Fernando Azevedo e Silva

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Fernando Azevedo e Silva
Fernando Azevedo e Silva
Fernando Azevedo e Silva
12.º Ministro da Defesa do Brasil
Período 1° de janeiro de 2019 até 29 de março de 2021
Presidente Jair Bolsonaro
Antecessor(a) Joaquim Silva e Luna
Sucessor(a) Walter Braga Netto
Dados pessoais
Nascimento 4 de fevereiro de 1954 (70 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Alma mater Academia Militar das Agulhas Negras
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Serviço militar
Lealdade Brasil
Serviço/ramo Exército Brasileiro
Anos de serviço 1973-2018
Graduação General de exército
Comandos
Condecorações

Fernando Azevedo e Silva GCMMGCRBGOMD (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1954) é um general de exército do Exército Brasileiro. Exerceu o cargo de ministro da Defesa do Brasil no governo Jair Bolsonaro, entre 2 de janeiro de 2019 até 29 de março de 2021.

Foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após se recusar a interferir politicamente nas Forças Armadas, em um episódio que ficou conhecido como a maior crise militar desde o fim da Ditadura Civil-Militar.[4][5]

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Oficial[editar | editar código-fonte]

Ingressou no Exército em 17 de fevereiro de 1973, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) onde, em 14 de dezembro de 1976, foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Infantaria.[6] Serviu no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha - ES. Foi promovido ao posto de 2º Tenente em 31 de agosto de 1977 e a 1º Tenente em 25 de dezembro de 1978. Posteriormente, veio para a Brigada de Infantaria Paraquedista, onde passaria boa parte de sua carreira.[carece de fontes?]

Integrou, como atleta, as equipes das Forças Armadas de Voleibol e de Paraquedismo. Disputou os campeonatos Brasileiro (infantil e juvenil), os Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs), o Mundial Militar do Conselho Internacional do Desporto Militar, entre outros.[6]

Foi promovido ao posto de capitão em 25 de dezembro de 1982, realizou o curso da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais em 1986, e foi designado comandante da Companhia de Precursores Paraquedista no biênio 1987-1988. Em 1989, foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, onde foi promovido a major em 30 de abril de 1989.[carece de fontes?]

Em 1990, foi designado Ajudante de Ordens do Presidente Fernando Collor de Mello, com quem permaneceu até seu impeachment em 1992.[7] Nos anos de 1993 e 1994, realizou o curso de Comando e Estado-Maior na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, sendo promovido a Tenente-Coronel em 31 de agosto de 1994.[carece de fontes?]

Ascendeu ao posto de Coronel em 30 de abril de 1999 e foi comandante do 2º Batalhão de Infantaria Leve, em São Vicente. Em 2002, realizou o Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Serviu no Gabinete do Comandante do Exército, onde chefiou a Assessoria Parlamentar,[7] foi instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e participou da missão de paz no Haiti.

Oficial General[editar | editar código-fonte]

Promovido a General de Brigada em 31 de março de 2007, foi nomeado Comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista, onde ficou até 2009. Em seguida, comandou o Centro de Capacitação Física do Exército e Fortaleza de São João, entre 2009 e 2011.[6]

Fernando Azevedo e Silva discursando como autoridade olimpica.

Em 31 de março de 2011, ascendeu ao posto de General de Divisão e foi designado chefe do Departamento do desporto Militar e presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil do Ministério da Defesa. Foi presidente da Autoridade Pública Olímpica de 2013 a 2015. Em julho de 2013, foi condecorado com a Ordem do Mérito da Defesa no grau de Grande-Oficial.[6][3]

Atingiu o posto máximo da carreira, em 31 de julho de 2014, quando foi promovido a General de Exército. Assumiu o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, cargo que exerceu de 30 de março de 2015 a 23 de setembro de 2016.[8] Nessa função, foi o responsável pela segurança das Olimpíadas de 2016.

