Clube Atlético Carlos Renaux
Esta página ou se(c)ção precisa ser formatada para o padrão wiki. (Maio de 2016) |
Nome | Clube Atlético Carlos Renaux | ||
Alcunhas | Tricolor Vovô | ||
Mascote | Vovô do Futebol Catarinense | ||
Principal rival | Brusque | ||
Fundação | 14 de setembro de 1913 (111 anos) | ||
Estádio | Augusto Bauer | ||
Capacidade | 5.000 espectadores | ||
Localização | Brusque, Santa Catarina, Brasil | ||
Presidente | Altair Heck | ||
Treinador(a) | Chiquinho Lima | ||
Patrocinador(a) | BHM Têxtil e Boutton | ||
Competição | Campeonato Catarinense - Série B | ||
Website | |||
|
O Clube Atlético Carlos Renaux, conhecido simplesmente por Carlos Renaux ou Tricolor do Vale, é um clube de futebol brasileiro, da cidade de Brusque, em Santa Catarina. Conhecido como o "Vovô do Futebol Catarinense", suas cores oficiais são o azul, o vermelho e o branco.Seus Maiores Rivais São O Clube Esportivo Paysandu E O Brusque.Em 2017 sagrou-se vice-campeão da Copa Krona, campeonato da Liga Blumenauense de Futebol na categoria adulto.
História
[editar | editar código-fonte]Fundação
[editar | editar código-fonte]Fundado em 14 de setembro de 1913 sob o nome Sport Club Brusquense, por Arthur Olinger, (ex-jogador do Novo Hamburgo) e Guilherme Diegoli. Arthur Olinger trabalhava num curtume em Novo Hamburgo (RS) e Guilherme Diegoli construía vagões em Paranaguá (PR). Entretanto, ambos decidiram retornar a Brusque. Na bagagem de Olinger, havia uma bola de futebol. Realizaram uma partida contra o Clube Caça e Tiro Araújo Brusque. Após o jogo se organizaram. Assim surge o primeiro clube profissional de futebol de Santa Catarina, daí o slogan "Vovô do Futebol Catarinense".
O Primeiro presidente foi Guilherme Fernandes. Sua primeira partida oficial foi um 0x0 contra o Tijuquense em 22 de agosto de 1914. O primeiro gol surgiu na vitória de 1 a 0 sobre o Itajaí FC, marcado por Willie Rish.
Primeiros anos: décadas de 1920 e 30
[editar | editar código-fonte]O Sport Clube Brusquense teve sua primeira temporada no Campeonato Catarinense em 1929, disputando a Zona Blumenau/Brusque. Em partida única, contra o Brasil de Blumenau, a equipe perdeu por 10x2 e foi eliminada da competição
Em 1930, o Brusquense voltaria a disputar o Campeonato Catarinense no ano seguinte, que seria disputada entre quatro clubes: Avaí, o próprio Brusquense, Brasil de Tijucas e Marcílio Dias. O Brusquense se classificou direto para as semifinais, pegando o vencedor de Brasil de Tijucas e Marcílio Dias. Com a vitória do Marcílio Dias por 1x0, ficou-se definido então o adversário do Brusquense. A partida foi realizada no dia 11 de janeiro de 1931. O Marcílio Dias venceu a partida pelo placar de 3x1 e o Brusquense foi mais uma vez eliminado em sua primeira partida.[1]
Ainda em 1930, o clube conquistaria a Taça Telephonica Catharinense.
De 1923 até 1931, o clube alugava o campo da Socidade Esportiva Bandeirante [1], outro clube da cidade, para mandar seus jogos, pois não possuía um estádio próprio.
O Estádio Augusto Bauer, que pertence ao Carlos Renaux foi inaugurado em 7 de junho de 1931 em amistoso contra o Marcílio Dias (0x1). Entre 1950 e 1960 foram construídos arquibancadas, aterro, ampliado o campo, alambrado e sistema de refletores. Foi o primeiro time catarinense a possuir alambrado e iluminação em seu estádio próprio.
