República Centro-Africana: diferenças entre revisões

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República Centro-Africana
République Centrafricaine
Ködörösêse tî Bêafrîka
Bandeira da República Centro-Africana
Brasão de armas da República Centro-Africana
Brasão de armas da República Centro-Africana
Bandeira Brasão de Armas
Lema: "Unité, Dignité, Travail"
("Unidade, Dignidade, Trabalho")
Hino nacional: "La Renaissance" ("A Renacença")
Gentílico: centrafricano(a), centro-africano(a)[1]

Localização República Centro-Africana
Localização República Centro-Africana

Capital Bangui
4° 22' N 18° 35' E
Cidade mais populosa Bangui
Língua oficial Francês, Sangho
Governo Ditadura Militar
República
• Presidente Michel Djotodia
• Primeiro-ministro Nicolas Tiangaye
Independência da França 
• Data 13 de agosto de 1960 
Área  
  • Total 622.984 km² (42.º)
 • Água (%) <0,1
 Fronteira Chade (N), Sudão e Sudão do Sul (E), República Democrática do Congo, República do Congo (S), e Camarões (W)
População  
  • Estimativa para 2008 4.444.330 hab. (120.º)
 • Densidade 6 hab./km² (192.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ : 3.101 bilhões (162.º)
 • Per capita US$ : 726 (170.º)
IDH (2012) 0,352 (180.º) – baixo[2]
Gini (1993[3]) 61,3 
Moeda Franco CFA (XAF)
Fuso horário (UTC+1)
Cód. ISO CAF
Cód. Internet .cf
Cód. telef. +236

A República Centro-Africana ou República da África Central é um país localizado no centro da África, limitado a norte pelo Chade, a nordeste pelo Sudão, a leste pelo Sudão do Sul, a sul pela República Democrática do Congo e pela República do Congo, e a oeste pelos Camarões. A capital do país é a cidade de Bangui.

História

A antiga colônia francesa de Ubangui-Chari fez parte da África Equatorial Francesa. Em 1958, tornou-se república dentro da Comunidade Francesa e totalmente independente em 1960.

Em 1976, seu presidente, Jean-Bédel Bokassa, declarou-a império e a si próprio imperador. Após denúncias de atrocidades, ele foi deposto em 1979, e o país voltou a ser República. A instabilidade política persistiu e, em 1981, o general André Kolingba tomou o poder.

O governo civil foi restaurado em 1986, com Kolingba ainda presidente. Houve reivindicações por eleições multipartidárias e o Movimento Democrático pela Renovação e Evolução na África Central (MDREC) foi constituído. Uma conferência constitucional fracassou em 1992 e o líder do MDREC foi aprisionado. Em 1993, ocorreram eleições livres, vencidas no segundo turno por Ange-Félix Patassé, ex-primeiro-ministro do governo Bokassa.

Em 2003, um golpe de Estado depôs Patassé, e o líder rebelde François Bozizé assumiu o poder. Dois anos depois, ele organizou eleições presidenciais e as venceu em segundo turno.[4] Em 2013, Bozizé foi deposto por um novo golpe, após a coalizão rebelde Seleka assumir o controle da capital e forçar a fuga do ex-presidente para Camarões.[5]

Geografia

Bangui, a capital do país.

A República Centro-Africana é um dos poucos países africanos sem saída para o mar. O terreno é pouco acidentado, tendo as suas maiores altitudes nos restos do maciço de Adamaoua, que chega dos Camarões, a noroeste, e no maciço dos Bongo, a nordeste. A sul, é marcado pelos vales dos rios Ubangui e Boma. A floresta tropical resume-se à extremidade sudoeste e a algumas zonas dispersas pelo sul, sendo o restante território ocupado por savana, cada vez mais seca à medida que se caminha para norte e se aproxima do Sahel. A maior cidade é, de longe, a capital, Bangui.

Demografia

Uma aldeia nativa do país.

