Luiz Alves: diferenças entre revisões
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Revisão das 02h04min de 21 de junho de 2017
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | luizalvense, luiz-alvense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Luiz Alves em Santa Catarina | |||
Localização de Luiz Alves no Brasil | |||
Mapa de Luiz Alves | |||
Coordenadas | 26° 43′ 15″ S, 48° 55′ 58″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Santa Catarina | ||
Municípios limítrofes | Barra Velha, Blumenau, Gaspar, Ilhota, Massaranduba, Navegantes, Piçarras e São João do Itaperiú | ||
Distância até a capital | 130 km | ||
História | |||
Fundação | 18 de julho de 1958 (66 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcos Pedro Veber (PSDB, 2017–2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 260,079 km² | ||
População total (estatísticas IBGE/2014[3]) | 12 162 hab. | ||
Densidade | 46,8 hab./km² | ||
Clima | Temperado | ||
Altitude | 70 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 89115-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [4]) | 0,737 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 189 976,039 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2014[5]) | R$ 40 405,64 | ||
Sítio | http://www.luisalves.sc.gov.br/ (Prefeitura) http://www.camaraluisalves.sc.gov.br/ (Câmara) |
Luiz Alves[nota 1] é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 26º43'14" sul e a uma longitude 48º55'58" oeste. Sua população estimada em 2009 é de 9.506 habitantes, mas acredita-se que passa de 10.000.
A cidade apresenta beleza em suas paisagens destacando sempre a natureza, levando o título de "O Paraíso Verde do Vale"; também é conhecida como "Terra Nacional da Cachaça". Luiz Alves é o segundo maior produtor de banana do estado, destaca pela qualidade de suas verduras, do arroz e de outras culturas.
Em novembro de 2008 ocorreu em Luiz Alves e no Vale do Itajaí uma grande catástrofe ambiental, sendo que em Luiz Alves registraram–se vários prejuízos como alagamentos e deslizamentos, com aproximadamente 500 pessoas desalojadas, 300 desabrigadas, 500 casas danificadas e 110 destruídas. Serviços de água, energia elétrica, telefonia, transportes e comunicação ficaram prejudicados por alguns dias, além de ter acontecido deslizamento de terra e crateras na rodovia SC-413 e na estrada que dá acesso a Blumenau. O município ficou cinco dias isolado, ocorrendo onze mortes por deslizamentos de terra, tendo sido decretada situação de calamidade pública.
História
O início da colonização da área em que hoje compreende o município de Luís Alves é incerta, pois seu povoamento se deu de forma esparsa através de pessoas vindas de Itajaí que subiam o vale colonizando cada vez mais seu interior, chegando a ocupar seu médio vale, pois a área que compreende o alto Luís Alves e seus afluentes era terra devoluta e habitada somente por índios Tapuias, que eram nômades, conhecidos hoje pelo nome Xokleng ou Lã-Klanõ, e que ocupavam toda a área do Vale do Itajaí. Por volta de 1867 já se citava o nome da localidade "Luiz Alves" ou "Sertão do Luiz Alves" nos registros de casamento, batismo e óbito da Matriz do Santíssimo Sacramento, em Itajaí.
Em dezembro de 1876, a Comissão encarregada de discriminar as terras do domínio particular, no então município de Itajaí, segue para o rio Luís Alves, a fim de escolher o melhor local para o estabelecimento de uma colônia, e, em função de tal desejo, foram medidos 16 lotes, com 275 metros de frente e 1.100 metros de fundos.
Em 1877, a área territorial da "Colônia Luiz Alves" era de 12 léguas quadradas. Isto significava, em fins de setembro de 1877, que haviam sido medidos 224 lotes. E, em novembro de 1877, a colônia “Luiz Alves” tem iniciado o seu povoamento. Os italianos foram os pioneiros na colonização de Luís Alves e logo após foram seguidos pelos alemães, austríacos e portugueses. Em 29 de novembro de 1877 chegava a primeira remessa de colonos eram 79 colonos. A segunda remessa chegou em 10 de dezembro de 1877 e a terceira remessa chegou dia 30 de dezembro de 1877.