O clube dedicou-se também a grandes eventos sociais, bailes, teatros, festas juninas, tricolor-mini-copa, além de vôlei, basquete, bolão, bocha e atletismo. A maioria dos torcedores é composta de descendentes de italianos, enquanto seu rival Paysandu tem em sua maioria alemães.
Década de 1940: mudança de nome
[editar | editar código-fonte]Depois da disputa da edição do campeonato de 1930, o clube só voltaria a disputar o Campeonato Catarinense em 1941. O time ficou na Zona Itajaí-Blumenau-Brusque. E novamente em jogo único ele voltaria a enfrentar o Brasil de Blumenau. Realizado no dia 25 de Agosto de 1941 e se classificou para a final da Zona Sul. A decisão da Zona Sul foi definida entre Brusquense e Figueirense em jogo único no dia 5 de Setembro de 1941. Com a vitória de 2x1, o Figueirense se classificou para a decisão do torneio. O Brusquense terminou o campeonato em terceiro lugar
Em 1942, o clube novamente disputa o Campeonato Catarinense, porém já na primeira partida perdeu para o América de Joinville e foi eliminado da competição. Em 1943 novamente foi eliminado no primeiro jogo, após perder para o Blumenauense por 5x3.
Em 1944, um decreto de lei federal vedou qualquer clube ter denominação relacionada a países, estados, municípios e regiões em decorrência da Segunda Guerra Mundial. Muitos clubes foram afetados com essa resolução, incluindo o Palestra Itália, que mudou o seu nome para Palmeiras, e o próprio Brusquense, que por possuir o nome relacionado a cidade de Brusque, teria que alterar o seu nome. Com isso o clube passou a se chamar Clube Atlético Carlos Renaux em 19 de março de 1944.
1950: Vence o Figueirense nas duas partidas finais e é Campeão Catarinense
[editar | editar código-fonte]O ano de 1950 ficou marcado para o torcedor do Carlos Renaux por ter acontecido a primeira conquista do Campeonato Catarinense. Com a final disputada em dois jogos contra o Figueirense, o Carlos Renaux ganhou as duas partidas por 1x0, a primeira no dia 27 de maio de 1951 no Estádio Augusto Bauer, em Brusque. O juiz da partida foi Artur Paulo Lange. A segunda partida ocorreu no dia 3 de junho de 1951 no Estádio Adolfo Konder, em Florianópolis onde o Renaux voltou a derrotar o Figueirense por 1x0. O juiz da partida foi Manoel Machado, do Rio de Janeiro.[2]
1953: Campeão Catarinense Invicto após bater América de Joinville duas vezes
[editar | editar código-fonte]1953 também foi marcante para o torcedor do Vovô. O ano já começou com a primeira partida do Carlos Renaux contra um grande do futebol brasileiro. No dia 13 de janeiro de 1953, durante as festividades de inauguração de sua arquibancada social, o Carlos Renaux convidou o Flamengo para disputar um amistoso. O jogo terminou 3x0 para o Flamengo.
Já o Campeonato Catarinense de 1953 não poderia ter começado melhor, na fase qualificatória contra o União de Ibirama, os brusquenses aplicaram logo de cara duas goleadas históricas, 9x3 e 7x2. Nas quartas de final outra goleada histórica, 7x1 em cima do Cruzeiro em Joaçaba. O placar foi tão elástico que a equipe do Cruzeiro decidiu não comparecer ao jogo de volta.
Nas semifinais outra goleada, 6x2 sobre o Baependi de Jaraguá do Sul, e com mais 2x0 no jogo de volta a equipe se classificou para a final. A final foi contra o América de Joinville, e após duas vitórias apertadas, 4x3 e 3x2, o Carlos Renaux conquistou o título de forma invicta pela primeira vez em sua história. Com isso eles se tornaram bicampeões catarinenses.
