Gonçalo Batista Vieira
Gonçalo Batista Vieira | |
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Nascimento | 17 de maio de 1819 Jucás |
Morte | 10 de março de 1896 Fortaleza |
Sepultamento | Cemitério São João Batista |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | político |
Religião | Catolicismo |
Gonçalo Batista Vieira, primeiro e único Barão de Aquiraz, (Jucás, 17 de maio de 1819 — Fortaleza, 10 de março de 1896) foi um advogado e político brasileiro. Foi deputado geral e presidente da província do Ceará por um breve período, em 1838. Em 17 de maio de 1871 recebeu o título de barão do imperador Dom Pedro II.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu na então arraial de São Mateus (atual município de Jucás), filho do capitão-mor de mesmo nome. Bacharelou-se em direito pela Faculdade de Olinda, em 1843, na mesma turma que Tomás Pompeu de Sousa Brasil.
No ano de sua formatura, foi diretor e acionista da Companhia Cearense Via Férrea de Baturité. Foi nomeado promotor do Crato, em janeiro de 1851, mas não chegou a exercer o cargo, optando por seguir carreira política. Era filiado do Partido Conservador, o qual fê-lo deputado provincial por várias vezes e, quando da morte de seu primo, o senador Miguel Fernandes Vieira, ocorrida a 6 de agosto de 1862, deu-lhe a chefia do partido na província.
Foi deputado à Assembleia Geral, exerceu o cargo de vice-presidente em 1877, por ocasião de subir ao poder, em 1868, o seu partido com o ministério Itaboraí. Foi nomeado primeiro vice-presidente da província. Mais tarde, em 17 de maio de 1871, foi agraciado com o titulo de Barão do Aquiraz e, em 1888, incluído em lista senatorial apresentada à escolha do imperador.
Por ocasião da cisão do partido, em 1871, motivado pela Lei do Ventre Livre, apresentada pelo ministério Rio Branco, passou para o grupo resistente, conhecido como "Conservadores Miúdos", sob a direção do conselheiro Paulino José Soares de Sousa e por outros.
Com o fim do regime monárquico afastou-se da vida pública. Faleceu aos 77 anos, em seu palacete em Fortaleza, e foi sepultado no Cemitério São João Batista.
Foi casado primeiramente com Ana Fernandes Vieira e depois com Senhorinha Fernandes Vieira, ambas filhas do Visconde do Icó, de quem era sobrinho. Senhorinha faleceu aos 25 anos, em 26 de setembro de 1861.[1] Viúvo pela segunda vez, desposou então, em 1866, Ana Angélica Fernandes Bastos, filha do desembargador André Bastos de Oliveira, e viúva do senador Miguel Fernandes, seu primo e irmão de suas duas primeiras esposas. Das três esposas, Ana Angélica foi a única que teve o título de baronesa, por seu casamento. Desta união, nasceram três filhos, um dos quais era Senhorinha Batista Vieira, casada com o doutor Antônio Augusto de Meneses, filho do capitão Rufino Antônio de Meneses e de Úrsula Maria do Sacramento. Ana Angélica faleceu aos 44 anos, de tuberculose, em 21 de julho de 1884.[2]
No lugar do palacete em que faleceu situa-se hoje o Cine São Luís.
Referências
Fontes
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Precedido por Antônio Joaquim Rodrigues Júnior |
Presidente da província do Ceará 1838 |
Sucedido por Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque |