Tragédia do Sarriá

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Tragédia do Sarriá
Evento Copa do Mundo de 1982 (Segunda Fase)
Data 5 de julho de 1982
Local Estadi de Sarrià, Barcelona
Árbitro Israel Abraham Klein
Público 44.000

Tragédia do Sarriá foi como ficou conhecida a partida Brasil 2 – 3 Itália, pela segunda fase da Copa do Mundo de 1982. O jogo, considerado um dos maiores da história do futebol, foi disputado em 5 de julho de 1982, no Estádio Sarriá, que deu origem ao seu apelido.[1][2][3][4]

Devido ao futebol artístico e puramente simples, a seleção brasileira de 1982 era comparada à seleção tricampeã em 1970.[5]. No Brasil, a derrota dividiu os analistas, com uma corrente considerando a eliminação para a Itália como um "acidente", ou uma "uma tragédia" (daí o nome "Tragédia do Sarriá"), representando a vitória do pragmatismo sobre o futebol arte.[6]. Outra corrente prefere dar crédito à qualidade da seleção italiana, defendendo a ideia de que era uma equipe melhor, apesar de seu futebol defensivo.[7]

A Partida[editar | editar código-fonte]

Pré-jogo[editar | editar código-fonte]

Na copa do Mundo de 1982, as chamadas "quartas de finais" foi organizada de forma diferente do mata-mata tradicional. Foram formados quatro grupos com três equipes cada. O Brasil caiu no Grupo 3, ao lado de Itália e Argentina. A Argentina, do jovem Maradona, perdeu por 2x1 para os italianos e por 3x1 para os brasileiros. Por conta deste melhor saldo de gols, o Brasil começaria a partida com a vantagem de um empate para se classificar para as semifinais.[8]

A partida começou às 12h15, no horário de Brasília. Na véspera, Zico era dúvida e foi submetido a um teste de força, pouco antes da partida, para ter a escalação confirmada. Caso Zico não pudesse ir a campo, Telê Santana pretendia escalar Paulo Isidoro ou Renato. Gilberto Tim, o preparador físico da seleção, garantiu que a equipe estava fisicamente saudável. Telê Santana acreditava que a Itália jogaria de forma defensiva exercendo a marcação homem a homem: "Estamos preparados para enfrentar qualquer sistema defensivo". Falcão, que já era ídolo na Roma, alertou para os perigos da equipe italiana: "nas cobranças de escanteio, o Collovati costuma ir para o ataque cabecear. O Bruno Conti [companheiro de clube de Falcão] é, na minha opinião, o jogador mais criativo do time e o Gentile é um bom marcador e é claro que a Itália irá jogar um futebol de marcação. Eles têm, há tempos esse tipo de jogo, e o Bearzot entende que sua equipe tem de fazer esse tipo de jogo para obter sucesso, saindo sempre em contragolpes. Estamos preparados para enfrentá-los e creio que vamos superar qualquer tipo de obstáculo que tivermos pela frente." [9]

A Itália havia apresentado um futebol elogiado na Copa do Mundo FIFA de 1978, com diversos jogadores jovens e técnicos.[10] Porém, em 1982, a Itália estava em crise com a torcida e imprensa. O técnico Enzo Bearzot foi criticado por não ter convocado para a copa Evaristo Beccalossi, da Inter, e Roberto Pruzzo, da Roma, o artilheiro dos dois últimos campeonatos italianos, preferindo Paolo Rossi que vinha de uma suspensão de dois anos, decorrente de seu envolvimento no escândalo Totonero 1980. Durante o mundial, a Itália apresentou um futebol pobre na primeira fase, com três empates, 0x0 com a Polônia, e 1x1 com Peru e Camarões. A equipe se classificou apenas no número de gols marcados, superando Camarões (que havia empatado seus outros dois jogos em 0x0 e, portanto, tinha um gol a menos), aumentando as críticas aos jogadores e técnico. Ao mesmo tempo, a alta premiação que os jogadores receberiam em caso de conquista numa época em que a Itália vivia crise econômica acirrou os ânimos.[11] Em resposta, os jogadores e a comissão técnica pararam de falar com a imprensa, no caso conhecido como "silenzio stampa".[12]

Segundo o jornalista Jorge Kajuru, na manhã do jogo Telê Santana, Falcão, Sócrates, Zico ficaram revoltados porque Éder negociou com uma "empresa brasileira forte" para quando houvesse um gol dele, comemoraria na frente da placa. "Isso aí era uma sacanagem, porque o gol ele não fazia sozinho. Ele recebia o passe, era um time, plural, não era singular.". [13] Edinho confirmou em entrevista para a Placar em 1986: "Éder e Sócrates ganhavam 1 000 dólares para comemorar cada gol perto da placa". [14]

