mar Arábico]] em 2001.<ref>{{citar periódico|último1=Borrell|primeiro1=Asunción|último2=Aguilar|primeiro2=Alex|último3=Gazo|primeiro3=Manel|último4=Kumarran|primeiro4=R. P. |último5=Cardona|primeiro5=Luis|s2cid=37683420|data=2011|título=Stable isotope profiles in whale shark (Rhincodon typus) suggest segregation and dissimilarities in the diet depending on sex and size|periódico=Environmental Biology of Fishes|volume=92|número=4|páginas=559–567|doi=10.1007/s10641-011-9879-y |issn=0378-1909}}</ref> Em um estudo de 2015 analisando o tamanho da megafauna marinha, McClain e colegas consideraram essa fêmea como a mais confiável e medida com precisão.<ref name=":1" /> Em 7 de fevereiro de 2012, um grande tubarão-baleia foi encontrado flutuando a 150 quilômetros da costa de [[Carachi]], no [[Paquistão]]. O comprimento do espécime foi dito estar entre 11 e 12 metros (36 e 39 pés), com um peso de cerca de 15 mil quilos (33 mil libras).<ref>{{citar web|último=Hasan |primeiro=Saad |título=Experts to cut up 40.1-foot long whale shark today |obra=The Express Tribune |url=http://tribune.com.pk/story/334260/experts-to-cut-up-40-1-foot-long-whale-shark-today/ |data=10 de fevereiro de 2012}}</ref>
O tubarão baleia é um [[Animal filtrador|filtrador]] e uma das três únicas espécies conhecidas de tubarão que exibem este comportamento (juntamente com o [[Cetorhinus maximus|tubarão elefante]] e o [[Tubarão-boca-grande|tubarão boca grande]]). Eles se alimentam de [[plâncton]], incluindo [[copépode]]s, [[krill]], ovos de [[peixe]]s, larvas de [[caranguejo]]s, bem como pequenas [[lula]]s e [[peixe]]s. Também se alimenta de nuvens de ovos durante a desova em massa de peixes e [[Coral|corais]]. As muitas fileiras de dentes não desempenham nenhum papel na alimentação. A alimentação acontece através da filtração, em que o animal abre a boca e nada para frente, empurrando água e comida para a boca, a água então é expulsa da boca através das brânquias retendo o alimento. Em ambos os casos as almofadas filtradoras, que são estruturas semelhantes a grandes peneiras pretas, servem para separar a água da comida. A separação de alimentos feitos pelo tubarão baleia é por filtração de fluxo cruzado, na qual a água viaja quase que paralelamente à superfície da almofada filtradora, não perpendicularmente através dela, antes de passar para o exterior, enquanto, as partículas de alimentos mais densas continuam na parte de trás da garganta. Este é um método de filtração extremamente eficiente que minimiza a incrustação da superfície da almofada filtradora. Os tubarões baleia foram observados "tossindo", presumivelmente para limpar a acumulação de partículas nas almofadas de filtração. Os tubarões baleia migram, tanto para se alimentar quanto para se reproduzir.

<div align="center">
<gallery>
Imagem:Rhincodon typus jaws.jpg|Mandíbula
Imagem:Rhincodon typus teeth.jpg|Dentes
Imagem:Journal.pone.0235342.g001--B-Crop-Extract.jpg|Olho
Imagem:Walhai 3.jpg|Topo da cabeça
</gallery>
</div>

== Distribuição e habitat ==


[[Imagem:Whale Shark AdF.jpg|miniaturadaimagem|280px|Tubarão baleia filtrando [[plâncton]] nas [[Maldivas]]]]
O tubarão baleia é um alimentador ativo, visando concentrações de plâncton ou de ovos de peixes. Alimentando-se por filtração é dito que a espécie pode também engolir em uma posição estacionária. Isso contrasta se o tubarão baleia bombeia água enquanto se alimenta. Em vez disso é provável que o animal nade para forçar a água em suas brânquias.


