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Desemprego: diferenças entre revisões

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Desemprego cíclico = Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural
Desemprego cíclico = Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural

O desemprego cíclico está associado as flutuações da atividade econômica, ou seja, do PIB. Esse relacionamento é inversamente proporcional, como demonstrado na Lei de Okun, que demonstra a relação inversa entre a taxa de desemprego e os ciclos económicos (output gap). A taxa de desemprego diminui em períodos de expansão e aumenta em períodos de recessão.

A lei de Okun pode ser formulada da seguinte forma:

Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural = - ''g''(PIB efectivo/PIB potencial)
Onde ''g'' é uma função positiva qualquer


Desta forma, podemos prever a taxa de inflação futura pela observação do ciclo económico presente.
Desta forma, podemos prever a taxa de inflação futura pela observação do ciclo económico presente.

Revisão das 14h56min de 3 de dezembro de 2012

Um cartoon político de 1837 acerca do desemprego nos Estados Unidos da América.

Desemprego corresponde ao termo usado para indicar a parcela da força de trabalho que se encontra sem emprego.

Desemprego natural

Segundo os preceitos da economia neoclássica, o desemprego natural é a taxa para a qual uma economia tende no longo prazo, sendo compatível com o estado de equilíbrio de pleno emprego e com a ausência de inflação. Nessa situação, há um número de trabalhadores sem emprego, mas a oferta e a demanda por emprego estão em equilíbrio. Para Milton Friedman, nessa taxa só se incluiriam os desempregos friccional e voluntário, sendo, nesse caso, inexistente, ou não relevante, os desempregos conhecidos como estrutural e conjuntural.

Desemprego estrutural

O desemprego estrutural é uma forma de desemprego natural. Neste caso existe um desequilíbrio permanente entre a oferta e a procura (de trabalhadores), que não é eliminado pela variação dos salários.

Resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão-de-obra, assim como alterações na composição da economia associada ao Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho.

O desemprego causado pelas novas tecnologias - como a robótica e a informática - recebe o nome de desemprego tecnológico. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, que é um dos mais graves problemas de nossos dias.

A invenção do tear mecânico, da máquina a vapor ou do arado de ferro foram marcos que resultaram em um aumento significativo da produtividade e conseqüente redução de custos, permitindo a entrada de um enorme contingente de excluídos no mercado consumidor. Da mesma forma que sentimos hoje, o emprego sofreu impacto destes inventos há 150 anos.

Desemprego conjuntural

O desemprego cíclico é transitório, ocorre durante alguns períodos. Pode ser calculado da seguinte forma:

Desemprego cíclico = Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural

Desta forma, podemos prever a taxa de inflação futura pela observação do ciclo económico presente.

Dado esta relação podemos considerar que as causas e os problemas do desemprego cíclico são as causas e os problemas dos ciclos económicos.

Desemprego friccional

O desemprego friccional resulta da mobilidade da mão-de-obra e pode ser componente do desemprego natural. Ocorre durante o período de tempo em que um ou mais indivíduos se desempregam de um trabalho para procurar outro. Também poderá ocorrer quando se atravessa um período de transição, de um trabalho para outro, dentro da mesma área, como acontece na construção civil.

Portugal

A taxa de desemprego, em 2006, ficou acima das previsões do Governo de José Sócrates. O ano terminou com uma taxa de desemprego de 7,7%, mais 0,1 ponto percentual que os 7,6% previstos no Orçamento de Estado e no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2006 e que a taxa registada em 2005, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com dados publicados pelo INE, os resultados obtidos no Inquérito ao Emprego referentes ao primeiro trimestre de 2007 mostram que a população activa em Portugal aumentou 0,9% (abrangendo 49,0 mil indivíduos), relativamente ao trimestre homólogo de 2006, registando um acréscimo pouco expressivo face ao trimestre anterior. O INE demonstra que a população desempregada em Portugal, estimada em 469,9 mil indivíduos no período em análise, registou um acréscimo homólogo de 9,4% (40,2 mil indivíduos) e trimestral de 2,5% (11,3 mil).

Brasil

No Brasil, o desemprego possui um outro agravante, que é a migração de pessoas de uma região a outra em busca de oportunidades de trabalho. Isso se observa nas regiões Nordeste para a Sudeste e do interior para as capitais nas regiões Centro-Oeste e Norte. Em Portugal o agravante é a imigração de lugares do terceiro mundo com taxa de desemprego maior que envia seu excedente de mão de obra sub-utilizada barata aos países desenvolvidos agravando os problemas socio-economicos pre-existentes ainda mais em tais locais. A migração do interior menos rico para as capitais mais ricas também ocorre no Nordeste. O interior desta região envia migrantes tanto para as capitais quanto para outras regiões (enquanto o Maranhão por exemplo se foca na Amazonia Oriental em sua migração, os baianos se focam em São Paulo; ou seja, a região é heterogenea tambem nos fluxos migratorios.

Ver também

Referências

ÁLVARO ALMEIDA, Economia Aplicada para gestores, Cadernos IESF

Ligações externas

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