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==== Período moderno ====
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Os colonos britânicos consolidaram o território tâmil no sul da Índia através da presidência de Madras, que foi integrada à [[Índia britânica]]. De modo similar, a porção de língua tâmil do Sri Lanka se juntou às demais regiões da ilha em 1802 para formar a colônia do Ceilão. O Ceilão permaneceu politicamente unido à Índia até a independência da Índia em 1947. O Ceilão ganhou sua independência no ano seguinte, com o nome de Sri Lanka, abrigando tanto a população cingalesa quanto a tâmil.
Os colonos britânicos consolidaram o território tâmil no sul da Índia através da presidência de Madras, que foi integrada à [[Índia britânica]]. De modo similar, a porção de língua tâmil do Sri Lanka se juntou às demais regiões da ilha em 1802 para formar a colônia do Ceilão. O Ceilão permaneceu politicamente unido à Índia até a independência da Índia em 1947. O Ceilão ganhou sua independência no ano seguinte, com o nome de Sri Lanka, abrigando tanto a população cingalesa quanto a tâmil.
==== O período pós-independência e a guerra civil ====
===== O período pós-independência e a guerra civil =====
{{artigo principal|Guerra civil do Sri Lanka}}
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[[Tamil Eelam]] é um estado independente que os tâmeis do Sri Lanka e da diáspora desejam estabelecer no [[Província do Norte (Sri Lanka)|norte]] e no [[Província Oriental (Seri Lanca)|leste]] da ilha.<ref>{{citar web|URL=https://web.archive.org/web/20090124105732/http://www.sundayobserver.lk/2005/01/30/fea28.html|título=From relief, rehabilitation to peace|autor=|data=|publicado=|acessodata=6 de junho de 2020}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/6895809.stm|título='War victory party' in Sri Lanka|autor=|data=12 de julho de 2007|publicado=|acessodata=6 de junho de 2020}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Stokke, K.|título="Building the Tamil Eelam State: emerging state institutions and forms of governance in LTTE-controlled areas in Sri Lanka". Third World Quarterly. 27 (6): 1021–40.|editora=|ano=2006|páginas=|id=CiteSeerX 10.1.1.466.5940. doi:10.1080/01436590600850434.}}</ref><ref>{{citar livro|autor=McConnell, D.|título= "The Tamil people's right to self-determination". Cambridge Review of International Affairs. 21 (1): 59–76.|editora=|ano=2008|páginas=|id=doi:10.1080/09557570701828592}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Ranganathan, M.|título="Nurturing a Nation on the Net: The Case of Tamil Eelam". Nationalism and Ethnic Politics. 8 (2): 51–66.|editora=|ano=2002|páginas=|id=doi:10.1080/13537110208428661}}</ref>
[[Tamil Eelam]] é um estado independente que os tâmeis do Sri Lanka e da diáspora desejam estabelecer no [[Província do Norte (Sri Lanka)|norte]] e no [[Província Oriental (Seri Lanca)|leste]] da ilha.<ref>{{citar web|URL=https://web.archive.org/web/20090124105732/http://www.sundayobserver.lk/2005/01/30/fea28.html|título=From relief, rehabilitation to peace|autor=|data=|publicado=|acessodata=6 de junho de 2020}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/6895809.stm|título='War victory party' in Sri Lanka|autor=|data=12 de julho de 2007|publicado=|acessodata=6 de junho de 2020}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Stokke, K.|título="Building the Tamil Eelam State: emerging state institutions and forms of governance in LTTE-controlled areas in Sri Lanka". Third World Quarterly. 27 (6): 1021–40.|editora=|ano=2006|páginas=|id=CiteSeerX 10.1.1.466.5940. doi:10.1080/01436590600850434.}}</ref><ref>{{citar livro|autor=McConnell, D.|título= "The Tamil people's right to self-determination". Cambridge Review of International Affairs. 21 (1): 59–76.|editora=|ano=2008|páginas=|id=doi:10.1080/09557570701828592}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Ranganathan, M.|título="Nurturing a Nation on the Net: The Case of Tamil Eelam". Nationalism and Ethnic Politics. 8 (2): 51–66.|editora=|ano=2002|páginas=|id=doi:10.1080/13537110208428661}}</ref> Ignorando as diferenças étnicas, os britânicos impuseram um [[Ceilão britânico]] de estrutura unitária.<ref>{{citar livro|autor=Donald L. Horowitz|título=Ethnic Groups in Conflict|editora=|ano=|páginas=|id=}}</ref> Durante a administração colonial britânica, muitos tâmeis detinham posições mais altas no governo do que os cingaleses, devido a sua maior escolaridade inglesa. As terras altas cingalesas foram ocupadas pelos britânicos, e trabalhadores tâmeis foram deslocados para trabalhar nelas.<ref>{{citar livro|autor=Walter Nubin|título=Sri Lanka: Current Issues and Historical Background|editora=|ano=2002|páginas=87|id=}}</ref> Com o fim da dominação colonial britânica, cresceu a tensão étnica entre cingaleses e tâmeis. Os cingaleses, que eram maioria, se ressentiam do grande poder dos tâmeis. Em 1948, aproximadamente 700 000 trabalhadores tâmeis nas plantações de chá foram deportados para a Índia. Em 1956, o primeiro-ministro do Sri Lanka decretou a lei 33, que estabelecia o cingalês como única língua oficial do país, em substituição ao inglês. Com isso, muitos funcionários públicos tâmeis foram obrigados a se demitir, pois não sabiam falar cingalês.<ref>{{citar livro|autor=Tambiah, Stanley |título=Sri Lanka: Ethnic Fratricide and the Dismantling of Democracy|editora=University of Chicago Press|ano=1984|páginas=|id= ISBN 978-0-226-78952-1}}</ref> Os tâmeis encararam a lei como um ato de discriminação linguística, cultural e econômica contra eles.

