Sara Winter: diferenças entre revisões

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'''Sara Winter''' é uma ex-[[Feminismo|feminista]] brasileira, fundadora da variante brasileira do grupo feminista [[Femen]], mas que após a segunda metade de 2013 atuou em um grupo próprio, o ''BastardXs''.<ref>{{Citation | publisher = Folha da manhã | url = http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/06/1290409-ex-femen-fica-noiva-e-funda-grupo-feminista-que-aceita-homens.shtml | newspaper = Folha | title = Ex-Femen fica noiva e funda grupo feminista que aceita homens | date = 2013 jun 12}}.</ref> A partir de 2015, passou a participar do "grupo Pró-Mulher", ao mesmo tempo em que começou a militar contra as pautas que outrora defendia, incluindo a ideia da construção social da [[Papel social de gênero|diferença de gênero]] e o [[feminismo]].<ref>{{Citation | last = Carmadélio | date = 2015 out 23 | title = Feminista Sara Winter muda de opinião | publisher = Com shalom | format = blogue | url = http://blog.comshalom.org/carmadelio/48379-feminista-muda-de-opiniao-sobre-o-aborto-pede-perdao-e-critica-ideologia-de-genero}}.</ref>
'''Sara Winter''' ([[São Carlos (São Paulo)|São Carlos]], [[18 de Junho]] de [[1992]]) é uma ex-feminista, fundadora da variante [[Brasileiros|brasileira]] do grupo feminista [[Femen]], mas que após a segunda metade de 2013 atuou em um grupo próprio, o ''BastardXs''.<ref>{{Citation | publisher = Folha da manhã | url = http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/06/1290409-ex-femen-fica-noiva-e-funda-grupo-feminista-que-aceita-homens.shtml | newspaper = Folha | title = Ex-Femen fica noiva e funda grupo feminista que aceita homens | date = 2013 jun 12}}.</ref> A partir de 2015, passou a participar do "grupo Pró-Mulher", ao mesmo tempo em que começou a militar contra as pautas que outrora defendia, incluindo a ideia da [[Papel social de gênero|construção social da diferença de gênero]] e o [[feminismo]].<ref>{{Citation | last = Carmadélio | date = 2015 out 23 | title = Feminista Sara Winter muda de opinião | publisher = Com shalom | format = blogue | url = http://blog.comshalom.org/carmadelio/48379-feminista-muda-de-opiniao-sobre-o-aborto-pede-perdao-e-critica-ideologia-de-genero}}.</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
Sara Fernanda Giromini<ref>{{Citation | url = http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,feminista-ativista-e-com-muita-polemica-,918574,0.htm | newspaper = Estadão | title = Feminista, ativista e com muita polêmica}}.</ref> vivia com os pais na cidade de [[São Carlos (São Paulo) |São Carlos]], no interior do estado de São Paulo. Com histórico de prostituição e de violência familiar, Sara afirmou ter passado por vários tipos de abusos, inclusive sexuais. De acordo com declarações dadas através de entrevistas, a paulista afirmou que ingressou nos movimentos feministas pois queria de alguma forma exterminar todo o tipo de violência contra a mulher.<ref>{{Citation | url = http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1138203-lider-feminista-tem-cruz-de-ferro-tatuada-e-diz-ter-sido-prostituta.shtml | publisher = Folha | newspaper = F5 | title = Líder feminista tem cruz de ferro tatuada e diz ter sido prostituta}}.</ref> Aos dezenove, com o intuito de se integrar e fundar uma célula do grupo anti-sexismo [[Femen]] no Brasil, ela viaja à cidade de [[Kiev]] a fim de receber treinamento e conhecer uma das líderes do grupo, [[Inna Shevchenko]].<ref>{{Citation | url = http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/o-seio-nao-e-um-objeto-sexual-e-uma-arma-de-protesto | newspaper = Veja | type = entrevista | title = O seio não é um objeto sexual, é uma arma de protesto | publisher = Abril}}.</ref> Ao retornar ao país em 2012, a ativista descreveu sua ideologia da seguinte maneira:
Sara Fernanda Giromini<ref>{{Citation | url = http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,feminista-ativista-e-com-muita-polemica-,918574,0.htm | newspaper = Estadão | title = Feminista, ativista e com muita polêmica}}.</ref> vivia com os pais na cidade de [[São Carlos (São Paulo) |São Carlos]], no interior do [[estado de São Paulo]]. Com histórico de [[prostituição]] e de [[Violência doméstica|violência familiar]], Sara afirmou ter passado por vários tipos de abusos, [[Violência sexual|inclusive sexuais]]. De acordo com declarações dadas através de entrevistas, a paulista afirmou que ingressou nos movimentos feministas pois queria de alguma forma exterminar todo o tipo de [[violência contra a mulher]].<ref>{{Citation | url = http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1138203-lider-feminista-tem-cruz-de-ferro-tatuada-e-diz-ter-sido-prostituta.shtml | publisher = Folha | newspaper = F5 | title = Líder feminista tem cruz de ferro tatuada e diz ter sido prostituta}}.</ref> Aos dezenove, com o intuito de se integrar e fundar uma célula do grupo anti-[[sexismo]] [[Femen]] no [[Brasil]], ela viaja à cidade de [[Kiev]] a fim de receber treinamento e conhecer uma das líderes do grupo, [[Inna Shevchenko]].<ref>{{Citation | url = http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/o-seio-nao-e-um-objeto-sexual-e-uma-arma-de-protesto | newspaper = Veja | type = entrevista | title = O seio não é um objeto sexual, é uma arma de protesto | publisher = Abril}}.</ref> Ao retornar ao país em 2012, a ativista descreveu sua ideologia da seguinte maneira:<ref>{{Citation | date = 2013 mar 8 | url = http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/08/temos-cerebro-alem-de-peito-diz-primeira-brasileira-no-femen-no-dia-da-mulher.htm | publisher = UOL | newspaper = Notícias | title = "Temos cérebro, além de peito", diz primeira brasileira no Femen no Dia da Mulher}}</ref>


