Usuário(a):Victor Julius Aemilianus/Plínio Salgado

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Plínio Salgado
Nascimento 22 de janeiro de 1895
São Bento do Sapucaí, São Paulo
Morte 8 de dezembro de 1975 (80 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Ana Francisca Rennó Cortez
Pai: Francisco das Chagas Salgado
Cônjuge Maria Amélia Pereira (1918–1919)
Carmela Patti (1934–1975)
Ocupação Escritor, político, jornalista e teólogo
Cargo Deputado federal, 1958–1974
Gênero literário Modernismo
Movimento literário Verde-Amarelo e Anta
Ideias notáveis Integralismo
Religião Católica

Plínio Salgado (São Bento do Sapucaí, 22 de janeiro de 1895São Paulo, 8 de dezembro de 1975) foi um político, escritor, jornalista, e filósofo brasileiro que fundou e liderou a Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento nacionalista considerado por alguns como sendo de extrema-direita e inspirado nos princípios do movimento fascista italiano.[1][2][3]. Diversos autores, porém, a exemplo de José Chasin [4], Ricardo Benzaquém de Araújo [5] e Francisco Martins de Sousa [6] consideram que o Integralismo não é um movimento inspirado no fascismo, mas sim no tradicionalismo católico e na Doutrina Social da Igreja. No mesmo sentido entendia o jurista e filósofo espanhol Francisco Elías de Tejada, para quem Plínio Salgado era o maior pensador tradicionalista do Brasil ao lado de José Pedro Galvão de Sousa[7].Esta última posição corresponde, aliás, ao que sempre sustentou Plínio Salgado, que sempre apresentou o Integralismo como sendo um movimento tradicionalista, patriótico e nacionalista inspirado sobretudo no Evangelho, na Doutrina Social da Igreja e no pensamento de autores como Jackson de Figueiredo, Alberto Torres, Farias Brito, Euclides da Cunha, Tavares Bastos e Eduardo Prado[8].

Visto por alguns como um adepto da ditadura de Getúlio Vargas, a despeito de haver recusado o cargo de Ministro da Educação que lhe foi oferecido por Vargas e não haver aceito a Constituição de 1937, Plínio Salgado foi mais tarde preso e obrigado a se exilar em Portugal, acusado de promover levantes contra o governo. Em Portugal estudou com profundidade o pensamento tradicionalista português e espanhol, proferiu algumas de suas mais célebres conferências, escreveu as suas mais importante obras religiosas e foi reconhecido pela intelectualidade católica como um dos maiores pensadores católicos de todos os tempos e um verdadeiro apóstolo brasileiro[9] [10]. Após retornar ao Brasil, ingressou no Partido de Representação Popular (PRP), sendo eleito para representar o Paraná na Câmara dos Deputados em 1958, sendo reeleito em 1962, desta vez para representar São Paulo. Foi também candidato à presidência da República no pleito de 1955, obtendo 8,28% dos votos. Após o Golpe de Estado de 1964, que acabou por extinguir os partidos políticos, se juntou à Aliança Renovadora Nacional (Arena), obtendo mais dois mandatos na Câmara. Se aposentou da vida política em 1974, apenas um ano antes de sua morte. Foi membro da Academia Paulista de Letras,[11] tendo também fundado alguns jornais. Juscelino Kubitschek reconheceu que tivera a ideia de construir Brasília inspirado pelo romance A Voz do Oeste, de Plínio Salgado [12].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido na pequena cidade de São Bento do Sapucaí, Plínio Salgado era filho do coronel Francisco das Chagas Salgado e de professora Ana Francisca Rennó Cortez, com quem aprendeu as primeiras letras.[11] Sua família, segundo Evaldo Costa, era de origem portuguesa.[13]. Na verdade, porém, como observa Maria Amélia Salgado Loureiro, Plínio Salgado não descendia só de portugueses, mas também de espanhóis, alemães e índios[14].Plínio era uma criança muito ativa na escola, tendo desenvolvido gosto por matemática e geometria. Aos dezesseis anos de idade, seu pai veio a falecer –Após o acontecimento, Plínio, demonstrou grande interesse por filosofia e psicologia.[15]

Aos 20 anos de idade, Plínio fundou o jornal semanal Correio de São Bento.[1] Dois anos mais tarde, em 1918, ele começou sua carreira na política, ao participar da fundação do Partido Municipalista, que congregava líderes municipais de cidades do Vale do Paraíba.[1] No mesmo ano, Plínio casou-se com Maria Amélia Pereira e, no dia 6 de julho de 1919, nasceu sua única filha, Maria Amélia Salgado.[16] Quinze dias mais tarde, sua mulher, Maria Amélia Pereira faleceu. Deprimido, rejeitou o estudo de filósofos materialistas e buscou conforto na doutrina católica, se interessando por escritos de autores brasileiros como Raimundo Farias Brito e Jackson Figueiredo. [16].[1] Mais uma vez, a morte de um ente querido traria grande impacto à vida de Plínio. Ele só se casaria novamente 17 anos depois, com Carmela Patti[16]. Através de seus artigos no Correio de São Bento, Plínio se tornou conhecido entre os jornalistas da cidade de São Paulo, fato que levou-o a ser convidado para trabalhar no Correio Paulistano, jornal oficial do Partido Republicano Paulista (PRP), em 1920.[1][2] Ali, onde atuou primeiro como revisor e depois como redator,[11] se tornou amigo do poeta e escritor Menotti del Picchia.[1] Em 1922, Plínio participou ativamente da Semana de Arte Moderna.[1] Em 1924, deixou o Correio Paulistano e empregou-se no escritório de advocacia de Alfredo Egídio de Sousa Aranha, com quem manteria vínculos duradouros.[2]