Eram esses colonos italianos e austríacos, que ocuparam os primeiros 52 lotes, sendo 28 lotes às margens do rio Luiz Alves e 24 lotes às margens do Braço do Norte. Já os alemães que chegaram ocuparam 11 lotes às margens do ribeirão Máximo, enquanto os colonos nacionais tiveram 30 lotes, às margens dos ribeirões Serafim e Braço Seco. E por último os portugueses ocuparam lotes cedidos a eles às margens do Rio do Peixe. O diretor da colônia, era Júlio Grothe, administrou-a muito mal e foi demitido. Grothe então foi substituído pelo engenheiro Pedro Luiz Taulois, a 13 de setembro de 1878, esse por sua vez exerceu a função até emancipação política de Luiz Alves.
A colônia de Luiz Alves teve também, vida acidentada, registrando-se vários motins entre os colonos, obrigando o emprego e a permanência da força policial para manter a ordem perturbada com relativa frequência. Tal situação motivou o seu lento progresso até que, em 1890 o governo da Província de Santa Catarina viu-se na contingência de lhe retirar os favores coloniais, extinguindo a colônia Luiz Alves.
Iniciada em 1877 com 230 colonos, em 1878 elevava o seu número para 500 colonos. Apesar da extinção da colônia, nela se localizam ainda novas levas de colonos: em 1892 são 83, em 1893 outros 78 e, por fim, em 1894 mais 6.
Após Pedro Luiz Taulois começar a dirigir a colônia, os interesses da colônia passaram a ser dirigidos por Brusque e mais tarde por Blumenau.
Em 1893, a companhia Torrens estabeleceu 83 colonos em área medida em Luiz Alves, seguindo-se nos dois anos seguintes mais 84, aproveitando assim 167 dos 475 lotes demarcados. Após os interesses da colônia terem sido dirigidos por Brusque]] e mais tarde por Blumenau, ela foi completamente esquecida pouco que se fazia pela colônia Luiz Alves. Então ela passou a ser Distrito do município de Itajaí por decreto de 10 de janeiro de 1903, Luiz Alves de 1903 até 1958 foi distrito de Itajaí. Até em 1958, eleva-se a categoria de município pela lei Nº. 348 de 21 de junho de 1958. E a emancipação política no dia 18 de julho de 1958, sendo o primeiro prefeito eleito de Luiz Alves o senhor Guilherme Schwanke.
O município começa a regredir nas décadas de 60 e 70. Agricultura foi desvalorizada. O governo despreza os pequenos municípios. As fábricas começaram a pagar bem e os luizalvenses foram para as cidades. Pelas décadas de 1970 e 1980 surgiu o plantio da banana, que fez com que diminuísse o êxodo rural e o município desenvolveu-se bastante economicamente.
Aproximadamente em 1977, durante o governo de Wilibaldo Bylardt (prefeito) e Miro Hess (vice-prefeito), iniciou-se a abertura da SC-413, a eletrificação rural, a retificação das estradas, o ginásio de esporte e o campo da SERAL, calçamento da rua 18 de Julho (centro), construção do prédio do BESC, construção de pontes nas comunidades, abastecimento de água – represa e reservatório.
As maiores enchentes
- 1880: Logo nos primeiros anos de colônia já houve uma grande enchente que geraram muitos prejuízos para os que ali viviam. As chuvas duraram de 22 a 23 de setembro, os mais antigos contavam que as águas levavam o gado, as plantações, tudo o que vinha pela frente. Perderam a vida 25 colonos (afogados e soterrados), houve deslizamentos de terra, e diversas plantações e pastagens próximas às margens dos rios foram soterradas com terra e areia que veio com as águas. (esta enchente pelo que se consta foi semelhante a ocorrida em novembro de 2008 em Luiz Alves e região)
- 1911: Neste ano Luiz Alves, viu-se outra vez sob o domínio das águas. Não se registrou vítimas humanas. Os prejuízos foram todos indenizados com auxílio vindos de diversos pontos do país e de Hamburgo.
- 1927 e 1948: Foram enchentes de menores proporções os níveis das águas ficou semelhante a enchente de 1911.
- 1970: Uma tromba d’água que desabou em todo o município na noite do dia 2 de fevereiro fez com que os rios enchessem rapidamente, o nível das águas superou a de 1880. Grandes quantidades de animais afogaram-se, plantações ficaram debaixo das águas e nada se pôde aproveitar. Não houve vítimas humanas.
- 1983 e 1984: Muita chuva nestes dois anos, porém o nível das águas segundo os mais antigos não superou a enchente de 1970, não houve vítimas humanas, os prejuízos também foram incalculáveis com animais, plantações, etc.
