Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948

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Sul-Americano de Campeões
Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões

Poster de anúncio da competição
Dados
Participantes 7 Equipes
Organização Colo-Colo e presidente da CONMEBOL Luis Valenzuela
Anfitrião Chile Santiago, Chile
Período 11 de Fevereiro
17 de Março de 1948
Gol(o)s 75
Partidas 21
Média 3,57 gol(o)s por partida
Campeão Brasil Vasco da Gama
Vice-campeão Argentina River Plate
3.º colocado Uruguai Nacional
Melhor marcador Bolívia Roberto Caparelli (Litoral) – 7 gols
Público 830 539
Média 39 549,5 pessoas por partida

O Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões foi uma competição internacional de futebol realizada em Santiago, no Chile, em 1948. Promovida pelo então campeão chileno Colo-Colo,[1][2][3] que havia acabado de tornar-se recordista de títulos do Campeonato Chileno, e com apoio de facto da CONMEBOL, na pessoa de seu presidente Luis Valenzuela,[4][5][6] a competição foi vencida pelo Club de Regatas Vasco da Gama (a primeira conquista oficial obtida por um time de futebol brasileiro, clube ou seleção, em território estrangeiro).[7][8] Também foi a primeira vez que algum time do futebol mundial sagrou-se campeão continental.

Os jornais da época atestam que a competição foi disputada com o objetivo de indicar o campeão sul-americano de clubes, e que foi valorizada à sua época como o legítimo título de campeão sul-americano de clubes, não só no Chile, mas também em outros países sul-americanos como Brasil,[9][10][11] [12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22] Argentina,[23][24][25] Uruguai (o Globo Sportivo de 26/03/1948 destaca a popularidade do Vasco em Buenos Aires e Montevidéu em função do título)[26] e Colômbia,[27] importância que seria ocupada pela Copa Libertadores da América a partir de 1960. Na Espanha, o título vascaíno na competição foi visto como prenúncio da força da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.[28] O Jornal dos Sports de 17/03/1948 qualificou como "apoteótico" o retorno da delegação vascaína ao Brasil, que, ao desembarcar, foi acompanhada por "incalculável multidão" ao longo de todo o seu percurso.[29]

O torneio deu início ao modelo "torneio de campeões", e seu modelo e impacto (indicar o campeão do continente) contribuíram à criação da Liga dos Campeões da UEFA em 1955 e por conseguinte da Copa Libertadores da América em 1960 (esta, criada como versão sul-americana da Liga dos Campeões da UEFA). As referidas competições continentais foram criadas com o objetivo de indicar o campeão do seu continente, e foram originalmente criadas seguindo o modelo do torneio de 1948, ou seja, contando com o clube campeão (1 clube por país) da liga mais importante de cada país. Por exemplo, o nome original da Copa Libertadores da América de 1960-1965 (Copa dos Campeões da América) é bastante semelhante ao nome do torneio de 1948, Campeonato Sul-Americano de Campeões.

Os troféus do Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948 foram entregues à delegação vascaína pelos Presidentes Juan Domingo Perón da Argentina e Gabriel González Videla do Chile.[30][31][32]

O torneio de 1948 foi organizado com apoio direto do então presidente da CONMEBOL, o chileno Luis Valenzuela,[4][5][6] e não foi organizado diretamente pela CONMEBOL[33] apenas e tão somente porque, até maio de 1955, a posição de instituições como FIFA, CONMEBOL e UEFA era de que competições internacionais de clubes fossem organizadas pelos próprios clubes, cabendo à FIFA e às confederações continentais cuidarem apenas de competições para seleções nacionais; somente a partir de maio/1955 a FIFA decidiu que, daquele momento em diante, competições internacionais oficiais de clubes seriam as organizadas pelas entidades confederativas de cada continente.[34]

O torneio sul-americano de 1948 foi, em 1996, reconhecido pelo Comitê Executivo da CONMEBOL como precursor da Copa Libertadores da América,[35][36][37][38] sendo este o órgão da CONMEBOL com competência estatutária para o reconhecimento de competições.[39][40] Em função disso, o Vasco da Gama participou da Supercopa Libertadores de 1997, competição oficial da CONMEBOL que dava direito de participação apenas aos campeões da Copa Libertadores, e que não dava direito de participação aos campeões de outras competições sul-americanas oficiais da CONMEBOL, como a Copa Conmebol, de modo que a Conmebol reconheceu o Sul-Americano de 1948 não como uma competição "qualquer" mas sim como título sul-americano equiparado à Copa Libertadores.[1][41][42][43] Influentes membros da imprensa esportiva brasileira, como Mauro Beting,[44] Juca Kfouri[45][46] e Revista Placar[47], assim como nota no site da CONMEBOL,[48] consideram o Vasco da Gama bicampeão sul-americano em função das conquistas do Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948 e da Copa Libertadores da América de 1998, ou seja qualificando o Sul-Americano de 1948 juntamente à Copa Libertadores, com importância superior à de outras competições sul-americanas da Conmebol, como a já citada Copa Conmebol, a Copa Mercosul (também vencida pelo Vasco da Gama), a Copa Sul-Americana, etc.

Visão geral[editar | editar código-fonte]

Equipe do Colo Colo campeã chilena em 1947, seu 5º título, tornando-se então o clube mais vitorioso do futebol do país, posição de liderança jamais perdida até hoje. No início do ano seguinte, o clube foi anfitrião e participante do Sul-Americano de Campeões.
La Máquina, como era conhecido o River Plate campeão argentino em 1947 e favorito ao título no Sul-Americano de 1948, tendo jogadores com passagem pela Seleção Argentina tricampeã sul-americana em 1945, 1946 e 1947. La Máquina, da esquerda para a direita: Yácono, Vaghi, Grisetti, Ferreyra, Ramos e Rossi. Agachados, da esquerda para a direita: Reyes, Moreno, Di Stéfano, Labruna e Losteau.
Alfredo Di Stéfano, que seria eleito pelo júri da FIFA o segundo melhor jogador do Século XX, disputou o Sul-Americano de 1948 pelo River Plate.
Time do Vasco da Gama na competição.
Partida entre Vasco da Gama e River Plate:Barbosa e Di Stéfano.
Ademir de Menezes, artilheiro da Copa do Mundo de 1950 e maior artilheiro brasileiro em uma única Copa do Mundo, foi o grande nome da equipe vascaína campeã do Sul-Americano de 1948, que incluía outros jogadores de Seleção Brasileira, como Barbosa, Friaça, Ely, Chico, Danilo, Maneca, Wilson e Augusto.
O campeão uruguaio Nacional que disputou o Sul-Americano de 1948 contava com Atilio García (foto), maior artilheiro da história do clube e do Clássico Uruguaio, e também com jogadores da Seleção Uruguaia campeã da Copa do Mundo de 1950, como Paz, Tejera,Gambetta e Pini.
Presidentes Perón da Argentina e Videla do Chile, que entregaram os troféus à delegação vascaína.[30][31][32]
Jacques Ferran, jornalista francês reconhecido pela UEFA como um dos criadores da Copa dos Campeões da Europa,[49][50] afirmou que o Sul-Americano de 1948 foi a inspiração para a criação do título continental europeu em 1955,[51][52] que por sua vez seria a inspiração para a criação da Copa Libertadores da América.[53]
Em 1996, o Comitê Executivo da CONMEBOL (foto) aprovou o pedido vascaíno de que, com base no seu título sul-americano de 1948, o clube disputasse a Supercopa, competição oficial da CONMEBOL que incluía somente os clubes campeões da Copa Libertadores, sem incluir os clubes campeões de outras competições da Conmebol, como a Copa Conmebol.
Estádio Nacional de Chile, palco de todos os jogos do campeonato.