Admitido à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro ordinário em 2000, foi promovido a Oficial em 2004, a Comendador em 2007, a Grande-Oficial em 2011 e a Grã-Cruz em 2014.[9][10][11][12][1]

Sua última missão no serviço ativo foi a de Chefe do Estado-Maior do Exército, que exerceu de 2 de setembro de 2016 a 31 de agosto de 2018.[13] Em abril de 2018, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco.[2]

Posteriormente, atuou como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.[14]

Ministro da Defesa[editar | editar código-fonte]

Azevedo e Silva durante coletiva à Imprensa do Presidente da República, Jair Bolsonaro e demais Ministros de Estado.

Em 13 de novembro de 2018, o Presidente eleito Jair Bolsonaro o indicou para ser seu Ministro da Defesa.[15] Sua nomeação teria sido uma indicação do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira.[16]

No dia 15 do mesmo mês, foi entrevistado pela Folha de S. Paulo e afirmou que o governo Bolsonaro não representa a volta dos militares ao poder.[17]

No dia 21 de novembro, ele anunciou os nomes dos Comandantes das Forças Armadas do novo governo: Marinha - Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior; Exército - General de Exército Edson Leal Pujol; Aeronáutica - Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.[18][19]

Já no dia 22 de novembro, foi anunciado o nome do novo chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o Tenente Brigadeiro do Ar Raul Botelho.[20]

Em 2 de janeiro de 2019, assumiu o cargo de Ministro, na presença do Presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, citou o balanço institucional da nova conjuntura em sua fala. Elogiou o papel do Judiciário e do Ministério Público Federal em prol da estabilidade nacional. Fez, ainda, uma deferência à mídia, agradecendo sua presença na cerimônia e o papel de cobrança de autoridades. Ele ressaltou que as Forças Armadas irão agir apenas dentro do que estabelece a Constituição, inclusive em questões de segurança pública.[21]

Foi demitido do cargo em 29 de março de 2021, por ser contra o emprego político das Forças Armadas pelo Presidente Jair Bolsonaro. Em sua nota de despedida, afirmou que preservou as Forças Armadas como instituições de Estado e que saía na certeza da missão cumprida.[22]

Tribunal Superior Eleitoral[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2021, foi noticiado que assumirá o cargo de diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral a partir de fevereiro de 2022, por indicação do Ministro Alexandre de Moraes.[23]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 30 de julho de 2014.
  2. a b BRASIL, Decreto de 18 de abril de 2018.
  3. a b BRASIL, Decreto de 9 de julho de 2013.
  4. «Ministério da Defesa anuncia saída dos comandantes das três Forças Armadas». G1. Consultado em 1 de abril de 2021 
  5. «Folha de S.Paulo». Consultado em 30 de março de 2021 
  6. a b c d «Agência Brasil». Consultado em 13 de novembro de 2018 
  7. a b «Folha de S.Paulo». Consultado em 14 de novembro de 2018 
  8. «Galeria de ex-Comandantes do CML». Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  9. BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.
  10. BRASIL, Decreto de 8 de abril de 2004.
  11. BRASIL, Decreto de 28 de março de 2007.
  12. BRASIL, Decreto de 18 de abril de 2011.
  13. «Ex-Chefes do EME». Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  14. https://veja.abril.com.br/politica/general-do-exercito-fernando-azevedo-e-silva-sera-ministro-da-defesa/
  15. «Portal UOL». Consultado em 13 de novembro de 2018 
  16. «Folha de S.Paulo». Consultado em 20 de novembro de 2018 
  17. «Folha de S.Paulo». Consultado em 20 de novembro de 2018 
  18. «Portal UOL, 21 de novembro de 2018» 
  19. «Portal G1, 21 de novembro de 2018» 
  20. «Folha de S.Paulo, 22 de novembro de 2018» 
  21. «Folha de S.Paulo, 3 de janeiro de 2019» 
  22. «Jornal O Globo». Consultado em 30 de março de 2021 
  23. «Revista VEJA». Consultado em 22 de dezembro de 2021 

Precedido por
Francisco Carlos Modesto

35º Comandante Militar do Leste

2015 — 2016
Sucedido por
Walter Souza Braga Netto
Precedido por
Francisco Carlos Modesto

69º Chefe do Estado-Maior do Exército

2016 — 2018
Sucedido por
Paulo Humberto Cesar de Oliveira
Precedido por
Joaquim Silva e Luna

12º Ministro da Defesa do Brasil

2019–2021
Sucedido por
Walter Souza Braga Netto