1954: Vitória sobre a Seleção Gaúcha, então campeã brasileira
[editar | editar código-fonte]Outro grande acontecimento ocorreu no dia 22 de janeiro de 1954. A vitória sobre a forte Seleção Gaúcha, então atual campeã brasileira de seleções. A própria Federação Catarinense de Futebol reconhece oficialmente que esta partida foi a principal conquista de um time catarinense em todos os tempos, juntamente com a conquista da Copa do Brasil pelo Criciúma, em 1991. O Carlos Renaux foi o time convidado pela FCF para ir a Porto Alegre representar Santa Catarina. Toda a imprensa noticiava uma vitória fácil da seleção gaúcha, então campeã nacional, mas o Renaux venceu a partida por 2x1, gols de Julinho Hildebrand e Otávio Bolognimi. Este jogo causou uma imensa repercussão a nível jornalístico em todo país.
1958: O maior jogo disputado em SC
[editar | editar código-fonte]Em 1958, aquele que foi considerado o maior jogo já disputado em solo catarinense. Com Garrincha, Nilton Santos, Zagallo, Quarentinha, Gérson "canhotinha de ouro" e outros craques que eram base da seleção brasileira, treinados por João Saldanha, o Botafogo (RJ) veio a Brusque enfrentar o Atlético Renaux. Com o Estádio Augusto Bauer completamente lotado, no primeiro tempo o Renaux disparou incríveis 5x1 de vantagem. No segundo tempo, com melhor preparo físico, os cariocas conseguiram empatar. Placar final 5x5. Este é considerado um dos grandes momentos da história do futebol catarinense. A delegação carioca, após o jogo, foi recepcionada para um lauto jantar. Neste dia, à noite, haveria a convocação da Seleção Brasileira que viajaria à Suécia para a disputa da Copa do Mundo de 1958. O lateral Nilton Santos prometeu que caso fosse convocado nunca mais esqueceria os amigos feitos em Brusque e até retornaria à cidade em outra ocasião. E foi justamente o que aconteceu. Nilton Santos foi convocado.
Década de 1970 e 1980: grandes jogos contra times do RJ
[editar | editar código-fonte]Em 1978, o Carlos Renaux disputaria três amistosos contra três clubes grandes do Rio de Janeiro, Fluminense, Botafogo e Vasco da Gama, times que contam com muita torcida na região. Os jogos tornaram-se um acontecimento inesquecível até hoje lembrado pelos brusquenses. A iniciativa do presidente Arno Gracher e posteriormente Leonardo Loos trouxeram à cidade grandes nomes do futebol brasileiro, destacando Roberto Dinamite (Vasco) e Rivelino (Fluminense). As delegações dos clubes cariocas visitaram grandes empresas têxteis de Brusque, dentre as quais Buettner S/A. Em 1982, o Carlos Renaux realizou um amistoso contra a "Seleção do Uruguai" vencendo implacavelmente por 4 a 1 para o 'Vovô. O último jogo oficial na primeira divisão catarinense foi disputado em 3 de agosto de 198], 1x1 contra o Figueirense.