{{quote |Nossa ideologia é o sextremismo, uma forma de oposição ao machismo. E a nudez é usada pela sociedade patriarcal desde sempre, a mulher nua ou não vende todo tipo de produto. Já que somos mulheres, ao invés de vender produtos, vendemos ideias sociais. Como todo mundo gosta de olhar o corpo de uma mulher, usamos o nosso corpo para passar uma mensagem escrita no peito, um protesto|Sara Winter, então líder do Femen Brasil<ref>{{Citation | date = 2013 mar 8 | url = http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/08/temos-cerebro-alem-de-peito-diz-primeira-brasileira-no-femen-no-dia-da-mulher.htm | publisher = UOL | newspaper = Notícias | title = "Temos cérebro, além de peito", diz primeira brasileira no Femen no Dia da Mulher}}.</ref>}}
{{Citação2|''Nossa ideologia é o sextremismo, uma forma de oposição ao ''[[machismo]].'' E a nudez é usada pela sociedade ''[[patriarcal]]'' desde sempre, a mulher nua ou não vende todo tipo de produto. Já que somos mulheres, ao invés de vender produtos, vendemos ideias sociais. Como todo mundo gosta de olhar o corpo de uma mulher, usamos o nosso corpo para passar uma mensagem escrita no peito, um protesto.''|Sara Winter, então líder do Femen Brasil}}