Na terceira partida, com o Brasil já classificado, Telê Santana queria poupar jogadores, mas os craques da seleção não deixaram. "Pressionaram o Telê" recorda Edinho: "E ele teve que ceder. Havia, para alguns, muita coisa em jogo: ser artilheiro da copa, entrar na seleção do mundial, fazer o gol mais bonito, ser o craque da Copa e se transferir para a Europa. O raciocínio era individual". [15]. Nessa partida, Telê Santana faria apenas uma substituição no jogo, repetindo Zagallo em 1974, Zagallo em 1998 e Dunga em 2010 como técnicos eliminados sem queimar todas as substituições permitidas.

O Brasil era amplamente favorito. Antes do confronto, Bearzot afirmara que o "Brasil é o único time com pelo menos 16 estrelas e sem fraquezas".[16]

Paolo Rossi descreveu o clima no vestiário italiano: "A tensão antes do jogo. Eu estava nervoso, ansioso. Eu sabia que todos estavam esperando grandes coisas de mim, mas eu ainda não tinha conseguido fazer nada de bom. Apenas críticas, performances ruins. De manhã, eu lembro, fiquei particularmente agitado, dormi no quarto com o Cabrini, conversei com ele por um tempo, depois houve o encontro técnico e o Bearzot explicou como deveríamos jogar, ele deu a todos uma tarefa específica, você marca isso, Gentile cuida do Zico, outro de Sócrates, Oriali vai em Eder ... Para mim ele só disse: Paolo, você está calmo e joga. Você vai ver que vai dar certo".[17]

Eliminada na 2ª Fase

O jogo[editar | editar código-fonte]

1º Tempo[editar | editar código-fonte]

O jogo começa e a Itália logo tem uma oportunidade, desperdiçada por Rossi, que falha no arremate. Na segunda chance, porém, ele não desperdiçou. Cabrini cruzou e Rossi, sozinho, testou sem chances para Waldir Peres. Eram 5 minutos de jogo e a Itália saía na frente.

O Brasil precisava buscar o empate e correu atrás, encurralando a Itália no seu campo. Primeiro, Serginho desperdiçou uma oportunidade clara, cara a cara com o goleiro. Mas o Brasil seguiu atacando. Sócrates pega a bola na defesa, avança, tabela com Zico, que gira entre os marcadores e devolve para Sócrates, que acerta um chute em ângulo difícil. É o empate brasileiro, logo aos 12 minutos de jogo.

No 25º minuto de jogo, Cerezo tenta um passe cruzado,ainda no campo de defesa, para Oscar. Rossi se antecipa, rouba a bola e chuta. Itália na frente novamente. Em entrevista logo após a derrota para a Itália, Júnior descreveu a reação em campo:

[18]

O Brasil partiu para cima, encurralando a Itália novamente. Num lance dentro da área, Gentile puxa a camisa de Zico, chegando a rasgá-la. Pênalti clarissimo que o juiz não viu. De nada adiantou as reclamações brasileiras, e de Zico mostrar a camisa rasgada para o árbitro. A alegação da arbitragem é que o lance já se encontrava paralisado, pois Zico estava impedido. O jogo seguiu, e o primeiro tempo terminou mesmo 2 x 1 Itália.

2º Tempo[editar | editar código-fonte]

O Brasil começou o segundo tempo como terminou o primeiro: pressionando. Antes de conseguir empatar, desperdiçou 2 oportunidades: a primeira com Falcão, e a outra com Serginho.

Aos 23 minutos, o Brasil conseguiu empatar. Júnior saiu da lateral para o meio e passou para Falcão na entrada da área. O ídolo colorado recebeu, virou o corpo como se fosse passar para Cerezo (que entrava em velocidade puxando a marcação), mas rapidamente mudou de direção, abrindo um clarão à sua frente. Pé esquerdo na bola, pancada e gol. Aos 23 do segundo tempo, a vaga era novamente do Brasil.

Porém, 6 minutos depois, numa jogada de escanteio, Rossi faz o terceiro gol italiano. O relógio marcava 29 do 2º tempo, e a Itália novamente ficava em vantagem.

A Itália ainda teve um gol mal anulado por impedimento e, a poucos minutos do apito final, o Brasil teve uma chance de empatar em cabeçada do zagueiro Oscar, que Zoff salvou em cima da linha. Relembra o goleiro:

Pós-Jogo[editar | editar código-fonte]

No Brasil[editar | editar código-fonte]

  • Após o jogo, o técnico Telê Santana acalmou os jogadores no vestiário: "Voltem tranqüilos para o Brasil. Vocês jogaram o melhor futebol da Copa e o mundo inteiro aplaudiu o nosso time."[20]
  • Para Waldir Peres perdeu para Itália porque Batista não jogou: “O Batista tinha sido escalado pelo Telê Santana contra a Argentina para ir pegando entrosamento porque ele estava sendo preparado para enfrentar a Itália. Faltava um jogador de marcação para proteger a zaga. Mas o Diego Maradona acertou uma pancada nele e ele não pode jogar”.[21]
  • De acordo com Jairo dos Santos, observador técnico da comissão da seleção, o Brasil perdeu por ser uma equipe extremamente ofensiva: "Na época, um computador definiu o sistema tático da Seleção Brasileira de acordo com a posição média dos jogadores calculada a partir do centro do raio de ação. Deu algo parecido com um 2-3-5. Foi uma derrota terrível, mas tenho muito orgulho do futebol que nós jogamos naquela Copa do Mundo."[22]
  • O jornalista Mauro Cezar Pereira vai na mesma linha: "Defesa só razoável ante adversário forte, que fizera ótimo Mundial em 1978. Estilo bonito, ofensivo, mas desprotegido, otimismo exagerado ao redor, como se a possibilidade de derrota não existisse. Perder para a Itália foi algo que nos surpreendeu, machucou, mas não houve injustiça nos 90 minutos. Eles foram superiores, mais competitivos e estavam preparados para vencer. O Brasil não estava preparado para perder. Por isso essa ferida jamais cicatrizará."[23]
  • O ex-treinador da seleção João Saldanha, em crônica para o Jornal do Brasil, após a partida, no dia 6 de julho, culpou a deficiência na preparação física e a fragilidade do lado direito do Brasil: "No jogo da Itália, com mais quinze minutos [Leandro] sairia levado pelas enfermeiras não para um hospital, mas para um cemitério. Estava morto de cansaço. E o Cabrini folgava sempre. Era jogada de desafogo do time italiano. Qualquer problema e bastava jogar a bola por ali. Fizeram o primeiro e, quando precisavam da cera, bastava segurar o jogo pelo lado onde tínhamos apenas o Leandro. Sim, Zico, Sócrates, Júnior, Cerezo e este estupendo Falcão sempre estiveram muito bem. Mas até carregadores de piano cansam quando fazem esforços acima de sua capacidade. Nosso time, com a tão decantada preparação especial, estava muito cansado no final do jogo. (...) Se chegamos a uma posição tão elevada, devemos à qualidade de quatro ou cinco jogadores excepcionais, mas cuja capacidade física também tem seus limites. "[24]

Na Itália[editar | editar código-fonte]

  • Para Dino Zoff, a seleção italiana venceu por ser mais rápida: “O Brasil tinha uma grande seleção, mas nós tínhamos um time mais rápido. Éramos muito velozes e perigosos no contra-ataque. Por isso ganhamos. O Brasil tinha uma boa posse de bola, mas nós éramos muito rápidos. O Brasil até tinha arranque e velocidade, mas nós tínhamos mais”.[25]
  • Para Giancarlo Antognoni, a seleção italiana estava menos tensa em campo por não ser a favorita: "Recebemos muitas críticas no início do campeonato, assim que depois disso enfrentamos aquelas duas grandes seleções com a sensação de que já não tínhamos nada a perder. Se perdêssemos, seria para dois times que eram, no papel, melhores do que nós. Depois de ganhar da Argentina ainda fomos a campo mais tranquilos. Por outro lado, eles estavam obrigados a ganhar. Assim que, do ponto de vista psicológico, nós estávamos melhor preparados. Não precisávamos ganhar. Estas coisas acontecem muito no futebol: se você joga contra alguém que é melhor, se considera normal perder; quando é o oposto, ocorre exatamente o contrário. E a concentração com o qual enfrenta o jogo é diferente".[26]
  • Após a partida, Pelé definiu Bruno Conti como "o melhor jogador do mundo".[27]
  • Para a revista esportiva italiana Guerin Sportivo, o duelo de Sarria foi a "partida da vida" para quem era jovem na época.[28]
Classificada para a Semifinal
Eliminadas na 2ª Fase