O tubarão-baleia habita todos os mares tropicais e temperados quentes. É principalmente [[pelágico]] e pode ser encontrado em habitats costeiros e oceânicos vivendo em mar aberto, mas não nas maiores profundidades do oceano, embora se saiba que ocasionalmente mergulha a profundidades de até {{fmtn|1900}} metros ({{Fmtn|6200}} pés).<ref name=IUCN>{{citar periódico|título=Whale Shark |periódico=IUCN Red List of Threatened Species |data=18 de março de 2016 |url=https://www.iucnredlist.org/species/19488/2365291 |publicado=[[IUCN]] |acessodata=28 de novembro de 2020|último1=Pierce |primeiro1=S. J. |último2=Norman |primeiro2=Brad}}</ref><ref>{{citar web|primeiro1=Brian C.|último1=Howard |data=28 de junho de 2016 |título=Whale Sharks Move in Mysterious Ways: Watch Them Online |publicado=National Geographic Society |url=http://news.nationalgeographic.com/2016/06/whale-shark-tracker/ |acessodata=12 de agosto de 2016}}</ref> É migratório<ref name="fishbase"/> e tem duas subpopulações distintas: uma atlântica, do [[Maine]] e dos [[Açores]] ao [[Cabo das Agulhas]], na [[África do Sul]], e uma do [[Oceano Índico|indo-[[Oceano Pacífico|pacífica]] que detém 75% de toda a população de tubarões-baleia. Geralmente vaga entre 30 °N e 35 °S, onde as temperaturas da água são superiores a 21 °C (70 °F), mas foram vistos ao norte como a [[Baía de Fundy]], [[Canadá]], no [[mar de Ocótsqui]], ao norte do [[Japão]], e ao sul de [[Vitória (Austrália)|Vitória]], [[Austrália]].<ref name="iucn status 19 November 2021" />
Acredita-se que um tubarão baleia jovem precisa ingerir em média 21&nbsp;kg de plâncton por dia.


Agregações sazonais de alimentação ocorrem em vários locais costeiros, como o [[Golfo Pérsico]] e [[Golfo de Omã]], [[costa de Ningaloo]] na [[Austrália Ocidental]], [[Ilha Darwin (Galápagos)|ilha Darwin]] nas [[Galápagos]], [[Quintana Roo]] no [[México]], província de [[Inhambane]] em [[Moçambique]], [[Filipinas]], em torno de [[Ilha de Mahé|Mahé]] nas Seicheles, as costas de [[Guzerate]]<ref name=IUCN /> e [[Querala]] da [[Índia]],<ref>{{citar jornal|url=https://www.thehindu.com/todays-paper/tp-national/tp-kerala/campaign-to-conserve-whale-shark-to-be-launched-today/article19584864.ece|título=Drive to conserve whale shark|data=30 de agosto de 2017|via=www.thehindu.com|jornal=The Hindu}}</ref><ref>{{citar jornal|último=Kaushik |primeiro=Himanshu |data=30 de agosto de 2014 |título=Whale sharks found off Gujarat coast no expats, they are Indian |obra=The Times of India |url=http://m.timesofindia.com/Home/Environment/Flora-Fauna/Whale-sharks-found-off-Gujarat-coast-no-expats-they-are-Indian/articleshow/41240407.cms |acessodata=12 de maio de 2016}}</ref> [[Taiuã]], sul da [[China]]<ref name=IUCN /> e Catar.<ref>{{citar jornal|url=https://www.aljazeera.com/blogs/middleeast/2020/07/privilege-swimming-endangered-whale-sharks-qatar-200716072449785.html |título='What a privilege': Swimming with endangered whale sharks in Qatar |último=Dekker |primeiro=Stefanie |obra=Aljazeera |data=17 de julho de 2020 |acessodata=28 de julho de 2020}}</ref> Em 2011, mais de 400 tubarões-baleia se reuniram na costa de [[Iucatã]]. Foi um dos maiores encontros registrados.<ref name="de la Parra et al. 2011">{{citar periódico|último1=de la Parra Venegas |primeiro1=Rafael |último2=Hueter |primeiro2=Robert |último3=Cano |primeiro3=Jaime González |último4=Tyminski |primeiro4=John |último5=Remolina |primeiro5=José Gregorio |último6=Maslanka |primeiro6=Mike |último7=Ormos |primeiro7=Andrea |último8=Weigt |primeiro8=Lee |último9=Carlson |primeiro9=Bruce |último10=Dove |primeiro10=Alistair |data=29 de abril de 2011 |título=An Unprecedented Aggregation of Whale Sharks, ''Rhincodon typus'', in Mexican Coastal Waters of the Caribbean Sea |periódico=PLOS ONE |doi=10.1371/journal.pone.0018994 |volume=6 |número=4 |series=4 |página=e18994|pmid=21559508|pmc=3084747 |bibcode=2011PLoSO...618994D |doi-access=free }}</ref> As agregações nessa área estão entre as reuniões sazonais mais confiáveis ​​conhecidas por tubarões-baleia, com grandes números ocorrendo na maioria dos anos entre maio e setembro. O [[ecoturismo]] associado cresceu rapidamente para níveis insustentáveis.<ref>{{citation |último=Dove |primeiro=Alistair |data=27 de janeiro de 2015 |url=https://www.future500.org/yucatan-whale-sharks-swimming-troubled-waters |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171107015049/https://www.future500.org/yucatan-whale-sharks-swimming-troubled-waters/ |arquivodata=2017-11-07 |título=Yucatan Whale Sharks Swimming in Troubled Waters |urlmorta= sim}}</ref>
== Interação com o ser humano ==
[[Ficheiro:Whale Shark and Freediver.jpg|miniaturadaimagem|240x240px|mergulhador nadando com um tubarão baleia.]]
Apesar de seu tamanho, o tubarão baleia não representa perigo significativo para os seres humanos. Eles são animais dóceis e às vezes permitem que os nadadores os toquem ou que nadem ao seu lado, embora essa pratica seja desencorajada por cientistas de tubarões e conservacionistas, que acreditam que isso estressa o animal. Os tubarões baleia jovens são gentis e podem até mesmo brincar com os mergulhadores.