Publicou seu primeiro romance, O Estrangeiro, em 1926.[1]. Essa obra representou grande sucesso de público e de crítica, recebendo elogios de escritores e críticos literários como Jackson de Figueiredo, Agripino Grieco, Tristão de Athayde, Monteiro Lobato, Tasso da Silveira, José Américo de Almeida, Afrânio Peixoto, Augusto Frederico Schmidt e Cassiano Ricardo [17][18]. Enfim, O estrangeiro, considerado por Wilson Martins a maior realização romanesca da década de 1920, ao lado de O esperado, também de Plínio Salgado[19], e considerado por Rachel de Queiroz o mais importante romance modernista [20], fez de Plínio um escritor nacionalmente consagrado, tanto pelo público quanto pela crítica[21]. Depois disso, na companhia de Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Cândido Mota Filho, alinhou-se ao movimento Verde-Amarelo, vertente nacionalista do modernismo. No ano seguinte, ao lado de Ricardo e del Picchia, fundou o Grupo da Anta[22], que exaltava os indígenas, em particular os tupis, como verdadeiros portadores da identidade nacional brasileira.[1] No mesmo ano, lançou Literatura e política, livro no qual defende idéias nacionalistas de cunho fortemente anti-liberal e pró-agrário, inspirando-se nas obras de Alberto Torres e Oliveira Viana.[1] No livro, se declara anticosmopolita, defensor de um Brasil agrário e contrário ao sufrágio universal.[13] Essa sua suposta guinada à direita teria feito com que Ricardo fundasse, em 1937, ao lado de del Picchia, o Grupo da Bandeira, vista por alguns como uma resposta social-democrata ao Movimento Verde-Amarelo e ao Grupo da Anta. Cumpre ressaltar, porém, que a maioria dos estudiosos vê o Movimento da Bandeira como tendo ideais análogos ao do Integralismo. A pesquisadora Maria Lúcia Fernandes Guelfi, por exemplo, observa que "comparando o ideário exposto nos documentos integralistas de Plínio Salgado (...), bem como em outras obras em que dá explicações sobre o movimento, com o ideário expresso por Menotti Del Picchia no livro em que expõe os objetivos da 'Bandeira', percebemos que as ideias básicas, são exatamente as mesmas"[23] Além disso, poucos meses antes da criação do Movimento da Bandeira, Menotti Del Picchia classificou o Integralismo, em artigo publicado a 22 de março de 1936 no Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, como "a mais bela campanha cívica de que há notícia nos anais do Brasil".[24] Entrevistado sobre a Semana de 22, movimento artístico no qual tomou parte, em 1972, Salgado destacou seu discurso no Tiro de Guerra, em que fazia apologia à Ordem, à Hierarquia e à Autoridade.[25]

Integralismo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ação Integralista Brasileira

Em 1928 foi eleito deputado estadual em São Paulo pelo PRP.[2] Em 1930, apóia a candidatura de Júlio Prestes contra Getúlio Vargas.[1][2] Em seguida, sem terminar o mandato de deputado, viajou à Europa como tutor do filho de Sousa Aranha,[2][11] tendo se impressionado com a Itália fascista de Benito Mussolini.[1][2], com a qual, aliás, na mesma época, se impressionaram homens como Gandhi[26] e Churchill[27]. Era aquele o tempo em que Mussolini e sua obra eram admirados pela maioria dos grandes intelectuais europeus, como reconhece o historiador israelense Zeev Sternhell[28]. Plínio Salgado sempre ressaltou, porém, as diferenças existentes entre seu pensamento e o Fascismo e que o Fascismo não era a solução para o Brasil, tanto que ressalta, em carta a Manuel Pinto, escrita em Milão por ocasião de sua visita a Itália, em 1930: "Tenho estudado muito o fascismo: não é esse o regime de que precisamos (...) Aliás, minha orientação não tem nenhuma influência fascista”[29] De volta ao Brasil em 4 de outubro de 1930, um dia após o início da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís, escreveu dois artigos no Correio Paulistano defendendo o governo deste.[1][2] Contudo, após a vitória dos revolucionários, passa a apoiar o regime instaurado por Vargas,[1] tendo inclusive redigido o manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo, organização nacionalista e tenentista liderada por Miguel Costa e João Alberto.[2] e da qual posteriormente se afastou. O Manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo, publicado em O Jornal, do Rio de Janeiro, e transcrito em O Estado de São Paulo, recebeu entusiásticos elogios de intelectuais como Oliveira Vianna, Azevedo Amaral, Humberto de Campos, Octavio de Faria e Tristão de Athayde[30].

