Dialeto sulista (Brasil)
Dialeto Sulista (Brasil) | ||
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Falado em: | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() | |
Região: | Grande parte da Região Sul do Brasil e no Sul do Estado de Mato Grosso do Sul e parte do Estado de São Paulo | |
Total de falantes: | sem números exatos | |
Posição: | Não se encontra entre os 100 primeiros | |
Família: | Indo-europeia Língua Portuguesa Português brasileiro Dialeto Sulista (Brasil) | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | sem reconhecimento oficial | |
Regulado por: | sem regulamentação oficial | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | ---
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2 - Costa norte
3 - Baiano
4 - Fluminense
5 - Gaúcho
6 - Mineiro
7 - Nordestino
8 - Nortista
9 - Paulistano
10 - Sertanejo
11 - Sulista
12 - Florianopolitano
13 - Carioca
14 - Brasiliense
15 - Serra amazônica
16 - Recifense
Em linguística, particularmente no contexto da dialetologia, o dialeto sulista é uma das classificações dialetais da língua portuguesas no Brasil. De acordo com a divisão dialetal proposta por Antenor Nascentes em 1953, ainda em uso atualmente, o dialeto abrangeria os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, sul de Goiás, partes de Minas Gerais (região sul e Triângulo Mineiro) e do atual Mato Grosso do Sul.[1][2][3].
Em uma definição mais específica, tratada por este artigo, designa um dialeto próprio da Região Sul do Brasil, sendo, nesse caso, o dialeto mais falado no estado do Paraná (inclusive na capital Curitiba e em outras cidades importantes deste estado) e nas partes central e leste do estado de Santa Catarina. Também é falado no norte e noroeste do Rio Grande do Sul.
Caracteriza-se pelo fenômenos de redução vocálica e de harmonia vocálica relacionados às vogais médias em posição pretônica. Alguns autores destacam a variação entre as vogais médias fechadas e as médias abertas.[4]
Particularmente em algumas localidades dos estados da região Sul do Brasil, o dialeto é marcado pela
- Pronunciar as consoantes nasais que estão no final de uma sílaba (com exceção da terminação -am átona, que às vezes é pronunciada como -ão);
- Pronunciar a vogal "e" ao final de palavras como /e/, diferentemente da maior parte do Brasil, que a pronuncia como /i/.[5] Exemplo: quente é pronunciado /ʹkente/ (em vez de /ʹkẽti/, /ʹkẽʧ/ ou /ʹkẽjʧ/).
- redução de ditongos decrescentes seguidos por fricativa em coda no litoral catarinense, devido a influência açoriana.[6]
O dialeto sulista também possui um léxico próprio, com palavras como vina (como é chamada a salsicha em algumas regiões do Paraná) ou cancha (utilizada para designar quadra esportiva).
Referências
- ↑ CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. Antenor Nascentes e a divisão dialetal do Brasil[ligação inativa], Projeto Atlas Linguístico do Brasil - Comitê Nacional, 2010.
- ↑ TOMANIN, 2003, p. 69.
- ↑ ALVEZ, 2008, p. 35.
- ↑ ALVEZ, 2008, p. 37.
- ↑ BISOL; COLLISCHONN, 2009, p. 51.
- ↑ BISOL; COLLISCHONN, 2009, p. 34.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ALVEZ, Marlúcia Maria Alvez (2008). As vogais médias em posições pretonica nos nomes no dialeto de Belo Horizonte: Estudo da variação à luz da Teoria da Otimalidade (PDF). Tese de Doutorado. Belo Horizonte: UFMG
- BISOL, Leda; COLLISCHONN, Gisela (org) (2009). Português do sul do Brasil: variação fonológica (PDF). Porto Alegre: EDIPUCRS. 184 páginas
- KOCH, Walter A. Koch; KLASSMANN, Mário Silfredo; ALTENHOFEN, Cléo Vilson Altenhofen (2002). Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul. Porto Alegre: UFRGS .
- TOMANIN, Cássia Regina (2003). Fotografias da Fala do Alto Araguaia - MT. Dissertação de Mestrado. Campinas: Unicamp