Ruptura uterina

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Rotura do útero
Ruptura uterina
Sinónimos Rotura uterina
Especialidade Obstetrícia
Sintomas Aumento da dor, hemorragia vaginal, alterações nas contrações[1][2]
Início habitual Durante o parto[3]
Fatores de risco Parto vaginal com antecedentes de cesariana, outras cicatrizes no útero, parto distócico, indução do parto, lesões, consumo de cocaína[1][4]
Método de diagnóstico Suspeito no caso de súbita diminuição do ritmo cardíaco fetal[1]
Tratamento Cirurgia[1]
Prognóstico 6% risco de morte do bebé[1]
Frequência 1 em 12 000 partos vaginais com útero normal[1]
1 em 280 com antecedentes de cesariana[1]
Classificação e recursos externos
CID-11 1065499694
DiseasesDB 13642
eMedicine 275854
MeSH D014597
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Rotura do útero é a rotura dos músculos da parede do útero durante a gravidez ou parto.[3] Os sintomas clássicos são aumento da dor, hemorragia vaginal ou uma alteração nas contrações uterinas. No entanto, há casos em que estes sintomas não se manifestem.[1][2] Entre as possíveis complicações estão incapacidade ou morte da mãe ou do bebé.[1][3]

Entre os fatores de risco estão a realização de um parto vaginal quando a mãe tem antecedentes de parto por cesariana, a presença de outras cicatrizes no útero, parto distócico, indução do parto, lesões e consumo de cocaína.[1][4] Embora geralmente a rotura ocorra durante o parto, em alguns casos pode ocorrer mais cedo durante a gravidez.[3][1] O diagnóstico pode ser suspeito com base na súbita descida do ritmo cardíaco fetal durante o trabalho de parto.[1][4] A deiscência uterina é uma condição de menor gravidade em que ocorre apenas uma abertura incompleta de cicatrizes anteriores.[1]

O tratamento consiste em realizar rapidamente uma cirurgia para estancar a hemorragia e proceder ao parto do bebé.[1] Em alguns casos, pode ser necessária uma histerectomia para estancar a hemorragia.[1] Podem ainda ser necessárias transfusões de sangue para compensar o sangue perdido.[1] Às mulheres com antecedentes de rotura do útero é geralmente recomendado que realizem cesarianas nas gravidezes posteriores.[5]

Estima-se que a frequência de roturas do útero entre mulheres que realizaram anteriormente cesarianas convencionais seja de 0,9%.[1] A frequência é maior entre mães com antecedentes de múltiplas cesarianas ou cesarianas atípicas.[1] Em mães com cicatrizes no útero, o risco durante um parto vaginal é de cerca de 1 em 12 000.[1] No caso de rotura do útero, o risco de morte para o bebé é de cerca de 6%.[1] Em países em vias de desenvolvimento, a frequência da condição aparenta ser maior e o prognóstico mais desfavorável.[6][3]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t Toppenberg, KS; Block WA, Jr (1 de setembro de 2002). «Uterine rupture: what family physicians need to know.». American Family Physician. 66 (5): 823–8. PMID 12322775 
  2. a b Lang, CT; Landon, MB (março de 2010). «Uterine rupture as a source of obstetrical hemorrhage.». Clinical Obstetrics and Gynecology. 53 (1): 237–51. PMID 20142660. doi:10.1097/GRF.0b013e3181cc4538 
  3. a b c d e Murphy, DJ (abril de 2006). «Uterine rupture.». Current Opinion in Obstetrics & Gynecology. 18 (2): 135–40. PMID 16601473. doi:10.1097/01.gco.0000192989.45589.57 
  4. a b c Mirza, FG; Gaddipati, S (abril de 2009). «Obstetric emergencies.». Seminars in Perinatology. 33 (2): 97–103. PMID 19324238. doi:10.1053/j.semperi.2009.01.003 
  5. Larrea, NA; Metz, TD (janeiro de 2018). «Pregnancy After Uterine Rupture.». Obstetrics and Gynecology. 131 (1): 135–137. PMID 29215521. doi:10.1097/AOG.0000000000002373 
  6. Berhe, Y; Wall, LL (novembro de 2014). «Uterine rupture in resource-poor countries.». Obstetrical & Gynecological Survey. 69 (11): 695–707. PMID 25409161. doi:10.1097/OGX.0000000000000123 

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