Em junho de 1931, tornou-se redator-chefe de A Razão, jornal então recém-fundado por Sousa Aranha na capital paulista.[2] Em tal jornal, Plínio desenvolveu intensa campanha nacionalista. Foi na sua Nota Política, publicada naquele jornal e transcrita no jornal Era Nova, da Bahia, e em jornais do Ceará, que Plínio revelou, na expressão de Virgínio Santa Rosa, o sociólogo que vivia embuçado no romancista, sendo saudado por Tristão de Athayde como a maior revelação do ano[31] Também no jornal A Razão, segundo algumas fontes, teria desenvolvido campanha intensa contra a constitucionalização do Brasil.[1][2] Como resultado, atraído a ira de ativistas contra a ditadura, que atearam fogo à sede do jornal pouco antes da eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932.[1][2]. Nenhum historiador, porém, afirma a existência de tal campanha e Hernâni Donato defende, em A Revolução de 32, que o jornal A Razão foi empastelado por ser porta-voz de Oswaldo Aranha[32]

Sessão de encerramento do Congresso Integralista. Plínio Salgado encontra-se sentado ao centro. Blumenau, 1935.

Em fevereiro de 1932, Plínio fundou a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), que congregava os principais intelectuais nacionalistas. Segundo alguns, todos os intelectuais da SEP seriam simpáticos ao fascismo[1][2], mas outros, a exemplo da historiadora Teresa Malatian, defendem que a SEP reunia intelectuais de variadas posições políticas, unidos pela insatisfação com o regime liberal-democrático[33]. Segundo o jusfilósofo Miguel Reale, a Sociedade de Estudos Políticos foi, ao lado do CAJU (Centro Acadêmico Jurídico Universitário, da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro), um dos "dois núcleos de grande importância" dedicados à meditação da problemática política e social brasileira após a Revolução de 1930[34]"Meses depois, Plínio lança o Manifesto de Outubro, que apresentava as diretrizes para a fundação de um novo movimento político, a Ação Integralista Brasileira (AIB).[1][2] Em fevereiro de 1934, no I Congresso Integralista, em Vitória, Plínio confirmou sua autoridade absoluta sobre a entidade recém-fundada, tendo recebido o título de "chefe nacional" da AIB.[2]

Segundo alguns, Plínio teria adpatado quase todo o simbolismo do fascismo, como os uniformes dos militantes,[1][2] manifestações de rua altamente arregimentadas e uma retórica agressiva. Segundo o jornalista Leandro Narloch, a ideologia da AIB seria tão próxima do nazi-fascismo que a AIB teria chegado a dividir a mesma sede com o Partido Nazista em cidades como Rio do Sul.[3]O historiador René Gertz, contudo, contesta essa informação e traz, em artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, foto que comprova que a AIB e o Partido Nazista não dividiam a mesma sede, mas sim que as sedes eram ao lado.[35]Segundo João Fábio Bertonha, o movimento integralista era financiado diretamente, em parte, pela Embaixada Italiana.[36] Jayme Ferreira da Silva, porém, contesta essa informação, ao apresentar as fontes do financiamento da AIB na década de 1930.[37] O lema do Integralismo é “Deus, Pátria e Família”; sua saudação é o “Anauê!”, de origem indígena e significado incerto, como ressaltaLuís da Câmara Cascudo [38], e seu símbolo é a letra grega Sigma maiúscula, escolhida por Leibniz para indicar a soma dos infinitamente pequenos, além de ter sido o símbolo pelo qual os primeiros cristãos gregos indicavam Deus e que servia de sinal de reconhecimento, já que a palavra SOTEROS, ou SALVADOR, principia por um Sigma e termina por um Sigma.[39]. Deve-se notar que, apesar de Plínio rejeitar o racismo e o antisemitismo, segundo o jornalista Leandro Narloch, muitos dos militantes do partido adotavam idéias racistas e em 1936, durante um desfile de militantes integralistas, centenas de negros teriam sido espancados no centro do Rio.[3]. Nenhum historiador, porém, registra qualquer espancamento de negros por membros e o "desfile" a que Narloch se refere, em verdade uma Marcha conhecida como Marcha dos 50 mil aconteceu em 1937 e não em 1936 e dele participaram centenas de negros, incluindo João Cândido, líder da Revolta da Chibata e militante integralista, que, em depoimento ao jornalista Hélio Silva que se encontra no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, recordou que participou dessa Marcha e ressaltou que sempre foi tratado como um "super-chefe" dentro da AIB.[40]. Há que ressaltar ainda que a Ação Integralista Brasileira reuniu milhares de negros, incluindo personalidades como Guerreiro Ramos, Abdias do Nascimento, Sebastião Rodrigues Alves, Ironides Rodrigues e Dario de Bittencourt, que chegou a ser Chefe Provincial da AIB no Rio Grande do Sul.[41]. Além disso a relação da AIB com o movimento negro, particularmente com a Frente Negra Brasileira foi bastante intensa e o Integralismo influenciou claramente a doutrina dessa entidade, cujo órgão oficial, o jornal A Voz da Raça, chegou a ter como lema a divisa Deus, Pátria, Raça e Família, inspirada no lema integralista. [42]