Depois de vários [[pogrom|pogrons]] contra os tâmeis em 1956, [[Massacre dos tâmeis no Ceilão em 1958|1958]] e [[Massacre dos tâmeis no Sri Lanka em 1977|1977]], surgiram organizações guerrilheiras como os [[Tigres de Liberação do Tamil Eelam]]. Elas tinham, por objetivo, criar um estado tâmil independente, Tamil Eelam, nas regiões de maioria tâmil do Sri Lanka. O incêndio da biblioteca pública de Jaffna em 1981 e o [[Julho Negro]] em 1983 levaram a mais de 25 anos de guerra civil entre o exército do Sri Lanka e os Tigres Tâmeis, em que ambos os lados cometerem inúmeras atrocidades. A guerra civil levou à morte de mais de 100 000 pessoas, de acordo com a [[Organização das Nações Unidas]].<ref>{{citar web|URL=https://www.abc.net.au/news/2009-05-20/up-to-100000-killed-in-sri-lankas-civil-war-un/1689524|título=Up to 100,000 killed in Sri Lanka's civil war: UN|autor=|data=20 de maio de 2009|publicado=|acessodata=7 de junho de 2020}}</ref> Alega-se que o exército do Sri Lanka cometeu [[crime de guerra|crimes de guerra]] contra civis tâmeis nos meses finais da quarta fase da guerra civil em 2009, quando o líder dos Tigres, Prabhakaran, foi morto.<ref>{{citar web|URL=https://www.hrw.org/news/2010/05/20/sri-lanka-new-evidence-wartime-abuses|título=Sri Lanka: New Evidence of Wartime Abuses|autor=|data=20 de maio de 2010|publicado=|acessodata=7 de junho de 2020}}</ref> A guerra resultou em mais de 800 000 refugiados tâmeis, grande parte dos quais se refugiou no Reino Unido ou na Índia.
== Distribuição geográfica ==
=== Índia ===
A maioria dos tâmeis indianos vive em Tamil Nadu. Os tâmeis são maioria no [[Território da União]] [[Puducherry]], uma antiga colônia francesa. Puducherry é um enclave situado em Tamil Nadu.


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 23h14min de 7 de junho de 2020

தமிழர்
Tâmeis
Típica família tâmil.
Típica família tâmil.
População total

77 000 000[1]

Regiões com população significativa
 Índia 60 793 814 (2001)[2]
Sri Lanka 3 092 676 (2001)[3]
 Malásia 1 060 000 (1993)[4]
 Canadá 200 000 (2005)[5]
 Reino Unido 300 000 (2007)[6]
Singapura Singapura 111 000 (1993)[4]
Línguas
Tâmil
Religiões
Predominantemente hinduísmo, com minorias cristãs, islâmicas e jainistas
Grupos étnicos relacionados
Dravidianos · giraavarus[7]  · cingaleses[8]

Os tâmeis,[9] tâmiles,[9] tâmis[9] ou tâmules[9] (em tâmil: தமிழர், transl. tamiḻar), são um grupo étnico nativo de Tamil Nadu, um estado da Índia, e da região nordeste do Sri Lanka. Falam predominantemente o tâmil, e têm uma história registrada que data em cerca de dois milênios.[10] Comunidades de imigrantes tâmeis podem ser encontradas por todo o mundo.

Os tâmeis são maioritariamente hinduístas, com consideráveis populações cristãs e muçulmanas, enquanto os tâmeis jainistas formam uma minoria reduzida. Os tâmeis constituem 5,9 por cento da população da Índia (concentrando-se principalmente em Tamil Nadu), quinze por cento da população do Sri Lanka, seis por cento da população de Maurícia,[11] sete por cento da população da Malásia e cinco por cento da população de Singapura. Os tâmeis, com uma população de aproximadamente 76 000 000 de pessoas e com uma história documentada que remonta a 2 000 anos atrás, são um dos maiores e mais velhos grupos etnolinguísticos existentes atualmente no mundo.[12]

Do século IV a.C. em diante,[13] a urbanização e a atividade mercantil ao longo das costas leste e oeste do que são hoje Querala e Tamil Nadu levaram ao desenvolvimento de quatro grandes estados tâmeis (cheras, império Chola, império Pandia e pallavas) e vários estados menores, sendo que todos lutavam entre si em busca da supremacia. O reino de Jafanapatão, habitado por tâmeis do Sri Lanka, era um dos mais poderosos reinos do Sri Lanka, e controlava grande parte do norte da ilha.[14][15]

Os tâmeis eram conhecidos por sua influência sobre o comércio regional no oceano Índico. Artefatos marcando a presença de comerciantes romanos mostram que era ativo o comércio direto entre Roma e o sul da Índia. Há registros de que os pandias enviaram ao menos duas embaixadas diretamente para o imperador Augusto, em Roma. Os pandias e os cholas foram historicamente ativos no Sri Lanca. A dinastia chola invadiu com sucesso várias áreas no sudeste da Ásia, incluindo o poderoso império Serivijaia e a cidade estado malaia de Quedá.[16] Guildas tâmeis medievais e organizações comerciais como Ayyavole e Manigramam tiveram um importante papel nas redes de comércio do sudeste da Ásia.[17] Comerciantes e líderes religiosos pallavas viajaram para o sudeste da Ásia e tiveram um importante papel na indianização cultural da região. Escrituras levadas por comerciantes tâmeis para o sudeste da Ásia, particularmente as em escrita grantha ou pallava, levaram ao desenvolvimento de muitas escritas do sudeste da Ásia, como o alfabeto khmer, a escrita kawi javanesa, a escrita baybayin e o alfabeto tailandês.

A língua tâmil é uma das línguas clássicas de vida mais longa,[18] com uma história que remonta a 300 a.C. A literatura tâmil é dominada pela poesia, especialmente a literatura Sangam, que é composta por poemas feitos entre 300 a.C. e 300 d.C. O mais importante autor tâmil foi o poeta e filósofo Tiruvalluvar, que escreveu o Tirukkuṛaḷ, um grupo de tratados sobre ética, política, amor e moralidade amplamente considerado a maior obra da literatura tâmil.[19] A arte visual tâmil é dominada pela arquitetura dravídica e pela produção de estátuas de divindades em pedra e bronze. As estátuas em bronze cholas, especialmente as Nataraja, se tornaram famosos símbolos do hinduísmo. Os destaques das artes cênicas tâmeis são sua dança clássica (Bharatanatyam) e sua dança popular (Koothu). A música clássica tâmil é dominada pela música carnática e pelos gêneros populares gaana e dappan koothu.