O grupo sofreu uma reviravolta com o fechamento de sua filial brasileira menos de um ano depois de sua inauguração. Em nota oficial, a sede retirou o direito da líder brasileira Sara Winter de usar o nome Femen. Em maio de 2013 a ucraniana [[Alexandra Shevchenko]], uma das fundadoras do Femen, afirmou que Sara já "''não faz parte do nosso grupo, tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder''".<ref>{{Citation | date = 2013 mai 18 | url = http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/05/18/femen-brasil-nao-existe-mais-diz-lider-do-grupo-na-ucrania-segundo-jornal.htm | publisher = UOL | newspaper = Notícias | title = "Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará}}.</ref> A fundadora do grupo, [[Anna Hutsol]], ameaçou ainda “''revelar o real motivo que fez Sara entrar no Femen''”.<ref name=OperaM>{{cite web|url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/entrevistas/24385/femen+brazil+nao+tem+propostas+feministas+acusa+ex-numero+2+do+grupo.shtml |title=Femen Brazil não tem propostas feministas, acusa ex-número 2 do grupo |publisher=Opera Mundi |date=2012-09-18 |accessdate=2013-07-08}}</ref> Em represália, Sara teceu diversas críticas ao grupo, afirmando que tratava-se de uma empresa e uma ação de marketing ao invés de um movimento social legítimo,<ref>{{cite web|url=http://antigo.brasildefato.com.br/node/13101 |title=“Femen é uma empresa, não um movimento social”, diz ex-líder do grupo no Brasil |publisher=Brasil de Fato |date=2013-06-04 |accessdate=2013-07-08}}</ref> dizendo ainda que as brasileiras jamais eram consultadas em relação às ações do grupo e que "''já não tinham vontade nenhuma de serem representadas por elas''".<ref>{{Citation | url = http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/05/apos-romper-com-femen-da-ucrania-sara-winter-busca-grupo-antiviolencia.html | newspaper = G1 | date = 2013 mai | title = Após romper com Femen da Ucrânia, Sara Winter busca grupo antiviolência | publisher = Globo}}.</ref> A ex-número dois do grupo, [[Bruna Themis]], também pronunciou-se criticamente em relação ao Femen em entrevista, acusando Sara de centralização, autoritarismo e simpatia ao [[nazismo]].<ref name=OperaM></ref>
O grupo sofreu uma reviravolta com o fechamento de sua filial brasileira menos de um ano depois de sua inauguração. Em nota oficial, a sede retirou o direito da líder brasileira Sara Winter de usar o nome Femen. Em maio de 2013 a [[Ucranianos|ucraniana]] [[Alexandra Shevchenko]], uma das fundadoras do Femen, afirmou que Sara já "''não faz parte do nosso grupo, tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder''".<ref>{{Citation | date = 2013 mai 18 | url = http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/05/18/femen-brasil-nao-existe-mais-diz-lider-do-grupo-na-ucrania-segundo-jornal.htm | publisher = UOL | newspaper = Notícias | title = "Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará}}.</ref> A fundadora do grupo, [[Anna Hutsol]], ameaçou ainda “''revelar o real motivo que fez Sara entrar no Femen''”.<ref name=OperaM>{{cite web|url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/entrevistas/24385/femen+brazil+nao+tem+propostas+feministas+acusa+ex-numero+2+do+grupo.shtml |title=Femen Brazil não tem propostas feministas, acusa ex-número 2 do grupo |publisher=Opera Mundi |date=2012-09-18 |accessdate=2013-07-08}}</ref> Em represália, Sara teceu diversas críticas ao grupo, afirmando que tratava-se de uma empresa e uma ação de [[marketing]] ao invés de um [[movimento social]] legítimo,<ref>{{cite web|url=http://antigo.brasildefato.com.br/node/13101 |title=“Femen é uma empresa, não um movimento social”, diz ex-líder do grupo no Brasil |publisher=Brasil de Fato |date=2013-06-04 |accessdate=2013-07-08}}</ref> dizendo ainda que as brasileiras jamais eram consultadas em relação às ações do grupo e que "''já não tinham vontade nenhuma de serem representadas por elas''".<ref>{{Citation | url = http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/05/apos-romper-com-femen-da-ucrania-sara-winter-busca-grupo-antiviolencia.html | newspaper = G1 | date = 2013 mai | title = Após romper com Femen da Ucrânia, Sara Winter busca grupo antiviolência | publisher = Globo}}.</ref> A ex-número dois do grupo, [[Bruna Themis]], também pronunciou-se criticamente em relação ao Femen em entrevista, acusando Sara de centralização, [[autoritarismo]] e simpatia ao [[nazismo]].<ref name=OperaM></ref>