“Mais fascinante grupo da inteligência do País”, na expressão de Gerardo Mello Mourão [43], o Integralismo reuniu intelectuais como nenhum outro movimento da História do Brasil. No mesmo sentido, o jurista Miguel Reale sustenta que o Integralismo reuniu “o que havia de mais fino na intelectualidade da época”[44], Roberto Campos recorda, em suas memórias, “o surpreendente fascínio que o Integralismo exerceu em sua geração, particularmente sobre a parte mais intelectualizada”[45] e o historiador Pedro Calmon observa que a plêiade de intelectuais reunida pelo Integralismo “poderia lotar uma Academia, em vez de ocupar uma trincheira".[46] Dentre os grandes intelectuais integralistas podemos citar: além de Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, Tasso da Silveira, San Tiago Dantas, Olbiano de Melo, Câmara Cascudo, Gofredo e Inácio da Silva Teles, Raimundo Padilha, Alfredo Buzaid, Madeira de Freitas, Augusto Frederico Schmidt, Gerardo Melo Mourão, Dantas Mota, Vinícius de Morais, Paulo Fleming, Adonias Filho, Dom Hélder Câmara, Ribeiro Couto, Herbert Parentes Fortes, José Loureiro Júnior, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Ernâni Silva Bruno, Antônio Gallotti, Jorge Lacerda, Thiers Martins Moreira, José Lins do Rego, Alcebíades Delamare Nogueira da Gama, Roland Corbisier, Álvaro Lins, Seabra Fagundes, Rui de Arruda Camargo, Raimundo Barbosa Lima, João Carlos Fairbanks, Mário Graciotti, Mansueto Bernardi e Belisário Pena, Antonio de Toledo Piza.

Plínio Salgado sempre ressaltou as profundas diferenças existentes entre o Integralismo e o fascismo, sobretudo na concepção de Estado, já que o Integralismo é contrário ao Estado Totalitário sustentando pelo fascismo [47] e e condenou abertamente o nazismo. O sociólogo Gilberto Freyre ressalta, no ensaio intitulado Uma Cultura ameaçada que o combate que o Integralismo movia ao racismo nazista era, para ele, "um dos pontos simpáticos e essencialmente brasileiros daquele movimento"[48]. No mesmo sentido, o escritor e jornalista Hélio Rocha defende que "Plínio Salgado foi o primeiro jornalista sul-americano que rompeu fogo contra o nazismo"[49], citando vários artigos da década de 1930 em que Plínio Salgado condena o nazismo[50]. Também o jornalista Olavo de Carvalho, crítico do Integralismo, ressalta que Plínio Salgado foi pioneiro na crítica ao nazismo.[51]

Do mesmo modo, ao contrário do que julgam alguns, o Integralismo sempre defendeu a Democracia, como podemos ver, por exemplo, no discurso de Plínio Salgado intitulado Salvemos a Democracia[52]. , no artigo de Miguel Reale intitulado Integralismo e Democracia[53] e no livro Democracia Integralista, de Jaime Regalo Pereira [54].

A AIB tinha como base de apoio descendentes de imigrantes italianos e alemães, grande parte da comunidade portuguesa, a classe média baixa, negros, caboclos e militares, especialmente na Marinha. Conforme o partido crescia, segundo Miguel M. Abrahão, Vargas tinha no integralismo sua única base de apoio mobilizada no espectro da direita, que se extasiava com sua repressão de cunho fascista contra a esquerda brasileira[55]. Em 1937, Plínio lançou sua candidatura presidencial para a eleição prevista para ocorrer em janeiro de 1938.[1][2] Ciente da intenção de Vargas de cancelar as eleições e se perpetuar no poder, ele teria apoiado o golpe do Estado Novo, esperando fazer do integralismo a base doutrinária do novo regime,[1] uma vez que Vargas teria lhe prometido o Ministério da Educação no novo governo.[2] O presidente, no entanto, baniu a AIB, dispensando-lhe o mesmo tratamento que deu aos demais partidos políticos[1][2] após transformar o Brasil num país de sistema unipartidário.

No ano de 1938, militantes integralistas, juntamente com liberais e outros descontentes com os rumos do Estado Novo, tentariam por duas vezes, nos meses de março e maio, promover levantes contra o governo.[1][2][56] Apesar de negar participação nos eventos,[2] Plínio foi preso após o levante de maio – sendo aprisionado na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói –, e cerca de um mês depois enviado para um exílio de seis anos em Portugal.[1][2] Durante o período de exílio forçado, procurou, segundo alguns, com persistência reabilitar sua imagem com o governo Vargas, elogiando-o em diversos manifestos, inclusive quando da declaração de guerra do Brasil à Alemanha e à Itália.[2]

Após o exílio[editar | editar código-fonte]

Plínio retornou ao Brasil em 1946, com o fim do regime do Estado Novo. Ao contrário do que julgam alguns, o partido de que então se tornaria líder, o Partido de Representação Popular (PRP) não foi, como demonstra Gilberto Calil, fundado por Plínio Salgado, mas sim por ex-militantes da AIB, em 1945[57].Para o historiador Gilberto Calil, em matéria publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, durante essa época "os integralistas fizeram um enorme esforço para esconder seu passado fascista e passaram a se apresentar como defensores da democracia".[58] Esta, porém, não é a opinião de muitos historiadores. O historiador Ricardo Benzaquén de Araújo, por exemplo, denuncia a visão, "quase esteriotipada, que coloca o integralismo como o mais típico representante de um pensamento de 'extrema-direita' no Brasil", assimilando, a seu ver equivocadamente, "a AIB ao fascismo europeu".[59]