Embora a maioria dos tâmeis seja hindu, muitos (especialmente os da área rural) praticam a chamada religião popular dravídica, venerando várias divindades de vilas. Muitos tâmeis são muçulmanos ou cristãos. Uma pequena comunidade jainista sobrevive desde os tempos clássicos. A cozinha tâmil possui vários itens vegetarianos e não vegetarianos, e vários temperos locais. A antiga música tâmil, a arquitetura de templos e as esculturas estilizadas continuam a ser aprendidas e praticadas. O historiador e radialista inglês Michael Wood chamou os tâmeis de a mais antiga civilização clássica da Terra ainda existente, porque os tâmeis preservaram elementos substanciais do seu passado relacionados às crenças, cultura, música e literatura, não obstante a influência da globalização.[20][21]

Etimologia

Não se sabe se o termo Thamizhar e seus equivalentes em prácrito Damela, Dameda, Dhamila e Damila eram autodenominações ou exodenominações. Existem inscrições dos séculos VI e V a.C. que mencionam pessoas damela ou dameda. A conhecida inscrição Hathigumpha do governante kalinga Kharavela se refere a uma T(ra)mira samghata (confederação de governantes tâmeis) datada de 150 a.C. Também menciona que a liga de reinos tâmeis já existia há 113 anos.[22]

Em Amaravati (Andra Pradexe), existe uma inscrição que se refere a um dhamila-vaniya (comerciante tâmil) datada do século III.[23] Outra inscrição da mesma época em Nagarjunakonda parece se referir a um damila. Uma outra inscrição nas cavernas Kanheri se refere a um dhamila-gharini (chefe de família tâmil). No conto budista jataka conhecido como Akiti Jataka, é mencionada uma Damila-rattha (dinastia tâmil). Havia relacionamento comercial entre o império Romano e o império Pandia. Conforme registrado por Estrabão, o imperador Augusto de Roma recebeu, em Antioquia, o embaixador de um rei chamado Pandyan de Dramira.[24] Portanto, é evidente que, pelo menos desde 300 a.C., os tâmeis já formavam um grupo étnico próprio.[25] Southworth sugere que thamizhar se origina de tam-miz > tam-iz, "sua própria língua".[26] Zvelebil sugere uma etimologia a partir de tam-iz, com tam significando "seu próprio" e iz significando "som desdobrado". Alternativamente, ele sugere uma derivação de tamiz < tam-iz < *tav-iz < *tak-iz, "o processo próprio (de falar)".[27]

História

Na Índia

Período pré-histórico

Uma possível evidência da antiga presença tâmil no atual Tamil Nadu são as urnas funerárias megalíticas datando de 1500 a.C em diante que foram descobertas em vários pontos de Tamil Nadu, especialmente em Adichanallur, no distrito de Thoothukudi.[28][29][30] Essas urnas se encaixam na descrição de funerais da literatura tâmil clássica.[31]

Após o século X, surgiram várias lendas que explicavam o passado do povo tâmil. Segundo o Iraiyanar Akapporul, um comentário dos séculos X e XI sobre a literatura Sangam, o território tâmil antigamente se estendia para o sul e ultrapassava os limites da península indiana, abrangendo 49 divisões (nadus). O território teria sido, então, destruído por um dilúvio. As lendas Sangam também falam sobre a antiguidade do povo tâmil e reivindicam dezenas de milhares de anos de atividade literária contínua durante três Sangam.[32]

Período clássico

Os antigos tâmeis tiveram três estados monárquicos liderados por reis chamados vendhar, assim como vários chefes tribais liderados por chefes chamados vel ou velir.[33] Num nível ainda mais abaixo, havia chefes de clãs chamados kizhar ou mannar.[34] Os reis e chefes tâmeis estavam sempre em conflito uns com os outros, principalmente por causa de hegemonia territorial e propriedades. As cortes reais eram, principalmente, mais locais de reunião social do que centros de distribuição de autoridade: eram centros de distribuição de recursos. A antiga literatura tâmil Sangam, obras de gramática como o Tolkāppiyam e antologias como o Pattuppāṭṭu e o Eṭṭuttokai também fornecem informações sobre o antigo povo tâmil.[35] Os líderes tâmeis eram patronos das artes, e existe uma significativa quantidade de literatura desse período.[36] A literatura mostra que muitas práticas culturais consideradas tipicamente tâmeis já eram praticadas na época clássica.[37]