A competição foi disputada com o objetivo de indicar o campeão sul-americano de clubes,[8] conforme indicado pelo nome da mesma e pelo critério que embasou os convites aos clubes participantes (convidar os clubes campeões vigentes da competição mais importante de cada país sul-americano), e foi valorizada à sua época como o legítimo título de campeão sul-americano de clubes, não só no país-anfitrião Chile, mas também em outros países sul-americanos, como os principais países do futebol sul-americano, Brasil, Argentina e Uruguai, conforme os jornais da época do Brasil[9][10][11] [12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22] e da Argentina[23][24][25] (no caso do Uruguai, o Globo Sportivo de 26/03/1948 destaca a popularidade do Vasco em Buenos Aires e Montevidéu em função do título).[26]

O Sul-Americano de Campeões de 1948, se por um lado não incluiu participantes de todas as nações sul-americanas filiadas à Conmebol e que mais tarde disputariam a Copa Libertadores, por outro lado incluiu participantes de todas as nações que eram consideradas à época, e até hoje são consideradas, a "nata" do futebol sul-americano, ou seja, Brasil, Argentina e Uruguai, vencedores de todas as edições da Copa América que haviam sido até então disputadas, exceto 1 edição, vencida pelo Peru (país que também teve clube representante no Sul-Americano de 1948); e se por um lado os clubes representantes de Brasil, Bolívia e Equador (Vasco da Gama, Bolívar e Emelec) eram campeões não de ligas nacionais mas de ligas regionais, não havia à época nenhuma dúvida de que as ligas cujos campeões disputaram a competição eram então a liga mais importante de cada país participante. Assim, o Sul-Americano de 1948 não sofreu em sua época nenhuma crítica à sua representatividade esportiva, havendo sido saudado por toda a imprensa como o título de campeão sul-americano de clubes, conforme comprovado nos jornais da época, cujo link está acima.

Não por acaso, quando a Copa Libertadores foi criada com o objetivo de indicar o campeão sul-americano de clubes, adotou de 1960 a 1965 o nome de Copa dos Campeões da América (semelhante ao nome da competição de 1948), passando a se chamar Copa Libertadores a partir de 1966, e tendo sido criada adotando o mesmo critério do torneio de 1948: incluir o clube campeão vigente da competição então a mais importante de cada país sul-americano (apenas a partir de 1966 a Copa Libertadores passaria a incluir mais de um clube por cada país).

Reconhecimentos[editar | editar código-fonte]

Precursor da Copa Libertadores pela CONMEBOL[editar | editar código-fonte]

Após vencer o Campeonato Sul-Americano de Campeões, o Vasco da Gama sempre se considerou o primeiro campeão sul-americano de clubes. Por exemplo, o Jornal do Brasil de 14 de março de 1990 (seis anos antes do reconhecimento que a Conmebol daria ao título, em 1996) cobre a estreia do Vasco na Copa Libertadores daquele ano, e traz a matéria "Vasco quer repetir título de 1948".[54] Porém, o clube não havia solicitado reconhecimento da Conmebol ao título antes de 1996. A competição de 1948 não foi organizada diretamente pela CONMEBOL (até maio de 1955, a posição de instituições como FIFA, CONMEBOL e UEFA era que competições internacionais de clubes deveriam ser organizadas pelos próprios clubes, e apenas em maio de 1955 a FIFA decidiu que, daquele momento em diante, competições internacionais oficiais de clubes seriam aquelas organizadas por confederações como UEFA e CONMEBOL),[34] porém a competição de 1948 foi apoiada pelo então presidente da CONMEBOL, o chileno Luiz Valenzuela,[5] conforme confirmado pela própria CONMEBOL.[6] Por exemplo, foi Luiz Valenzuela que intermediou as negociações para a permanência do Vasco no torneio após o adiamento do jogo contra o River Plate, que a princípio seria dia 03 de março e acabou sendo remarcado para o dia 14. O presidente da CONMEBOL interveio junto à CBD e conseguiu a autorização para que a equipe vascaína continuasse em Santiago.[55]

No início dos anos 1990, a Conmebol lançou um livro, 30 Anõs de Pasión Y Fiesta, que contava a história da Copa Libertadores[56][57] e que afirmava que a competição de 1948 havia sido a antecedente da mesma. Sobre o Campeonato Sul-Americano de 1948, o livro dizia: "En 1948, con Don Luis Valenzuela como presidente de la Confederación, se jugó el antecedente más concreto y orgánico: la Copa de Campeones. Fue en Santiago de Chile, durante febrero y marzo de ese año, con los vencedores de la temporada anterior en cada país. La ganó Vasco da Gama de Río (Brasil) y participaron también River Plate (Buenos Aires, Argentina), Nacional (Montevideo, Uruguay), Colo Colo (Santiago, Chile), Emelec (Guayaquil, Ecuador), Litoral (La Paz, Bolivia) y Deportivo Municipal (Lima, Perú)".