Legados[editar | editar código-fonte]

Para muitos, o resultado causou uma profunda transformação no futebol mundial, com o pragmatismo de um estilo mais defensivo imperando no planeta bola nos anos seguintes.[29] Paolo Rossi, por outro lado, negou o impacto mundial do jogo, declarando que "não se pode atribuir um peso tão grande aquela partida" cujas consequências estariam restritas ao Brasil.[30]

O treinador José Mourinho lembrou do confronto para explicar sua visão de que o futebol é um jogo coletivo: "Enquanto treinador, e não como torcedor, o futebol para mim será sempre em equipe. E eu prefiro treinar uma equipe do que um grupo de grandes jogadores. Então, se naquele momento específico me perguntasse se eu queria ir para o banco do Brasil ou da Itália, eu iria para o banco da Itália".[31]

Josep Guardiola declarou: "“As pessoas tentam julgar o sucesso por títulos e por recordes, mas, assim como um bom livro ou um bom filme, um time pode ter um impacto nas pessoas para sempre. Esse foi o Brasil 82 para mim.".[32]

A eliminação também marcou a queda de uma das seleções brasileiras mais badaladas de todos os tempos. Em 2006, Brasil também era considerado por muitos a ser favorito, mas acabou sendo eliminado para a França com gol de Thierry Henry. A eliminação do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo FIFA de 2022 foi dito como o "Sarriá 2.0" por alguns da mídia. [33]

Estatísticas e Curiosidades[editar | editar código-fonte]

  • Esta foi a última derrota do Brasil para a Itália. Até o final de 2013, haviam sido realizados sete duelos entre brasileiros e italianos. O Brasil venceu quatro vezes e aconteceram três empates, incluindo o 0 a 0 da final da Copa do Mundo de 1994.[34]
  • Esta foi a única vez que um jogador fez um hat trick na Seleção Brasileira em Copas do Mundo.[35]
  • Até 2012, Paolo Rossi foi o único jogador a marcar um hat trick na Seleção Brasileira em jogos oficiais. Lionel Messi, num amistoso, também fez 3 e entrou para este seleto grupo de 2 jogadores a marcarem 3 gols numa mesma partida contra a Seleção Brasileira.[36]
  • Vale lembrar que, em partida válida pela Primeira Fase da Copa de 1938, o atacante polonês Ernest Wilimowski marcou 4 gols, na partida vencida pelo Brasil por 6x5.
  • O Brasil de 1982 caiu na 2ª fase e terminou em 5º lugar com 15 gols marcados e seis sofridos em cinco jogos, a melhor campanha entre as equipes fora da semifinal. A Itália foi campeã com 12 gols marcados e seis sofridos em sete jogos.
  • Nos três jogos da primeira fase e na partida de estreia na segunda fase, contra a Argentina, Paolo Rossi não havia balançado as redes uma vez sequer. Foi contra o Brasil, marcando três gols, que o atacante com então 25 anos iniciou sua trajetória rumo à artilharia do Mundial. Depois, fez os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia, na semifinal, e abriu o placar na decisão contra a Alemanha Ocidental.[37]
  • Após o apito final do árbitro, um garotinho foi clicado pelo fotógrafo Reginaldo Manente enquanto chorava a eliminação brasileira na Copa. Esta foto estampou a capa do “Jornal da Tarde”, na edição do dia posterior a eliminação brasileira. Somente a foto, ampliada, sem texto nenhum além da data da tragédia do Sarriá. A imagem ganhou o Prêmio Esso, láurea maior entre os jornalistas do país. O garoto, José Carlos Vilela Júnior, tinha 10 anos de idade à época, e atualmente é advogado em Florianópolis.[38][39]

Na Mídia[editar | editar código-fonte]

Livros que contam sobre esta partida:

Visão Brasileira:

  • 2012 - “Sarriá 82 – O que faltou ao futebol arte?”, de Gustavo Roman e Renato Zanata.
  • 2012 - “Los Fantasmas de Sarrià Visten de Chándal“, de Wilmar Cabrera
  • 2012 - “82 – Uma Copa – 15 Histórias“[41]

Visão Italiana:

  • 2010 - "Italia-Brasile 3 a 2" de Davide Enia
  • 2014 - "1982. Il mio mitico mondiale" de Paolo Rossi e Federica Cappelletti
  • 2019 - "La Partita" de Piero Trellini

Detalhes[editar | editar código-fonte]