A população quase quadruplicou desde a independência. Em 1960, a população era de 1.232.000, enquanto em 2009 a população já era de 4.444.000. Nota: As estimativas para este país ter em conta os efeitos do excesso de mortalidade devido à SIDA, o que pode resultar em menor expectativa de vida, alta mortalidade infantil e taxas de mortalidade, menor população e as taxas de crescimento, e as mudanças na distribuição da população por idade e sexo do que seria esperado. As Organizações das Nações Unidas estimam que cerca de 11% da população entre os 15 e 49 anos é portador do vírus do HIV.[6] Apenas 3% do país tem a terapia antirretroviral disponível, em comparação com 17% de cobertura nos países vizinhos do Chade e da República do Congo.[7]

A nação está dividida em mais de 80 grupos étnicos, cada um com sua própria língua. Os maiores grupos étnicos são os Baya (33%), Banda (27%), Mandjia (13%), Sara (10%), MBOUM (7%), M'Baka (4%) e Yakoma (4%), com os outros 2%, incluindo descendentes de europeus, principalmente franceses. As principais línguas são o Sangho (língua materna para 17% da população) e o Manza (11%). A língua oficial é o francês.

Religião

Religião na República Centro-Africana[8]
Religião % aprox.
Cristianismo
  
66,02%
Crenças tribais
  
18,39%
Islão
  
14,65%
Outras crenças
  
0,94%

Os cristãos formam 66 por cento da população, enquanto 18 por cento da população mantém elementos das religiões tradicionais africanas. O Islão é praticado por cerca de 15 por cento da população do país.

Há muitos grupos missionários que operam no país, incluindo os luteranos, baptistas, católicos, os mórmons e as Testemunhas de Jeová. Embora estes missionários sejam predominantemente dos Estados Unidos, França, Itália e Espanha, muitos são também da Nigéria, República Democrática do Congo e outros países africanos. Muitos missionários deixaram o país devido aos combates entre rebeldes e forças do governo em 2002 e 2003. Muitos já voltaram para o país e retomaram as suas actividades.

Cidades mais populosas

Política

A República Centro-Africana é uma república presidencialista. O presidente é o chefe de Estado e o chefe de governo, eleito por voto popular para um período de seis anos. É ele quem indica o primeiro-ministro e preside o conselho de ministros.

Até o golpe de Estado contra François Bozizé, em 2013, o país contava com uma Assembleia Nacional composta por 105 membros, eleitos para um período de cinco anos através de eleição em dois turnos.[5]

Subdivisões

A República Centro-Africana divide-se em 14 prefeituras administrativas, 2 prefeituras econômicas e 1 comuna autônoma. As 14 prefeituras são:

Economia

É um país de economia bastante agrícola: agricultura de subsistência (mandioca, millhete, inhame, milho, etc.) e de exportação (café e algodão), e criação de gado bovino. A principal fonte de riqueza mineral é a produção de diamantes. A industrialização limita-se ao beneficiamento de produtos minerais e vegetais. As rendas provenientes do turismo não cobrem seu déficit comercial, o que o torna um dos países mais pobres do mundo. Tal situação é agravada pelo isolamento geográfico, que contribui para desaquecer a exploração de urânio (em Bakuma), além de limitar as exportações (café, algodão, madeira, diamantes) do país. O turismo é a nova e crescente fonte de divisas.

Infraestrutura

Saúde

A Esperança de vida feminina ao nascer era de 48,2 anos e a esperança de vida do sexo masculino ao nascer era estimada em 45,1 anos em 2007. A taxa de fertilidade é de cerca de cinco nascimentos por mulher.[9] A despesa pública em saúde foi em estimada em U$ 20 por pessoa em 2006[9] . Havia 8 médicos por 100.000 pessoas em 2004.[10] Despesa pública na saúde era de 10,9% das despesas totais do governo em 2006[9] .

Cultura

A cultura da República Centro-Africana varia muito entre os povos e grupos étnicos. Um importante grupo étnico é composto pelos Bantus, em particular as pessoas comuns do Congo e Camarões, dividido em Myriads de pessoas muito ligadas ao grupo local. Assim, cada "grande" cidade tem o seu povo, seu idioma (próximo de sango) e uma recente história vinculada aos políticos e os seus homens de poder.

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações
13 de agosto Dia da Independência Fête de l'Indépendance
29 de março Morte de Bartolomeu Boganda Décès du Fondateur Barthélémy BOGANDA Fundador do país

Referências

Ver também

Ligações externas