Em 1996, com base neste livro, o Vasco da Gama solicitou à Conmebol que o reconhecesse oficialmente como o primeiro clube campeão sul-americano, permitindo-lhe participar da Supercopa Libertadores, competição oficial da Conmebol da qual participavam apenas e tão somente os campeões da Copa Libertadores. O pedido vascaíno foi aceito pelo Comitê Executivo da Conmebol em sua reunião de 29/04/1996 e o Vasco da Gama participou da Supercopa Libertadores em 1997.[43][58][59][60][61] O reconhecimento da CONMEBOL ao torneio foi publicado no site[39] que a entidade usava na época e também em um informe de imprensa[62][63] sobre as decisões desta reunião do Comitê Executivo da entidade, que é o órgão da Conmebol com competência estatutária para o reconhecimento de competições sul-americanas:[40] "El tradicional club Vasco Da Gama, de Río de Janeiro, por conducto de la Confederación Brasileña de Fútbol, solicitó participar anualmente en la Supercopa "Joâo Havelange". El pedido se basó en que esta entidad se había adjudicado, en 1948, el primer torneo sudamericano de clubes campeones, celebrado en Santiago, Chile. El Comité Ejecutivo, tras analizar la petición, resolvió aceptarla en reconocimiento al logro deportivo y a su verdad histórica. En consecuencia, Vasco Da Gama intervendrá en la Supercopa desde 1997, con lo que ya sumarán 18 equipos."

Em 1996, a Conmebol reconheceu o torneio de 1948 não como uma conquista sul-americana "qualquer", mas sim atribuindo-lhe a relevância da Copa Libertadores; isto fica claro, pois Botafogo, Atlético Mineiro, Rosário Central e Lanús, clubes que até 1997 (último ano da Supercopa) não venceram a Copa Libertadores mas que venceram a Copa Conmebol (a outra competição sul-americana de clubes da Conmebol anterior à 1997), não tiveram jamais o direito de participar da Supercopa Sul-Americana; esse direito foi dado somente aos campeões da Copa Libertadores e ao Vasco da Gama em função do título de 1948. Ademais, os campeões de outras competições da Conmebol (como Copa Sul-Americana, Copa Mercosul, Copa Conmebol, etc.) não são chamados de campeões sul-americanos, forma como são chamados apenas os campeões da Copa Libertadores e como o Vasco da Gama foi chamado em 1948 por toda a imprensa.[9][10][11] [12][13][15][16][17][18][19][20][64][21]

Ademais do reconhecimento pelo Comitê Executivo da Conmebol, a competição recebeu outras citações no site da mesma. Em 2009 a Conmebol publicou um texto em seu site celebrando os 50 anos da aprovação da criação da Copa Libertadores pelo Congresso da entidade, afirmando que o torneio de 1948 foi o antecedente concreto da Copa Libertadores.[65] Em fevereiro de 2013, a Conmebol publicou em seu site a história da criação da Copa Libertadores, contando a história do Torneio Sul-Americano de Campeões de 1948, contando que a primeira proposta de criação da Libertadores foi feita em setembro de 1958 por José Ramos de Freitas (então presidente da Conmebol), e ao falar da aprovação da criação da Copa Libertadores no Congresso da Conmebol de 1959, que "a ideia original do Chile agora contava com apoio de Brasil e Argentina".[66][67][68] O site da Conmebol parabenizou o Vasco da Gama em 21/08/2014 pelos seus 116 anos dizendo: Vasco won the first tournament of clubs at a continental level in 1948, which would 12 years later become the Copa Libertadores which they won in 1998, coinciding with the centenary of their founding;[69] Vasco tiene en su trayectoria histórica haber conquistado el primer torneo de clubes a nivel continental, en el año 1948, lo que sería 12 años después la Copa Libertadores de América, trofeo que ganó en 1998, coincidente con el Centenario de su fundación.[70] O site da Conmebol também faz referência a Robinson Alvarez, presidente do Colo Colo responsável pela organização do Sul-Americano de 1948, afirmando ter ele organizado o primeiro campeonato sul-americano de clubes, o primeiro passo para a Libertadores.[71] No site da entidade, a competição de 1948 é tratada como precursora da Copa Libertadores, iniciada em 1960,[72] porém não constando da lista de competições oficiais da Conmebol, que inclui apenas as competições organizadas e oficiais pela mesma.[33]

O site da FIFA também trata o Sul-Americano de 1948 como o precursor da Copa Libertadores: Who was the best club side in South America? It had long caused intense intrigue across the continent. The debate would finally be ended 65 years ago to this day. The Campeonato Sudamericano de Campeones – a precursor to the Copa Libertadores – unfolded in Santiago, Chile as a round-robin tournament featuring the supposed best team from seven different countries[8] e "the Championship of Champions left an indelible mark on football; it served as inspiration for the European Cup, presently the UEFA Champions League, and the predecessor to the Copa Libertadores".[73] Algumas fontes de imprensa equiparam o Campeonato Sul-Americano de Campeões à Copa Libertadores, considerando o Vasco da Gama bicampeão sul-americano em função de seus títulos de 1948 e 1998 (jornalistas Juca Kfouri e Mauro Beting, Revista Placar)[74][75][76][77][44], ou ranqueiam o Campeonato Sul-Americano de Campeões com pontuação bastante próxima à da Copa Libertadores e acima da pontuação das demais competições da Conmebol (instituto IFFHS);[78] ou seja, qualificando o Sul-Americano de 1948 juntamente à Copa Libertadores, com importância superior à de outras competições sul-americanas da Conmebol, como a já citada Copa Conmebol, a Copa Mercosul (também vencida pelo Vasco da Gama), a Copa Sul-Americana, etc.

Inspiração para a Taça dos Clubes Campeões Europeus/Liga dos Campeões da UEFA[editar | editar código-fonte]

O documento da UEFA sobre a história da Copa dos Campeões da Europa afirma que Jacques Ferran e Gabriel Hanot, jornalistas franceses do L'Equipe, foram os idealizadores da competição continental europeia.[49] Em entrevistas concedidas a reportagens do Globo Esporte de 10/05/2015 e do jornal chileno El Mercúrio em 13/03/2018, o citado Jacques Ferran afirmou que o Campeonato Sul-Americano de Campeões foi a inspiração para a criação da Copa dos Campeões da Europa: "como a Europa, que queria estar à frente do resto do mundo, não era capaz de realizar uma competição nos moldes do Campeonato Sul-Americano? Precisávamos seguir este exemplo." e "a Copa dos Campeões da Europa não teria existido sem o Sul-Americano de 1948, isso é certo."[51][52] Assim, o Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948, disputado no modelo "torneio de campeões", inspirou a criação da Copa dos Campeões da UEFA em 1955, tendo a competição europeia (e por conseguinte o Sul-Americano de 1948) inspirado a criação da Copa Libertadores, cuja criação foi anunciada em 08 de outubro de 1958,[79][80][53] originalmente chamada de Copa dos Campeões da América, com os 2 torneios (Copa dos Campeões da UEFA e Libertadores) tendo seguido o modelo "torneio de campeões" inaugurado na competição de 1948.