Ainda impulsionado pela vontade de se tornar presidente, Plínio concorreu no pleito de 1955 sob sua nova sigla, obtendo 714 mil votos (cerca de 8% do total).[1][2]. Teve votação expressiva em diversos Estados, sobretudo no Paraná. Após o pleito, Papoiou a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, o que era contestado pela União Democrática Nacional (UDN), sendo nomeado por ele diretor do Instituto Nacional de Imigração e Colonização.[2]

Mais tarde, em 1958, foi eleito para representar o estado do Paraná na Câmara dos Deputados.[1][2] Ele seria reeleito em 1962, desta vez para representar o estado de São Paulo.[1][2] Dois anos mais tarde, foi um dos oradores na Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo, movimento que se opunha ao presidente João Goulart.[1][2] Plínio apoiou o Golpe de Estado de 1964 que depôs Goulart e, com a introdução do sistema bipartidário, migra para a Aliança Renovadora Nacional (Arena) junto com boa parte dos militantes do PRP, obtendo mais dois mandatos de deputado federal.[1][2] Prestigiado entre os militares, chegou a escrever compêndios de Educação Moral e Cívica durante o regime.[16]. Também chegou a chefe do Governo na Câmara dos Deputados. [60] Em 1974, decide se aposentar da vida pública.[1][2].

Plínio Salgado morreu no ano seguinte, aos 80 anos de idade, em São Paulo, tendo sido enterrado no Cemitério do Morumbi.

Em 1975, logo após o falecimento de Plínio Salgado, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek, seu amigo pessoal, escreveu uma carta a D. Carmela Patti Salgado em que afirmava:


"Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1975 Prezada amiga D. Carmela, era meu intuito não escrever-lhe agora para não comovê-la ainda mais nem emocioná-la nesta hora tão triste por que passam a senhora, todos de sua família, os amigos e a cultura nacional.

O Brasil perdeu, com a morte de Plínio, um de seus nomes mais ilustres, aquele que representa na vida do País uma página admiravelmente gloriosa.

Romancista, sociólogo, pensador, parlamentar, homem de ação política, dele partiu a primeira voz que, de costas voltadas para o mar, anteviu a necessidade da integração nacional, indicando às gerações moças as veredas dos bandeirantes, rumando para o Oeste. Seu valor literário concede-lhe a autêntica palma da imortalidade e sua "Vida de Jesus" o inscreve entre as maiores expressões da cristologia.

Sinceramente convencido das transformações políticas, defendeu suas idéias bravamente, vindo posteriormente a tornar-se um evangelizador que levou a todos os cantos da pátria uma mensagem de civismo.

Guardo de Plínio Salgado uma recordação indelével e tenho certeza de que sua memória jamais misturará à poeira dos anos, porque ele deixa uma obra consistente e definitiva. Rogo-lhe receber toda a imensa expressão da minha mágoa e creia que Sarah e eu estamos solidários neste doloroso transe.

Resta-nos o consolo da certeza de que o seu nome vai perpetuar-se como um símbolo iluminando o futuro. Afetuoso abraço,

Juscelino Kubitschek".[61]

Em 1973, em carta ao próprio Plínio Salgado, Kubitschek reconhecera que fora ele quem, na obra Voz do Oeste previra e preparara a edificação de Brasília:

“Lendo o livro [13 anos em Brasília, de Plínio Salgado], ocorreu-me imediatamente outro de ferrenho adversário nosso, El Imperialismo d’El Brasil e que me foi oferecido pelo nosso comum amigo, Guimarães Rosa. O publicista boliviano percebeu num relance a significação de Brasília, pressentida desde o século XVIII e preparada pelo grito que você, meu caro Plínio, deu conclamando todos para a marcha rumo Oeste”[62].

Crenças[editar | editar código-fonte]

No centro do pensamento social e político de Plínio Salgado, está o "homem integral". Nele se alicerça a sua doutrina do integralismo brasileiro[63]. "Acima dos regimes, que tudo prometem, existe o próprio homem, cuja personalidade cumpre preservar, e acima do homem existe o seu criador, para cujo seio devemos dirigir os nossos passos na terra, através de tão curta passagem por este mundo", escreveu.[64] Ainda de acordo com seu pensamento, "a pessoa humana (...) é ponto de partida e de chegada de todas as cogitações sociais e políticas, o fundamento dos grupos naturais, a fonte do direito e da independência das nações".[65]

Plínio Salgado combateu o que considerou concepções "mutiladoras" ou "unilaterais" do homem, com destaque para o individualismo, o coletivismo e o estatismo. Essas concepções provinham de várias fontes: de um lado, havia o pensamento proveniente de Jean-Jacques Rousseau e de forma geral dos Enciclopedistas; de outro, o "otimismo liberalista de Locke"; e, de outro lado ainda, o "pessimismo totalitarista" de Hobbes. Ele entendia o individualismo como partindo de Rousseau e terminando em Nietzsche,[66] nele se incluindo tanto o positivismo de Comte,[67] como o evolucionismo[67] e o pragmatismo de William James.[67] Para ele, o coletivismo provinha também de Rousseau, desembocando em Marx, enquanto o totalitarismo provinha sobretudo de Hobbes[68].