1976: "O fantasma do futebol catarinense"
[editar | editar código-fonte]Para o Campeonato Catarinense de 1976 ninguém poderia imaginar que o futebol brusquense voltaria ao topo das reportagens daquele ano. A diretoria contratou o técnico Joel Castro Flores, foi buscar jogadores em times do eixo Rio-SP, onde brilharam com a camisa atleticana naquele ano. Foram considerados destaques Paulo Garça (atacante) e Monga. Sem maiores pretensões a equipe começou de forma regular o campeonato que contou com 20 times naquele ano, e foi crescendo consideravelmente no decorrer da competição, onde acabou vencendo dentro do Estádio Augusto Bauer as grandes forças do futebol catarinense. Equipes como Joinville, Avaí, Figueirense, Chapecoense e Criciúma e o rival Paysandú foram impiedosamente derrotadas pelo Carlos Renaux, fazendo crescer o entusiasmo da torcida tricolor, que empolgada pela grande campanha, começou a lotar as arquibancadas nos jogos em casa para apoiar o time. A excelente campanha chamou atenção da mídia nacional. A "Revista Placar", a mais lida publicação esportiva do país na época, mandou repórteres à Brusque para uma reportagem especial. E o clube assim ganha quatro páginas de uma reportagem especial na Placar. "Carlos Renaux, O Fantasma do Futebol Catarinense" foi a manchete de Placar. No sub-título os dizeres: "De um Técnico Incompreendido, um Time em Pedaços e Uma Torcida Desconfiada Surge a Maior Surpresa do Futebol Catarinense". Com uma campanha irretocável e ótimo aproveitamento o Carlos Renaux qualificou-se para a decisão do Campeonato Catarinense de 1976 contra o Joinville EC. Quando já se preparava para decidir o título estadual veio a notícia de que uma representação do Juventus de Rio do Sul junto a Federação Catarinense, alegando que um atleta do time brusquense estaria irregular, foi acatada. Com isso, o Juventus pegou o lugar do Carlos Renaux na grande final. Com isso, o Renaux acabou ficando com a terceira colocação final no campeonato.
Enchentes
[editar | editar código-fonte]A 4 de agosto de 1984 abateu-se grande enchente sobre a cidade de Brusque, causando danos imensos ao Estádio Augusto Bauer, obrigando o Renaux a licenciar-se do futebol profissional e do Campeonato Catarinense, onde disputava a primeira divisão. Retornou em 1985 e 1986 nas categorias de base. Em 1987 já sagrou-se Campeão da Liga Brusquense de Futebol. Neste ano, já possuía a base para sua equipe profissional, que retornaria em 1988. a fusão chegou antes em 1987.
Neste momento, em virtude de grande enchente que assolou Santa Catarina o campeonato foi interrompido por 24 dias. Em 29/08 o Renaux jogaria contra o Criciúma em Criciúma, entretanto o clube com seu estádio totalmente atingido pelas cheias, pediu licença na FCF, tendo assim a entidade considerando, para efeitos de tabela, derrota por WO em todos os últimos seis jogos do CACR.
Este foi o último campeonato do Renaux na primeira divisão de profissionais de SC, onde disputou 25 jogos, 8 vitórias, 9 empates, 8 derrotas, 25 pontos ganhos, 50% de aproveitamento, principal artilheiro centroavante Rodinaldo 5 gols.
Licença e fusão
[editar | editar código-fonte]Em outubro de 1987 o clube se fundiu com o Clube Esportivo Paysandu para dar origem ao Brusque Futebol Clube. Durante o período que se integrou a esta associação, como também fez o Paysandú, manteve CGC, estatutos em vigor, retirou-se da parte esportiva, emprestando seu estádio para jogos do clube fundado em 1987. O Carlos Renaux sempre existiu durante este período, mantendo seu patrimônio, apenas não tinha representatividade. O mesmo aconteceu com o Paysandú.
Décadas de 1990 e 2000: reativação do clube e fim da fusão
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 1996 foi realizado um jogo entre veteranos do Carlos Renaux e Paysandú. Partida realizada no estádio Augusto Bauer, que terminou num empate em 2 a 2. O público de 4.500 pessoas lotou o estádio numa noite festiva para o futebol brusquense. Este jogo foi um dos grandes responsáveis pelo acendimento da chama nos corações de todos os atleticanos e paysanduanos, pelo retorno dos dois tradicionais clubes à ativa. Ao final da partida, o público não deixava o estádio após o apito final (coisa rara no futebol), devido a tamanha emoção. Muitas pessoas choravam na arquibancada ao ouvirem o hino do clube e reverem o tradicional uniforme do Renaux de volta aos gramados.