Equipes participantes[editar | editar código-fonte]

País Equipe Classificação
Argentina Argentina River Plate Campeão do Campeonato Argentino de 1947
Bolívia Bolívia Litoral Campeão do Campeonato de La Paz de 1947
Brasil Brasil Vasco da Gama Campeão do Campeonato Carioca de 1947
Chile Chile Colo-Colo Campeão do Campeonato Chileno de 1947
Equador Equador Emelec Campeão do Campeonato de Guayaquil de 1946
Peru Peru Deportivo Municipal Vice-campeão do Campeonato Peruano de 1947
Uruguai Uruguai Nacional Campeão do Campeonato Uruguaio de 1947

A única recusa/desistência confirmada na competição foi a do campeão peruano Atlético Chalaco, que declinou o convite para participar porque muitos de seus jogadores estavam lesionados, dando a vaga ao vice-campeão peruano, o Municipal.[81]

Chile, Argentina e Uruguai foram representados pelos seus então campeões nacionais (1947): Colo Colo, River Plate e Nacional.

O Brasil foi representado pelo Vasco da Gama, que era então Campeão Carioca (1947); isso, pois na época não existia o Campeonato Brasileiro, e o Campeonato Carioca era considerado o principal do país, uma vez que o Rio de Janeiro era, além da Capital Federal (então Distrito Federal), o então tricampeão do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais(1943-44-46), sendo o Vasco campeão carioca e base da Seleção Brasileira; tal era a preponderância do Rio de Janeiro no futebol brasileiro da época, que o campeão carioca era por vezes tratado na imprensa estrangeira como sendo o campeão do Brasil.[82] Na época, não existia tampouco o Torneio Rio–São Paulo, e a única competição interestadual existente, a Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo, era disputada em caráter apenas amistoso, sem qualquer reconhecimento oficial, tendo a edição de 1947 da referida taça sido disputada apenas em 1948, depois da confirmação da participação do Vasco no Sul-Americano de 1948, confirmada em dezembro de 1947.[83]

A Bolívia foi representada pelo Litoral, campeão da capital La Paz. Não existia ainda o Campeonato Boliviano de Futebol.

O Equador foi representado pelo Emelec, campeão de Guayas (região onde está Guayaquil). Isso, pois não existia ainda o Campeonato Equatoriano de Futebol, havendo porém duas ligas regionais no Equador: Guayas (Guayaquil) e Pichincha (onde está Quito). Foi escolhido o Emelec (então campeão de Guayas) porque, no ano anterior (1947), este  clube havia representado o Equador na Copa América, realizada naquele país: todos os jogos daquela Copa América (1947) foram realizados no estádio do Emelec, o Estádio George Capwell,[84]  e a seleção equatoriana que disputou a Copa América de 1947 tinha oito jogadores do Emelec.[85]

A competição não contou com representantes da Venezuela (que na época sequer era filiada na CONMEBOL, se filiaria apenas em 1952, e que não teria representantes nas primeiras edições da Copa Libertadores), da Colômbia (que depois de 1919 organizaria novamente uma competição de clubes apenas em Agosto de 1948, portanto depois do Campeonato Sul-Americano de Campeões, que foi em fevereiro de 1948)[carece de fontes?] e do Paraguai (não há explicação definitiva sobre a razão da ausência de um representante do Paraguai: cogitou-se que a razão seria a Guerra Civil Paraguaia de 1947, que interrompeu e atrasou o Campeonato Paraguaio daquele ano, porém o campeão paraguaio de 1947, o Olimpia, viajou para o Chile em janeiro de 1948, mas para disputar um quadrangular internacional amistoso, não para disputar o Campeonato Sul-Americano de Campeões).[86]

Classificação final[editar | editar código-fonte]

Partida entre Vasco da Gama e River Plate.
Pos. Equipe Pts J V E D GP GC SG
1 Brasil Vasco da Gama 10 6 4 2 0 12 3 9
2 Argentina River Plate 9 6 4 1 1 12 4 8
3 Uruguai Nacional 8 6 4 0 2 16 11 5
4 Peru Deportivo Municipal 6 6 3 0 3 12 11 1
5 Chile Colo-Colo 6 6 2 2 2 11 11 0
6 Bolívia Litoral 2 6 1 0 5 9 18 –9
7 Equador Emelec 1 6 0 1 5 4 18 –14

Partidas[editar | editar código-fonte]

Todos os jogos no Estadio Nacional de Chile, Santiago, tendo a competição sido realizada no sistema de "todos contra todos" em turno único.

11 de fevereiro Colo-Colo Chile 2 – 2 Equador Emelec Nacional, Santiago
21:35 (UTC−4)
Aranda Gol marcado aos 46 minutos de jogo 46'
Varela Gol marcado aos 57 minutos de jogo 57'
Relatório Jiménez Gol marcado aos 14 minutos de jogo 14'
Yepes Gol marcado aos 17 minutos de jogo 17'
Público: 70 000
Árbitro: UruguaiURU Nobel Valentini

14 de fevereiro Vasco da Gama Brasil 2 – 1 Bolívia Litoral Nacional, Santiago

Lelé Gol marcado aos 9 minutos de jogo 9', Gol marcado aos 67 minutos de jogo 67' Relatório Sandoval Gol marcado aos 70 minutos de jogo 70' Público: 50 000
Árbitro: ChileCHI C. Leeson
14 de fevereiro Nacional Uruguai 3 – 2 Peru Deportivo Municipal Nacional, Santiago

W. Gómez Gol marcado aos 11 minutos de jogo 11', Gol marcado aos 27 minutos de jogo 27'
J. García Gol marcado aos 51 minutos de jogo 51'
Relatório Cabada Gol marcado aos 29 minutos de jogo 29'
Guzmán Gol marcado aos 66 minutos de jogo 66'
Público: 50 000
Árbitro: ArgentinaARG Eduardo Forte

18 de fevereiro River Plate Argentina 4 – 0 Equador Emelec Nacional, Santiago

Martínez Gol marcado aos 10 minutos de jogo 10', Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47' (pen.)
Loustau Gol marcado aos 25 minutos de jogo 25', Gol marcado aos 40 minutos de jogo 40'
Relatório Público: 70 000
Árbitro: UruguaiURU Nobel Valentini
18 de fevereiro Vasco da Gama Brasil 4 – 1 Uruguai Nacional Nacional, Santiago

Ademir Gol marcado aos 12 minutos de jogo 12'
Maneca Gol marcado aos 66 minutos de jogo 66'
Danilo Gol marcado aos 68 minutos de jogo 68'
Friaça Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89'
Relatório W. Gómez Gol marcado aos 25 minutos de jogo 25' Público: 70 000
Árbitro: ChileCHI H. Madrid

