Porto de Antonina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Porto de Antonina
Porto de Antonina
O Porto de Antonina como visto da Ponta da Pita.
Localização
Localização Antonina, Paraná, Brasil
Detalhes
Área 256.622,95 m² (terminal Barão de Teffé) e 72.000m² (terminal da Ponta do Félix)[1]
Extensão do cais 360m (Terminal Portuário da Ponta do Félix) e cais comercial para navios de até 155m (terminal Barão de Teffé).[1]
Armazéns dois armazéns (2.436m e 1.056m) no terminal Barão de Teffé; 3 armazéns para carga geral, um com 2.500m² (capacidade 10000m³) e dois com 3.125m² cada (capacidade de 18000m³), no Terminal Portuário da Ponta do Félix.[1]

O Porto de Antonina é um porto brasileiro localizado no município de Antonina, no estado do Paraná. Atualmente, O Porto de Antonina é parte do complexo administrado pela APPA (Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina). Na década de 1920 foi considerado o 4º maior porto em exportações no Brasil.[2][3]

Localizado em um ponto estratégico para escoamento da produção, o Porto de Antonina amplia a agilidade e qualidade dos serviços do Porto de Paranaguá, oferecendo dois terminais portuários: o Barão de Teffé e o Ponta do Félix.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1856 foi construído o primeiro trapiche em Antonina, sendo estabelecida a linha regular de embarcações a vapor de Antonina à Paranaguá. Já em 1870 o Almirante Barão de Teffé, Antônio Luís von Hoonholtz, intercedeu pela ferrovia que iria ligar Antonina junto ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.[3] Em 1880, Dom Pedro II chegou a Antonina, com sua comitiva, a bordo do navio Rio Grande. Em 1882 foi inaugurado o ramal ferroviário entre Antonina e Morretes, melhorando a logística do porto.[3]

Em 1904 a família Matarazzo adquiriu terras em Antonina para a construção do Complexo Industrial Matarazzo, intensificando a atividade econômica da região. Em 1917 foram concluídas as instalações portuárias, incluindo edificações industriais e casas para os funcionários do porto.[3]

Em 1926 o Porto de Antonina foi considerado o primeiro porto em movimentação de mate. No geral das exportações, chegou a ser o quarto maior porto do Brasil.[3] Entretanto, na década de 1930 a movimentação diminuiu com a queda da produção de Erva Mate. Já na década de 1940, com a Segunda Guerra Mundial, o porto perdeu força e importância.[3]

Em 1958 foi inaugurado o prédio da Capitania dos Portos em Antonina. Em 1960 é liberada a exportação de café pelo terminal. Nessa época o porto contava com 318 estivadores.[3] Em 1971 surgiu uma nova proposta administrativa e o Porto de Antonina se uniu ao Porto de Paranaguá, sob a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Ainda na década de 1970, o Complexo Matarazzo enfrenta uma forte crise e resolve, em 1972, encerrar as atividades em Antonina.[3]

Já a partir de 1989 o terminal de Antonina começou a receber cargas de adubo e sal.[3] Em 1992 o governo do Paraná iniciou a dragagem do canal de acesso ao Porto de Antonina. Em 1999 os terminais de cargas da Ponta do Felix começaram a operar. Em 2001 foi inaugurado o terminal frigorificado. A partir de 2011 o Porto de Antonina recuperou sua movimentação de cargas, como alternativa ao desembarque de fertilizantes.[3]

Movimento[editar | editar código-fonte]

Atualmente conta com dois terminais portuários, o Barão de Teffé e o Ponta do Félix, este último com uma área de 263,8 mil metros quadrados e dois berços de atracação em 360 metros de cais.[4] As principais cargas que passam pelos terminais são congelados, fertilizantes e minérios de ferro.[2] A capacidade atual de importação é de 2 milhões de toneladas com projeções para dobrar essa capacidade para 4 milhões de toneladas.[5]

Em 2013 o porto registrou 1 573 406 toneladas de volume embarcado.[6] Com as obras de dragagem em 2014, o porto passou a permitir navios com até 45 mil toneladas.[7] Em 2015 foi anunciado o investimento privado de 160 milhões de reais nos próximos anos,[5] incluindo a construção de um novo berço de atracação no Terminal de Ponta do Félix e dois novos armazéns de 120 mil toneladas.[8]

Referências

  1. a b c Porto de Antonina no Site Oficial do Ministério de Estado dos Transportes do Brasil
  2. a b Secretaria de Infraestrutura e Logística. «História do Porto de Antonina». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 
  3. a b c d e f g h i j Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. «Os Portos do Paraná e a História». Portos do Paraná. Consultado em 21 de fevereiro de 2021 
  4. «Porto de Antonina terá investimentos de R$ 114 milhões e novo berço de atracação». Agência Estadual de Notícias. 24 de março de 2016. Consultado em 24 de março de 2016 
  5. a b «Uralkali investe R$ 160 milhões no Porto de Antonina, no Paraná». Globo Rural. 2 de fevereiro de 2015. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 
  6. «Porto de Antonina bate recorde de movimentação». Gazeta do Povo. 19 de julho de 2014. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 
  7. «Começam os trabalhos de dragagem no Porto de Antonina, no litoral do PR». G1. 19 de maio de 2014. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 
  8. «Empresa russa vai investir 160 milhões de reais no Porto de Antonina, no Litoral do Estado». Agência Estadual de Notícias. 30 de janeiro de 2015. Consultado em 20 de fevereiro de 2015 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Porto de Antonina
Ícone de esboço Este artigo sobre um Porto é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.