1997: fim da fusão
[editar | editar código-fonte]Em 1997 era grande o apelo de torcedores para o retorno do Vovô, sonho de Leopoldo Bauer. Neste ano, uma matéria do repórter Toni Nicolas Bado ganhou capa no jornal "Diário Brusquense" sob a manchete "Brusquenses querem a volta do Carlos Renaux!" despertando a partir dalí o coração de torcedores e ex-dirigentes do clube. Dois mil adesivos com o distintivo do clube foram confeccionados e tiveram saída instantânea entre os atleticanos que colavam os mesmos nos seus carros. O próximo passo foi um encontro informal em 18 de março de 1997, na Sociedade Esportiva Bandeirante. Treze pessoas compareceram. Uma semana depois, novo encontro, o número de presentes duplica. Sete dias após, um terceiro encontro e o número triplica. Eis que em 8 de abril, também no Bandeirante, é aprovada a formalização de uma Comissão Provisória para representar o clube e tentar evitar o desejo do Brusque FC em vender o estádio (que já havia ido a leilão) que não pertencia ao mesmo, mas sim ao Carlos Renaux, conforme comprovam as escrituras e demais documentos.
A comissão foi composta por José Carlos Loos, Antônio Abelardo Bado, Aníbal Schulemberg, Toni Nicolas Bado, Abraão Souza e Silva, Augusto Diegolli, Rogério Wippel, Leonardo Loos, Klaus Peter Loos, Nilo Debrassi, Roberto Kormann e Jair Boetnner. Mais de 30 adeptos se integraram a comissão, entre eles, Nildo Teixeira de Mello, o Teixeirinha, maior craque de futebol catarinense.
Após gestões mal sucedidas, acúmulo de dívidas e depredação dos patrimônios (chegando ao ponto de os refletores e cadeiras cativas serem penhoradas para pagamento de dívidas do Brusque FC), ameaças de penhora do estádio, para pagamento de rifas não-entregues e até mesmo um ex-dirigente do Brusque, que tinha a intenção de vender os dois patrimônios para a especulação imobiliária, os dois clubes entraram com pedido de dissolução da "fusão" em 1997. O Brusque FC entrou na justiça, alegando que os patrimônios pertenciam a eles, mas perdeu em todas as instâncias, tendo que devolver os patrimônios aos seus verdadeiros donos. A comissão foi legalizada, registrada em cartório e já realizou em 1997, a confecção de adesivos e camisas oficiais do Vovô, além de desfilar em 4 de agosto, aniversário da cidade, promover grande festa no restaurante da Mini-Fazenda Colcci, homenageaNdo os 84 anos de existência.
Em 3 de fevereiro de 1998, em Assembleia Geral, realizada nas dependências do Centro Esportivo Roland Renaux (Iresa) os novos dirigentes foram eleitos e empossados, reconstituindo definitivamente o clube. Antônio Abelardo Bado (Presidente), José Carlos Loos (Vice), Rogério L Wippel (Diretor Administrativo), Roberto Kormann (Tesoureiro), Aderbal Schaefer (Orador). Comissão de Futebol: Roberto Luis Pereira, Valdir Belz, Anselmo Boos e Arno Mosimann. Comissão Social: Nair Gracher, Célis Muller, Maria do Carmo Muller e Licir Bologmini. Conselho Deliberativo: Leonardo Loos (Presidente), Aníbal Schulemburg (Vice), Klaus Peter Loos (Secretário). Conselheiros: Nildo Teixeira de Mello, Onildo Muller, João Paulo, James Crews, Gilberto Rau, Nélson José Penk, Vinícius José Bado, Augusto César Diegoli, Paulico Coelho, Ivo Barni, Edilberto da Silva, Juliano Belli, Alessandro Simas, Israel Duarte, Márcio Muller, Ivan Evaristo e Rafael Walendowsky. Para ser o presidente de Honra, foi aclamado por unanimidade o ex-craque Teixeirinha
2003: Retorno ao estádio
[editar | editar código-fonte]Em 2003, após vários anos perdidos com a briga judicial, Carlos Renaux e Paysandu puderam reaver legalmente seus patrimônios e iniciar suas reestruturações. O primeiro ato foi pintar totalmente o estádio nas tradicionais cores do clube, azul, vermelha e branco, e colocar a bandeira do Carlos Renaux no alto do topo das torres de refletores. Os estádios voltaram das mãos do Brusque FC totalmente depredados, com até mesmo interruptores de luz e maçanetas das portas desaparecidas. Diversos troféus do Renaux e documentos foram jogados fora, alguns no rio por dirigentes do Brusque FC e desapareceram. Neste ano de 2003, o Renaux voltou ao futebol, disputando o Campeonato Regional da Liga Brusquense, com 12 equipes, e dois clássicos com o Paysandú puderam novamente serem disputados, os quais terminaram em 2x3 e 1x2 para o Paysandú.