Para Plínio Salgado, a consequência dessas concepções "mutiladas" do homem é a produção de monstros: "O monstro indivíduo, o monstro coletividade, o monstro Estado, o monstro raça, o monstro liberdade."[69]

Crítica literária a Plínio Salgado[editar | editar código-fonte]

Em 1926, o escritor Monteiro Lobato, em artigo referente ao romance O Estrangeiro, de Plínio Salgado, diz que "Plínio Salgado consegue o milagre de abarcar todo o fenômeno paulista, o mais complexo do Brasil, talvez um dos mais complexos do mundo, metendo-o num quadro panorâmico de pintor impressionista". Também observa que "todo o livro é uma inaudita riqueza de novidades bárbaras, sem metro, sem verniz, sem lixa acadêmica – só força, a força pura, ainda não enfiada em fios de cobre, das grandes cataratas brutas", terminando dizendo que "Plínio Salgado é uma força nova com a qual o país tem que contar".[70]

O crítico literário Wilson Martins considerou O Estrangeiro como a maior realização romanesca da década de 1920 no Brasil, ao lado de O Esperado, também de Plínio Salgado.[71]

Já o escritor baiano Jorge Amado apresenta uma visão diferente da obra literária de Plínio Salgado em O cavaleiro da esperança, biografia de Luís Carlos Prestes[72]:

Nunca, em todo mundo, incluindo o futurismo de Marinetti no fáscio italiano, incluindo as teorias árias do nazismo alemão, nunca se escreveu tanta idiotice, tanta cretinice, em tão má literatura, como o fez o integralismo no Brasil. Foi um momento onde maior que o ridículo só era a desonestidade. Plínio Salgado, führer de opereta, messias de teatro barato, tinha o micróbio da má literatura. Tendo fracassado nos seus plágios de Oswald de Andrade, convencido que não nascera para copiar boa literatura, plagia nesses anos o que há de pior em letra de fôrma no mundo. É a literatura mais imbecil que imaginar se possa.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • A Vida de Jesus[1]
  • O Esperado[1]
  • O Cavaleiro de Itararé[1]
  • A Voz do Oeste[1]
  • Doutrinas e Táticas do Comunismo[73]
  • Integralismo Perante a Nação;
  • Madrugada do Espírito;
  • O Que é Integralismo;
  • Psicologia da Revolução;
  • Quarta Humanidade;
  • Sacerdos, O Homem Integral e o Estado Integral (Uma introdução à filosofia política de Plínio Salgado), São Paulo, Editora Voz do Oeste, 1987.

Arquivo Plínio Salgado[editar | editar código-fonte]

Os documentos de Plínio Salgado se encontram hoje sob a guarda do Centro de Documentação e Memória (CEDEM) da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Abrahão, Miguel M. - A Escola. Ed. Espaço Jurídico, 2007, 312 págs.
  • Albuquerque, Carlos de Faria - Plínio Salgado: resumo biográfico. Editora Gazeta dos Municípios, 78 páginas, 1951.
  • Amado, Jorge - A Hora da Guerra. Ed. Companhia das Letras, 2008, 296 págs.
  • Amado, Jorge - O Cavaleiro da Esperança. Ed. Record, 1981. 350 págs.
  • Castro, Francisco Galvão de - Os Quatro pontos cardeais do integralismo: I e II partes. Editora Livraria Clássica Brasileira, 1960
  • Chasin, J. - O integralismo de Plinio Salgado - Volume de Brasil ontem e hoje. Editora Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.
  • Loureiro, Maria Amélia Salgado - Plínio Salgado, meu pai. Edições GRD, 2001.
  • Plínio Salgado - Editora Revista Panorama, 1936, 274 páginas.
  • Salgado, Plínio e Dorea, Augusta Garcia - O pensamento revolucionário de Plínio Salgado: uma antologia - Editora Voz do Oeste, 1983
  • Waak, William - Camaradas. Ed. Companhia das Letras, 1993