A agricultura era importante nesse período, e há evidência de que redes de canais de irrigação já existiam no século III a.C.[38] Comércio interno e externo florescia, e há evidência de que existia significativo contato com a Roma Antiga.[39] Grande quantidade de moedas romanas e sinais da presença de comerciantes romanos foram encontrados em Karur e Arikamedu.[40] Há evidência de que ao menos duas embaixadas foram enviadas ao imperador romano Augusto por reis pandias.[41] Cerâmica com escrita tâmil foi encontrada em escavações no mar Vermelho, sugerindo a presença de comerciantes tâmeis.[42] Um registro de viagem anônimo do século I escrito em grego, Périplo do Mar Eritreu, descreve os portos dos reinos pandia e chera em Damirica, bem como sua atividade, com grande detalhe. A obra também informa que os principais produtos exportados pelos antigos tâmeis eram pimenta-preta, malabathrum, pérola, marfim, seda, nardo, diamante, safira e casco de tartaruga.[43]

O período clássico terminou por volta do século IV com as invasões Kalabhras, referidas como kalappirar na literatura e inscrições tâmeis.[44] Esses invasores são descritos como "reis malévolos" e "bárbaros" que vinham do norte.[45] Esse período, comumente referido como a Era Sombria do país tâmil, terminou com a ascensão da dinastia Pallava.[46][47][48]

Economia, comércio e navegação

O país tâmil é localizado estrategicamente no oceano Índico, e tinha acesso a uma rota comercial marítima.

Períodos imperial e pós-imperial

Os nomes de três dinastias (Cholas, Pandias e Cheras) são mencionados na literatura tâmil Sangam, e obras de gramática como o Tolkappiyar se referem a elas como "os três glorificados pelo céu".[49] Posteriormente, elas são mencionados nos pilares de Asoca (inscritos em 273–232 a.C.) do império Máuria como aliadas de Asoka.[50][51] O rei de Kalinga, Kharavela, que reinou por volta do ano 150, é mencionado na inscrição Hathigumpha da confederação dos reinos tâmeis, que já existia há mais de cem anos.[52] Os Cholas, Pandias, Cheras e Pallavas eram seguidores do hinduísmo, embora, por um curto período, alguns deles parecem ter seguido o jainismo.[53] Depois da queda do império Máuria, os reinos tâmeis se aliaram ao império Satavana.

Esses antigos reinos patrocinaram o surgimento da mais antiga literatura tâmil. A literatura tâmil clássica, conhecida como literatura Sangam, é atribuída ao período entre 200 a.C. e 300 a.C.[54][55] Os poemas da literatura Sangam foram categorizados e reunidos durante o período medieval. Eles retratam uma terra fértil, onde o governo era exercido por monarcas hereditários, e onde a atuação do estado era limitada pelo darma. Embora existam referências aos Pallavas desde o século II, eles somente alcançaram o poder imperial no século VI.[56] Eles transformaram a monarquia em um império, e procuraram anexar vastas extensões de terra. O movimento bhakti do hinduísmo foi criado nessa época, e prosperou concomitante ao crescimento do jainismo e do budismo.[57] Os Pallavas foram pioneiros na construção de grandes e ornados templos de pedra, os quais formam a base da arquitetura dravidiana de templos. Eles entraram em conflito com o império Chaluquia. Durante este período, o rei chaluquia Pulakeshin II estendeu seu império até a porção norte do reino pallava, derrotando os pallavas em várias ocasiões. O rei pallava Narasimhavarman I contra-atacou, ocupando Badami temporariamente em 642. Posteriormente, o rei chaluquia Vikramaditya II se vingou através de repetidas invasões da região de Tondaimandalam, repetidas vitórias contra o rei pallava Nandivarman II, e a anexação de Kanchipuram. A dinastia pallava foi derrubada no século IX pela dinastia Rashtrakuta, que reinou a partir de Gulbarga. O rei Krishna III, o último grande rei Rashtrakuta, consolidou o império desde o rio Narmada até o rio Kaveri, incluindo a porção norte do território tâmil (Tondaimandalam) e impondo tributo ao rei do Ceilão.