2004: Volta ao futebol profissional
[editar | editar código-fonte]No ano seguinte, 2004, o Carlos Renaux passou a alugar o seu estádio para o Brusque FC poder continuar as suas atividades, já que este não possui patrimônio próprio. Retornou às competições oficiais disputando em 2004 o Campeonato Catarinense da Segunda Divisão de Profissionais - Divisão especial (B1). O presidente Jair Vargas, o diretor de futebol Toni Bado e o gerente de futebol Rudney Schulemburg, montaram uma equipe prestigiando jogadores da região de Brusque, como era o plano da diretoria entre os quais destacando-se brusquenses Fabiano Appel (goleiro), Clésio, Graciel, Claudecir (zagueiros), Chimbica e Edgar (atacantes). Obteve o quinto lugar entre os 12 participantes, sagrando-se campeão o Juventus de Jaraguá do Sul. A cidade pode novamente matar a saudade de ver um clássico municipal. Já na primeira rodada da competição a tabela previa o clássico Renaux x Brusque FC. Com 5 mil expectadores lotando o Estádio Augusto Bauer a partida transcorreu muito movimentada. O que era inesperado aconteceu. O Carlos Renaux, mesmo com um plantel mais barato do que o rival, dominou amplamente a partida, para surpresa dos presentes no estádio, teve várias chances reais de gol. A busca pelo gol deu resultado, pois acuado, o Brusque FC acabou cometendo pênalti. Torcedores do Renaux estavam apreensivos com a chance de gritar gol após muitos anos, mas o centroavante do time atirou a bola por cima e perdeu a oportunidade. O jogo terminou com o revés de 1x0.
Em 2005, o Clube não participou do campeonato Catarinense.
2006: Parceria com empresário português
[editar | editar código-fonte]Em 2006, um "empresário" português, Carlos Andrade, conseguiu iludir a diretoria do clube, prometendo uma gestão profissional. Fez um contrato longo e deixou dívidas enormes. O próprio desapareceu e ninguém sabe seu paradeiro. Até mesmo o nome do clube foi mudado para "Sport Clube Brusquense" (primeiro nome do clube na sua fundação). Este empresário, sublocou o estádio Augusto Bauer ao Brusque FC por 5 anos, com direito total de uso do estádio. Até a secretaria do Brusque FC voltou para o Augusto Bauer. Quando o contrato estava por vencer, ao final de 2011, o Carlos Renaux foi surpreendido com uma liminar que corria em segredo de justiça, permitindo que a cessão do estádio continuasse ao outro clube. Mais uma vez o retorno das atividades do CACR foi prejudicado. O clube então, entrou na justiça para derrubar esta liminar, enquanto continuava a pagar suas dívidas e planejar seu retorno. Apenas no final de 2012, a liminar foi retirada e o Carlos Renaux reativou amplamente suas categorias de base, onde treinam mais de 300 jovens atualmente, proporcionando atividades esportivas e sociais para centenas de crianças, jovens e adolescentes, revelando jogadores para clubes da região. Além disso, futebol feminino, futebol veteranos, futebol amador e futebol-sete foram reativados no clube. O clube passou a disputar torneios da ACEF, com suas categorias de base e o campeonato brusquense amador.