21 de fevereiro River Plate Argentina 2 – 0 Peru Deportivo Municipal Nacional, Santiago

Loustau Gol marcado aos 61 minutos de jogo 61'
Labruna Gol marcado aos 71 minutos de jogo 71'
Relatório Público: 49 000
Árbitro: UruguaiURU Nobel Valentini
21 de fevereiro Colo-Colo Chile 4 – 2 Bolívia Litoral Nacional, Santiago

López Gol marcado aos 13 minutos de jogo 13', Gol marcado aos 37 minutos de jogo 37' (pen.), Gol marcado aos 52 minutos de jogo 52'
Saenz Gol marcado aos 82 minutos de jogo 82'
Relatório Caparelli Gol marcado aos 38 minutos de jogo 38', Gol marcado aos 67 minutos de jogo 67' Público: 49 000
Árbitro: BrasilBRA A. da Gama

25 de fevereiro Nacional Uruguai 3 – 1 Bolívia Litoral Nacional, Santiago

A. García Gol marcado aos 40 minutos de jogo 40', Gol marcado aos 55 minutos de jogo 55'
Orlandi Gol marcado aos 66 minutos de jogo 66'
Relatório Rodríguez Gol marcado aos 60 minutos de jogo 60' Público: 17 223
Árbitro: ArgentinaARG Eduardo Forte
25 de fevereiro Vasco da Gama Brasil 4 – 0 Peru Deportivo Municipal Nacional, Santiago

Lelé Gol marcado aos 12 minutos de jogo 12'
Friaça Gol marcado aos 58 minutos de jogo 58', Gol marcado aos 70 minutos de jogo 70'
Ismael Gol marcado aos 61 minutos de jogo 61'
Relatório Público: 17 223
Árbitro: ChileCHI J. White

28 de fevereiro Vasco da Gama Brasil 1 – 0 Equador Emelec Nacional, Santiago

Ismael Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47' Relatório Árbitro: ChileCHI H. Madrid
28 de fevereiro Deportivo Municipal Peru 3 – 1 Chile Colo-Colo Nacional, Santiago

Mosquera Gol marcado aos 57 minutos de jogo 57', Gol marcado aos 60 minutos de jogo 60'
Torres Gol marcado aos 85 minutos de jogo 85'
Relatório Varela Gol marcado aos 46 minutos de jogo 46' Árbitro: BrasilBRA A. da Gama

4 de março Litoral Bolívia 3 – 1 Equador Emelec Nacional, Santiago

Caparelli Gol marcado aos 23 minutos de jogo 23', Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48', Gol marcado aos 87 minutos de jogo 87' (pen.) Relatório Mendoza Gol marcado aos 70 minutos de jogo 70' Árbitro: ChileCHI J. White
4 de março Nacional Uruguai 3 – 0 Argentina River Plate Nacional, Santiago

A. García Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48'
Castro Gol marcado aos 57 minutos de jogo 57'
Orlandi Gol marcado aos 59 minutos de jogo 59'
Relatório Árbitro: BolíviaBOL C. Paredes

7 de março Deportivo Municipal Peru 4 – 0 Equador Emelec Nacional, Santiago

Mosquera Gol marcado aos 12 minutos de jogo 12', Gol marcado aos 51 minutos de jogo 51'
Drago Gol marcado aos 35 minutos de jogo 35'
Perales Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48'
Relatório Árbitro: ChileCHI J. White
7 de março Colo-Colo Chile 1 – 1 Brasil Vasco da Gama Nacional, Santiago

Farías Gol marcado aos 46 minutos de jogo 46' Relatório Friaça Gol marcado aos 67 minutos de jogo 67' Árbitro: BolíviaBOL C. Paredes

10 de março River Plate Argentina 5 – 1 Bolívia Litoral Nacional, Santiago

Di Stéfano Gol marcado aos 11 minutos de jogo 11', Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47', Gol marcado aos 63 minutos de jogo 63'
Moreno Gol marcado aos 29 minutos de jogo 29'
Loustau Gol marcado aos 81 minutos de jogo 81'
Relatório Caparelli Gol marcado aos 82 minutos de jogo 82' (pen.) Árbitro: ChileCHI J. White
10 de março Colo-Colo Chile 3 – 2 Uruguai Nacional Nacional, Santiago

Lorca Gol marcado aos 15 minutos de jogo 15'
López Gol marcado aos 70 minutos de jogo 70' (pen.)
Peñaloza Gol marcado aos 74 minutos de jogo 74'
Relatório A. García Gol marcado aos 4 minutos de jogo 4'
W. Gómez Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47'
Árbitro: BrasilBRA A. da Gama

14 de março Nacional Uruguai 4 – 1 Equador Emelec Nacional, Santiago

Gambetta Gol marcado aos 5 minutos de jogo 5'
A. García Gol marcado aos 29 minutos de jogo 29'
Orlandi Gol marcado aos 37 minutos de jogo 37'
Gambetta Gol marcado aos 56 minutos de jogo 56'
Relatório Fernández Gol marcado aos 87 minutos de jogo 87' (pen.) Público: 30 000
Árbitro: ChileCHI S. Bustamante
Partida decisiva
14 de março Vasco da Gama Brasil 0 – 0 Argentina River Plate Nacional, Santiago

Relatório Público: 30 000
Árbitro: UruguaiURU Nobel Valentini
Cores do Time
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Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Vasco da Gama
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
River Plate
GL 1 Brasil Barbosa
ZG 5 Brasil Augusto Capitão
ZG 6 Brasil Wilson Substituído
ZG 3 Brasil Ely
VOL 2 Brasil Danilo
MC 11 Brasil Jorge
MC 4 Brasil Djalma
MC 16 Brasil Maneca
ATA 7 Brasil Friaça
ATA 18 Brasil Ismael
ATA 10 Brasil Chico
Substituições:
ZG 24 Argentina Ramón Rafagnelli Entrou em campo
Técnico:
Brasil Flávio Costa
GL 1 Argentina Héctor Grisetti
ZG 23 Argentina Ricardo Vaghi
ZG 6 Argentina Eduardo Rodríguez Substituído
ZG 3 Argentina Norberto Yácono
VOL 7 Argentina Néstor Rossi Capitão
VOL 2 Argentina José Ramos Substituído
MC 17 Argentina Héctor Reyes
MC 4 Argentina José M. Moreno
ATA 16 Argentina Di Stéfano
ATA 15 Argentina Ángel Labruna Substituído
ATA 10 Argentina Félix Loustau
Substituições:
ZG 5 Argentina Héctor Ferrari Entrou em campo
ATA 14 Argentina Juan C. Muñoz Entrou em campo
VOL 8 Argentina Osvaldo Méndez Entrou em campo
Técnico:
Argentina José María Minella

18 de março Deportivo Municipal Peru 3 – 1 Bolívia Litoral Nacional, Santiago

López Gol marcado aos 15 minutos de jogo 15', Gol marcado aos 80 minutos de jogo 80'
Torres Gol marcado aos 37 minutos de jogo 37'
Relatório Caparelli Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48' Árbitro: ChileCHI J. White
18 de março River Plate Argentina 1 – 0 Chile Colo-Colo Nacional, Santiago

Di Stéfano Gol marcado aos 61 minutos de jogo 61' Relatório Árbitro: UruguaiURU L. Fernández

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Pos. Jogador Equipe Gols
1 Bolívia Roberto Caparelli Bolívia Litoral 7
2 Uruguai Atilio García Uruguai Nacional 5
3 Argentina Alfredo Di Stéfano Argentina River Plate 4
Chile Pedro López Chile Colo-Colo
Peru Máximo Mosquera Peru Deportivo Municipal
Brasil Friaça Brasil Vasco da Gama
Uruguai Walter Gómez Uruguai Nacional
Argentina Félix Loustau Argentina River Plate
9 Brasil Lelé Brasil Vasco da Gama 3

Premiação[editar | editar código-fonte]

Campeonato Sul-Americano de Campeões
Brasil
Vasco da Gama
- CAMPEÃO -
(Invicto)

Campanha do Campeão[editar | editar código-fonte]

O Vasco estreou vencendo o Litoral por 2 a 1. Friaça cruzou e Lelê abriu o marcador. 1 a 0. Novamente Friaça a Lelê. 2 a 0. Sandoval pega o rebote e diminui. 2 a 1. [87] Vasco 4 a 1 Nacional. Friaça para Ademir. 1 a 0. Castro cruza e Walter empata. 1 a 1. Ismael para Maneca. 2 a 1. Chico para Danilo. 3 a 1. Ismael para Friaça. 4 a 1.[88] Vasco 4 a 0 Deportivo Municipal. Friaça para Lelê. 1 a 0. Ismael para Friaça. 2 a 0. Djalma para Ismael. 3 a 0. Ismael para Friaça. 4 a 0. [89]

Vasco 1 a 0 Emelec. Friaça para Ismael.[90] Vasco 1 a 1 Colo-Colo. Jorge cabeceou mal para trás e Faria abriu a contagem. 1 a 0. Djalma para Friaça. 1 a 1.[91] Na última partida, o Vasco empatou em 0 a 0 com o River e garantiu o título.

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

4 gols
3 gols
2 gols
1 gol

Assistências[editar | editar código-fonte]