== Crescimento e reprodução ==
Os tubarões baleia podem ser avistados em muitos lugares, como nas [[ilhas da Baía]], em [[Honduras]], na [[Tailândia]], [[Filipinas]], [[Maldivas]], no [[Mar Vermelho]], [[Austrália Ocidental]], [[Taiwan]], [[Panamá]], [[Belize]], [[Moçambique]], [[África do Sul]], [[Galápagos]], [[México]], [[Seicheles]], [[Índia]], [[Brasil]], [[Malásia]],[[Sri Lanka]] ,[[Omã]], [[Porto Rico]] e em diversos locais espalhados pelo [[Caribe]].


[[Imagem:Whale shark and remora.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|280px|tubarão baleia com uma [[rêmora]]]]
== Conservação ==
[[Imagem:Whale Shark and Freediver.jpg|miniaturadaimagem|280px|esquerda|mergulhador nadando com um tubarão baleia]]
Atualmente não existe uma estimativa populacional mundial de tubarões baleia. A espécie é considerada [[Espécie ameaçada|Em perigo]] pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza|UICN]], devido aos [[Pesca predatória|impactos da pesca]], lesões provocadas por embarcações e capturas em redes pesca, isto somado com a reprodução lenta da espécie devido ao fato de que demoram para amadurecer, torna os tubarões extremamente vulnerável a pressões. Em 1998, as [[Filipinas]] proibiram toda a pesca, venda, importação e exportação de partes de tubarões baleia, seguida pela [[Índia]] em maio de 2001 e posteriormente [[Taiwan]] em maio de 2007.


Crescimento, longevidade e reprodução do tubarão-baleia são pouco compreendidos.<ref name=":5" /><ref name=":6" /><ref name="ong">{{citar periódico|último1=Ong|primeiro1=Joyce J. L.|último2=Meekan|primeiro2=Mark G.|último3=Hsu|primeiro3=Hua Hsun|último4=Fanning|primeiro4=L. Paul|último5=Campana|primeiro5=Steven E.|data=6 de abril de 2020|título=Annual Bands in Vertebrae Validated by Bomb Radiocarbon Assays Provide Estimates of Age and Growth of Whale Sharks|periódico=Frontiers in Marine Science|volume=7|doi=10.3389/fmars.2020.00188|doi-access=free}}</ref> Havia incerteza sobre se as bandas de crescimento das vértebras são formadas anualmente ou semestralmente, o que é importante para determinar a idade, o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia.<ref name=":8">{{citar periódico|último=Wintner|primeiro=Sabine P.|s2cid=20461057|data=2000|título=Preliminary Study of Vertebral Growth Rings in the Whale Shark, Rhincodon typus, from the East Coast of South Africa|periódico=Environmental Biology of Fishes|volume=59|número=4|páginas=441–451|doi=10.1023/A:1026564707027}}</ref><ref name=":4" /><ref name=":5" /> Um estudo de 2020 comparou a proporção de isótopos de [[carbono-14]] encontrados em bandas de crescimento de vértebras de tubarão-baleia com eventos de testes nucleares nas décadas de 1950-60 e descobriu que as bandas de crescimento são estabelecidas anualmente. O estudo encontrou uma idade de 50 anos para uma fêmea de 10 metros (33 pés) e 35 anos para um macho de 9,9 metros.<ref name="ong" /> Vários estudos analisando as bandas de crescimento das vértebras e medindo os tubarões-baleia na natureza estimaram sua expectativa de vida de ~ 80 anos e até ~ 130 anos.<ref name=":4" /><ref name="fishbase" /><ref name=":5" />
Em 2010, o [[Golfo do México|derramamento de óleo no Golfo do México]] resultou em 4.900.000 de barris (780.000 m cúbicos) de petróleo derramados que fluiu para uma área ao sul do Delta do [[Rio Mississippi]], onde um terço de todos os avistamentos de tubarões baleia na parte norte ocorreram em anos recentes. Observações confirmaram que os tubarões não conseguiram evitar as manchas de óleo que estavam situadas na superfície do mar, onde a espécie se alimenta durante várias horas por vez.Felizmente,nenhum tubarão baleia foi encontrado morto na região após o incidente.