- 2008: 21, 22 e 23 de novembro de 2008, ocorreu uma das maiores tragédias na região, foram cerca de três dias corridos de chuva com cerca de 550 mm de chuva. O nível das águas superou a enchente de 1983/1984, porém não a de 1970. Em prejuízos, contudo, superou-se: deslizamentos de terra, pastagens e plantações as margens dos rios foram praticamente todos aterrados com terra e areia, 11 pessoas perderam a vida por deslizamentos de terra (porém nenhuma por afogamento). O município ficou cerca de 5 dias sem energia elétrica, 6 dias sem os serviços telefônicos, 5 dias isolado dos demais municípios. Centenas de casas foram destruídas ou danificadas e centenas de pessoas desabrigadas, várias pontes caíram, estradas e ruas sem condições de tráfego por terem se abertos crateras e deslizamentos de terra em ruas.
- 2011: 21 e 22 de janeiro de 2011, uma tromba d’água entre 18h30 e 20h30 assolou Luiz Alves e região. No município choveu em aproximadamente duas horas cerca de 150 mm de chuva (mais que a metade do nível de chuva esperada para todo o mês de janeiro), o nível do rio Luiz Alves subiu pouco mais de 6 metros do seu nível normal e 8 bairros ficaram isolados do município. Houve inundações em residências e comércio principalmente nos bairros Vila do Salto, Dom Bosco, Centro, Braço Elza, Vila Nova e Rio do Peixe; nos demais bairros houve inundações mas não chegou a atingir residências. Houve outros prejuízos como perdas na agricultura e deslizamentos de terra em vários pontos no município, mas felizmente não houve vítimas. Cerca de pouco mais de 10 famílias ficaram desabrigadas.
- 2011: 25 de fevereiro, uma tromba d’água no início da manhã assolou apenas a cidade de Luiz Alves o que colocou a cidade em destaque na mídia. Foram cerca de 3 horas de muita chuva, com cerca de 120 mm, o que foi o bastante para se contabilizarem inúmeros prejuízos materiais. O nível do rio Luiz Alves subiu pouco mais de 5 metros do seu nível normal e o bairro Braço Cunha ficou isolado devido à queda de uma ponte. Houve também inundações em residências e comércio principalmente nos bairros: Vila do Salto, Dom Bosco, Centro, Braço Elza, Vila Nova, Alto Canoas, Braço Miguel, Baixo Canoas e Rio do Peixe. Nos demais bairros ocorreram inundações, mas não chegou a atingir residências. Houve outros prejuízos como perdas na agricultura e deslizamentos de terra em vários pontos no município, sem vítimas. 5 famílias ficaram desabrigadas, várias outras famílias perderam quase todos os seus bens e outras ficaram desalojadas.
Origem do nome do município
Muitas são as versões sobre o nome do município, mais a mais aceita é a de Dom Luiz Alves, e de seu escravo que também era chamado de Luiz Alves. Esse garoto era escravo de Dom Luiz Alves, um rico fazendeiro que morava na foz do rio Luís Alves em Ilhota. Por ele ter começado ali a colonização de Ilhota, então foi dado o nome ao rio de Luiz Alves. Ele também acompanhou os imigrantes italianos até a colônia de Luiz Alves.
Com a grande popularidade da cachaça e de outros produtos, a nova colônia necessitava de comunicação. Então começava a aparecer as correspondências. Ofereceu-se este trabalho ao negrinho Luiz Alves que pegava as encomendas e saia correndo até os núcleos. Quando alguém lhe perguntava como era o nome da colônia, simplesmente respondia que não sabia. Apenas tinha certeza que ia a 3 núcleos; dos italianos, alemães e portugueses. Todos o chamavam de “Negrinho Maluco”, mas ele tinha orgulho em dizer que se chamava Luiz Alves, o nome do patrão que originou o nome do rio, que ele seguia. Em uma assembleia do legislativo catarinense foi levado e aprovado o nome de Luiz Alves. A dúvida é se a homenagem seria a Dom Luiz Alves ou ao escravo.
O histórico da religião católica em Luiz Alves
A colônia Luís Alves, foi iniciada em 1877 com a chegada dos primeiros imigrantes italianos, logo após seguidos pelos alemães e portugueses ao município. Em 1879 já estava edificada a primeira e simples capela dedicada a São Vicente de Paulo. Em 1899, foi construída a segunda capela, com licença dada pelo bispo de Curitiba, Dom Duarte Leopoldo e Silva.
Em 1912 foi criada a Paróquia São Vicente de Paulo. A atual igreja matriz São Vicente de Paulo foi iniciada a sua construção em 1941 e concluída em 1952. Em setembro de 2002 foi comemorado o seu jubileu áureo da sua construção e em 2012 comemorado seu centenário da paróquia. Umas das curiosidades da paróquia é que toda a igreja é feita de tijolo maciço, sem composição de ferro. Os dois sinos que estão na torre principal o então governador do estado Irineu Bornhausen os doou no natal de 1937.
Em novembro de 1977 foi comemorado o centenário da fundação da colônia de Luiz Alves. No dia 2 de dezembro de 2007 foram comemorados os 130 anos da imigração italiana. Em 18 de julho de 2008 foi comemorado o cinquentenário de emancipação política do município de Luiz Alves. Em 2012, será comemorado o centenário da criação da Paróquia São Vicente de Paulo.
Atualmente a Paróquia São Vicente de Paulo (Centro de Luiz Alves), tem 17 capelas espalhadas por todo o município.
Símbolos oficiais
Luís Alves possui três símbolos oficiais: o brasão, a bandeira e o hino.
- O brasão de Luís Alves (significado das cores e figuras):
Escudo Português, a Cruz, a Moenda, o Arado (todos estes estilizados em prata), quadriculado em cor verde. Coroa mural de prata forrada de vermelho com quatro torres abertas do segundo. Divisa, “Luís Alves”, de prata em listel vermelho, que contém as seguintes datas: 1877 e 1958 (o período da colônia Luís Alves)
- A bandeira municipal de Luís Alves (significado das cores e figuras):
Verde: matas do nosso município; Amarelo: a riqueza do nosso município; Escudo/centro: Arado: a agricultura do nosso município; Cruz: a forte religiosidade em nosso município; Moenda: a forte produção de cachaça em nosso município;
- O hino da cidade, simplesmente intitulado "Hino de Luís Alves", e foi instituído pela Lei nº 278/77 - Institui o Hino do município de Luís Alves e de outras providências.
Prefeitos
Pela lei estadual n° 348 de 21 de Junho de 1958, Luiz Alves passou a município, sendo instalado oficialmente em 18 de julho de 1958, sendo nomeado prefeito provisório Remaclo Otaviano Seara – mandato – 18 de agosto de 1958 a 31 de janeiro de 1959.
Nome | Início do Mandato | Fim do Mandato |
---|---|---|
Guilherme Schwanke | 1959 | 1964 |
Leopoldo Schoepping | 1964 | 1969 |
Anselmo Kraisch | 1969 | 1973 |
Orlando da Silva | 1973 | 1977 |
Wilibaldo van den Bylaardt | 1977 | 1982 |
José Gonsaga Alberto Simão | 1983 | 1988 |
João Tarcísio Rech | 1989 | 1992 |
José Braz Müller | 1993 | 1996 |
Valdir Schappo | 1997 | 2000 |
Érico Gielow Neto | 2001 | 2004 |
Érico Gielow Neto | 2005 | 2008 |
Viland Bork | 2009 | 2012 |
Viland Bork | 2013 | 2016 |
Marcos Pedro Veber | 2017 | 2020 |
Bairros
Obs.: O nome de alguns dos bairros de Luís Alves traz a palavra BRAÇO na frente, BRAÇO neste sentido vem da língua italiana e significa pequenos rios, ou seja, os ribeirões. |
Localização e limites
Luís Alves está localizado a uma latitude 26º43'14" sul e a uma longitude 48º55'58" oeste, no Vale do Itajaí, Estado de Santa Catarina.
Tem como limites territoriais os municípios de Barra Velha e Massaranduba ao norte; Gaspar e Ilhota ao sul; Navegantes e Piçarras a leste; Blumenau, Gaspar e Massaranduba a oeste.