5 Assistências
4 Assistências
2 Assistências
1 Assistência

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «O que foi o Torneio dos Campeões Sul-Americanos?». Placar – Edição Tira-Teima (1). São Paulo: Abril. Novembro de 1997. p. 60. 98 páginas 
  2. Contrariamente ao divulgado por diversas fontes, a competição não foi organizada diretamente pela Conmebol
  3. História do Colo Colo, no site oficial, com citação à organização do Campeonato Sul-Americano de Campeões
  4. a b Jornal dos Sports. Edição 5675, de 22/02/1948, páginas 1 e 6, confirmando que o então presidente da Conmebol. Luiz Valenzuela, participou da organização do certame junto ao  Colo Colo. Acervo on-line. Memória Bn. Biblioteca Nacional.
  5. a b c Livro "O Brasil na Taça Libertadores e no Mundial Interclubes", de Antônio Carlos Napoleão. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 1999. ISBN 85-7478-001-4. Página 9.
  6. a b c História da Copa Libertadores, no site da Conmebol, sobre o torneio de 1948: "El chileno Luis Valenzuela, presidente de la Federación de Chile desde 1937 y de CSF desde el 15 de enero de 1939, fue quien hizo realidad esos anhelos". Tradução dada na versão em português do site: "O chileno Luis Valenzuela, presidente da Federação do Chile desde 1937 e da CSF desde 15 de janeiro de 1939, foi quem tornou esses sonhos em realidade". Acesso em 24/04/2013.
  7. Jornal do Brasil, 14/03/1990, página 22.
  8. a b c FIFA.com: Barbosa-inspired Vasco become the maiden kings. Publicado: 14/03/2013. Acesso: 07/05/2013.
  9. a b c Jornal Diário de Notícias, edição 7810, 11 de abril de 1948, chamando o Vasco de campeão dos campeões sul-americanos.
  10. a b c Jornal O Estado de S. Paulo, 21/05/1948, pág 11
  11. a b c Jornal Folha da Manhã (antigo nome da Folha de S. Paulo) de 16/03/1948 (1º caderno, página 7), chamando o Vasco de campeão sul-americano pela conquista no Chile
  12. a b c Jornal do Brasil de 19/03/1948, página 9: Saudação do Palmeiras ao Vasco, felicitando-o pela conquista do título de Campeão dos Campeões da América do Sul.
  13. a b c Jornal O Globo Sportivo, 19 de março de 1948, edição 495, páginas 8 e 9: "O Vasco sagrou-se campeão invicto dos campeões sul-americanos.". Acesso através do acervo on-line da Biblioteca Nacional.
  14. a b Jornal Mundo Esportivo, 18 de março de 1948 (página 7). Acesso através do acervo on-line da Biblioteca Nacional, edição 82.
  15. a b c Correio da Manhã, edição 16369, 16/03/1948, página 1.
  16. a b c Jornal Sport Ilustrado, edição 520, 25/03/1948, páginas,1, 2 e 4.
  17. a b c Diário da Noite, edição 4759, 21 de setembro de 1948, página 10.
  18. a b c Diário Carioca, chamando o Vasco de Campeão dos Campeões Sul-Americanos em várias edições de 1948.
  19. a b c Jornal dos Sports, edições de 1948, chamando o Vasco de Campeão dos Campeões Sul-Americanos. Edições de 5693 a 5700, de 14 a 23 de março de 1948.
  20. a b c Jornal A Manhã, edição 2026, de 18 de março de 1948, página 12. "A FMF cumprimenta o Vasco da Gama" ... "sagrando-se Campeão dos Campeões da América do Sul."
  21. a b c Jornal A Noite, edição 12822, de 15 de março de 1948, páginas 11 e 12, chamando o Vasco de Campeão dos Campeões Sul-americanos.
  22. a b Jornal Gazeta de Notícias, chamando o Vasco de Campeão dos Campeões da América do Sul ou Campeão dos Campeões Sul-Americanos nas edições 62,63,64 e 69 de 1948, a partir de 17/03/1948 (data da edição 62).
  23. a b Jornal argentino El Litoral, quarta-feira, 03 de março de 1948, página 07.
  24. a b Jornal argentino El Litoral, Sábado, 13 de Março de 1948, página 5.
  25. a b Jornal argentino El Litoral, domingo, 14 de Março de 1948, página 6.
  26. a b O Globo Sportivo de 26 de março de 1948 (edição 496), páginas 7 e 8. "Vasco, campeão continental de popularidade."
  27. Jornal colombiano El Tiempo, 20/03/1948, página 15. O jornal cobriu a competição ao longo de várias de suas edições.
  28. Jornal espanhol ABC Madrid, 12 de Outubro de 1949, página 32.
  29. Jornal dos Sports. Edição 5695, de 17/03/1948. Memória Bn, da Biblioteca Nacional.
  30. a b Jornal dos Sports. Edição 5695, de 17/03/1948, confirmando que a entrega da taça aos vascaínos foi feita pelo então presidente chileno Gonzalez Videla. Memória Bn, da Biblioteca Nacional.
  31. a b Jornal dos Sports, edições 5668 (de 14/01/1948, página 1) e 5695 (de 17/03/1948, página 4), comprovando que um dos troféus recebidos pelo Vasco em função do título foi oferecido pelo Presidente Perón da Argentina.
  32. a b Jornal Vascaíno: Especial Sul-Americano 1948
  33. a b Las competiciones oficiales de la CONMEBOL
  34. a b 50 Years of the European Cup. Site da UEFA. Acesso em 04/02/2013. Ver declarações atribuídas a Jules Rimet (ex-presidente da FIFA), Rodolphe Seeldrayers (então presidente da FIFA) e Ebbe Schwartz (então presidente da UEFA): em maio de 1955 a FIFA decidiu que consideraria a Copa dos Campeões da Europa como oficial caso fosse organizada pela UEFA, mas até então a posição destas entidades (como mostrado nas declarações citadas) era que as competições internacionais de clubes deveriam ser organizadas pelos próprios clubes.
  35. Jornal espanhol El Mundo Deportivo, 9 de outubro de 1958, pág. 04.
  36. Jornal ABC Madrid, 9 de outubro de 1958, página 58.
  37. Jornal do Brasil, 09/10/1958, página 2 do 2º caderno.
  38. Jornal O Estado de S. Paulo, 9 de outubro de 1958, página 19.
  39. a b Nota, no antigo site da Conmebol, sobre a aceitação da participação do Vasco da Gama na Supercopa de 1997: El tradicional club Vasco Da Gama, de Río de Janeiro, por conducto de la Confederación Brasileña de Fútbol, solicitó participar anualmente en la Supercopa "Joâo Havelange". El pedido se basó en que esta entidad se había adjudicado, en 1948, el primer torneo sudamericano de clubes campeones, celebrado en Santiago, Chile. El Comité Ejecutivo, tras analizar la petición, resolvió aceptarla en reconocimiento al logro deportivo y a su verdad histórica. En consecuencia, Vasco Da Gama intervendrá en la Supercopa desde 1997, con lo que ya sumarán 18 equipos.
  40. a b Estatuto da Conmebol. Artigo 60: 1. La CONMEBOL, a través de su Comité Ejecutivo, tiene la facultad exclusiva para crear, aprobar, reconocer, modificar, eliminar, organizar y dirigir partidos, competiciones y torneos internacionales en Sudamérica en los que participen las selecciones nacionales de las asociaciones miembro o los clubes afiliados a éstas.
  41. História da Copa Libertadores no site da Conmebol. Acesso em 24 de fevereiro de 2013
  42. História da Copa Libertadores, no site da Conmebol. Acesso em 12/03/2013.
  43. a b Jornal O Estado de S. Paulo de 01/05/1996, dando conta da aceitação do Vasco na Supercopa.
  44. a b Blog do Mauro Beting: Vasco Concentrado (08/02/2012).Acesso: 14/03/2013.
  45. Os brasileiros em suas primeiras decisões da Libertadores. Blog do Juca Kfouri. Em 23/06/2012. Acesso em 02/10/2020.
  46. A Volta da Velha Rivalidade Sadia. Em 12/11/2007. Blog do Juca Kfouri. Acesso em 02/10/2020.
  47. Veja o Ranking PLACAR atualizado antes do começo da nova temporada. Atualizado em 20 fev 2017, 11h01 - Publicado em 29 jan 2016, 16h54. Acesso em 02/10/2020.
  48. Vasco Da Gama en su aniversario 116 Site da Conmebol: Vasco tiene en su trayectoria histórica haber conquistado el primer torneo de clubes a nivel continental, en el año 1948, lo que sería 12 años después la Copa Libertadores de América, trofeo que ganó en 1998, coincidente con el Centenario de su fundación. Em 21/08/2014. Acesso em 02/10/2020.
  49. a b UEFA: 50 Years of the European Cup
  50. European Cup pioneer Jacques Ferran passes away. Site da UEFA. 8 de fevereiro de 2019. Acessado em 29/set/2020.
  51. a b Reportagem do Globo Esporte exibida em 10/05/2015: Especial: Liga dos Campeões completa 60 anos, e Neymar ajuda a contar essa história. Acesso em 06/12/2015.
  52. a b Al 70 Años del Torneo que Inspiró la Champions e La Copa Libertadores" , jornal chileno El Mercúrio, 13 de março de 2018.
  53. a b «ABC (Madrid) - 09/10/1958, p. 58 - ABC.es Hemeroteca». hemeroteca.abc.es 
  54. Jornal do Brasil 14/03/1990 "Vasco quer repetir título de 1948"
  55. VASCO: 1º CAMPEÃO DA AMÉRICA 70 ANOS DA CONQUISTA DO CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE CAMPEÕES . Publicado em 15/03/2018 no site do Vasco da Gama.
  56. Livro 30 Años de Pasión y Fiesta, transcrito em Qué es la Libertadores?, no blog do argentino José Carluccio.
  57. Publicações da Conmebol sobre a história da Copa Libertadores
  58. O reconhecimento é confirmado também pela página referente ao Vasco da Gama nas páginas "Clube Clássico" no site da FIFA.
  59. Deve-se observar, contudo, que as páginas "Clube Clássico" do site da FIFA não representam necessariamente a posição oficial desta entidade. Segundo a própria FIFA: "A lista de clubes ou as opiniões expressadas nos artigos não representam necessariamente as opiniões da FIFA, a não ser que isto esteja expressamente especificado".
  60. Matérias "Vingança Fora dos Planos do Vasco" (30/10/1997), "Vasco enfrenta River Plate pela Supercopa" (24/09/1997), "Vasco homenageia os campeões de 1948 antes da estreia na Supercopa" (21/06/1997) e "Vasco estreia na Supercopa contra Peñarol e com festa" (20/06/1997), do Jornal O Globo
  61. Matéria do Jornal do Brasil de 21/06/1997 sobre a participação do Vasco da Gama na Supercopa, página 25
  62. Cópia do Informe à Imprensa da Conmebol de 29 de abril de 1996, no site Casaca!
  63. Cópia do Informe à Imprensa da Conmebol de 29/04/1996, autorizando a participação do Vasco da Gama na Supercopa de 1997.
  64. Jornal Mundo Esportivo, 18 de março de 1948 (página 7). Acesso através do acervo on-line da Biblioteca Nacional, edição catalogada neste acervo como edição 82 do Mundo Esportivo.
  65. Antigo Site da Conmebol (arquivo recuperado pelo Web archive), 08 de março de 2009.
  66. História da Copa Libertadores no site da Conmebol, versão em Espanhol.
  67. História da Copa Libertadores no site da Conmebol, versão em Português.
  68. História da Copa Libertadores no site da Conmebol, versão em Inglês.
  69. http://www.conmebol.com/en/content/vasco-da-gama-celebrates-116-years
  70. http://www.conmebol.com/es/content/vasco-da-gama-en-su-aniversario-116
  71. http://www.conmebol.com/pt-br/robinson-alvarez-marin-dirigente-do-colo-colo-organizador-do-primeiro-campeonato-de-clubes-sul
  72. «Histórico da Copa Libertadores | CONMEBOL». www.conmebol.com. Consultado em 10 de agosto de 2018 
  73. https://www.fifa.com/fifaplus/en/articles/the-intercontinental-cup-a-vestige-of-trans-continental-glory
  74. Blog do Juca Kfouri: "A Volta da Velha Rivalidade Sadia." (12/11/2007). Acesso: 14/03/2013.
  75. Blog do Juca Kfouri: "Os brasileiros em suas primeiras decisões da Libertadores" (23/06/2012).Acesso: 14/03/2013.
  76. Blog do Juca Kfouri: "Um Expresso, sem favor" (28/05/2010).Acesso: 14/03/2013.
  77. Revista Placar: Ranking (02/02/2011).Acesso: 14/03/2013.
  78. Ranking "South America's Club of the Century", do IFFHS. Recuperado pelo Web Archive em 12/01/2016.
  79. «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo 
  80. Jornal espanhol El Mundo Deportivo, 09/10/1958, pág. 04.
  81. Segundo o Jornal dos Sports de 15/02/1948 (páginas 7 e 8, disponível no site Memoria Bn da Biblioteca Nacional), o Atlético Chalaco declinou o convite porque estava com muitos jogadores contundidos.
  82. Jornal ABC Madrid, 17 de Fevereiro de 1951, página 28. Refere-se ao Vasco da Gama (campeão carioca de 1950) como campeão do Brasil.
  83. Jornal do Brasil, de 19/12/1947
  84. História do Emelec. Site Oficial. Em 1947 a equipe do Emelec representou a seleção equatoriana na Copa América, tendo todos os jogos daquela competição sido jogados no estádio do clube, o Estádio George Capwell.
  85. Segundo o Jornal dos Sports de 15/02/1948 (páginas 7 e 8, disponível no site Memoria Bn da Biblioteca Nacional), o Emelec tinha 8 jogadores na seleção equatoriana que disputou a Copa América de 1947.
  86. O Paraguai não contou com representante na competição. Não há explicação conhecida sobre a ausência de um representante paraguaio na competição. Uma possível explicação é fato do país ter estado em Guerra Civil no ano de 1947, o que chegou a interromper a liga de futebol daquele ano, conforme afirmado no livro 80 Años de Fútbol en el Paraguay, de Miguel Ángel Bestard. Por outro lado, o jornal O Estado de S. Paulo de 16 de janeiro de 1948 afirma que o campeão paraguaio de 1947, o Olimpia, viajou para o Chile em janeiro de 1948, mas para disputar um quadrangular internacional amistoso, não para disputar o Campeonato Sul-Americano de Campeões.
  87. «Vasco dois a um». Memória BN. Jornal dos Sports (RJ) de 16 de fevereiro de 1948. Consultado em 29 de julho de 2017 
  88. «Vitoria». Memória BN. Jornal dos Sports (RJ) de 19 de fevereiro de 1948. Consultado em 29 de julho de 2017 
  89. «Terceira Vitoria». Memória BN. Jornal dos Sports (RJ) de 25 de fevereiro de 1948. Consultado em 29 de julho de 2017 
  90. «A Pior exibição do Vasco». Memória BN. Globo Sportivo (RJ) de 2 de Março de 1948. Consultado em 29 de julho de 2017 
  91. «Prossegue a Campanha do Vasco». Memória BN. Globo Sportivo (RJ) de 12 de Março de 1948. Consultado em 29 de julho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Cobertura do Jornal do Brasil á competição, em 1948.

  • Saudação do Palmeiras ao Vasco Campeão dos Campeões da América do Sul, página 9 [1] 19/03/1948
  • A Vitória do Vasco no Campeonato dos Campeões Sul-Americanos de Futebol, página 9 [2] 18/03/1948
  • O River Plate sagrou-se vice-campeão, página 9 [3] 20/03/1948
  • Segue hoje para o Chile a delegação do Vasco da Gama, página 9 [4] 07/02/1948
  • Em disputa o Torneio dos Campeões, página 9 [5] 05/03/1948
  • Comentários sobre Vasco da Gama X El Litoral, página 11 [6] 17/02/1948
  • Vasco jogará com o Municipal de Lima, página 10 [7] 25/02/1948
  • Magnífica vitória do campeão carioca sobre o campeão uruguaio, página 09 [8] 19/02/1948
  • Comentários sobre as vitórias do campeão carioca, página 09 [9] 27/02/1948
  • Recebido Condignamente o Campeão dos Campeões, página 9,[10] 17/03/1948
  • Agradecimento do CR Vasco da Gama à imprensa, página 10 [11] 25/03/1948
  • O CR Vasco da Gama, campeão carioca, venceu o El Litoral, campeão da Bolívia, página 09 [12] 16/02/1948
  • Os campeões cariocas enfrentarão os campeões uruguaios, página 09 [13] 18/02/1948
  • River Plate só quer jogar com o C.R. Vasco da Gama no Chile , página 10 [14] 09/01/1948
  • Amanhã a estreia do Vasco da Gama, página 09 [15] 13/02/1948
  • Brilhante Vitória do CR Vasco da Gama, página 09 [16] 26/02/1948