Evidências sugerem que os machos crescem mais rápido que as fêmeas nos estágios iniciais da vida, mas acabam atingindo um tamanho máximo menor.<ref name=":7" /> Os tubarões-baleia exibem maturidade sexual tardia.<ref name="ong" /> Um estudo que analisou tubarões-baleia que nadam livremente estimou a idade de maturidade dos machos em aproximadamente 25 anos.<ref name=":5" /> A criação de tubarões-baleia não foi observada, mas o acasalamento foi testemunhado duas vezes em Santa Helena.<ref>{{citar livro|último1=Clingham |primeiro1=Elizabeth |último2=Brown |primeiro2=Judith |último3=Henry |primeiro3=Leeann |último4=Beard |primeiro4=Annalea |último5=Dove |primeiro5=Alistair D |título=Evidence that St. Helena island is an important multi-use habitat for whale sharks, Rhincodon typus, with the first description of putative mating in this species |data=2016 |url=https://peerj.com/preprints/1885|oclc=8162956757|doi=10.7287/peerj.preprints.1885v1}}</ref> O acasalamento nesta espécie foi filmado pela primeira vez em tubarões-baleia na costa de Ningaloo via avião na Austrália em 2019, quando um macho maior tentou sem sucesso acasalar com uma fêmea menor e imatura.<ref>{{citar web|url=https://www.livescience.com/65781-attempted-whale-shark-mating-world-first.html |título=Attempted Whale Shark Mating Caught on Camera for the First Time in History|website=livescience.com|data=24 de junho de 2019}}</ref> A captura de uma fêmea de ~10,6 metros (35 pés) em julho de 1996 que estava grávida de ~300 filhotes indicou que os tubarões-baleia são ovovivíparos.<ref name="fishbase" /><ref>{{citar periódico|último1=Joung |primeiro1=Shoou-Jeng |s2cid=22250254 |display-authors=etal |data=julho de 1996 |título=The whale shark, ''Rhincodon typus'', is a livebearer: 300 embryos found in one 'megamamma' supreme |periódico=Environ. Biol. Fish. |doi=10.1007/BF00004997 |volume=46 |número=3 |páginas=219–223 }}</ref><ref name="sharklady">{{citar web|último1=Clark |primeiro1=Eugenie |autorlink=Eugenie Clark |título=Frequently Asked Questions |url=http://www.sharklady.com/faq.html#A12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20010305073855/http://www.sharklady.com/faq.html#A12 |urlmorta= sim|arquivodata=5 de março de 2001 |acessodata=26 de setembro de 2006 |publicado=Sharklady }}</ref> Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão à luz filhotes vivos com 40 a 60 centímetros de comprimento. Evidências indicam que os filhotes não nascem todos de uma vez, mas a fêmea retém o esperma de um acasalamento e produz um fluxo constante de filhotes por um período prolongado.<ref>{{citar periódico|último1=Schmidt |primeiro1=Jennifer V. |último2=Chen |primeiro2=Chien-Chi |último3=Sheikh |primeiro3=Saad I. |último4=Meekan |primeiro4=Mark G. |último5=Norman |primeiro5=Bradley M. |último6=Joung |primeiro6=Shoou-Jeng |data=4 de agosto de 2010 |título=Paternity analysis in a litter of whale shark embryos |periódico=Endangered Species Research |doi=10.3354/esr00300 |volume=12 |número=2 |páginas=117–124|doi-access=free }}</ref>
A espécie também foi adicionada ao apêndice dois da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção|CITES]] em 2003,a função dessa convenção é regulamentar o comércio internacional de animais vivos .


