Medula adrenal: diferenças entre revisões
alterei alguns termos com gramatica errada, sendo dois neurónios, para 2 neurônios, scretoras, para secretoras e uma de autónomas para autônomas |
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A medula da [[Glândula suprarrenal| suprarrenal]] apresenta dois tipos celulares: as [[Célula cromafim|células cromafins]] e as [[Célula ganglionar|células ganglionares]]. Quando corada em [[Método de coloração hematoxilina-eosina de Carazzi|H+E]], a medula da [[Glândula suprarrenal| suprarrenal]] é composta por cordões de células com [[citoplasma]] ligeiramente basófilo e granular e com numerosos [[capilares]], no estroma. Os canais venosos que drenam os sinosóides do córtex passam através da medula em direção à veia medular central. |
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As [[Célula cromafim|células cromafins]] são as mais abundantes e podem ser consideradas [[neurónios|neurônios]] simpáticos pós-ganglionares, uma vez que são estimuladas pela [[acetilcolina]] libertada de [[neurónios|neurônios]] simpáticos pré-ganglionares, em casos de [[stress]] agudo físico ou psicológico. Estas células produtoras de [[catecolaminas]] apresentam um [[núcleo]] grande, um [[complexo de Golgi]] bem desenvolvido e grânulos secretores de [[catecolaminas]]. Quando corados com sais de crômio, os grânulos secretores oxidam e apresentam uma coloração castanha, daí o seu nome, cromafins. A maioria das células produz [[adrenalina]].<ref name="multipla">Young, Barbara, James S. Lowe, Alan Stevens, and John W. Heath. "Endocrine System." Wheater's Functional Histology. 5th ed. New Delhi: Elsevier, 2006. 341. Print.</ref> |
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São escassas e têm as características típicas de [[Célula ganglionar|células ganglionares]] autônomas. Possuem um grande [[núcleo]] com [[cromatina]] dispersa e [[nucléolo]] proeminente e um [[citoplasma]] basófilo extenso.<ref name="multipla">Young, Barbara, James S. Lowe, Alan Stevens, and John W. Heath. "Endocrine System." Wheater's Functional Histology. 5th ed. New Delhi: Elsevier, 2006. 341. Print.</ref> |
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== Hormônios == |
== Hormônios == |
Revisão das 09h15min de 30 de outubro de 2016
Medula da glândula suprarrenal | |
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![]() Medula legendada na zona inferior direita. | |
Detalhes | |
Sistema | Endócrino |
Vascularização | A. suprarrenal superior, A. supra-renal média, A. suprarrenal inferior |
Drenagem venosa | Veia suprarrenal |
Inervação | Plexo celíaco, plexo renal |
Drenagem linfática | Gânglios lombares |
Precursor | Crista neural |
Identificadores | |
Latim | Medulla glandulae suprarenalis |
Gray | pág.1280 |
MeSH | Adrenal+Medulla |
A medula da suprarrenal é a parte central da glândula adrenal, sendo rodeada pelo córtex adrenal.
Histologia
A medula da suprarrenal apresenta dois tipos celulares: as células cromafins e as células ganglionares. Quando corada em H+E, a medula da suprarrenal é composta por cordões de células com citoplasma ligeiramente basófilo e granular e com numerosos capilares, no estroma. Os canais venosos que drenam os sinosóides do córtex passam através da medula em direção à veia medular central.
Células cromafins
As células cromafins são as mais abundantes e podem ser consideradas neurônios simpáticos pós-ganglionares, uma vez que são estimuladas pela acetilcolina libertada de neurônios simpáticos pré-ganglionares, em casos de stress agudo físico ou psicológico. Estas células produtoras de catecolaminas apresentam um núcleo grande, um complexo de Golgi bem desenvolvido e grânulos secretores de catecolaminas. Quando corados com sais de crômio, os grânulos secretores oxidam e apresentam uma coloração castanha, daí o seu nome, cromafins. A maioria das células produz adrenalina.[1]
Células ganglionares parassimpáticas
São escassas e têm as características típicas de células ganglionares autônomas. Possuem um grande núcleo com cromatina dispersa e nucléolo proeminente e um citoplasma basófilo extenso.[1]
Hormônios
Catecolaminas
As catecolaminas se referem aos hormônios adrenalina e noradrenalina. Quando a medula adrenal é estimulada pelo sistema nervoso simpático, aproximadamente 80% da secreção é adrenalina e 20% noradrenalina, estes percentuais variam de acordo com diferentes condições psicológicas;
Os efeitos combinados incluem:
- aumento da frequência e força de contração cardíacas;
- aumento da taxa metabólica;
- aumento da glicogenólise hepática e muscular;
- aumento da liberação de glicose e ácidos graxos livres no sangue;
- redistribuição do sangue aos músculos esqueléticos (vasodilatação dos vasos que suprem os músculos e vasoconstrição dos vasos da pele e vísceras);
- aumento da pressão arterial;
- aumento da frequência respiratória.
A diminuição dos níveis de catecolaminas com o treinamento justifica, em parte, a bradicardia.
Bioquímica
As catecolaminas são compostos orgânicos com um catecol (benzeno e dois grupos laterais hidroxilo) e uma cadeia lateral amina. São produzidas pelas células cromafins, a partir dos aminoácidos tirosina e fenilalanina, e libertadas para a corrente sanguínea em situações de stress físico ou psicológico ou de estimulação simpática.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/08/Catecholamines_biosynthesis.svg/400px-Catecholamines_biosynthesis.svg.png)
A Fenilalanina pode ser convertida a Tirosina pela enzima fenilalanina hidroxilase. O primeiro passo da biossíntese das catecolaminas é também o seu passo limitante e consiste nas sua hidroxilação a L-Dopa pela enzima Tirosina Hidroxilase. Esta enzima precisa de cobre como co-fator e é inibida pela AMPT (α-metil-p-tirosina). O L-Dopa é o precursor comum de todas as catecolaminas. A primeira catecolamina a ser sintetizada a partir deste precursor é a Dopamina. De seguida, a Dopamina pode ser convertida, pela Dopamina β-hidroxilase, a noradrenalina e esta é, por fim, convertida a adrenalina. Estas duas últimas são as catecolaminas produzidas pela Suprarrenal.
Em circulação, as catecolaminas têm uma meia-vida biológica de poucos minutos. Podem ser degradadas por metilação, pela COMT (catecol-O-metiltransferase), ou por desaminação, pela MAO (monoamina oxidase).
Patologia
Geralmente, as patologias da medula da suprarrenal estão associadas a tumores, que podem ser estimuladores ou inibidores da produção de catecolaminas.
Uma das principais patologias desta zona da glândula é o feocromocitoma, tumores que estimulam, de forma descontrolada, a produção de catecolaminas, podendo ser benignos ou malignos.