Após a reativação do clube, em 1997, foram presidentes: Antônio Abelardo Bado (97-2003), Jair Antonio Vargas (2004), Nelson Klabunde (2005-09), José Carlos Loos (2009-2013) e Renato Petruscky (2014-2018), filho do histórico atacante do clube Egon Petruscky.
2013: Reforma geral no Estádio Augusto Bauer
[editar | editar código-fonte]Em 2013, por ocasião da chegada do Centenário, a diretoria do Brusque junto com a havan, patrocínio com empresas da cidade, investimentos e realizou diversas melhorias no estádio. A soma total investida na modernização do patrimônio passou de R$ 400 mil reais.Foram colocados novos alambrado, gramado, cadeiras sociais, cabines de rádio, refletores, cobertura da arquibancada, vestiários, para ráios, drenagem pluvial e bancos de reservas, nos padrões exigidos pela CBF.
Atualidade
[editar | editar código-fonte]Atualmente o clube reativou amplamente suas categorias de base, onde treinam mais de 300 jovens, futebol feminino, futebol-sete e veteranos proporcionando atividades esportivas e sociais para centenas de crianças, jovens e adolescentes, revelando jogadores para clubes da região. Desde 2011, voltou a disputar o Campeonato Regional de Futebol, além de disputar diversas competições e torneios nas categorias dente de leite, mirim, infantil, juvenil e juniores.
O jornalista Victor Fernando Pereira realizou um documentário sobre o Carlos Renaux. O vídeo pode ser visto no YouTube. Procure pela palavra chave "Carlos Renaux".
A Diretoria do Carlos Renaux recebeu camisas e adesivos do clube, que estão a venda na Secretaria (segundo andar) e também no bazar que fica ao lado da bilheteria do estádio.
Em 7 de agosto de 2011, mais um amistoso entre os veteranos do Carlos Renaux e do Paysandu foi realizado, evento que fez parte do calendário oficial da "Semana de Brusque". O jogo terminou em 0x0. Foi realizado no Estádio Cônsul Carlos Renaux (Paysandu).
2013: O Centenário do clube
[editar | editar código-fonte]Durante todo o ano de 2013, sob a presidência de José Carlos Loos, o C.A. Carlos Renaux realizou diversos eventos. Bingos, sorteios de carros, jantares comemorativos, amistosos, torneios, culminando como ponto alto dos 100 ANOS DO CLUBE um grandioso jantar social de gala que ocorreu nas dependências da Sociedade Esportiva Bandeirante. Atleticanos, empresários, industriais, ex-jogadores, e grande parte da sociedade brusquense prestigiou a noite festiva, que teve como orador o radialista Dirlei Silva. Famílias de ex-jogadores, ex-dirigentes e o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto, foram homenageados. Os jornalistas Roberto Alves e J.B. Telles, sócios beneméritos do Clube, também receberam homenagem.
C.A.C.Renaux x Seleção Brasileira
[editar | editar código-fonte]No sábado a tarde, dia 14 de Setembro de 2013, um grande amistoso foi realizado no remodelado Estádio Augusto Bauer, o resultado do jogo foi Carlos Renaux 1x2 Seleção Brasileira Sub-20. O Renaux foi representado por jogadores integrantes dos dez clubes da Série A do Campeonato Catarinense, que envergaram a tradicional camisa tricolor. A Seleção foi comandada pelo treinador Alexandre Gallo, ex-volante de Santos FC, São Paulo e outros clubes.
Foi a primeira vez que a Seleção Brasileira jogou na cidade de Brusque.