Sob o reinado de Rajaraja I e seu filho Rajendra Chola I, os Cholas se tornaram dominantes no século X, estabelecendo um império que cobria o Sri Lanka e a maior parte da Índia do Sul.[58] O império tinha fortes laços comerciais com a dinastia Sung chinesa e o sudeste da Ásia.[59][60] Os Cholas derrotaram os Chaluquias do leste e expandiram seu império até o rio Ganges. Eles conquistaram as áreas costeiras ao redor do golfo de Bengala e transformaram este num lago chola. Rajendra Chola I melhorou a armada de seu pai e criou a primeira marinha notável do subcontinente indiano. A armada chola conquistou o império Serivijaia, que era a potência dominante do sudeste da Ásia, e assegurou a rota comercial marítima até a China.[61] Os Cholas exigiram tributo da Tailândia e do império Khmer. A segunda metade do século XI viu a união dos reinos Chola e Vengi sob Kulottunga I.[62] O imperador Chola repeliu uma invasão do rei chaluquia do oeste Vikramaditya VI, que tentou interferir na política chola e instalar um governante títere. Essas guerras resultaram na vitória chola e na anexação das regiões de Gangavadi e Konkan. Vikramaditya VI ficou, dessa forma, confinado a seus domínios ao norte de Tungabhadra.[63] O império Chola permaneceu poderoso durante o reinado de Kulottunga e manteve sua influência sobre os vários reinos do sudeste da Ásia, como o império Serivijaia.[64][65] De acordo com o historiador K. A. Nilakanta Sastri, Kulottunga evitou guerras desnecessárias e teve um longo e próspero reinado, assegurando a estabilidade do império pelos 150 anos seguintes.[66]

O declínio do poder chola no sul da Índia começou no final do reinado de Kulottunga III. Ele foi acelerado pelo retorno dos Pandias sob Maravarman Sundara Pandyan (1216-1238).[67] O declínio chola levou à disputa do território tâmil entre Pandias, Hoysalas e Kakatiyas. Até o rei kadava, Kopperunjinga, se rebelou contra seu senhor chola Rajaraja III, e proclamou sua independência.[68] Os Hoysalas incentivaram a divisão entre os reinos tâmeis, ora apoiando um reino, ora outro. Dessa forma, impediram o crescimento dos Cholas e dos Pandias. Durante o período de Rajaraja III, os Hoysalas se aliaram aos Cholas e derrotaram o rei kadava Kopperunjinga e os Pandias, marcando, dessa forma, sua presença no território tâmil. Rajendra Chola III, que sucedeu Rajaraja III, tentou reerguer os Cholas e liderou sucessivas expedições ao norte, como atestado por suas epígrafes, que foram encontradas em locais tão longe como Cuddappah.[69] Ele também derrotou dois príncipes pandias (um dos quais, Maravarman Sundara Pandya II) e submeteu os pandias por algum tempo. Os Hoysalas sob Vira Someswara intervieram e, dessa vez, se aliaram aos Pandias para conter os Cholas.[70] A história tâmil iniciou uma nova etapa com o surgimento do príncipe Jatavarman Sundara Pandya I. Nas guerras subsequentes, ele emergiu como governante único, quando o reino pandia alcançou seu auge, no século XIII. Primeiramente, Jatavarman Sundara Pandya pôs um fim à influência Hoysala, expulsando-os do delta do Kaveri e, posteriormente, matando seu rei Vira Someswara em 1262, perto de Srirangam. Então, ele derrotou Kopperunjinga, o rei kadava, e o transformou em vassalo. Os pandias, então, se voltaram para o norte e anexaram Kanchi, matando o rei telugu Vijaya Gandagopala. Então, eles marcharam até Nellore e celebraram sua vitória realizando a cerimônia do virabisheka (unção dos heróis), depois de derrotar o rei kakatiya Ganapati. Enquanto isso, seu tenente Vira Pandya derrotou o rei de Lanka e submeteu a ilha.[71] No século XIV, o império pandia mergulhou numa guerra civil e teve que enfrentar sucessivas invasões do sultanato de Délhi. Em 1335, Madurai, a capital pandia, foi conquistada por Jalaluddin Ahsan Khan. Teve início, então, o sultanato de Madurai, mas este foi logo conquistado pelo reino de Bisnaga em 1378. Durante os séculos XV e XVI, o reino de Bisnaga foi a potência dominante no sul da Índia e patrocinou muitas obras literárias tâmeis. Depois do colapso do reino de Bisnaga em 1646, Tamil Nadu foi dominado por pequenos estados como Madurai Nayak.

