Universo: diferenças entre revisões
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A palavra ''Universo'' deriva do [[francês antigo]] ''Univers'' que por sua vez deriva do [[latim]] ''universum''.<ref>'' |
A palavra ''Universo'' deriva do [[francês antigo]] ''Univers'' que por sua vez deriva do [[latim]] ''universum''.<ref>''paçocaEdição Compacta do Dicionário Inglês Oxford'', volume II, Oxford: Oxford University Press, 1971, p.3518.</ref> A palavra latina foi usada por [[Cícero]] e posteriormente outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente.<ref name="lewis_short" /> A palavra latina é derivada da contração poética ''Unvorsum'' — usada primeiramente por [[Lucrécio]] no Livro IV (linha 262) de seu ''[[De rerum natura]]'' (''Sobre a Natureza das coisas'') — que conecta ''un, uni'' (a forma combinada de ''unus'', ou "one") com ''vorsum, versum'' (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de ''vertere'', que significa "algo rodado, rolado ou mudado"). <ref name="lewis_short">Lewis and Short, ''A Latin Dictionary'', Oxford University Press, ISBN 0-19-864201-6, pp. 1933, 1977–1978.</ref>. Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um". |
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[[Ficheiro:Foucault pendulum animated.gif|thumb|right|Captulação artística (exagerada) de um [[pêndulo de Foucault]] mostrando que a Terra não é fixa, mas gira]] |
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Uma interpretação alternativa de ''unvorsum'' é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo, {{politônico|περιφορα}}, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas.<ref>Liddell and Scott, ''A Greek-English Lexicon'', Oxford University Press, ISBN 0-19-864214-8, p.1392.</ref> Esta palavra grega refere-se a [[Esferas celestiais|um modelo grego antigo do universo]], onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com [[Aristóteles]], a rotação da [[Primum Mobile|esfera ultraperiférica]] era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas [[Astronomia|astronômicas]] e físicas (como o [[Pêndulo de Foucault]]) são necessárias para provar o contrário. |
Uma interpretação alternativa de ''unvorsum'' é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo, {{politônico|περιφορα}}, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas.<ref>Liddell and Scott, ''A Greek-English Lexicon'', Oxford University Press, ISBN 0-19-864214-8, p.1392.</ref> Esta palavra grega refere-se a [[Esferas celestiais|um modelo grego antigo do universo]], onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com [[Aristóteles]], a rotação da [[Primum Mobile|esfera ultraperiférica]] era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas [[Astronomia|astronômicas]] e físicas (como o [[Pêndulo de Foucault]]) são necessárias para provar o contrário.banana |
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Cosmologia física | |||
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Universo primordial
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Componentes · Estrutura |
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O Universo é constituído de tudo o que existe fisicamente, a totalidade do espaço e tempo e todas as formas de matéria e energia. O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou natureza.
A palavra Universo é geralmente definida como englobando tudo. Entretanto, usando uma definição alternativa, alguns cosmologistas têm especulado que o "Universo", composto do "espaço em expansão como o conhecemos", é somente um dos muitos "universos", desconectados ou não, que são chamados multiversos.[1] Por exemplo, em Interpretação de muitos mundos, novos "universos" são gerados a cada medição quântica[carece de fontes]. Acredita-se, neste momento, que esses universos são geralmente desconectados do nosso, portanto, impossíveis de serem detectados experimentalmente[quem?]. Observações de partes antigas do universo (que situam-se muito afastadas) sugerem que o Universo vem sendo regido pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história. No entanto, na teoria da bolha, pode haver uma infinidade de "universos" criados de várias maneiras, e talvez cada um com diferentes constantes físicas.
Ao longo da história, varias cosmologias e cosmogonias têm sido propostas para explicar as observações do Universo. O primeiro modelo geocêntrico quantitativo foi desenvolvido pelos gregos antigos, que propunham que o Universo possui espaço infinito e tem existido eternamente, mas contém um único conjunto de círculos concêntricos esferas de tamanho finito - o que corresponde a estrelas fixas, o Sol e vários planetas – girando sobre uma esférica mas imóvel Terra. Ao longo dos séculos, observações mais precisas e melhores teorias levaram ao modelo heliocêntrico de Copérnico e ao modelo newtoniano do Sistema Solar respectivamente. Outras descobertas na astronomia levaram a conclusão de que o Sistema Solar está contido em uma galáxia composta de milhões de estrelas, a Via Láctea, e de que outras galáxias existem fora dela, tão longe quanto os instrumentos astronômicos podem alcançar. Estudos cuidadosos sobre a distribuição dessas galáxias e suas raias espectrais contribuíram muito para a cosmologia moderna. O descobrimento do desvio para o vermelho e da radiação cósmica de fundo em micro-ondas revelaram que o Universo continua se expandindo e aparentemente teve um princípio.