2018: Retorno ao Futebol Profissional
[editar | editar código-fonte]Poucos dias antes de completar seu aniversário, a diretoria do C.A. Carlos Renaux desloca-se até a sede da Federação Catarinense de Futebol em Balneário Camboriú. Em reunião com o presidente Rubens Angelotti esboça a vontade de retornar ao futebol profissional. Após pagar altas taxas de reativação de um clube de futebol, na ordem de R$ 90 mil reais, a Federação Catarinense anuncia oficialmente a volta do Carlos Renaux ao futebol profissional. O presidente da Federação afirma que "hoje é um dia histórico para o futebol catarinense pois o mais antigo clube do estado e fundador da Federação Catarinense de Futebol está retornando ao cenário do futebol catarinense". O retorno dar-se à pela Série C", a Terceira Divisão do Campeonato Catarinense de 2018. No momento a diretoria está fazendo a montagem do elenco e comissão técnica do grupo tricolor para 2018.
Estádio
[editar | editar código-fonte]O estádio do clube tem o nome de Estádio Augusto Bauer.
O Estádio foi inaugurado no dia 7 de junho de 1931, em uma partida amistosa entre o clube mandante, Carlos Renaux e o visitante Marcílio Dias, a partida terminou com uma derrota do time da casa por 1 a 0.[3] O estádio foi ampliado entre os anos 1950 e 1960, com a inclusão de novas arquibancadas, um campo de futebol maior, um aterro e holofotes.[4]
Títulos
[editar | editar código-fonte]ESTADUAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Catarinense | 2 | 1950, 1953 | |
MUNICIPAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato do Vale do Itajaí | 5 | 1922-1941-1942-1943-1945 | |
Campeonato Blumenauense | 5 | 1950-1952-1953-1954-1958 | |
Campeonato Brusquense | 6 | 1959-1960-1961-1962-1963-1987 | |
Torneio Início do Vale do Itajaí | 3 | 1940-1941-1943 | |
Torneio Início de Blumenau | 4 | 1951-1952-1954-1957 | |
Torneio Início de Brusque | 1 | 1959 | |
TORNEIOS AMISTOSOS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Taça Telephonica Catharinense | 1 | 1930 | |
Torneio Relâmpago do Vale do Itajaí | 2 | 1940-1941 | |
Torneio Relâmpago Itajaí - Brusque | 1 | 1950 | |
Torneio Extra Itajaí - Brusque | 1 | 1950 | |
Torneio Quadragular de Joinville | 1 | 1952 | |
Torneio Norte - Sul | 1 | 1954 | |
Torneio Extra Ministro José Galotti | 1 | 1954 | |
Torneio Annie Bauer | 1 | 1967 | |
Troféu Sociedade Esportiva Floresta | 1 | 1978 |
Campanhas de Destaque
[editar | editar código-fonte]Vice-Campeão Catarinense: 1952, 1957 e 1958.
Jogadores/treinadores notáveis e ídolos
[editar | editar código-fonte]Legenda:
Jogadores/Treinadores que só jogaram/treinaram pelo Carlos Renaux
Jogadores/Treinadores que, no Brasil, só jogaram/treinaram pelo Carlos Renaux
Jogadores/Treinadores que, em Santa Catarina, só jogaram/treinaram pelo Carlos Renaux
Goleiros |
---|
Arno Mosimann, Bragança, Joceli dos Santos, Jurandir, Ronaldo
Defensores
Afonsinho |
---|
Afonsinho, Sardo, Ivo Willrich, Bob, Lico, Ricardo Hoffmann, Veneza, Merísio
Meio-Campos |
---|
Bologmini, Badinho, Pereirinha, Forró (anos 80), Messias, Helio Olinger
Atacantes | ||
---|---|---|
Teixeirinha |
Petruscky, Joyne, Aderbhal Schaefer, Teixeirinha, Julinho Hildebrand, Paulo Garça,
Técnicos |
---|
Joel Castro Flores, Juares Vilella,
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «CAMPEONATO CATARINENSE 1930». Consultado em 14 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2017
- ↑ «CAMPEONATO CATARINENSE - 1950». Consultado em 14 de dezembro de 2016[ligação inativa]
- ↑ - Jogo de inauguração do Estádio Augusto Bauer Acesso em 15 de janeiro de 2021
- ↑ - Estádio Augusto Bauer Acesso em 15 de janeiro de 2021