As declarações de Bruna repercutiram nas [[redes sociais]], onde surgiram boatos de que Sara teria pertencido a um grupo [[neonazismo|neonazista]] durante a juventude em virtude de uma [[Cruz de Ferro]] tatuada em seu corpo. A ativista negou participação em tais grupos, porém reconheceu que manteve contato com neonazistas através da internet quando tinha cerca de 15 anos, e que realmente tinha algumas ideias similares às daquele movimento, porém afirmou que conforme foi crescendo teria percebido que aquele era um "''pensamento muito errado''".<ref name=Foia>{{Citation | publisher = Folha da manhã | url = http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1138846-acusada-de-ser-nazista-lider-do-femen-se-diz-ameacada.shtml | newspaper = Folha | title = Acusada de ser nazista, líder do Femen se diz ameaçada}}.</ref> Internautas chamaram atenção ao fato de que seu pseudônimo "Sara Winter" teria sido uma alusão à [[Sarah Winter]], uma militante nazifascista na Inglaterra durante a [[Segunda Guerra Mundial]] - o que foi classificado pela ativista como uma "triste coincidência". Por outro lado, ela abertamente declara-se admiradora de [[Plínio Salgado]], fundador do partido da [[extrema-direita]] brasileiro inspirado no [[fascismo]] italiano, conhecido como [[Ação Integralista Brasileira]] durante a década de 1930 - avaliando que a referida personalidade política foi um "''defensor do país''".<ref name=Foia></ref>
As declarações de Bruna repercutiram nas [[redes sociais]], onde surgiram boatos de que Sara teria pertencido a um grupo [[neonazismo|neonazista]] durante a juventude em virtude de uma [[Cruz de Ferro]] tatuada em seu corpo. A ativista negou participação em tais grupos, porém reconheceu que manteve contato com [[Neonazismo|neonazistas]] através da internet quando tinha cerca de 15 anos, e que realmente tinha algumas ideias similares às daquele movimento, porém afirmou que conforme foi crescendo teria percebido que aquele era um "''pensamento muito errado''".<ref name=Foia>{{Citation | publisher = Folha da manhã | url = http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1138846-acusada-de-ser-nazista-lider-do-femen-se-diz-ameacada.shtml | newspaper = Folha | title = Acusada de ser nazista, líder do Femen se diz ameaçada}}.</ref> Internautas chamaram atenção ao fato de que seu pseudônimo "Sara Winter" teria sido uma alusão à [[Sarah Winter]], uma militante [[Nazifascismo|nazifascista]] na [[Inglaterra]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]] - o que foi classificado pela ativista como uma "triste coincidência". Por outro lado, ela abertamente declara-se admiradora de [[Plínio Salgado]], fundador do partido da [[extrema-direita]] brasileiro inspirado no [[fascismo italiano]], conhecido como [[Ação Integralista Brasileira]] durante a década de 1930 - avaliando que a referida personalidade política foi um "''defensor do país''".<ref name=Foia></ref>


[[Imagem:CDH - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (26628592291).jpg|thumb|250px|direita|Na mesa, a partir da esquerda: a ativista [[Eloísa Machado de Almeida]]; a [[Senado da República (México)|senadora mexicana]] [[Letícia Bonifaz]]; o presidente eventual da [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil|CDH]], [[Senado Federal do Brasil|senador]] [[Magno Malta]] ([[Partido da República|PR]]-[[Espírito Santo (estado)|ES]]); a presidente do Centro de Reestruturação para a Vida - (Cervi), [[Rosemeire Santiago]]; a advogada e ativista [[Leila Linhares]] e Sara Winter ([[Brasília]], [[28 de Abril]] de [[2016]]).]]
Em dezembro de 2013, apesar de ter em seu histórico um protesto contra alienação social causada pelo ''[[Big Brother Brasil|Big Brother]]'', Sara foi candidata a uma vaga na edição de 2014 do programa.<ref>{{Citation | date = 2013 dez | type = blogue | url = http://revistaforum.com.br/blog/2013/12/circula-na-internet-video-de-inscricao-de-sara-winter-para-o-bbb14/ | newspaper = Revista Forum | title = Depois de protestar contra BBB, ex-ativista do Femen se inscreve no programa}}.</ref> Já no ano de 2014 ela abandonou completamente qualquer associação com quaisquer grupos feministas que outrora havia integrado, tendo inclusive publicado vídeos no [[YouTube]] onde pedia perdão aos [[cristãos]] por conta de seu comportamento diante daqueles grupos. Logo em seguida publicou um livro chamado "''Vadia não! Sete vezes que fui traída pelo feminismo''", onde detalhava experiências negativas que teve dentro do movimento.<ref name=Grobo></ref> Logo que a ativista tornou-se mãe de uma criança, revelou que já havia [[aborto|abortado]] sua primeira gestação mas que agora teria reformado suas posições sobre o aborto, tornando-se contrária a esta prática. Ela também abraçou o [[cristianismo]], afirmando que pretende criar seu filho "''com base nos [[Dez Mandamentos]]''".<ref name=Grobo></ref>