A região a oeste dos Ghats Ocidentais se tornou, gradualmente, politicamente distinta das regiões orientais controladas pelos Pandias e Cholas.[72] Querala era, até o século IX, cultural e linguisticamente parte de Tamilakam, com o local Koduntamil evoluindo para a língua malaiala.[73] Essa transformação sociocultural foi alterada com a migração indo-ariana de falantes de sânscrito a partir do norte da Índia no século VIII.[74]

No Sri Lanka

Existe pouco consenso acadêmico sobre a presença tâmil no Sri Lanka.[75] De acordo com uma das teorias, uma população mesolítica local foi expulsa pela chegada dos tâmeis. Posteriormente, os cingaleses ocupariam a ilha.[76]

De acordo com sua própria tradição, os tâmeis do Sri Lanka são descendentes de nagas e yakshas aborígenes do Sri Lanka. Até hoje, os tâmeis hindus do Sri Lanka veneram divindades cobra, como os nagas.[77]

Período pré-histórico

Os veddas, um povo indígena do Sri Lanka, possuem perfis genéticos similares aos adivasis do sul da Índia. Assentamentos culturalmente similares aos atualmente encontrados em Tamil Nadu e Sri Lanka foram escavados em locais megalíticos de enterro em Pomparippu, na costa oeste, e em Kathiraveli, na costa leste da ilha, com vilas estabelecidas entre o século V a.C. e o século II.[78][79] Semelhanças culturais entre práticas funerárias no sul da Índia e no Sri Lanka foram datadas pelos arqueólogos no século X a.C. Entretanto, a arqueologia e a história indianas empurraram essa data até o século XV a.C. Há evidência radiométrica de Anuradapura de que louça vermelha e preta com símbolos não bramis ocorre já nos séculos X e IX a.C.

Período histórico

A cerâmica vermelha e preta encontrada no Sri Lanka indica que, já na antiguidade, a região era culturalmente similar ao sul da Índia.[80] As muitas inscrições bramis encontradas no Sri Lanka com nomes de clãs tâmeis como Parumakal, Ay, Vel, Uti (Utiyan), Tissa (Ticaiyan), Cuda/Cula/Cola, Naka etc. reforçam essa antiga similaridade com o sul da Índia.[81] Cerâmica com antiga escrita tâmil do século II a.C. foi encontrada em Poonakary, no norte do Sri Lanka. Ela apresentava o nome de clã Vela, similar ao nome do clã Velir, um clã tradicional tâmil do sul da Índia.[82] Cerâmica com antiga escrita tâmil também foi encontrada em Tissamaharama, no sul do Sri Lanka. Existe evidência epigráfica de pessoas que se identificavam como damelas ou damedas (as palavras prácritas para tâmil) em Anuradhapura, a capital do Rajarata, e em outras regiões do Sri Lanka, já no século II a.C.[83][84] No Mahavamsa, um poema histórico, aventureiros tâmeis como Elara invadem o Sri Lanka por volta de 145 a.C.[85] Soldados tâmeis procedentes do sul da Índia eram tão numerosos em Anuradapura entre os séculos VII e XI que os chefes locais tinham que solicitar sua ajuda para permanecer no poder.[86] Por volta do século VIII, existiam vilas tâmeis conhecidas coletivamente como Demel-kaballa (loteamento tâmil), Demelat-valademin (vilas tâmeis), e Demel-gam-bim (vilas e terras tâmeis).[87]

Período medieval

Nos séculos IX e X, incursões pandias e cholas no Sri Lanka culminaram na anexação chola da ilha, que durou até a segunda metade do século XI, após o que a influência chola diminuiu no Sri Lanka.[88][89][90][91] O declínio chola no Sri Lanka foi seguido pela restauração monárquica da Cidade Antiga de Polonnaruva no final do século XI.[92] Em 1215, após invasões pandias, a dinastia Aryacakravarti estabeleceu o reino de Jafanapatão[93] na península de Jaffna e em partes do norte do Sri Lanka. A expansão Aryacakaravarthi em direção ao sul foi detida por Akalesvara Alagakkonara, o descendente de uma poderosa família feudal de Canchipuram que migrou para o Sri Lanka por volta do século XIII e se converteu ao budismo.[94] Akalesvara era o primeiro-ministro do rei cingalês Parakramabahu V (1344–59) e logo se tornou o real poder por trás do trono. Vira Alakeshwara, um descendente de Alagakkonara, se tornou, posteriormente, rei dos cingaleses.[95] mas o almirante ming Zheng He o derrubou em 1409 e levou-o cativo para a China. Depois disso, sua família perdeu sua influência. A dinastia Aryachakaravarthi continuou a dominar largas porções do nordeste do Sri Lanka até a conquista portuguesa do Reino de Jafanapatão em 1619. As áreas costeiras da ilha foram conquistadas pelos neerlandeses e logo se tornaram parte do império Britânico em 1796. O navegador inglês Robert Knox descreveu um passeio na região tâmil da ilha na sua obra Um relato histórico da ilha do Ceilão, registrando alguns de seus reinos em um mapa do ano de 1681.[96] Quando os europeus chegaram ao Sri Lanka no século XVII, os tâmeis foram descritos como habitando a porção nordeste da ilha.