Em 7 de março de 2009, cientistas marinhos nas Filipinas descobriram o que se acredita ser o menor espécime vivo do tubarão-baleia. O jovem tubarão, medindo apenas 38 centímetros (15 polegadas), foi encontrado com a cauda amarrada a uma estaca em uma praia em [[Pilar (Sorsogon)|Pilar, Sorsogon]], Filipinas, e foi solto na natureza. Com base nessa descoberta, alguns cientistas não acreditam mais que essa área seja apenas um campo de alimentação; este site pode ser um local de nascimento, também. Tanto tubarões-baleia jovens quanto fêmeas grávidas foram vistos nas águas de Santa Helena, no Oceano Atlântico Sul, onde numerosos tubarões-baleia podem ser vistos durante o verão.<ref name="Shark pup">{{citar web|título=Tiny whale shark rescued – World news – World environment |obra=Associated Press via NBC News|url=http://www.nbcnews.com/id/29615174/ns/world_news-world_environment/t/rescued-baby-whale-shark-may-help-species/#.W3ocmLh9iUk |data=2009}}</ref><ref>{{citar web|data=14 de novembro de 2013 |título=St Helena whale sharks cause stir in Atlanta |publicado=South Atlantic Media Services |url=http://www.sams.sh/L3_news_131114_sthelena-whale-sharks-cause-stir-in-Atlanta-Georgia-USA-Elizabeth-clingham.html |acessodata=12 de maio de 2016|datali=novembro de 2018}}</ref> Em um relatório do Rappler em agosto de 2019, tubarões-baleia foram avistados durante as atividades de identificação por foto do [[World Wide Fund for Nature|WWF]] [[Filipinas]] no primeiro semestre do ano. Houve um total de 168 avistamentos – 64 deles “reaparições” ou reaparecimentos de tubarões-baleia registrados anteriormente. O WWF observou que "juvenis de tubarões-baleia muito jovens" foram identificados entre os 168 indivíduos vistos no primeiro semestre de 2019. Sua presença sugere que o [[passo de Ticao]] pode ser um terreno de filhotes para tubarões-baleia, aumentando ainda mais a importância ecológica da área.<ref>{{citar jornal|título='Largest number in years': Over 100 new whale sharks spotted in Donsol |url=https://www.rappler.com/science-nature/environment/238898-increase-sighting-whale-sharks-donsol-sorsogon |acessodata=4 de março de 2020 |publicado=Rappler.com |data=30 de agosto de 2019}}</ref>
== Ver também ==
* [[Lista dos maiores animais vertebrados do Mundo]]


{{Referências}}
{{Referências}}


{{Tubarões}}
{{Tubarões}}
{{Controle de autoridade}}
{{Bases de dados taxonômicos}}
{{Portal3|Peixe}}
{{Portal3|Peixe}}


[[Categoria:Rhincodontidae]]
[[Categoria:Orectolobiformes]]
[[Categoria:Peixes do Brasil]]
[[Categoria:Peixes do Brasil]]
[[Categoria:Peixes da América do Norte]]
[[Categoria:Peixes da América do Norte]]

Revisão das 01h31min de 16 de abril de 2022

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTubarão-baleia
Tubarão-baleia macho, no Georgia Aquarium
Tubarão-baleia macho, no Georgia Aquarium
Comparação entre tubarão-baleia e um mergulhador
Comparação entre tubarão-baleia e um mergulhador
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Ordem: Orectolobiformes
Família: Rhincodontidae
Género: Rhincodon
Espécie: R. typus
Nome binomial
Rhincodon typus
(Smith, 1828)[2][3][4]
Distribuição geográfica
Distribuição do tubarão-baleia
Distribuição do tubarão-baleia
Sinónimos
  • Micristodus punctatus (Gill, 1865)[5]
  • Rhineodon typus (Smith, 1828)[5]
  • Rhicodon typus (Smith, 1828)[5]
  • Rhiniodon typus (A. Smith, 1828)[2]
  • Rhinodon pentalineatus (Kishinouye, 1901)[5]
  • Rhinodon typicus (Müller & Henle, 1839)[6]