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah Plínio Salgado - Biografia. UOL Educação. Página acessada em 28 de novembro de 2010.
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad Plínio Salgado.Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001. Acessado em 28 de novembro de 2010.
  3. a b c NARLOCH, Leandro. "Eles Estão Entre Nós". In: revista Aventuras na História. ed. 31. Março de 2006. São Paulo: editora Abril. ISSN 18062415.
  4. CHASIN, José. O Integralismo de Plínio Salgado: Forma de Regressividade no Capitalismo Hiper- tardio, São Paulo: Ed. Ciências Humanas, 1978.
  5. ARAÚJO Ricardo, Benzaquém de. Totalitarismo e Revolução: o Integralismo de Plínio Salgado, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988
  6. SOUZA, Francisco Martins de Souza. Raízes teóricas do corporativismo brasileiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999, pp. 23-42
  7. TEJADA, Francisco Elías de. Plínio Salgado na Tradição do Brasil. In VÁRIOS. "Plínio Salgado, in memoriam", vol. II. São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, p. 70.
  8. Sobre as raízes do Integralismo, vide SALGADO, Plínio. O Integralismo na vida brasileira. In Enciclopédia do Integralismo, vol. I. Rio de Janeiro: Edições GRD/Livraria Clássica Brasileira, s/d.
  9. DOREA, Augusta Garcia R. Plínio Salgado, um apóstolo brasileiro em terras de Portugal e Espanha. São Paulo: Edições GRD, 1999.
  10. BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Plínio Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de Brasilidade. I O Lince, nova fase, ano 4, nº 31, Aparecida-SP, jan/fev. de 2010, pp. 16-18
  11. a b c d Patronos de Escolas Municipais de Ensino Fundamental em São Paulo. Site da Prefeitura de São Paulo. Página visitada em 28 de novembro de 2010.
  12. KUBITSCHEK, Juscelino. Carta a Plínio Salgado. In Plínio Salgado: “In memoriam”, vol. I. São Paulo: Voz do Oeste, 1985, p. 223.
  13. a b Costa, Evaldo. "Crônica de uma viagem entre os extremos - Agitados verdes anos". Página de Andrade Lima Filho no site da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco. Acessada em 28 de novembro de 2010.
  14. LOUREIRO, Maria Amélia Salgado. Plínio Salgado, meu pai. Edições GRD, 2001, p. 9
  15. Albuquerque, Carlos de Faria - Plínio Salgado: resumo biográfico - Editora Gazeta dos Municípios, 78 páginas, 1951
  16. a b c d Loureiro, Maria Amélia Salgado. Plínio Salgado, meu pai. Edições GRD. 2001
  17. LOUREIRO, Maria Amélia Salgado. Plínio Salgado, meu pai. Edições GRD, 2001, p. 142
  18. BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Plínio Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de Brasilidade. In O Lince, nova fase, ano 4, nº 31, Aparecida-SP, jan/fev. de 2010, p. 17
  19. MARTINS, Wilson. O modernismo. 4ª ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1973, p. 251. Vale frisar que Wilson Martins cometeu um pequeno equívoco ao considerar o romance O esperado, escrito quase que integralmente em 1930 e publicado no ano seguinte, como uma obra da década de 1920
  20. QUEIROZ, Rachel de. In A Hebraica, São Paulo, julho de 1995, p. 33.
  21. BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Plínio Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de Brasilidade. In O Lince, nova fase, ano 4, nº 31, Aparecida-SP, jan/fev. de 2010, p. 17.
  22. Albuquerque, Carlos de Faria - Plínio Salgado: resumo biográfico. Editora Gazeta dos Municípios, 78 páginas, 1951.
  23. GUELFI, Maria Lúcia Fernandes. Novíssima: contribuição para o estudo do modernismo. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros - USP, 1987, p. 186.
  24. In VÁRIOS. Plínio Salgado. 4ª ed. São Paulo: Edição da Revista Panorama, 1937, p. 229.
  25. Salgado, Plínio e Dorea, Augusta Garcia - O pensamento revolucionário de Plínio Salgado: uma antologia - Editora Voz do Oeste, 1983
  26. Cf. PASRICHA, Ashu. The Political Thought of Subhas Chandra Bose. Encyclopedia of eminent thinkers, v. 16. Nova Delhi: Concept Publishing Company, 2008, p. 91.
  27. Cf. Picknett, Lynn, Prince, Clive, Prior, Stephen and Brydon, Robert. War of the Windsors: A Century of Unconstitutional Monarchy. Edimburgo: Mainstream Publishing, 2002, p. 78
  28. STERNHELL, Zeev. Ni Droite ni Gauche – L’idéologie fascisteem France. Paris: Fayard, 1995, p. 14.
  29. SALGADO, Plínio. Carta a Manuel Pinto. In VÁRIOS. Plínio Salgado. 4ª ed. São Paulo: Edição da Revista Panorama, 1937, p. 19
  30. Cf. LOUREIRO, Maria Amélia Salgado. Plínio Salgado, meu pai. São Paulo: Edições GRD, 2001, p. 176.
  31. ROSA, Virgínio Santa. A personalidade de Plínio Salgado. In Diversos. Plínio Salgado. 4ª ed. São Paulo: Edição da Revista Panorama, 1937, p. 73.
  32. DONATO, Hernâni. A Revolução de 32. 1ª ed. São Paulo: Editora Abril, 1982, p. 65.
  33. MALATIAN, Teresa M. Os cruzados do Império. São Paulo/Brasília: Contexto/CNPQ, 1990, p. 52
  34. REALE, Miguel. O risco é inerente à Democracia. In MOTA, Lourenço Dantas (Coordenador), A História vivida, vol., I. 2ª ed. rev. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1981, p. 324.
  35. GERTZ, René E. A Alemanha é aqui?. In Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 61, Rio de Janeiro, outubro de 2010, p. 29.
