Ilhas Baleares
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Comunidade autónoma | ||||
Símbolos | ||||
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Hino | La Balanguera | |||
Gentílico | balear ou baleárico, -a | |||
Localização | ||||
Administração | ||||
Capital | Palma de Mallorca | |||
Presidente | José Ramón Bauzà Díaz (PP) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 4,992 § km² | |||
População total (2013) | 1,305,596 ¶ hab. | |||
Densidade | 595,55 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Províncias | As Baleares não estão divididas em províncias. | |||
Idioma oficial | Catalão e castelhano | |||
Estatuto de autonomia | 1 de março de 1983 | |||
ISO 3166-2 | ES-IB | |||
Congresso Senado |
7 assentos 4 assentos | |||
Sítio | Governo das Ilhas Baleares | |||
§ 1,0% da área total de Espanha ¶ 2,2% da população total de Espanha |
As Ilhas Baleares (em catalão e oficialmente Illes Balears) são um arquipélago, uma província e uma comunidade autônoma pertencente à Espanha, localizando-se no Mar Mediterrâneo.
As línguas oficiais são o castelhano e catalão, mas só é considerado catalão língua nativa.
As principais ilhas são cinco, divididas em dois grupos: as ilhas Gimnésias e as ilhas Pitiusas. As ilhas Gimnésias são Maiorca, Minorca, Cabrera e algumas ilhotas vizinhas (como Dragonera, Ilha do Ar -Illa de l'Aire- e outras). As ilhas Pitiusas são Ibiza (Eivissa em catalão), Formentera e as distintas ilhotas que as rodeiam (como Conejera, oficialmente Conillera em Catalão).
História
As ilhas têm estado povoadas desde tempos remotos. As primeiras aparições de pessoas remontam ao século V. As colonizações (gregas, fenícias, cartagineses, romanas) foram tardias e débeis.
De acordo com Diodoro Sículo, possivelmente citando Timeu, Maiorca era a oitava ilha em tamanho do Mediterrâneo, após Sicília, Sardenha, Chipre, Creta, Eubeia, Cyrnus (Córsega) e Lesbos;[1] Pelas medições modernas, Maiorca é maior do que Lesbos.
Os gregos chamavam às Ilhas Baleares Gymnesiae, porque os seus habitantes andavam nus no Verão.[1] O nome Baleares vem do latim Baliarides, porque os seus habitantes eram hábeis em atirar pedras com fundas.[1] Na época de Diodoro Sículo, as ilhas tinham mais de 30.000 habitantes.[2]
Os baleares valorizaram muito as suas mulheres e, quando elas eram raptadas por piratas, o preço do resgate era equivalente ao de três ou quatro homens.[3] Eles não usavam ouro nem prata, alegando como motivo a expedição que Héracles tinha feito contra Gerião, filho de Crisaor, que tinha muito ouro e prata; por isso não queriam ter nada que outros cobiçassem: quando eles serviram aos cartagineses, gastaram todo o ouro e a prata em mulheres e vinho.[4]
Os seus costumes de casamento surpreenderam Diodoro Sículo: a noiva, durante a festa do casamento, deitava-se com os parentes e amigos, começando pelo mais velho, e indo em ordem, sendo o último a deitar-se com ela o noivo.[5] Os seus usos funerários também era estranho, pois eles desmembravam o morto e colocavam-no num vaso, enterrando sobre pedras.[6] O seu equipamento militar consistia de três fundas,[7] sendo muito hábeis, nunca errando o alvo.[8] Eles treinavam com a funda desde pequenos: prendiam um pão a uma estaca e só deixavam cada menino comê-lo depois de lhe ter acertado com uma pedra.[8]
A primeira civilização que criou uma verdadeira sociedade nestas ilhas foi a muçulmana, que a habitou durante séculos.
As Baleares são atualmente bilingues em catalão (já que foram repovoadas maioritariamente por pessoas de Rosellón, Gerona e Barcelona durante a Reconquista) e castelhano (falado em todo o território nacional). Nas zonas turísticas, fala-se inglês e alemão.
Demografia
População por ilhas (2005):
População por cidades (2005):
- Palma de Maiorca - 375 773
- Ibiza - 42 797
- Mahón - 27 669
- Cidadela - 26 972
- Formentera - 7506
A população total das ilhas é de 983.131 pessoas em 2005, das quais um 15,75% é de nacionalidade estrangeira, sendo a primeira Comunidade Autônoma e a segunda província (depois de Alicante, na Comunidade Valenciana) de Espanha com maior número de residentes forasteiros.
Fonte:INE Instituto Nacional de Estatística da Espanha (01-01-2005)
Política e administração
As Ilhas Baleares são uma comunidade autônoma de Espanha, regidas pelo Estatuto de Autonomia das Ilhas Baleares. Há três Conselhos Insulares: em Maiorca, Minorca e no arquipélago das Pitiusas. Maiorca tem também comarcas que, ainda que não têm reconhecimento oficial, sim estão conceituadas pelos geógrafos.
A capital das Ilhas Baleares e da ilha de Maiorca é a cidade de Palma de Maiorca, também chamada Ciutat em Maiorca, ou simplesmente Palma no resto de Espanha. Aí está a sede do Governo Balear e do Conselho Insular de Maiorca.
Economia
O fenômeno do turismo modificou o tipo de economia das ilhas. Mais de um 70% da população (2001) dedica-se ao setor de serviços. A indústria da zona é basicamente a do têxtil, o couro e o calçado.
Arte
As ilhas conservam alguns monumentos do Megalítico entre os que destacam os talayots, as navetes e as taules, todos eles do período compreendido entre 1800 e 1500 a. C. Ficaram poucos restos da época muçulmana. A Catedral de Palma, a Lota e o Castelo de Bellver são claras mostras da arte gótica. Em Cidadela e Palma existem alguns exemplos da arquitetura do século XVIII, período no que destacou como pintor P. Calvo.
Ver também
Ligações externas
- Governo das Ilhas Baleares
- Guia de Turismo das Baleares em português
- Infraestrutura de Dados Espaciais das Ilhas Baleares (IDEIB). Cartografia e informação geográfica
Referências
- ↑ a b c <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[2498,2516,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[2518,2542,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 17.1
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[3013,3031,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[3033,3057,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 17.2
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[3266,3284,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[3286,3310,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 17.3
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[3674,3692,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[3694,3718,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 17.4
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[3999,4017,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[4019,4043,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 18.1
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[4224,4242,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[4244,4268,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 18.2
- ↑ <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[4375,4393,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[4395,4419,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 18.3
- ↑ a b <a rel="mw:WikiLink" href="./Diodoro_Sículo" data-parsoid='{"stx":"simple","a":{"href":"./Diodoro_Sículo"},"sa":{"href":"Diodoro Sículo"},"dsr":[4516,4534,2,2]}'>Diodoro Sículo</a>, <i data-parsoid='{"dsr":[4536,4560,2,2]}'>Biblioteca Histórica</i>, Livro V, 18.4