O tubarão-baleia (nome científico: Rhincodon typus) é uma espécie de tubarão filtrador da ordem dos orectolobiformes e a maior espécie de peixe existente conhecida. O maior indivíduo confirmado tinha um comprimento de 18,8 metros (61,7 pés).[7] O tubarão-baleia detém muitos recordes de tamanho no reino animal, sendo de longe o maior vertebrado não mamífero vivo. É o único membro do gênero Rhincodon e o único membro existente da família dos rincodontídeos (Rhincodontidae), que pertence à subclasse Elasmobranchii na classe Chondrichthyes. Antes de 1984 foi classificado como Rhiniodon nos rinodontídeos (Rhinodontidae).

O tubarão-baleia é encontrado em águas abertas dos oceanos tropicais e raramente é encontrado em águas abaixo de 21°C (70°F).[1] Estudos analisando as bandas de crescimento vertebral e as taxas de crescimento de tubarões que nadam livremente estimaram a expectativa de vida do tubarão-baleia em 80-130 anos.[8][9][10] Os tubarões-baleia têm bocas muito grandes e são filtradores, que é um modo de alimentação que ocorre em apenas dois outros tubarões, o tubarão-boca-grande e o tubarão-peregrino. Alimentam-se quase exclusivamente de plâncton e pequenos peixes e não representam uma ameaça para os seres humanos.

A espécie foi distinguida em abril de 1828 após o arpoamento de um espécime de 4,6 metros (15 pés) na baía da Mesa, África do Sul. Andrew Smith, um médico militar associado às tropas britânicas estacionadas na Cidade do Cabo, descreveu-o no ano seguinte.[11] O nome "tubarão-baleia" refere-se ao tamanho do peixe, sendo tão grande quanto algumas espécies de baleias,[12] e também por ser um filtrador como os misticetos.

Descrição

As bocas do tubarão-baleia podem conter mais de 300 fileiras de dentes minúsculos e 20 almofadas de filtro que usa para filtrar a alimentação.[13] Ao contrário de muitos outros tubarões, as bocas dos tubarões-baleia estão localizadas na frente da cabeça e não na parte inferior da cabeça.[14] Foi relatado que um exemplar de 12,1 metros (39,7 pés) tinha uma boca de 1,55 metros (5,1 pés) de diâmetro.[15] A cabeça é larga e plana com dois pequenos olhos nos cantos frontais. Os espiráculos estão localizados logo atrás dos olhos. Os tubarões-baleia têm cinco grandes pares de guelras. Sua pele é cinza escuro com uma barriga branca marcada com manchas e listras cinza-claras ou brancas que são únicas para cada indivíduo. Sua pele pode ter até 15 centímetros de espessura e é muito dura e áspera ao toque. Tem três cristas proeminentes ao longo de seus lados, que começam acima e atrás da cabeça e terminam no pedúnculo caudal.[16]

Verificou-se que os tubarões-baleia possuem dentículos dérmicos na superfície de seus globos oculares que são estruturados de forma diferente dos dentículos do corpo. Esses dentículos servem para proteger o olho contra danos, juntamente com a capacidade do tubarão-baleia de retrair seu olho profundamente em sua órbita.[17][18] O genoma completo e anotado do tubarão-baleia foi publicado em 2017.[19] Evidências sugerem que os tubarões-baleia podem se recuperar de ferimentos graves e podem regenerar pequenas seções de suas barbatanas.[20]

Tamanho

O tubarão-baleia é o maior animal não cetáceo do mundo. Evidências sugerem que exibe dimorfismo sexual em relação ao tamanho, com os machos não crescendo tão grandes quanto as fêmeas. Um estudo analisou o crescimento de espécimes ao longo de 10 anos. Concluiu que os machos atingem em média 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento; embora isso não represente o tamanho máximo possível. O mesmo estudo previu que as fêmeas atingiriam um comprimento de cerca de 14,5 metros (48 pés) em média, com base em dados mais limitados.[21] Estudos anteriores estimando o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia produziram estimativas que variam de 14 a 21,9 metros (46 a 72 pés) de comprimento.[8][10][22][23] Evidências limitadas, principalmente de machos, sugerem que a maturidade sexual ocorre em torno de 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento, com as fêmeas possivelmente amadurecendo em um tamanho semelhante ou maior.[24][25][26][27] O comprimento máximo da espécie é incerto devido à falta de documentação detalhada dos maiores indivíduos relatados. Vários tubarões-baleia com cerca de 18 metros (59 pés) de comprimento foram relatados.[7] Os grandes tubarões-baleia são difíceis de medir com precisão, tanto na terra quanto na água. Quando medido em terra, o comprimento total pode ser afetado pela forma como a cauda está posicionada, seja inclinada como seria em vida ou esticada ao máximo possível. Historicamente, técnicas como comparações com objetos de tamanho conhecido e cordas com nós têm sido usadas para medições na água e podem apresentar imprecisões. Em 2011, a fotogrametria a laser foi proposta para melhorar a precisão da medição na água.[26][28]