De acordo com o modelo científico vigente do Universo, conhecido como Big Bang, o Universo surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente chamada Era de Planck. A partir da Era Planck, o Universo vem se expandindo até sua atual forma, possivelmente com curtos períodos (menos que 10−32 segundos) de inflação cósmica. Diversas medições experimentais independentes apoiam teoricamente tal expansão e a Teoria do Big Bang. Esta expansão tem-se acelerado por ação da energia escura, uma força oposta à gravidade que está agindo mais que esta devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o bastante para dissipar a força gravitacional.[2] Porém, devido ao escasso conhecimento a respeito da energia escura, é ainda pequeno o entendimento do fenômeno e sua influência no destino do Universo.[2]
Atuais interpretações de observações astronômicas indicam que a idade do Universo é de 13,73 (± 0,12) bilhões de anos,[3] e seu diâmetro é de 93 bilhões de anos-luz ou 8,80 ×10 26 metros. [4] De acordo com a teoria da relatividade geral, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta pela velocidade da luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita.
Etimologia, sinônimo e definição
A palavra Universo deriva do francês antigo Univers que por sua vez deriva do latim universum.[5] A palavra latina foi usada por Cícero e posteriormente outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente.[6] A palavra latina é derivada da contração poética Unvorsum — usada primeiramente por Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum, versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de vertere, que significa "algo rodado, rolado ou mudado"). [6]. Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um".
Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo, περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas.[7] Esta palavra grega refere-se a um modelo grego antigo do universo, onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com Aristóteles, a rotação da esfera ultraperiférica era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas astronômicas e físicas (como o Pêndulo de Foucault) são necessárias para provar o contrário.banana
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2010) |
Subdivisões
O Universo subdivide-se em Aglomerados de Galáxias, que se subdividem em grupos de galáxias (com aproximadamente entre 3 e 5 milhões de anos luz de diâmetro), que se subdividem em galáxias, que se subdividem em sistemas solares, que contêm corpos celestes, como estrelas, planetas, asteroides, entre outros.
Futuro
Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Esta última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenômeno inverso ao Big Bang, o Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.
Ver também
- Abóbada celeste
- Aceleradores de partículas
- Aglomerado estelar
- Aglomerado estelar aberto
- Análise espectrográfica
- Big Splash
- Buraco branco
- Buraco negro
- Caudas cometárias
- Ciclo Solar
- Cinturão de Kuiper
- Cometa
- Cosmogonia
- Cosmologia
- Eclíptica
- Espaço-tempo
- Esfera celeste
- Esfera armilar
- Estrela de nêutron
- Expansão do universo
- Galáxia
- Lei de Hubble-Homason
- Teoria da Relatividade
- Dimensão do universo
- Universo observável
Referências
- ↑
Linde, Andrei; Vanchurin (December 8, 2009). «How many universes are in the multiverse?». 12 páginas Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ a b «Aceleração genial». Ciência Hoje. 4 de outubro de 2011. Consultado em 12 de outubro de 2011.
Mas o que causa a expansão acelerada do universo? A ideia mais aceita hoje é que a constante cosmológica, rejeitada por Einstein, é a responsável. Essa força oposta à gravidade é chamada de energia escura e acredita-se que seja responsável por mais de 70% do universo. A energia escura teria ganhado força há aproximadamente cinco bilhões de anos, quando a primeira expansão do universo, iniciada com o Big Bang, estava perdendo força. A matéria existente no cosmos já havia se dispersado o suficiente para ‘diluir’ a força da gravidade, permitindo que a influência da energia escura se manifestasse e reiniciasse a expansão cósmica. “Hoje há várias hipóteses, mas ainda não entendemos bem o que é a energia escura“, diz Makler. “Grandes projetos estão em andamento para caracterizá-la e certamente em 10 anos já saberemos mais, embora se acredite que o entendimento completo desse fenômeno vá demorar.”
- ↑ Chang, Kenneth (9 de março de 2008). «Gauging Age of Universe Becomes More Precise». New York Times. Consultado em 24 de setembro de 2008
- ↑ Lineweaver, Charles; Tamara M. Davis (2005). «Misconceptions about the Big Bang». Scientific American. Consultado em 6 de novembro de 2008
- ↑ paçocaEdição Compacta do Dicionário Inglês Oxford, volume II, Oxford: Oxford University Press, 1971, p.3518.
- ↑ a b Lewis and Short, A Latin Dictionary, Oxford University Press, ISBN 0-19-864201-6, pp. 1933, 1977–1978.
- ↑ Liddell and Scott, A Greek-English Lexicon, Oxford University Press, ISBN 0-19-864214-8, p.1392.