Complexo Viário Imbuí-Narandiba
Complexo Viário Imbuí-Narandiba | |
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Salvador, Brasil | |
Mapa dos três viadutos do complexo sobre a Avenida Paralela. | |
Tipo | Complexo viário |
Inauguração | 27 de setembro de 2014 (10 anos)[nota 1] |
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O Complexo Viário Imbuí-Narandiba, por vezes Complexo Viário do Imbuí, é um conjunto de três de viadutos sobre a Avenida Luís Viana (Paralela), em Salvador, Bahia, Brasil. Dois deles servem de conexão entre a Avenida Paralela e o bairro do Imbuí, o Viaduto Governador Eduardo Campos e o Viaduto Governador Marcelo Déda, e outro desse bairro para Narandiba, pela Avenida Edgard Santos, o Viaduto de Narandiba. Eles possuem respectivamente 380 metros em duas faixas, 415 metros em três faixas e 172 metros em duas faixas, todos em sentido único.[1][2][3][4]
Construção
[editar | editar código-fonte]O complexo do Imbuí é fruto de intervenções viárias para garantir o tráfego expresso na Avenida Paralela, com implantação de vias marginais à Avenida, três viadutos e o prolongamento da Estrada do Curralinho. A construção do complexo feita pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) foi uma das medidas do "Programa Mobilidade Salvador", do governo estadual baiano.[2] O tráfego desafogado na Paralela foi pensado a partir das ligações diretas (redução de retornos), feitas pelo complexo viário, entre o Imbuí e bairros da outra margem da avenida, como Narandiba, Tancredo Neves, Boca do Rio, Costa Azul, Stiep, e do acesso marginal facilitado ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) e à avenida Luis Eduardo Magalhães.[5][6] Além disso, a extinção dos retornos em solo abre espaço no canteiro central da Avenida Paralela para a implantação da linha 2 do metrô.[7]
O projeto do complexo teve seu edital de licitação lançado em diário oficial em 2 de fevereiro de 2013 e no mesmo ano as construções foram iniciadas.[8] As obras duraram 17 meses e custaram 95 milhões de reais. O projeto inicialmente previu 62 milhões de investimento e conclusão entre 10 e 12 meses após a assinatura da ordem de serviço, entretanto, foram encontradas estruturas subterrâneas não cadastradas e especificidades no solo dos locais de obras, além das desapropriações no valor de 20 milhões de reais.[7][4] Os viadutos foram inaugurados no ano seguinte, a começar pelo Viaduto de Narandiba no dia 3 de junho, seguido do Viaduto Governador Eduardo Campos em 18 de agosto e, por último, o Viaduto Governador Marcelo Déda em 27 de setembro de 2014.[2][3][4][9] Os nomes foram homenagens a dois políticos governadores nordestinos mortos em 2014 (Eduardo Campos) e 2013 (Marcelo Déda).[10]
Vale mencionar ainda que em área interna do complexo, próximo ao Condomínio Amazônia, foi feita a Praça Multiuso, um espaço de esporte (pista de corrida para automóveis de controle remoto a fim da prática do automodelismo) e lazer (parque infantil) com estacionamento, paisagismo e iluminação, bem como serviços de macrodrenagem contra os alagamentos que são crônicos na área, ainda mais em períodos de fortes chuvas. Com investimento de 3,3 milhões de reais, a praça possui seis mil metros quadrados e a drenagem foi feita na bacia do Rio das Pedras.[4][11][12][13] Com o complexo, o monumento a Jorge Amado, de 1985 e autoria do artista plástico Calasans Neto, foi restaurado por Tatti Moreno, transferido da entrada da avenida Jorge Amado para a praça do Imbuí, canteiro central da mesma avenida, e devolvido à cidade no mesmo dia do último viaduto e da praça.[13]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]O complexo foi alvo de controvérsias por seu uso exclusivo a automóveis e pelas obras de drenagem.
Alega-se que a construção do complexo contraria a Lei 12.587 de 2012, que estabelece a Política Nacional da Mobilidade Urbana (PNMU), pois o alvo da obra governamental é o usuário de veículo particular motorizado. Nenhum dos três viadutos não permitem a sua utilização pelos ciclistas, nem pelos pedestres, que queiram atravessar de um lado a outro da avenida Paralela. Como via expressa, não possui sinaleiras e a travessia pelos pedestres só pode ser feita de forma segura através da passarela que está a cerca de 200 metros dos dois viadutos do Imbuí.[14][15] Na noite de 26 de agosto de 2014, pouco depois da inauguração do segundo viaduto, ciclistas protestaram contra a falta de uma via em que seja possível atravessar as margens da Paralela por bicicleta.[16][17][18]
Na primeira estação chuvosa após serviço de drenagem feito, o entorno do Condomínio Amazônia sofreu com alagamentos, carros submersos, a água invadindo edifícios e parte do trânsito parado no dia 27 de abril de 2015.[19][20][21] Após a volta dos alagamentos mesmo após o serviço de drenagem, o secretário municipal de Infraestrutura e Defesa Civil, Paulo Fontana, indicou que o local será objeto de estudos da secretaria em entrevista à Rádio Metrópole.[22][23] No fim de junho de 2015, a Prefeitura de Salvador publicou nota informando a existência de um poço de visita da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) rompido próximo ao viaduto do Imbuí.[24] Dias depois em resposta, a Embasa afirmou que o problema registrado no local é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Manutenção da Cidade de Salvador (SEMAN) e que a secretaria está ciente da obstrução da rede de drenagem.[25]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Complexo Viário da Rótula do Abacaxi
- Complexo Viário Dois de Julho
- Ligação Iguatemi-Paralela
- Túnel Américo Simas
- Túnel Luís Eduardo Magalhães
- Túnel Teodoro Sampaio
Notas e referências
Notas
- ↑ Data de inauguração do último dos três viadutos, o Governador Marcelo Déda. Antes dele foram inaugurados o Viaduto de Narandiba em 3 de junho de 2014 (10 anos) e o Viaduto Governador Eduardo Campos em 18 de agosto de 2014 (10 anos).