Em dezembro de 2013, apesar de ter em seu histórico um protesto contra alienação social causada pelo [[programa de televisão]] ''[[Big Brother Brasil]]'', Sara foi candidata a uma vaga na edição de 2014 do programa.<ref>{{Citation | date = 2013 dez | type = blogue | url = http://revistaforum.com.br/blog/2013/12/circula-na-internet-video-de-inscricao-de-sara-winter-para-o-bbb14/ | newspaper = Revista Forum | title = Depois de protestar contra BBB, ex-ativista do Femen se inscreve no programa}}.</ref> Já no ano de 2014 ela abandonou completamente qualquer associação com quaisquer grupos feministas que outrora havia integrado, tendo inclusive publicado vídeos no [[YouTube]] onde pedia perdão aos [[cristãos]] por conta de seu comportamento diante daqueles grupos. Logo em seguida publicou um livro chamado "''Vadia não! Sete vezes que fui traída pelo feminismo''", onde detalhava experiências negativas que teve dentro do movimento.<ref name=Grobo></ref> Logo que a ativista tornou-se mãe de uma criança, revelou que já havia abortado sua primeira gestação mas que agora teria reformado suas posições sobre o [[aborto]], tornando-se [[Pró-vida|contrária a esta prática]]. Ela também abraçou o [[cristianismo]], afirmando que pretende criar seu filho "''com base nos [[Dez Mandamentos]]''".<ref name=Grobo></ref>
A ex-feminista considera que sua página nas redes sociais vem tendo maior sucesso desde que abandonou os grupos "[[Esquerda Política|esquerdistas]]", e tem se sustentado através de palestras e venda de livros. Adicionalmente ela pretende capitalizar a partir de sua experiência, escrevendo um novo livro contando experiências de ex-feministas que saíram do movimento e foram perseguidas. Pretende também ingressar na carreira política, sonho que nutre desde criança.<ref name=Grobo>{{Citar web | obra = Notícias | url= http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/03/movimento-mais-intolerante-que-ja-conheci-diz-ex-feminista-sara-winter.html |título= 'Movimento mais intolerante que já conheci', diz ex-feminista Sara Winter|acessodata= 19/05/2016 | primeiro = Fábio| último = Rodrigues|data= 21/03/2016 |publicado= UOL}}</ref> Desde então, Sara Winter tem se relacionado com personalidades [[Conservadorismo|conservadoras]] da política brasileira, como [[Pastor Everaldo|Everaldo Dias Pereira]], [[Marco Feliciano]] e [[Jair Bolsonaro]], com quem anunciou uma parceria política em 2016 afirmando que irão lutar contra uma suposta inversão de valores na sociedade que seria provocada por [[movimentos sociais]] de [[Esquerda política|esquerda]] tais como: [[feminismo]], [[movimento negro]], [[movimento LGBT]] e a [[ideologia de gênero]].<ref>{{Citation | date = 2013 dez | type = blogue | url = http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ex-feminista-anuncia-parceria-politica-com-bolsonaro | newspaper = Revista Exame | title = "Ex-feminista" anuncia parceria política com Bolsonaro}}.</ref>

A ex-feminista considera que sua página nas redes sociais vem tendo maior sucesso desde que abandonou os grupos "[[Esquerda Política|esquerdistas]]", e tem se sustentado através de palestras e venda de livros. Adicionalmente ela pretende capitalizar a partir de sua experiência, escrevendo um novo livro contando experiências de ex-feministas que saíram do movimento e foram perseguidas. Pretende também ingressar na carreira política, sonho que nutre desde criança.<ref name=Grobo>{{Citar web | obra = Notícias | url= http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/03/movimento-mais-intolerante-que-ja-conheci-diz-ex-feminista-sara-winter.html |título= 'Movimento mais intolerante que já conheci', diz ex-feminista Sara Winter|acessodata= 19/05/2016 | primeiro = Fábio| último = Rodrigues|data= 21/03/2016 |publicado= UOL}}</ref> Desde então, Sara Winter tem se relacionado com [[Conservadorismo no Brasil|personalidades conservadoras]] da [[Política do Brasil|política brasileira]], como [[Pastor Everaldo|Everaldo Dias Pereira]], [[Marco Feliciano]] e [[Jair Bolsonaro]], com quem anunciou uma parceria política em 2016 afirmando que irão lutar contra uma suposta inversão de valores na [[sociedade]] que seria provocada por movimentos sociais de esquerda tais como: [[feminismo]], [[movimento negro]], [[movimento LGBT]] e a [[ideologia de gênero]].<ref>{{Citation | date = 2013 dez | type = blogue | url = http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ex-feminista-anuncia-parceria-politica-com-bolsonaro | newspaper = Revista Exame | title = "Ex-feminista" anuncia parceria política com Bolsonaro}}.</ref>


