Romance gráfico: diferenças entre revisões

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Um '''romance gráfico''' (também se utiliza o termo [[inglês]] '''''graphic novel''''') é uma espécie de [[livro]], normalmente contando uma longa história através de arte sequencial ([[banda desenhada]] ou [[quadrinhos]]), e é frequentemente usado para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.
Um '''romance gráfico''' ou '''novela gráfica''' (também se utiliza o termo [[Língua inglesa|inglês]] '''''graphic novel''''') é uma espécie de [[livro]], normalmente contando uma longa história através de arte sequencial ([[banda desenhada]] ou [[quadrinhos]]), e é frequentemente usado para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.


O [[termo]] é geralmente usado para referir-se a qualquer forma de quadrinho ou [[mangá]] de longa duração, ou seja, é o análogo na arte sequencial a uma [[prosa]] ou [[romance]]. Pode ser aplicado a trabalhos que foram publicados anteriormente em quadrinhos periódicos, ou a trabalhos produzidos especificamente para publicação em formato livro. Uma graphic novel não precisa ser voltada para o público adulto; às vezes, é necessário apenas que tenha uma boa estrutura e um visível grau [[Filosofia|filosófico]] (ex: [[A Saga do Tio Patinhas]]).
O [[Palavra|termo]] é geralmente usado para referir-se a qualquer forma de quadrinho ou [[mangá]] de longa duração, ou seja, é o análogo na arte sequencial a uma [[prosa]] ou [[romance]] (algo semelhante aos ''[[light novel]]s''). Pode ser aplicado a trabalhos que foram publicados anteriormente em quadrinhos periódicos, ou a trabalhos produzidos especificamente para publicação em formato livro. Uma graphic novel não precisa ser voltada para o público adulto; às vezes, é necessário apenas que tenha uma boa estrutura e um visível grau [[Filosofia|filosófico]] (ex: [[A Saga do Tio Patinhas]]).


A definição de "graphic novel" foi popularizada por [[Will Eisner]] depois de aparecer na capa de sua obra [[Um Contrato com Deus|''A Contract with God'']] (''Um Contrato com Deus'') publicada em [[1978]], um trabalho maduro e complexo, focado na vida de pessoas ordinárias no mundo real. O selo de "graphic novel" foi colocado na intenção de distingui-lo do formato de quadrinhos tradicional.<ref>{{Citar livro|coautores=Flávio Braga, [[Carlos Patati]]|título=Almanaque dos quadrinhos - 100 anos de uma mídia popular|editor=[[Ediouro]]|publicação=2006|isbn=8500016906, 9788500016905}}</ref> Eisner citou como inspiração os livros de [[Lynd Ward]], que produzia romances completos em [[xilogravura]].<ref>{{Citar livro|coautores=Arie Kaplan|título=Masters of the comic book universe revealed! |editor= Chicago Review Press|publicação=2006|páginas=13|isbn=1556526334, 9781556526336}}</ref> O sucesso comercial de ''Um Contrato com Deus'' ajudou a estabilizar o termo "graphic novel", e muitas fontes creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo (de fato, foi Richard Kile quem originalmente usou o termo em algumas publicações dos [[anos 1960]]).
A definição de "graphic novel" foi popularizada por [[Will Eisner]] depois de aparecer na capa de sua obra [[Um Contrato com Deus|''A Contract with God'']] (''Um Contrato com Deus'') publicada em [[1978]], um trabalho maduro e complexo, focado na vida de pessoas ordinárias no mundo real. O selo de "graphic novel" foi colocado na intenção de distingui-lo do formato de quadrinhos tradicional.<ref>{{Citar livro|coautores=Flávio Braga, [[Carlos Patati]]|título=Almanaque dos quadrinhos - 100 anos de uma mídia popular|editor=[[Ediouro]]|publicação=2006|isbn=8500016906, 9788500016905}}</ref> Eisner citou como inspiração os livros de [[Lynd Ward]], que produzia romances completos em [[xilogravura]].<ref>{{Citar livro|coautores=Arie Kaplan|título=Masters of the comic book universe revealed! |editor= Chicago Review Press|publicação=2006|páginas=13|isbn=1556526334, 9781556526336}}</ref> O sucesso comercial de ''Um Contrato com Deus'' ajudou a estabilizar o termo "graphic novel", e muitas fontes creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo (de fato, foi Richard Kile quem originalmente usou o termo em algumas publicações dos [[anos 1960]]).

Revisão das 21h49min de 16 de janeiro de 2016

Romance gráfico

Romances gráficos em exposição.

Um romance gráfico ou novela gráfica (também se utiliza o termo inglês graphic novel) é uma espécie de livro, normalmente contando uma longa história através de arte sequencial (banda desenhada ou quadrinhos), e é frequentemente usado para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.

O termo é geralmente usado para referir-se a qualquer forma de quadrinho ou mangá de longa duração, ou seja, é o análogo na arte sequencial a uma prosa ou romance (algo semelhante aos light novels). Pode ser aplicado a trabalhos que foram publicados anteriormente em quadrinhos periódicos, ou a trabalhos produzidos especificamente para publicação em formato livro. Uma graphic novel não precisa ser voltada para o público adulto; às vezes, é necessário apenas que tenha uma boa estrutura e um visível grau filosófico (ex: A Saga do Tio Patinhas).