5 de Julho de 1982 Brasil Brasil 2–3 Itália Itália Estadio Sarriá, Barcelona
17:15 CEST
Sócrates Gol marcado aos 12 minutos de jogo 12'
Falcão Gol marcado aos 68 minutos de jogo 68'
Relatório Paolo Rossi Gol marcado aos 5 minutos de jogo 5', Gol marcado aos 25 minutos de jogo 25', Gol marcado aos 74 minutos de jogo 74' Público: 44,000
Árbitro: Israel Abraham Klein
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Itália
GK 1 Waldir Peres (São Paulo)
DF 2 Leandro (Flamengo)
DF 3 Oscar (São Paulo)
DF 4 Luizinho (Atlético Mineiro)
DF 5 Toninho Cerezo (Atlético Mineiro)
DF 6 Júnior (Flamengo)
MF 15 Falcão (Roma)
MF 8 Sócrates Capitão (Corinthians)
MF 10 Zico (Flamengo)
MF 11 Éder (Atlético Mineiro)
CF 9 Serginho (São Paulo) Substituído após 69 minutos de jogo 69'
Substitutos:
MF 7 Paulo Isidoro (Grêmio) Entrou em campo após 69 minutos 69'
GK 12 Paulo Sérgio (Botafogo)
DF 13 Edevaldo (Internacional)
DF 14 Juninho (Ponte Preta)
DF 16 Edinho (Udinese)
DF 17 Pedrinho (Vasco da Gama)
MF 18 Batista (Grêmio)
CF 19 Renato (São Paulo)
CF 20 Roberto Dinamite (Vasco da Gama)
MF 21 Dirceu (Atlético Madrid)
GK 22 Carlos (Ponte Preta)
Técnico:
Brasil Telê Santana
GK 1 Dino Zoff Capitão (Juventus)
DF 4 Antonio Cabrini (Juventus)
DF 5 Fulvio Collovati (Milan) Substituído após 34 minutos de jogo 34'
DF 6 Claudio Gentile (Juventus) Penalizado com cartão amarelo após 13 minutos 13'
DF 7 Gaetano Scirea (Juventus)
MF 9 Giancarlo Antognoni (Fiorentina)
MF 13 Gabriele Oriali (Internazionale) Penalizado com cartão amarelo após 78 minutos 78'
MF 14 Marco Tardelli (Juventus) Substituído após 75 minutos de jogo 75'
MF 16 Bruno Conti (Roma)
CF 19 Francesco Graziani (Fiorentina)
CF 20 Paolo Rossi (Juventus)
Substitutos:
DF 2 Franco Baresi (Milan)
DF 3 Giuseppe Bergomi (Internazionale) Entrou em campo após 34 minutos 34'
DF 8 Pietro Vierchowod (Fiorentina)
MF 10 Giuseppe Dossena (Torino)
MF 11 Giampiero Marini (Internazionale) Entrou em campo após 75 minutos 75'
GK 12 Ivano Bordon (Internazionale)
MF 15 Franco Causio (Udinese)
CF 17 Daniele Massaro (Fiorentina)
CF 18 Alessandro Altobelli (Internazionale)
CF 21 Franco Selvaggi (Cagliari)
GK 22 Giovanni Galli (Fiorentina)
Técnico:
Itália Enzo Bearzot


Árbitros Assistentes:
Hong Kong Thomson Chan
Bulgária Bogdan Dotchev

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Geral[42] Italy Brasil
Gols marcados 3 2
Posse de Bola 45% 55%
Finalizações totais 9 27
Finalizações certas 3 8
Escanteios 1 4
Impedimentos 1 3
Faltas cometidas 19 21