  36. Bertonha, João Fábio. "Entre Mussolini e Plínio Salgado: o Fascismo italiano, o Integralismo e o problema dos descendentes de italianos no Brasil". In: Revista brasileira de História. vol 21. número 40. São Paulo, 2001.
  37. SILVA, Jayme Ferreira da Silva. A verdade sobre o Integralismo. 2ª ed. São Paulo: Edições GRD, 1996, pp. 47-57.
  38. CASCUDO, Luís da Câmara. Que quer dizer “anauê”? In Anauê!, ano II, n° 12, Rio de Janeiro, setembro de 1936, p. 29.
  39. BARROSO, Gustavo. O que o Integralista deve saber. 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1937, p. 147
  40. CÂNDIDO, João, apud CÁPUA, Cláudio de. Fim da chibata na Marinha de Guerra. São Paulo: EditorAção, 2003, p. 68
  41. Sobre Dario de Bittencourt: BARRERAS, Maria José Lanziotti. Dario de Bittencourt: 1901-1974: uma incursão pela cultura política autoritária gaúcha. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998
  42. Cf. ZAMPARONI, Valdemar. A África e os estudos africanos no Brasil: Passado e futuro. Disponível em: http://www.nacaomestica.org/zamparoni_a_africa_e_os_estudos_africanos.htm. Acesso em 2 de janeiro de 2011.
  43. MOURÃO, Gerardo Mello. Entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=414001. Acesso em 02 de janeiro de 2011
  44. REALE, Miguel. Entrevista concedida ao Jornal da USP. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2006-abr-17/leia_entrevista_concedida_reale_jornal_usp?pagina=2
  45. CAMPOS, Roberto. A lanterna na popa. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994, p. 843.
  46. CALMON, Pedro. Miguel Calmon – uma grande vida. Prefácio de Afonso Arinos de Melo Franco. Rio de Janeiro/Brasília: José Olympio Editora/INL, 1983, p. 170.
  47. Vide, por exemplo, SALGADO, Plínio. Estado Totalitário e Estado Integral (artigo de 1936) In SALGADO, Plínio. Madrugada do Espírito. 4ª ed. In SALGADO, Plínio. Obras Completas, 2ª ed., vol. 7. São Paulo: Editora das Américas, 1957, p. 443 e ss.
  48. FREYRE, Gilberto. Uma Cultura ameaçada: a luso-brasileira. Recife: Gabinete Português de Leitura, 1942, p. 88
  49. ROCHA, Hélio. O Integralismo não é totalitarismo. In VÁRIOS. Enciclopédia do Integralismo, vol. VII. Rio de Janeiro: GRD/Livraria Clássica Brasileira, s/d, p. 85.
  50. Idem, pp. 86-91
  51. CARVALHO, Olavo de. Reale entre os medíocres. Disponível em: www.olavodecarvalho.org/semana/reale.htm. Acesso em 3 de janeiro de 2011.
  52. SALGADO,Plínio. Salvemos a Democracia. In SALGADO, Plínio. O Integralismo perante a Nação. 3ª ed. In Obras Completas. 2ª ed. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 179-200
  53. REALE, Miguel. Integralismo e Democracia. 2ª ed. In REALE, Miguel. Obras políticas (1ª fase - 1931-1937). Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1983, pp. 243-251.
  54. PEREIRA, Jaime R. Democracia Integralista. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1936
  55. Miguel M. Abrahão - A Escola. Ed. Espaço Jurídico, 2007, 312 págs.
  56. Waak, William. Camaradas. Companhia das Letras, 1993.
  57. CALIL, Gilberto Grassi. O Integralismo no pós-guerra: a formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001, p. 18.
  58. Calil, Gilberto. "A nova face do movimento". Revista de História da Biblioteca Nacional. 1° de outubro de 2010.
  59. ARAÚJO, Ricardo Benzaquén de. Totalitarismo e Revolução: o Integralismo de Plínio Salgado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988, pp. 18-19.
  60. BERTONHA, João Fábio. Os integralistas pós-1945. A busca pelo poder no regime democrático e na ditadura (1945-1985. Disponível em: http://lasa.international.pitt.edu/members/congress-papers/lasa2009/files/BertonhaJoaoFabio.pdf. Acesso em 12 de janeiro de 2011, p. 9.
  61. KUBITSCHEK, Juscelino. (Carta a D. Carmela Patti Salgado. In Plínio Salgado: “In memoriam”, vol. I., cit., p. 225.
  62. KUBITSCHEK, Juscelino. Carta. In : PLÍNIO Salgado : in memoriam. São Paulo : Voz do Oeste, 1985. v. 1, p. 223
  63. Salgado, Plínio e Dorea, Augusta Garcia - O pensamento revolucionário de Plínio Salgado: uma antologia - Editora Voz do Oeste, 1983
  64. Plínio Salgado, O Integralismo Perante a Nação, 1945, p. 380
  65. Plínio Salgado, Direitos e Deveres do Homem, 1949, p. 240
  66. Plínio Salgado, Madrugada do Espírito (1934) in Obras Completas, volume VII, p. 412
  67. a b c Plínio Salgado, A Aliança do Sim e do Não (1944) in Obras Completas, volume VI, p. 38
  68. Castro, Francisco Galvão de - Os Quatro pontos cardeais do integralismo: I e II partes. Editora Livraria Clássica Brasileira, 1960
  69. Plínio Salgado, O Conceito Cristão de Democracia in Obras Completas, volume VIII, p. 399.
  70. LOBATO. Forças novas. In Diversos. Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. I. São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1985, pp. . 112-113
  71. MARTINS, Wilson. O modernismo. 4ª ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1973, p. 251
  72. Amado, Jorge - O Cavaleiro da Esperança - Ed. Record,1981
  73. Chasin, J. - O integralismo de Plinio Salgado - Volume de Brasil ontem e hoje - Editora Livraria Editora Ciências Humanas, 1978

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