Relatos de grandes indivíduos

Indivíduo no Caribe

Em 1868, o cientista natural irlandês Edward Perceval Wright obteve vários pequenos espécimes de tubarão-baleia nas Seicheles. Wright foi informado de um tubarão-baleia que foi medido como superior a 45 pés (14 metros) e outros acima de 21 metros (70 pés). O próprio, inclusive, relatou ter observado espécimes acima de 15 metros (50 pés).[29] Hugh McCormick Smith descreveu um enorme animal capturado em uma armadilha de bambu na Tailândia em 1919. O tubarão era pesado demais para ser puxado à praia, e nenhuma medida foi feita. Smith aprendeu através de fontes independentes que tinha pelo menos 10 wa (uma unidade tailandesa de comprimento entre os braços estendidos de uma pessoa). Smith observou que um wa poderia ser interpretado como 2 metros (6,6 pés) ou a média aproximada de 1,7 a 1,8 metros (5,6–5,9 pés), e pesava aproximadamente 37 toneladas (81 500 libras) com base nos pescadores locais.[30] Fontes posteriores afirmaram que este tubarão-baleia tinha aproximadamente 18 metros (59 pés), com um peso de 43 toneladas, mas a precisão da estimativa foi questionada.[24][7] Em 1934, um navio chamado Maunganui encontrou um tubarão-baleia no sul do Oceano Pacífico, abalroou-o e o tubarão ficou preso na proa do navio, supostamente com 15 pés (4,6 metros) de um lado e 40 pés (12,2 metros) do outro, sugerindo um comprimento total de cerca de 55 pés (17 metros).[31][32]

Scott A. Eckert e Brent S. Stewart relataram o rastreamento por satélite de tubarões-baleia entre 1994 e 1996. Dos 15 indivíduos rastreados, duas fêmeas foram relatadas medindo 15 metros (49 pés) e 18 metros (59 pés), respectivamente.[33] Um tubarão-baleia de 20,75 metros (68,1 pés) de comprimento foi relatado como encalhado ao longo da costa de Ratenaguiri em 1995.[34][35] Um indivíduo do sexo feminino com um comprimento padrão de 15 metros (49,2 pés) (e um comprimento total estimado em 18,8 metros (61,7 pés)) foi relatado no Mar Arábico em 2001.[36] Em um estudo de 2015 analisando o tamanho da megafauna marinha, McClain e colegas consideraram essa fêmea como a mais confiável e medida com precisão.[7] Em 7 de fevereiro de 2012, um grande tubarão-baleia foi encontrado flutuando a 150 quilômetros da costa de Carachi, no Paquistão. O comprimento do espécime foi dito estar entre 11 e 12 metros (36 e 39 pés), com um peso de cerca de 15 mil quilos (33 mil libras).[37]

Distribuição e habitat

Tubarão baleia filtrando plâncton nas Maldivas

O tubarão-baleia habita todos os mares tropicais e temperados quentes. É principalmente pelágico e pode ser encontrado em habitats costeiros e oceânicos vivendo em mar aberto, mas não nas maiores profundidades do oceano, embora se saiba que ocasionalmente mergulha a profundidades de até 1 900 metros (6 200 pés).[38][39] É migratório[9] e tem duas subpopulações distintas: uma atlântica, do Maine e dos Açores ao Cabo das Agulhas, na África do Sul, e uma do [[Oceano Índico|indo-pacífica que detém 75% de toda a população de tubarões-baleia. Geralmente vaga entre 30 °N e 35 °S, onde as temperaturas da água são superiores a 21 °C (70 °F), mas foram vistos ao norte como a Baía de Fundy, Canadá, no mar de Ocótsqui, ao norte do Japão, e ao sul de Vitória, Austrália.[40]