A definição de "graphic novel" foi popularizada por Will Eisner depois de aparecer na capa de sua obra A Contract with God (Um Contrato com Deus) publicada em 1978, um trabalho maduro e complexo, focado na vida de pessoas ordinárias no mundo real. O selo de "graphic novel" foi colocado na intenção de distingui-lo do formato de quadrinhos tradicional.[1] Eisner citou como inspiração os livros de Lynd Ward, que produzia romances completos em xilogravura.[2] O sucesso comercial de Um Contrato com Deus ajudou a estabilizar o termo "graphic novel", e muitas fontes creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo (de fato, foi Richard Kile quem originalmente usou o termo em algumas publicações dos anos 1960).

O significado original do termo era aplicado para histórias fechadas[3][4][5][6], nos últimos anos o termo tem sido usado como sinônimo de trade paperback, as edições encadernadas em formato de livros de história seriadas em revistas[7][8].[9].

História

Como a definição exata do romance gráfico é discutível, as origens da própria forma de arte estão abertas à interpretação. Les Amours de monsieur Vieux Bois é o mais conhecido exemplo de banda desenhada utilizada para esse fim. Publicada em 1828 pelo caricaturista suíço Rodolphe Töpffer. [10]

A década de 1940 viu o lançamento de Classics Illustrated, uma série de histórias em quadrinhos que adaptou romances de domínio público em edições independentes para jovens leitores.[11] Em 1947, a Fawcett Comics publicou Comics Novel #1: "Anarcho, Dictator of Death", uma história em quadrinhos de 52 páginas dedicada a uma única história.[12] Em a 1950, St. John Publications publicou em formatinho a história adulta " It Rhymes with Lust", com notável influência de filme noir estrelado por uma mulher ruiva manipuladora chamado Rust. Anunciada como "um romance de longa-metragem original" em sua capa, uma revista de 128 páginas em formattinho pelo escritor "Drake Waller" (na verdade escrito pela dupla Arnold Drake e Leslie Waller), e ilustrada por Matt Baker e arte-finalizada por Ray Osrin fez sucesso suficiente para levar a uma segunda publicação, The Case of the Winking Buddha pelo romancista pulp Manning Lee Stokes e ilustrador por Charles Raab.[11]

Outros trabalhos similares que antecederam o surgimento do termo foram os álbuns franco-belgas Tintin, Asterix e Spirou, bastante populares desde a década de 1960[13][14][15], o termo álbum é usado como sinônimo pela mídia especializada, tanto para graphic novel, quanto para trade paperback.[16]

Movimento artístico

Eddie Campbell lançou um manifesto em 2004 para efetivar o fato de que uma "graphic novel" é mais o produto de um artista, e que o termo seria melhor empregado para descrever um movimento artístico.[17] Eis o texto completo, traduzido para português:

Exemplos notáveis

Galeria

Ver também

Referências

  1. Ediouro (ed.). Almanaque dos quadrinhos - 100 anos de uma mídia popular. 2006. [S.l.: s.n.] ISBN 8500016906, 9788500016905 Verifique |isbn= (ajuda)  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  2. Chicago Review Press (ed.). Masters of the comic book universe revealed!. 2006. [S.l.: s.n.] 13 páginas. ISBN 1556526334, 9781556526336 Verifique |isbn= (ajuda)  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  3. Diego Calazans. «O Edifício (Editora Abril». Universo HQ 
  4. Sérgio Codespoti (10 de setembro de 2009). «Warner Bros. cria a DC Entertainment». Universo HQ 
  5. Érico Assis, Érico Borgo e Marcelo Forlani (04 de Setembro de 2001). «Omelete entrevista: Mike Deodato Jr.». Omelete  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. Jotapê Martins (30 de Junho de 2000). «Novo projeto Vertigo de Garth Ennis». Omelete 
  7. Luciano Guerson. «100 Balas #32». Universo HQ 
  8. Érico Assis (04 de Março de 2008). «Lá Fora - Monte sua gibiteca de quadrinhos importados aproveitando o dólar baixo». Omelete  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. «Parênteses: TPBs brasileiros - uma proposta». Omelete. 16 de Janeiro de 2002. Consultado em 17 de maio de 2010  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  10. Tim Batchelor, Martin Myrone, Cedar Lewisohn, Paul Gravett e Sally O'Reilly (2010). Rude Britannia: British comic art. [S.l.]: Tate Pub. 43 páginas. 9781854378866 
  11. a b Shirrel Rhoades (2008). Comic books: how the industry works. [S.l.]: Peter Lang Publishing Inc. 9780820488929 
  12. Nathan Vernon Madison (2013). Anti-Foreign Imagery in American Pulps and Comic Books, 1920-1960. [S.l.]: McFarland. 168 páginas. 9781476601366 
  13. Sérgio Codespoti (sobre o press release da Devir Portugal) (20 de março de 2002). «Devir lançará álbum da Vampirella e ainda tem outras novidades». Universo HQ 
  14. Delfin. «CEREBUS - BOOK 1». Universo HQ 
  15. Sérgio Codespoti (12 de janeiro de 2009). «Tintim completa 80 anos de aventuras». Universo HQ 
  16. Sérgio Codespoti (10 de julho de 2009). «Capa de graphic novel com Megan Fox é censurada». Universo HQ 
  17. Allworth Communications, Inc. (ed.). The education of a comics artist; visual narrative in cartoons, graphic novels, and beyond. 2005. [S.l.: s.n.] pp. xx. ISBN 1581154089, 9781581154085 Verifique |isbn= (ajuda)  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  18. Put. Carla Andrea López Mata, Diego López Mata e Predrag Đurić. Ed. Rosencrantz, 2013, ISBN 9788689191059. (em sérvio) Adicionado em 04/02/2015.

Ligações externas