Vias de acesso
Luís Alves tem como principal ligação, no sentido norte-sul, a SC-413, que se inicia em Navegantes na conexão com a BR-470, com 29 km de asfalto até a sede do município. Essa rodovia estadual está projetada para seguir até o município de Massaranduba, mas está pavimentada apenas até a divisa com esse município. O segundo acesso regional importante é o que liga Luís Alves a Gaspar e Blumenau pela rua Prefeito Wyllibald Van Den Bylaartdt, denominada SC-414, que possui 12 km de extensão até a divisa com Gaspar, hoje a rodovia SC-414 no trecho de Luiz Alves tem todo o seu trajeto asfaltado. Há também outras estradas municipais que ligam aos municípios vizinhos: para São João do Itaperiú estrada Braço Elza, estrada rio Canoas, estrada da Serrinha e da Arataca; para Piçarras a estrada do rio Novo, comunidade de Medeiros; para Massaranduba a estrada do Alto Braço Miguel e o trecho da Rod. SC-413 não pavimentada; para Ilhota as estradas da Fruteira, Laranjeiras, do Máximo e do Baú Seco.
Distância entre Luís Alves e algumas cidades do estado de Santa Catarina
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Fonte: Prefeitura Municipal de Luís Alves
A agricultura e a pecuária
Luís Alves, embora o êxodo rural que sofreu entre 1970 e 1980, tem o privilégio por ser um município essencialmente agrícola. Nos últimos anos o município tem feito o máximo para evitar o êxodo rural e incentivar o cultivo agrícola.
Aproximadamente 75% das famílias luisalvenses trabalham na lavoura, da qual tiram seu sustento. O produto mais destacado do município é a banana, sendo que Luís Alves é o segundo maior produtor catarinense de banana. São produzidos no município também a cana-de-açúcar, o arroz, o milho, o feijão, a mandioca, o café, o sorgo vassoureiro, e produtos como beterraba, pepino, repolho, tomate, couve-flor, alface, cenoura e nabo, entre outros tipos de tempero.
No município de Luís Alves a pecuária é baseada essencialmente na criação de bovinos, suínos, equinos e a avicultura, na qual a maioria das aves são criadas em granjas.
Hidrografia
O sistema hídrico do município de Luís Alves, dominado pelo rio do mesmo nome, insere-se aos rios da Vertente Atlântica ou Bacia de Leste, sendo um dos afluentes principais do rio Itajaí-Açu. O rio Luís Alves drena, juntamente com seus afluentes, os terrenos cristalinos, apresentando um perfil longitudinal razoavelmente acidentado em seu curso superior, perdendo esta característica na planície de acumulação junto à área urbana, onde chega a formar alguns meandros. Os rios que ocorrem no município de Luís Alves são os seguintes:
Número | Rio ou ribeirão | Extensão (km) |
---|---|---|
01 | Rio Luís Alves | 38,5 |
02 | Rio Novo | 13,5 |
03 | Rio Canoas | 16,0 |
04 | Ribeirão Miguel | 11,0 |
05 | Ribeirão Elza | 5,0 |
06 | Ribeirão Braço Comprido | 3,0 |
07 | Ribeirão do Padre | 3,0 |
08 | Riberão Braço Cunha | 4,5 |
09 | Córrego Arataca | 4,5 |
10 | Córrego Braço Gavião | 3,5 |
11 | Ribeirão Sorocaba | 6,5 |
12 | Ribeirão Laranjeira | 5,0 |
13 | Ribeirão Canharana | 2,0 |
14 | Ribeirão da Anta | 4,0 |
15 | Ribeirão Rio do Peixe | 2,2 |
16 | Ribeirão Boa Vista | 6,5 |
17 | Ribeirão Belgo | 5,0 |
18 | Ribeirão Máximo | 10,0 |
19 | Ribeirão Francês (Máximo) | 3,5 |
20 | Ribeirão Serafim | 15,0 |
21 | Ribeirão Braço Bugre | 3,0 |
22 | Ribeirão Braço joaquim | 3,0 |
23 | Ribeirão Braço Costa | 2,5 |
24 | Ribeirão Cede | 4,5 |
25 | Ribeirão Francês (Serafim) | 7,0 |
26 | Ribeirão Paula Ramos | 11,0 |
27 | Córrego Canoinhas | 3,0 |
28 | Ribeirão Lagoa | 7,0 |
29 | Córrego Serrinha | 8,5 |
30 | Córrego Braço Serrinha | 4,0 |
31 | Córrego Engenho | 2,0 |
Total: 212,2 km
A bacia hidrográfica do rio Luís Alves é composta por onze microbacias hidrográficas em função da drenagem principal de cada uma delas.