Agregações sazonais de alimentação ocorrem em vários locais costeiros, como o Golfo Pérsico e Golfo de Omã, costa de Ningaloo na Austrália Ocidental, ilha Darwin nas Galápagos, Quintana Roo no México, província de Inhambane em Moçambique, Filipinas, em torno de Mahé nas Seicheles, as costas de Guzerate[38] e Querala da Índia,[41][42] Taiuã, sul da China[38] e Catar.[43] Em 2011, mais de 400 tubarões-baleia se reuniram na costa de Iucatã. Foi um dos maiores encontros registrados.[44] As agregações nessa área estão entre as reuniões sazonais mais confiáveis ​​conhecidas por tubarões-baleia, com grandes números ocorrendo na maioria dos anos entre maio e setembro. O ecoturismo associado cresceu rapidamente para níveis insustentáveis.[45]

Crescimento e reprodução

tubarão baleia com uma rêmora
mergulhador nadando com um tubarão baleia

Crescimento, longevidade e reprodução do tubarão-baleia são pouco compreendidos.[10][25][23] Havia incerteza sobre se as bandas de crescimento das vértebras são formadas anualmente ou semestralmente, o que é importante para determinar a idade, o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia.[22][8][10] Um estudo de 2020 comparou a proporção de isótopos de carbono-14 encontrados em bandas de crescimento de vértebras de tubarão-baleia com eventos de testes nucleares nas décadas de 1950-60 e descobriu que as bandas de crescimento são estabelecidas anualmente. O estudo encontrou uma idade de 50 anos para uma fêmea de 10 metros (33 pés) e 35 anos para um macho de 9,9 metros.[23] Vários estudos analisando as bandas de crescimento das vértebras e medindo os tubarões-baleia na natureza estimaram sua expectativa de vida de ~ 80 anos e até ~ 130 anos.[8][9][10]

Evidências sugerem que os machos crescem mais rápido que as fêmeas nos estágios iniciais da vida, mas acabam atingindo um tamanho máximo menor.[21] Os tubarões-baleia exibem maturidade sexual tardia.[23] Um estudo que analisou tubarões-baleia que nadam livremente estimou a idade de maturidade dos machos em aproximadamente 25 anos.[10] A criação de tubarões-baleia não foi observada, mas o acasalamento foi testemunhado duas vezes em Santa Helena.[46] O acasalamento nesta espécie foi filmado pela primeira vez em tubarões-baleia na costa de Ningaloo via avião na Austrália em 2019, quando um macho maior tentou sem sucesso acasalar com uma fêmea menor e imatura.[47] A captura de uma fêmea de ~10,6 metros (35 pés) em julho de 1996 que estava grávida de ~300 filhotes indicou que os tubarões-baleia são ovovivíparos.[9][48][49] Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão à luz filhotes vivos com 40 a 60 centímetros de comprimento. Evidências indicam que os filhotes não nascem todos de uma vez, mas a fêmea retém o esperma de um acasalamento e produz um fluxo constante de filhotes por um período prolongado.[50]

Em 7 de março de 2009, cientistas marinhos nas Filipinas descobriram o que se acredita ser o menor espécime vivo do tubarão-baleia. O jovem tubarão, medindo apenas 38 centímetros (15 polegadas), foi encontrado com a cauda amarrada a uma estaca em uma praia em Pilar, Sorsogon, Filipinas, e foi solto na natureza. Com base nessa descoberta, alguns cientistas não acreditam mais que essa área seja apenas um campo de alimentação; este site pode ser um local de nascimento, também. Tanto tubarões-baleia jovens quanto fêmeas grávidas foram vistos nas águas de Santa Helena, no Oceano Atlântico Sul, onde numerosos tubarões-baleia podem ser vistos durante o verão.[51][52] Em um relatório do Rappler em agosto de 2019, tubarões-baleia foram avistados durante as atividades de identificação por foto do WWF Filipinas no primeiro semestre do ano. Houve um total de 168 avistamentos – 64 deles “reaparições” ou reaparecimentos de tubarões-baleia registrados anteriormente. O WWF observou que "juvenis de tubarões-baleia muito jovens" foram identificados entre os 168 indivíduos vistos no primeiro semestre de 2019. Sua presença sugere que o passo de Ticao pode ser um terreno de filhotes para tubarões-baleia, aumentando ainda mais a importância ecológica da área.[53]

Referências

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