Sexismo: diferenças entre revisões

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* '''Associação errônea entre AIDS e homossexuais, pelo preconceito generalista com origem em estatistas do Ministério da Saúde <ref>http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=28231</ref>'''
* '''Associação errônea entre AIDS e homossexuais, pelo preconceito generalista com origem em estatistas do Ministério da Saúde <ref>http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=28231</ref>'''
** Discriminação contra homossexuais. <ref>http://www.tupi.am/programas/tupi-doc/38263/Para_o_Dia_do_Hetero_Bolsonaro_associa_gays_a_AIDS_e_criminalidade</ref>
** Discriminação contra homossexuais. <ref>http://www.tupi.am/programas/tupi-doc/38263/Para_o_Dia_do_Hetero_Bolsonaro_associa_gays_a_AIDS_e_criminalidade</ref>
** Heterossexuais que acreditam nesta crença não dão tanta importância à prevenção de DSTs.<ref>{{citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000200008 |autor=Maia, Christiane |coautores=Guilhem, Dirce; Freitas, Daniel |título=Vulnerabilidade ao HIV/Aids de pessoas heterossexuais casadas ou em união estável |jornal=Revista de Saúde Pública |volume=42 |número=2 |data=04-2008 - Epub: 29-02-2008 |ISSN=Revista de Saúde Pública |doi=10.1590/S0034-89102008005000004 |issn=0034-8910}}</ref>
** Heterossexuais que acreditam nesta crença não dão tanta importância à prevenção de DSTs. (falta Fonte)


{{Referências}}


== Referências ==
== Referências ==

Revisão das 14h05min de 17 de dezembro de 2012

Sexismo é termo que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam entes de determinado gênero (ou, por extensão, que privilegiam determinada orientação sexual) em detrimento dos entes de outro gênero (ou orientação sexual). Embora seja constantemente usado como sinônimo de machismo é na verdade um hiperônimo deste, já que é possível identificar diversas posturas e ideias sexistas (muitas delas bastante disseminadas) que privilegiam um gênero em detrimento a outro.

Ações sexistas podem partir de diversos pressupostos, destacando-se os de que:

  • Um gênero (ou uma identidade sexual) é superior a outro.
  • Mulher e homem são profundamente diferentes (mesmo além de diferenças biológicas), e essas diferenças devem se refletir em aspectos sociais como o direito e a linguagem.
  • Existem características comportamentais que são intrínsecas a determinado gênero, de modo que todas as pessoas deste gênero as possuem (visto em generalizações como "todo homem é mulherengo" ou "toda mulher é delicada" ou "todo homossexual é promíscuo").
Vagão de trem com acesso permitido apenas a mulheres e crianças, na Índia.

Diferentes termos podem ser usados para nomear conjuntos de ideias e ações sexistas de acordo com o gênero afetado. O sexismo contra homens é chamado de misandria ou androfobia. O sexismo contra mulheres é comummente denominado de machismo, chauvinismo ou misoginia. As formas de sexismo contra LGBT podem ser genericamente nomeadas como homofobia.

É comum que indivíduos promovam atitudes sexistas contra seu próprio gênero. A forma como a cultura age no imaginário coletivo permite que seja possível encontrar mulheres que defendam que "lugar de mulher é na cozinha" ou homens afirmando que "marido que não procura trabalho é vagabundo" assim como há mulheres e homens que se contrapõem a tais ideários, indistintamente.

Exemplos de ideias sexistas

Apesar das discussões políticas, midiáticas e acadêmicas sobre igualdade de gênero travadas nas últimas décadas, muitas ideias sexistas ainda permeiam a cultura brasileira e explicam parte das diferenças sociais, econômicas, ocupacionais e comportamentais entre os gêneros.