===Críticas===
===Críticas===
Grupos feministas nacionais e internacionais criticaram duramente as posições assumidas por Winter à frente do grupo, considerando que Sara não conhece com profundidade o feminismo e defende bandeiras contraditórias ou que não fazem sentido para a realidade brasileira.<ref name="FemenBrasil">{{Citar web | obra = Notícias | url= http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/05/18/femen-brasil-nao-existe-mais-diz-lider-do-grupo-na-ucrania-segundo-jornal.htm |título= "Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará|acessodata= 12/12/2015 | primeiro = Gil | último = Alessi|data= 18/05/2013 |publicado= UOL}}</ref> A organização ucraniana do [[Femen]] chegou a afirmar que a brasileira “não respeitava a ideologia do grupo” e também a acusou de mentir e “fazer coisas desonestas”, como não realizar ações para as quais recebia dinheiro da Europa.<ref name=Grobo></ref>
Grupos feministas nacionais e internacionais criticaram duramente as posições assumidas por Winter à frente do grupo, considerando que Sara não conhece com profundidade o feminismo e defende bandeiras contraditórias ou que não fazem sentido para a realidade brasileira.<ref name="FemenBrasil">{{Citar web | obra = Notícias | url= http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/05/18/femen-brasil-nao-existe-mais-diz-lider-do-grupo-na-ucrania-segundo-jornal.htm |título= "Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará|acessodata= 12/12/2015 | primeiro = Gil | último = Alessi|data= 18/05/2013 |publicado= UOL}}</ref> A organização [[Ucrânia|ucraniana]] do [[Femen]] chegou a afirmar que a brasileira “não respeitava a ideologia do grupo” e também a acusou de mentir e “fazer coisas desonestas”, como não realizar ações para as quais recebia dinheiro da [[Europa]].<ref name=Grobo></ref>

==Ver também==
* [[Antifeminismo]]
* [[Camille Paglia]]
* [[Christina Hoff Sommers]]
* [[História das mulheres]]
* [[Women Against Feminism]]


==Bibliografia==
==Bibliografia==
* {{Citation | last = Valentim | first = Sara Winter | url = http://www.sarawinter.com.br/ | title = Vadia, Não! – Setes vezes que fui traída pelo feminismo | year = 2015 | type = ePub ou PDF}}, 30 pp.
* {{Citation | last = Valentim | first = Sara Winter | url = http://www.sarawinter.com.br/ | title = Vadia, Não! – Setes vezes que fui traída pelo feminismo | year = 2015 | type = ePub ou PDF}}, 30 pp.

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== {{Links}} ==
== {{Links}} ==
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*[http://ffw.com.br/noticias/gente/ffw-entrevista-a-ativista-sara-winter-e-os-codigos-do-novo-feminismo/ Portal FFW: A ativista Sara Winter e os códigos do novo feminismo]
*[http://ffw.com.br/noticias/gente/ffw-entrevista-a-ativista-sara-winter-e-os-codigos-do-novo-feminismo/ Portal FFW: A ativista Sara Winter e os códigos do novo feminismo]


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Revisão das 15h39min de 28 de junho de 2017

 Nota: Não confundir com Sarah Winter, nem com Sarah Wynter.
Sara Winter
Sara Winter
Sara Winter durante a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa segurando um rosário
Nome completo Sara Fernanda Giromini
Conhecido(a) por Protestos nus
Nascimento 18 de junho de 1992 (31 anos)
São Carlos
Residência Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Augusto Ribeiro Winter
Filho(a)(s) 1
Religião Catolicismo Romano
Página oficial
sarawinter.com.br