Referências
- ↑ G1 BA (16 de abril de 2014). «Governador autoriza construção de viadutos na Paralela, em Salvador». Consultado em 20 de junho de 2014
- ↑ a b c Secom BA. «Viaduto de Narandiba é liberado para tráfego». Consultado em 13 de junho de 2014
- ↑ a b Secom - Secretaria de Comunicação Social (18 de agosto de 2014). «Inaugurados viaduto e via marginal que vão melhorar trânsito na Avenida Paralela». Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ a b c d Da Redação (27 de setembro de 2014). «Último viaduto do Complexo Viário Imbuí-Narandiba é entregue». A TARDE. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ A TARDE (6 de março de 2014). «Construção de viadutos deixa trânsito lento na Paralela». Consultado em 13 de junho de 2014
- ↑ TRIBUNA DA BAHIA (21 de janeiro de 2014). «Complexo Viário do Imbuí está com 53% das obras concluídas». Consultado em 13 de junho de 2014
- ↑ a b Longo, Victor (2014). «Complexo Viário do Imbuí e Narandiba, em Salvador, deve desafogar trânsito em via que liga o aeroporto ao centro empresarial da cidade». Infraestrutura urbana (n. 40). Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ iBahia.com (2 de fevereiro de 2013). «Projeto prevê complexo de viadutos no Imbuí». Consultado em 13 de junho de 2014
- ↑ «Governador da Bahia escolhe nome de Déda para viaduto do Imbuí». Sergipe Online. 22 de agosto de 2014. Consultado em 5 de setembro de 2014
- ↑ Ribeiro, Luana (18 de Agosto de 2014). «Após homenagem a Campos, último viaduto do Complexo Viário recebe o nome de Marcelo Déda». Bahia Notícias. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ CONDER (27 de setembro de 2014). «Governo do Estado entrega Complexo Viário Imbuí-Narandiba». Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ «Terceiro viaduto do Complexo Viário Imbuí-Narandiba será entregue sábado». Tribuna da Bahia. 26 de setembro de 2014. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ a b G1 BA (27 de setembro de 2014). «Terceiro viaduto do Complexo Viário do Imbuí é liberado em Salvador». G1. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ Riggs, Bruno. «Na contramão da mobilidade urbana». Pedala Salvador. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ Azevedo, Henrique (10 de junho de 2013). «Se continuar assim, vai ficar russo*…». Blog Rua da Gente. Instituto Movimenta Salvador. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ Bagdeve, Daniel. «Ciclistas protestam porque foram excluído do novo viaduto do Imbuí». jafuidebike.com.br. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ Riggs, Bruno. «O Protesto foi pacífico e inteligente – Viaduto anti-bike». Pedala Salvador. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ Da Redação (26 de agosto de 2014). «Ciclistas fazem protesto no viaduto do Imbuí». Correio*. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ «Alagamento no Imbuí danifica carros e impede saída de moradores do local». Bahia Notícias. 27 de Abril de 2015. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ Da Redação (27 de abril de 2015). «Alagamento invade condomínio e deixa Camaro submerso no Imbuí». Correio*. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ Metro1 (27 de abril de 2015). «Salvador amanhece com diversos pontos de alagamento nesta segunda-feira». Panorama de Notícias. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ «Secretário se surpreende com alagamento em viadutos no Imbuí: "Algo para ser estudado"». Metro1. 28 de Abril de 2015. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ Gois, Caroline (28 de Abril de 2015). «Após alagamento no Imbuí, secretário fará avaliação na construção do viaduto». Bocão News. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ Ribeiro, Epitacio (jun 29, 2015). «Gestão ACM Neto cobra respostas rápidas em problemas provocados pela Embasa em Salvador». TV do Servidor Público. Consultado em 5 de Setembro de 2015
- ↑ Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (1 de julho de 2015). «Embasa realiza manutenção em suas redes de água e esgoto, com mais de 900 profissionais envolvidos». Consultado em 5 de Setembro de 2015
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Longo, Victor (2014). «Complexo Viário do Imbuí e Narandiba, em Salvador, deve desafogar trânsito em via que liga o aeroporto ao centro empresarial da cidade». Infraestrutura urbana (n. 40). Consultado em 5 de setembro de 2015