Lista de algumas ideias de caráter sexista e de problemas de ordem comportamental, sócio-econômica ou jurídica relacionadas a elas:

  • É dever natural do homem o sustento da família
    • Evasão escolar precoce de grande parte dos homens, sobretudo nas classes mais pobres, que se veem pressionados a trabalhar para sustentar suas famílias enquanto suas irmãs ou esposas têm maior liberdade para escolherem entre trabalhar ou estudar. Consequente inversão no desequilíbrio educacional relativo a gênero, com as mulheres alçando níveis educacionais mais altos que os homens, em média. [1][2]
    • Sobrecarga ocupacional masculina (25% dos homens brasileiros economicamente ativos trabalham mais que 49 horas semanais contra apenas 12% das mulheres na mesma condição [3] )
  • Mulheres devem ser responsáveis pela casa
    • Alto percentual de mulheres sem ocupação econômica, embora já se concentrem neste gênero os mais altos índices de formação educacional e profissional [4]
  • As mães são mais importantes na formação dos filhos que os pais
    • Baixíssimo índice de decisões judiciais favoráveis a que a guarda de filhos de casais separados seja dada aos pais ou seja compartilhada entre pai e mãe [5]
  • Homens não choram/ homens devem ser fortes / homem que apanha de mulher é frouxo (e variações destes raciocínios)
    • Menor procura de indivíduos do sexo masculino por atenção médica em comparação às mulheres [6]
    • Resistência de indivíduos do gênero masculino em prestar queixa contra suas parceiras quando estes vêm a ser vítimas de violência doméstica [7]
  • Trair é da natureza masculina (mas não da feminina)
    • Atitudes masculinas violentas, muitas vezes originando crimes de agressão ou contra a vida, quando de suspeita ou constatação de infidelidade conjugal
    • Rejeição social percebida por mulheres que traem seus companheiros, ao contrário do que ocorre aos homens infiéis.
    • Contaminação de mulheres casadas por doenças sexualmente transmissíveis contraídas por seus maridos.
  • As mulheres são mais frágeis (ou inocentes)
    • Predisposição do judiciário a minimizar o papel de mulheres criminosas e a aplicar sobre elas penas mais brandas.
    • Exclusão "a priori" das mulheres de determinados campos profissionais.
  • Gays são promíscuos/não conseguem controlar seus impulsos sexuais
    • Maior dificuldade de homossexuais em adotar crianças [8][9]
    • Dificuldade de reconhecimento por parte do Estado - muitas vezes por influência religiosa - de promulgar uma lei anti-homofobia. [10]
    • Dificuldade de inclusão em certos grupos sociais, por questão de sexismo ou crença religiosa.
  • Associação errônea entre AIDS e homossexuais, pelo preconceito generalista com origem em estatistas do Ministério da Saúde [11]
    • Discriminação contra homossexuais. [12]
    • Heterossexuais que acreditam nesta crença não dão tanta importância à prevenção de DSTs.[13]

Referências

  1. http://www.db.com.br/noticia/43260.html
  2. http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=3012
  3. http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/default.php?codigoproduto=8877
  4. http://delas.ig.com.br/a+volta+ao+lar/n1237491673175.html
  5. http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvTextoId=1097664668
  6. http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_8/2008/06/23/em_noticia_interna,id_sessao=8&id_noticia=68458/em_noticia_interna.shtml
  7. http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080519_homens_agressao_dg.shtml
  8. http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/01/09/promotor_que_pediu_separacao_de_bebe_de_transexual_diz_que_casal_gay_anormal_-327934459.asp
  9. http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Tribunal/Europeo/Derechos/Humanos/condena/Francia/impedir/adoptar/lesbiana/elpepusoc/20080122elpepusoc_2/Tes
  10. http://www1.folha.uol.com.br/poder/920652-dilma-suspende-kit-gay-apos-protesto-da-bancada-evangelica.shtml
  11. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=28231
  12. http://www.tupi.am/programas/tupi-doc/38263/Para_o_Dia_do_Hetero_Bolsonaro_associa_gays_a_AIDS_e_criminalidade
  13. Maia, Christiane; Guilhem, Dirce; Freitas, Daniel (04-2008 - Epub: 29-02-2008). «Vulnerabilidade ao HIV/Aids de pessoas heterossexuais casadas ou em união estável». Revista de Saúde Pública. 42 (2). ISSN 0034-8910. doi:10.1590/S0034-89102008005000004  |ISSN= e |issn= redundantes (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)

Referências