Palácio Vagos

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Palácio Vagos / Paço São Cristóvão
Palácio Vagos
Nomes alternativos Paço de São Cristóvao
Tipo
Função inicial Residencial
Proprietário atual Associação de Socorros Mútuos de Empregados de Comércio de Lisboa
Função atual Saúde (clínica), Administrativa (escritórios)
Website [1]
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional (portal lateral gótico)
Ano 1910
Geografia
País Portugal
Cidade Lisboa
Localidade Largo de São Cristóvão, 1
Coordenadas 38° 42' 44.88" N 9° 8' 8.14" O

O Palácio de Vagos ou Paço de São Cristóvão é um palácio situado no Largo de São Cristóvão, n.º 1, na freguesia da Santa Maria Maior, em Lisboa. O portal lateral gótico dos antigos paços de São Cristóvão foi classificado como monumento nacional português em 1910.

História[editar | editar código-fonte]

O antigo Paço de São Cristóvão foi possivelmente edificado na primeira metade do século XV. Aqui se celebrou o casamento por procuração de D. Leonor, filha do rei D. Duarte, com Frederico III da Alemanha, em 1451 ou 1452, e aqui ficou D. Leonor a residir. Do paço quatrocentista apenas subsiste hoje o portal lateral gótico, de colunas torsas, que foi classificado como monumento nacional.[1][2]

Segundo Norberto Araújo, na segunda metade do século XV, o palácio pertenceu a D. Álvaro de Bragança, Regedor das Justiças, o que deu o nome à rua do Regedor, que liga o largo do Caldas ao largo de São Cristóvão, e onde se situa a entrada lateral do palácio.[3]

O velho Paço de São Cristóvão foi objeto de modificações profundas nos séculos XVI e XVII. Tornou-se a residência dos condes de Aveiras (posteriormente, marqueses de Vagos).[1] O palácio desmoronou-se com o terramoto de 1755, ficando apenas incólume a fachada principal. Em 1864, o Marquês de Vagos vendeu as ruínas. O novo dono, um rico Leomil, reconstruiu o palácio, mantendo a fachada principal, com as cantarias e janelas joaninas.[4]. No século XVIII foi-lhe acrescentado um andar e já no século XX, o palácio foi ampliado e construiu-se um pavilhão anexo.

Desde 1913, o edifício pertence à Associação de Socorros Mútuos de Empregados de Comércio de Lisboa.[1]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (vários autores) (1987). Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa. [S.l.: s.n.] 
  • Castilho, Júlio de (1937). Lisboa Antiga. Bairros Orientais. [S.l.: s.n.] 
  • Almeida, Fernando de (1973). Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa. V. [S.l.: s.n.] 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Palácio Vagos/Paços de S. Cristóvão». 2017. Consultado em 3 de outubro de 2017 
  2. Catarinal Oliveira (abril de 2008). «Portal lateral dos antigos paços de São Cristóvão». Consultado em 3 de outubro de 2017 
  3. Araújo, Norberto (1950). Inventário de Lisboa. [S.l.: s.n.] 
  4. ref name=dgpc/>Lisboa antiga e Lisboa moderna: elementos históricos da sua evolução. [S.l.: s.n.] 1900. pp. 10–11. Consultado em 3 de outubro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]