Sara Winter (São Carlos, 18 de Junho de 1992) é uma ex-feminista, fundadora da variante brasileira do grupo feminista Femen, mas que após a segunda metade de 2013 atuou em um grupo próprio, o BastardXs.[1] A partir de 2015, passou a participar do "grupo Pró-Mulher", ao mesmo tempo em que começou a militar contra as pautas que outrora defendia, incluindo a ideia da construção social da diferença de gênero e o feminismo.[2]

Biografia

Sara Fernanda Giromini[3] vivia com os pais na cidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo. Com histórico de prostituição e de violência familiar, Sara afirmou ter passado por vários tipos de abusos, inclusive sexuais. De acordo com declarações dadas através de entrevistas, a paulista afirmou que ingressou nos movimentos feministas pois queria de alguma forma exterminar todo o tipo de violência contra a mulher.[4] Aos dezenove, com o intuito de se integrar e fundar uma célula do grupo anti-sexismo Femen no Brasil, ela viaja à cidade de Kiev a fim de receber treinamento e conhecer uma das líderes do grupo, Inna Shevchenko.[5] Ao retornar ao país em 2012, a ativista descreveu sua ideologia da seguinte maneira:[6]

Nossa ideologia é o sextremismo, uma forma de oposição ao machismo. E a nudez é usada pela sociedade patriarcal desde sempre, a mulher nua ou não vende todo tipo de produto. Já que somos mulheres, ao invés de vender produtos, vendemos ideias sociais. Como todo mundo gosta de olhar o corpo de uma mulher, usamos o nosso corpo para passar uma mensagem escrita no peito, um protesto.
 
Sara Winter, então líder do Femen Brasil.

O grupo sofreu uma reviravolta com o fechamento de sua filial brasileira menos de um ano depois de sua inauguração. Em nota oficial, a sede retirou o direito da líder brasileira Sara Winter de usar o nome Femen. Em maio de 2013 a ucraniana Alexandra Shevchenko, uma das fundadoras do Femen, afirmou que Sara já "não faz parte do nosso grupo, tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder".[7] A fundadora do grupo, Anna Hutsol, ameaçou ainda “revelar o real motivo que fez Sara entrar no Femen”.[8] Em represália, Sara teceu diversas críticas ao grupo, afirmando que tratava-se de uma empresa e uma ação de marketing ao invés de um movimento social legítimo,[9] dizendo ainda que as brasileiras jamais eram consultadas em relação às ações do grupo e que "já não tinham vontade nenhuma de serem representadas por elas".[10] A ex-número dois do grupo, Bruna Themis, também pronunciou-se criticamente em relação ao Femen em entrevista, acusando Sara de centralização, autoritarismo e simpatia ao nazismo.[8]

As declarações de Bruna repercutiram nas redes sociais, onde surgiram boatos de que Sara teria pertencido a um grupo neonazista durante a juventude em virtude de uma Cruz de Ferro tatuada em seu corpo. A ativista negou participação em tais grupos, porém reconheceu que manteve contato com neonazistas através da internet quando tinha cerca de 15 anos, e que realmente tinha algumas ideias similares às daquele movimento, porém afirmou que conforme foi crescendo teria percebido que aquele era um "pensamento muito errado".[11] Internautas chamaram atenção ao fato de que seu pseudônimo "Sara Winter" teria sido uma alusão à Sarah Winter, uma militante nazifascista na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial - o que foi classificado pela ativista como uma "triste coincidência". Por outro lado, ela abertamente declara-se admiradora de Plínio Salgado, fundador do partido da extrema-direita brasileiro inspirado no fascismo italiano, conhecido como Ação Integralista Brasileira durante a década de 1930 - avaliando que a referida personalidade política foi um "defensor do país".[11]

Na mesa, a partir da esquerda: a ativista Eloísa Machado de Almeida; a senadora mexicana Letícia Bonifaz; o presidente eventual da CDH, senador Magno Malta (PR-ES); a presidente do Centro de Reestruturação para a Vida - (Cervi), Rosemeire Santiago; a advogada e ativista Leila Linhares e Sara Winter (Brasília, 28 de Abril de 2016).

Em dezembro de 2013, apesar de ter em seu histórico um protesto contra alienação social causada pelo programa de televisão Big Brother Brasil, Sara foi candidata a uma vaga na edição de 2014 do programa.[12] Já no ano de 2014 ela abandonou completamente qualquer associação com quaisquer grupos feministas que outrora havia integrado, tendo inclusive publicado vídeos no YouTube onde pedia perdão aos cristãos por conta de seu comportamento diante daqueles grupos. Logo em seguida publicou um livro chamado "Vadia não! Sete vezes que fui traída pelo feminismo", onde detalhava experiências negativas que teve dentro do movimento.[13] Logo que a ativista tornou-se mãe de uma criança, revelou que já havia abortado sua primeira gestação mas que agora teria reformado suas posições sobre o aborto, tornando-se contrária a esta prática. Ela também abraçou o cristianismo, afirmando que pretende criar seu filho "com base nos Dez Mandamentos".[13]

A ex-feminista considera que sua página nas redes sociais vem tendo maior sucesso desde que abandonou os grupos "esquerdistas", e tem se sustentado através de palestras e venda de livros. Adicionalmente ela pretende capitalizar a partir de sua experiência, escrevendo um novo livro contando experiências de ex-feministas que saíram do movimento e foram perseguidas. Pretende também ingressar na carreira política, sonho que nutre desde criança.[13] Desde então, Sara Winter tem se relacionado com personalidades conservadoras da política brasileira, como Everaldo Dias Pereira, Marco Feliciano e Jair Bolsonaro, com quem anunciou uma parceria política em 2016 afirmando que irão lutar contra uma suposta inversão de valores na sociedade que seria provocada por movimentos sociais de esquerda tais como: feminismo, movimento negro, movimento LGBT e a ideologia de gênero.[14]

Críticas

Grupos feministas nacionais e internacionais criticaram duramente as posições assumidas por Winter à frente do grupo, considerando que Sara não conhece com profundidade o feminismo e defende bandeiras contraditórias ou que não fazem sentido para a realidade brasileira.[15] A organização ucraniana do Femen chegou a afirmar que a brasileira “não respeitava a ideologia do grupo” e também a acusou de mentir e “fazer coisas desonestas”, como não realizar ações para as quais recebia dinheiro da Europa.[13]

Ver também

Bibliografia

Referências

  1. «Ex-Femen fica noiva e funda grupo feminista que aceita homens», Folha da manhã, Folha, 2013 jun 12  Verifique data em: |data= (ajuda).
  2. Carmadélio (2015 out 23), Feminista Sara Winter muda de opinião (blogue), Com shalom  Verifique data em: |data= (ajuda).
  3. «Feminista, ativista e com muita polêmica», Estadão .
  4. «Líder feminista tem cruz de ferro tatuada e diz ter sido prostituta», Folha, F5 .
  5. «O seio não é um objeto sexual, é uma arma de protesto», Abril, Veja (entrevista) .
  6. «"Temos cérebro, além de peito", diz primeira brasileira no Femen no Dia da Mulher», UOL, Notícias, 2013 mar 8  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. «"Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará», UOL, Notícias, 2013 mai 18  Verifique data em: |data= (ajuda).
  8. a b «Femen Brazil não tem propostas feministas, acusa ex-número 2 do grupo». Opera Mundi. 18 de setembro de 2012. Consultado em 8 de julho de 2013 
  9. «"Femen é uma empresa, não um movimento social", diz ex-líder do grupo no Brasil». Brasil de Fato. 4 de junho de 2013. Consultado em 8 de julho de 2013 
  10. «Após romper com Femen da Ucrânia, Sara Winter busca grupo antiviolência», Globo, G1, 2013 mai  Verifique data em: |data= (ajuda).
  11. a b «Acusada de ser nazista, líder do Femen se diz ameaçada», Folha da manhã, Folha .
  12. «Depois de protestar contra BBB, ex-ativista do Femen se inscreve no programa», Revista Forum (blogue), 2013 dez  Verifique data em: |data= (ajuda).
  13. a b c d Rodrigues, Fábio (21 de março de 2016). «'Movimento mais intolerante que já conheci', diz ex-feminista Sara Winter». Notícias. UOL. Consultado em 19 de maio de 2016 
  14. «"Ex-feminista" anuncia parceria política com Bolsonaro», Revista Exame (blogue), 2013 dez  Verifique data em: |data= (ajuda).
  15. Alessi, Gil (18 de maio de 2013). «"Femen Brasil não existe mais", diz líder ucraniana; Sara Winter afirma que grupo continuará». Notícias. UOL. Consultado em 12 de dezembro de 2015 

Ligações externas

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