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Rashômon

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 Nota: "Às Portas do Inferno" redireciona para este artigo. Para o filme de Alan Parker, veja Angel Heart.
Rashômon
Rashômon
No Brasil Rashomon
Em Portugal Às Portas do Inferno
Rashomon - Às Portas do Inferno
em japonês 羅生門
 Japão
1950 •  p&b •  88 min 
Género drama · suspense
Direção Akira Kurosawa
Roteiro Akira Kurosawa
Shinobu Hashimoto
Baseado em Ryunosuke Akutagawa (contos)
Elenco Toshiro Mifune
Machiko Kyō
Masayuki Mori
Takashi Shimura
Minoru Chiaki
Kichijiro Ueda
Fumiko Honma
Daisuke Katō
Música Fumio Hayasaka
Idioma japonês
Cronologia
The Outrage (remake)

Rashômon (prt: Às Portas do Inferno[1][2] ou Rashomon - Às Portas do Inferno[3]; bra: Rashomon[4][5]) é um filme japonês de 1950, dirigido por Akira Kurosawa, com roteiro de Shinobu Hashimoto e do próprio diretor[4] baseado em dois contos de Ryūnosuke Akutagawa ("Rashomon" e "Yabu no Naka")

Estrelado por Toshirō Mifune, Machiko Kyō e Masayuki Mori, o filme tem uma estrutura de narrativa não convencional que sugere a impossibilidade de obter a verdade sobre um evento quando há conflitos de pontos de vista. Tanto no inglês como em outras línguas, "Rashomon" se tornou um provérbio para qualquer situação na qual a veracidade de um evento é difícil de ser verificada devido a julgamentos conflitantes de diferentes testemunhas. Na psicologia, o filme emprestou seu nome ao chamado "Efeito Rashomon".[carece de fontes?]

No Japão do século XI, um lenhador, um camponês e um sacerdote abrigam-se de uma forte tempestade nas ruínas do Portão de Rashomon. O sacerdote então começa a contar sobre um julgamento no qual foi testemunha, de um bandido que estuprara uma mulher e assassinara o marido dela. Nesse julgamento, os depoimentos são conflitantes, pondo em choque a verdade de cada um.[4]

Prêmios e indicações

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Outros prêmios

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Direção de fotografia

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O uso de cenas contrastantes é um recurso frequente em Rashomon. De acordo com o crítico Donald Richie, o pedaço de tempo das cenas da esposa e do bandido são as mesmas quando o bandido esta barbaramente enlouquecido e a esposa histericamente enlouquecida.[8]

Conteúdo simbólico e alegórico

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Devido à sua ênfase na subjetividade da verdade e na incerteza da precisão factual, Rashomon tem sido visto por alguns como uma alegoria da derrota do Japão no fim da Segunda Guerra Mundial. Entretanto, o conto Yabu no Naka de Akutagawa precede a adaptação cinematográfica em 28 anos, e alguma alegoria pós-guerra intencional teria, desse modo, sido resultado da influência de Kurosawa (baseado mais na moldura do conto do que nos próprios eventos). O artigo "Memórias da derrota do Japão: uma reavaliação de Rashomon", de James F. Davidson, na edição de dezembro de 1954 da Antioch Review, é uma análise precoce dos elementos da derrota na Segunda Guerra Mundial. Outra interpretação alegórica do filme é mencionada brevemente no artigo "Japão: uma nação ambivalente, um cinema ambivalente", de 1995, por David M. Desser [9] Aqui, o filme é visto como uma alegoria da bomba atômica na derrota japonesa. Também é brevemente mencionada a visão de James Goodwin na influência dos eventos do pós-guerra no filme.

Influência na filosofia

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  • Rashomon interpreta um papel central no diálogo de Martin Heidegger entre uma pessoa japonesa e um investigador. Enquanto o investigador elogia o filme por ser um caminho que leva ao "misterioso" mundo do Japão, o japonês condena o filme por ser muito Europeizado e dependente de um certo realismo objetificante que não está presente nas tradicionais peças de teatro noh japonesas.[10]

Referências em outros trabalhos de ficção

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  • Davidson, James F. Memórias da derrota do Japão: uma reavaliação de Rashomon. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp.159–166.
  • Erens, Patricia. Akira Kurosawa: Um guia de referências e recursos. Boston: G.K. Hall, 1979.
  • Kauffman, Stanley. O impacto de Rashomon. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp. 173–177.
  • McDonald, Keiko I. A dialética da luz e das trevas em Rashomon. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp. 183–192.
  • Richie, Donald. Rashomon. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp. 1–21.
  • Sato, Tadao. Rashomon. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp. 167–172.
  • Tyler, Parker. Rashomon as Modern Art. Rashomon. (Ed.) Donald Richie. New Brunswick: Rutgers UP, 1987. pp. 149–158.

Referências

  1. «Às Portas do Inferno». Portugal: SapoMag. Consultado em 12 de julho de 2019 
  2. «Às Portas do Inferno». Portugal: CineCartaz. Consultado em 12 de julho de 2019 
  3. «Rashomon - Às Portas do Inferno». Portugal: DVDPT. Consultado em 12 de julho de 2019 
  4. a b c «Rashomon». Brasil: CinePlayers. Consultado em 12 de julho de 2019 
  5. «Rashomon». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 12 de julho de 2019 
  6. «24.º Oscar - 1952». CinePlayers. Consultado em 12 de julho de 2019 
  7. «25.º Oscar - 1953». CinePlayers. Consultado em 12 de julho de 2019 
  8. Richie, Donald. The Films of Akira Kurosawa. 2 ed. Berkeley e Los Angeles: Universidade da California, 1984.
  9. «Japão: uma nação ambivalente, um cinema ambivalente». Acdis.uiuc.edu. Arquivado do original em 9 de maio de 2008 
  10. Heidegger, "Aus eimen Gespräch von der Sprache. Zwischen einem Japaner und einem Fragendem", em Unterwegs zur Sprache, Neske, 1959, p. 104ss.
  11. «The News Room». Thenewsroom.ca. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
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