Estação Quitaúna

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Quitaúna
Estação Quitaúna
A estação em 2017.
Uso atual Estação de trens metropolitanos
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração EFS (1929–1971)
Fepasa (1971–1996)
CPTM (1996–2022)
ViaMobilidade (2022-presente)
Linha Diamante
Sigla QTU
Posição Superfície
Serviços Terminal rodoviário
Informações históricas
Nome antigo Duque de Caxias
Inauguração 29 de maio de 1929 (94 anos)
Reconstrução 25 de janeiro de 1979 (45 anos)
Localização
Localização Estação Quitaúna
Endereço Praça A. R. Tavares s/nº - Osasco
Próxima estação
Sentido Itapevi/
Amador Bueno
Sentido Júlio Prestes
Quitaúna

A Estação Quitaúna é uma estação ferroviária, pertencente à Linha 8–Diamante operada pela ViaMobilidade. Está localizada no município de Osasco.

História[editar | editar código-fonte]

No início dos anos 1920 o Exército Brasileiro decidiu construir um novo aquartelamento na cidade de São Paulo, escolhendo uma grande área às margens do quilômetro 19 da linha tronco da Estrada de Ferro Sorocabana, conhecida pelo nome Sítio “Quitaúna”. A pedra fundamental da Vila Militar de Osasco foi lançada pelo presidente da república Epitácio Pessoa e pelo ministro da guerra Pandiá Calógeras em 28 de agosto de 1921.[1][2]

Para atender aos interesses logísticos do Exército, a Sorocabana implantou uma nova via férrea de bitola 1,60 m entre a Barra Funda e o quilômetro 21, permitindo o atendimento ao novo aquartelamento (equipamentos militares foram transportados por via férrea de Jundiaí para Quitaúna) e ao Matadouro de Carapicuíba, recém-implantado.[3] O Exército construiu dois grandes galpões, ligados à ferrovia por meio de desvios e suas instalações encontravam-se em funcionamento, pouco mais de um ano após o lançamento das obras.[4] A inauguração oficial do Quartel de Quitaúna ocorreu em 13 de agosto de 1922.[5][6]

A abertura do quartel de Quitaúna obrigou a Sorocabana a instalar um posto de embarque e desembarque exclusivo para o Exército.[7] Posteriormente o posto de embarque foi promovido a posto telegráfico, tendo novas instalações inauguradas em 29 de maio de 1929.[8] O crescimento das atividades militares em Quitaúna por conta da Segunda Guerra Mundial, onde encontrava-se o 20.º Grupo de Artilharia de Campanha Leve que integrou a Força Expedicionária Brasileira, obrigou a Sorocabana a iniciar obras de novas instalações para a estação em 1950.[9] A nova estação de Quitaúna foi inaugurada em 8 de abril de 1953.

Em 28 de março de 1957, o jovem Orlando Geisel faleceu atropelado na passagem de nível da estação Quitaúna. A morte de Orlando trouxe grande sofrimento ao seu pai, Ernesto Geisel, então comandante do aquartelamento de Quitaúna. Após o ocorrido, Ernesto Geisel solicitou transferência para o Rio de Janeiro.[10]

Em 1971, a Ferrovia Paulista S/A (Fepasa) absorve a Sorocabana e lança um plano de modernização dos trens de subúrbios. Dentro do plano foi elaborado um projeto de reconstrução da estação Quitaúna. As obras de reconstrução de Quitaúna foram licitadas em julho de 1976, através da concorrência S 7-35-76 lançada pela Fepasa.[11] As obras foram iniciadas em setembro daquele ano, com previsão de conclusão para 20 meses.[12]

Após atrasos, as obras da nova estação de Quitaúna são entregues em 25 de janeiro de 1979. Em 1996, a CPTM absorve a antiga Linha Oeste da Fepasa, mudando sua denominação para Linha B–Cinza. Em março de 2008, a linha recebe o nome de Linha 8–Diamante.

Em 20 de abril de 2021, foi concedida para o consórcio ViaMobilidade, composto pelas empresas CCR e RUASinvest, que passaram a ter o direito de operar a linha por trinta anos. O contrato de concessão foi assinado e a transferência da linha foi realizada em 27 de janeiro de 2022.<ref>«Resolução da STM autoriza a ViaMobilidade a assumir controle total da operação das Linhas 8 e 9 da CPTM a partir de 27 de janeiro.». Diário do Transporte. Consultado em 25 de janeiro de 2022 </ref

Tabelas[editar | editar código-fonte]

Linha Terminais Comprimento (km) Estações Observações
8
Diamante
Júlio PrestesItapevi 35,283 20 Possui extensão operacional.
Antiga Linha B–Cinza / Antiga Linha Oeste do Trem Metropolitano da FEPASA.
Sigla Estação Inauguração Integração Plataformas Posição Notas
QTU Quitaúna 29 de maio de 1929 Bilhete Único da SPTrans. Laterais e centrais Superfície Estação reconstruída pela FEPASA sendo reinaugurada em 25 de janeiro de 1979.

Referências

  1. «Ministro Pandiá Calógeras». Correio Paulistano, edição 20890, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de agosto de 1921. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  2. Jornal Primeira Hora (Osasco) (6 de abril de 1991). «Quitaúna: 70 anos de história acontecem sob nossos narizes». Câmara Municipal de Osasco. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  3. «Prolongamento da Sorocabana até a 2ª Região Militar de Quitaúna». Correio Paulistano, edição 21134, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  4. «Uma visita á Vila Militar de Quitaúna». Correio Paulistano, edição 21219, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  5. «Inauguração dos novos quartéis de Quitaúna e Pirassununga». Correio Paulistano, edição 21228, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 12 de agosto de 1922. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  6. «o sr, Ministro da Guerra em São Paulo». Correio Paulistano, edição 21231, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 15 de agosto de 1922. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  7. «Arrabaldes» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Suplemento, página 108. 31 de maio de 1925. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  8. Guia Geral das Estradas de Ferro (1960). «Estações ferroviárias da Linha Tronco da EFSorocabana em 1960». Centro Oeste. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  9. «Estrada de Ferro Sorocabana». Mensagem apresentada pelo governador Lucas Nogueira Garcez à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, paginas 34 e 35/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 14 de março de 1951. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  10. Elio Gaspari (9 de novembro de 2003). «Do capítulo Uma dor que não acaba». Época. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  11. Ferrovia Paulista S/A (25 de junho de 1976). «Concorrência S 7-35-76» (PDF). Dário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Ineditoriais, página 92. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  12. «Novas estações». Folha de S.Paulo, ano LVI, edição 17328, Segundo Caderno, página 22. 12 de setembro de 1976. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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