O sistema de castas da maioria cingalesa acomodou imigrantes hindus do sul da Índia desde o século XIII. Isso levou ao surgimento de três novas castas cingalesas: salagama, durava e karava.[97][98][99] A migração e assimilação hindus continuaram até o século XVIII.[100]

Período moderno

Os colonos britânicos consolidaram o território tâmil no sul da Índia através da presidência de Madras, que foi integrada à Índia britânica. De modo similar, a porção de língua tâmil do Sri Lanka se juntou às demais regiões da ilha em 1802 para formar a colônia do Ceilão. O Ceilão permaneceu politicamente unido à Índia até a independência da Índia em 1947. O Ceilão ganhou sua independência no ano seguinte, com o nome de Sri Lanka, abrigando tanto a população cingalesa quanto a tâmil.

O período pós-independência e a guerra civil
Ver artigo principal: Guerra civil do Sri Lanka

Tamil Eelam é um estado independente que os tâmeis do Sri Lanka e da diáspora desejam estabelecer no norte e no leste da ilha.[101][102][103][104][105] Ignorando as diferenças étnicas, os britânicos impuseram um Ceilão britânico de estrutura unitária.[106] Durante a administração colonial britânica, muitos tâmeis detinham posições mais altas no governo do que os cingaleses, devido a sua maior escolaridade inglesa. As terras altas cingalesas foram ocupadas pelos britânicos, e trabalhadores tâmeis foram deslocados para trabalhar nelas.[107] Com o fim da dominação colonial britânica, cresceu a tensão étnica entre cingaleses e tâmeis. Os cingaleses, que eram maioria, se ressentiam do grande poder dos tâmeis. Em 1948, aproximadamente 700 000 trabalhadores tâmeis nas plantações de chá foram deportados para a Índia. Em 1956, o primeiro-ministro do Sri Lanka decretou a lei 33, que estabelecia o cingalês como única língua oficial do país, em substituição ao inglês. Com isso, muitos funcionários públicos tâmeis foram obrigados a se demitir, pois não sabiam falar cingalês.[108] Os tâmeis encararam a lei como um ato de discriminação linguística, cultural e econômica contra eles.

Depois de vários pogrons contra os tâmeis em 1956, 1958 e 1977, surgiram organizações guerrilheiras como os Tigres de Liberação do Tamil Eelam. Elas tinham, por objetivo, criar um estado tâmil independente, Tamil Eelam, nas regiões de maioria tâmil do Sri Lanka. O incêndio da biblioteca pública de Jaffna em 1981 e o Julho Negro em 1983 levaram a mais de 25 anos de guerra civil entre o exército do Sri Lanka e os Tigres Tâmeis, em que ambos os lados cometerem inúmeras atrocidades. A guerra civil levou à morte de mais de 100 000 pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas.[109] Alega-se que o exército do Sri Lanka cometeu crimes de guerra contra civis tâmeis nos meses finais da quarta fase da guerra civil em 2009, quando o líder dos Tigres, Prabhakaran, foi morto.[110] A guerra resultou em mais de 800 000 refugiados tâmeis, grande parte dos quais se refugiou no Reino Unido ou na Índia.

Distribuição geográfica

Índia

A maioria dos tâmeis indianos vive em Tamil Nadu. Os tâmeis são maioria no Território da União Puducherry, uma antiga colônia francesa. Puducherry é um enclave situado em Tamil Nadu.

Ver também

Referências

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