Microbacias do Rio Luís Alves:
Microbacia | Área (ha) | Localização |
---|---|---|
Ribeirão Braço Miguel | 2033,7 | Margem esquerda |
Rio Novo | 1008,7 | Margem esquerda |
Ribeirão Braço Elza | 1749,2 | Margem esquerda |
Ribeirão do Padre | 790,2 | Margem esquerda |
Rio Canoas | 5957,5 | Margem esquerda |
Ribeirão da Lagoa | 722,5 | Margem esquerda |
Ribeirão Braço Serafim | 5852,7 | Margem direita |
Ribeirão Máximo | 2288,7 | Margem direita |
Ribeirão Braço do Baú | 77,2 | Margem direita |
Ribeirão Belgo | 872,5 | Margem direita |
Ribeirão Sorocaba | 3681,4 | Margem direita |
Ribeirão da Anta | 635,1 | Margem direita |
Córrego Fruteira | 373,0 | Margem direita |
O estado de conservação da bacia hidrográfica principal e de seus afluentes é razoável, com algumas ressalvas para os usos inadequados, como a ausência de vegetação ciliar nas áreas urbanas e nas proximidades de cultivos florestais e de banana. A deficiência dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos nas áreas urbanizadas, também tem contribuído para a degradação das bacias.
Fonte: Prefeitura Municipal de Luís Alves
Turismo
Localizado no centro do triângulo formado por Blumenau, Joinville e Itajaí, Luiz Alves é um dos maiores produtores de cachaça do Estado e a aguardente do município está classificada entre os melhores do Brasil. Todos os anos, no mês de julho, a cidade festeja a safra de cana-de-açúcar e a produção da aguardente com a Festa Nacional da Cachaça, que leva milhares de visitantes ao município. Vale conferir o processo de industrialização e destilação da cachaça, obtida através da cana-de-açúcar e da banana, nos cerca de 50 alambiques do município.
Festa Nacional da Cachaça
Em julho de 1984, mês de aniversário do município, no mandato do prefeito José Simão, um grupo resolveu promover a I Festa Nacional da Cachaça (I FENACA). A festa foi aberta na sexta-feira pelo então governador Esperidião Amin e se estendeu por três dias. Passaram aproximadamente 25 mil participantes, entre catarinenses, pessoas de outros estados e até mesmo alguns estrangeiros. Nos últimos anos, a festa vem sendo esquecida e deixada em segundo plano, deixando de ser realizada em alguns anos.
Meios de comunicação
O município não conta com emissoras de televisão. Havia apenas uma emissora de rádio no município, mas a fecharam. Pela década de 70 a meados de 80 existia a repetidora da RBS TV canal 3, que distribuía imagem para todo o município. Por questão nunca esclarecida, foi desativada. Então, na década de 80 após esta repetidora ter sido desativada a prefeitura colocou uma antena repetidora de canais no morro da onça que contava com as Redes de TV: a RBS (Globo) e a TV BV (Band), entretanto por problemas financeiros foi deixada de ser mantida no início da década de 90 pela prefeitura. A solução era então a população adquirir uma parabólica. Atualmente em população Luís Alves é o Município que mais possui parabólicas no estado de Santa Catarina. Infelizmente, até hoje são poucos os canais que pegam sem a parabólica. Os únicos canais que pegam são a RBS TV – Blumenau, a RBS TV - Joinville e a RIC Record – Itajaí.
Existem telefones celulares fixos que estão atingindo quase todos os bairros.
Por diversos anos, circulou no município o jornal Folha de Luiz Alves. Atualmente o município conta com a circulação semanal do jornal Folha Luiz Alves.. Circulam ainda os jornais: Jornal de Santa Catarina, Diário Catarinense e A Notícia, bem como o semanal Jornal do Comércio, jornal regional.
Em 1928 o município de Itajaí contratou com a Companhia Telefônica Catarinense os serviços telefônicos para Luís Alves, o que só se tornou realidade 50 anos depois.
Em 1927 foi contratado o serviço de força e luz.
Em 1930 houve a instalação dos correios e telégrafos, que hoje funciona no bairro de Vila do Salto.
Notas
Referências
- ↑ «História de Luiz Alves no site do IBGE» (PDF)
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Estimativa Populacional 2014». Censo Populacional 2014. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto de 2014. Consultado em 18 de novembro de 2014
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010