Fernando Palomares

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Fernando Palomares (Sonora, ? - ?) foi indígena anarquista, militante do Partido Liberal Mexicano,[1] de origem maio.

Trajetória[editar | editar código-fonte]

Participou na Greve de Cananea de 1906, em agitações nos Estados de Sonora e Sinaloa em 1908, e na captura dos povoados de Mexicali e Tijuana durante a campanha libertaria do Exército Liberal em Baixa Califórnia em 1911.

Em Los Angeles, Califórnia, editou, junto com Juan A. Olivares, o jornal Libertad y Trabajo fundado em maio de 1908 como órgão de difusão ideológica do Clube Liberal "Terra, Igualdade e Justiça", o semanário deixou de publicar-se em junho do mesmo ano, pois Palomares foi comisionado como Delegado da Junta Organizadora do Partido Liberal Mexicano para entrar em contato com os grupos rebeldes de Sinaloa e Sonora que se preparavam para participar na insurreção planejada nesse ano pelo Partido Liberal Mexicano (PLM).[2]

Esteve a ponto mortar Porfirio Díaz, disparando-lhe durante os festejos da Independência do México na noite do 15 de setembro de 1908, no entanto o ditador saiu ileso.[3]

Em 1910 viajou para Baixa Califórnia junto com Pedro Ramírez Caule, outro activista de Cananea, para preparar a campanha que o 29 de janeiro de 1911 de captura do povoado de Mexicali. Aí, junto com Ramírez Caule, Teodoro M. Gaytán e Antonio de Pío Araujo, deram-se à tarefa de recrutar mais homens para lançar um ataque sobre Ensenada.[4] Palomares também participou na captura de Tijuana o 9 de maio de 1911.

Radicou-se no El Paso, Texas onde distribuía propaganda anarquista enviada pela Junta Organizadora desde Los Angeles.

Ao lado de Jesús María Rangel empenhou-se em reorganizar grupos guerrilheiros em Texas para cruzar a fronteira para o México e lançar-se de novo à luta armada em 1914, no entanto vários deles foram detidos acursados de assassinato e condenados pelas autoridades texanas; esse grupo de guerrilheiros será recordado como os Mártires de Texas.[5]

As raízes indígenas de Fernando Palomares também influíram no pensamento dos irmãos Flores Magón e na Junta Organizadora do PLM.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Hernández Padilla, Salvador (1984). El Magonismo: Historia de una pasión libertaria 1900-1922. [S.l.]: Ediciones Era. ISBN 9684111991  pag. 193 y 194.
  2. Nota en la Carta de R. Flores Magón a Antonio P. Araujo Cárcel del Condado, Los Ángeles, California, 28 de mayo de 1908. AE-RFM.
  3. Maldonado Alvarado, Benjamín. El indio y lo indio en el movimiento magonista, Ed. Antorcha, México, 2003.
  4. Ponce Aguilar, Antonio. De Cueva Pintada a la Modernidad : Historia de Baja California, p. 430.
  5. Hernández Padilla, Salvador. Ricardo Flores Magón, una vida en rebeldía, Ed. Antorcha, México, 2003.
  6. Bea, Juan Carlos y Ballesteros, Manuel. Magonismo y Movimiento indígena en México, Ed. Antorcha, México, 1997.