Referências

  1. globoesporte.globo.com/ Nem sempre ganha o melhor: "Tragédia do Sarriá" faz 30 anos
  2. «1982: Why Brazil V Italy Was One Of Football's Greatest Ever Matches» (em ingles). Esquirre. Consultado em 20 de julho de 2019 
  3. «Brazil lost that Italy game in 1982 but won a place in history – Falcão» (em ingles). The Guardian. Consultado em 20 de julho de 2019 
  4. «Top 10 World Cup Games» (em ingles). Keepingscore. Consultado em 20 de julho de 2019 
  5. «Italy 3-2 Brazil, 1982: the day naivety, not football itself, died» (em ingles). The Guardian. Consultado em 20 de julho de 2019 
  6. Jornal da Globo: Seleção Brasileira encanta o mundo mesmo sem ganhar. 25/05/2010
  7. UOL Entretenimento: Livro desconstrói mitos do futebol, como bom mocismo de Messi. 24/06/2014
  8. jconline.ne10.uol.com.br/ Tragédia do Sarriá completa 30 anos
  9. «BRASIL ATACA E ITÁLIA ESPERA PELO "MILAGRE». Folha. Consultado em 20 de julho de 2019 
  10. «Mondiale 1978: Italia, allegria del tango ma poi l'Olanda ci beffa». La Gazzetta dello Sport. Consultado em 20 de julho de 2019 
  11. «Mondiale 1982, Italia campione: schiaffi e interrogazioni, poi Rossi ci fa godere». La Gazzetta dello Sport. Consultado em 20 de julho de 2019 
  12. «A Itália 1982 está no meio de nós». Sabado. Consultado em 20 de julho de 2019 
  13. REVELANDO informações de BASTIDORES da COPA do MUNDO - JORGE KAJURU. Youtube. 15 de maio 2022. Em cena em dur: 06.15. Consultado em 15 de maio de 2021 
  14. «Os segredos de 1982», Editora Abril, Revista Placar, 7 abr. 1986 .
  15. «Os segredos de 1982», Editora Abril, Revista Placar, 7 abr. 1986 .
  16. «The Joy of Six: tales from the Guardian and Observer's World Cup diaries». The Guardian. Consultado em 20 de julho de 2019 
  17. «Italia-Brasile, Rossi: '5 luglio 1982? Necessaria dopo anni di piombo. E con Cabrini...». calciomercato. Consultado em 20 de julho de 2019 
  18. «Espanha 82». Uol. Consultado em 20 de julho de 2019 
  19. gazetadopovo.com.br/ Conti lembra "tragédia do Sarrià": "Brasil foi bastante presunçoso"
  20. [1] Tragédia do Sarriá completa 25 anos.
  21. «W. Peres diz que Seleção de 82 perdeu para Itália porque Batista não jogou». Uol. Consultado em 20 de julho de 2019 
  22. «Espião de Telê Santana na Copa de 1982, Jairo dos Santos lembra os 35 anos da Tragédia do Sarriá». Correio Braziliense. Consultado em 20 de julho de 2019 
  23. «Lendária, após 35 anos a seleção de 1982 ainda faz o Brasil buscar explicações». Espn. Consultado em 20 de julho de 2019 
  24. «O Limite da Estupidez». Jornal do Brasil. Consultado em 10 de julho de 2022 
  25. «Dino Zoff explica vitória sobre o Brasil em 82: "Itália era mais rápida"». Clicrbs. Consultado em 20 de julho de 2019 
  26. «Cérebro da Itália diz que seleção de Telê 'estava obrigada a ganhar' em 1982 e garante: 'Poderia ter jogado no Brasil'». ESPN. Consultado em 20 de julho de 2019 
  27. «Essere Bruno Conti Eccome come si fa». La Gazzetta dello Sport. Consultado em 20 de julho de 2019 
  28. «'Un Mondiale per Zico"». Guerrin Sportivo. Consultado em 20 de julho de 2019 
  29. globoesporte.globo.com/ “A tragédia do Sarriá”, em livro e post
  30. «Italia-Brasile '82: Paolo Rossi risponde a Zico». Calciomercato. Consultado em 20 de julho de 2019 
  31. «Mourinho diz que preferiria treinar a Itália ao Brasil de 1982». Hoje em dia. Consultado em 20 de julho de 2019 
  32. «THE GREATEST GAME EVER LOST». 8by8 magazine. Consultado em 20 de julho de 2019 
  33. «Opinião: um Sarriá 2.0 para a geração de 'filhos do penta'». Veja Abril. Consultado em 3 de agosto de 2023 
  34. tribunadoceara.uol.com.br/ Brasil não perde para a Itália desde a “Tragédia do Sarriá”
  35. veja.abril.com.br/ Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
  36. pt.fifa.com/ Arquivado em 21 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine. Recordes em amistosos e na Euro
  37. globoesporte.globo.com/ Tragédia do Sarriá completa 25 anos
  38. esporte.uol.com.br/ No fim do Jornal da Tarde, menino da tragédia do Sarriá conta como foto histórica marcou sua vida
  39. [2] Fotógrafo resgata decepção brasileira na Copa da Espanha
  40. jcnet.com.br/ Um Brasil favorito dava adeus à Copa da Espanha em 5/7/82; uma foto resumiu tudo
  41. futpopclube.com/82 – Uma Copa – Quinze Histórias
  42. Predefinição:Https://www.sofascore.com/brazil-italy/hUbsYUb