Violência doméstica: diferenças entre revisões

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O abuso económico dominui a capacidade de sustento da vítima, tornando-a dependente do perpretador para aceder ao ensino, emprego, progressão na carreira e aquisição de bens.<ref name="Adams (2008)" /><ref name="Brewster (2003)" /><ref name="Sanders (2004)">{{Cite journal | last1 = Sanders | first1 = Cynthia K. | last2 = Schnabel | first2 = Meg | title = Organizing for economic empowerment of battered women: women's savings accounts | journal = Journal of Community Practice | volume = 14 | issue = 3 | pages = 47–68 | doi = 10.1023/A:1024064214054 | date = Junho de 2006 }}</ref> O perpretador pode fazer com que a vítima fique dependente de uma mesada, o que lhe permite controlar quanto dinheiro gasta ou impedir gastos sem o seu consentimento. Em alguns casos, a vítima acumula uma dívida económica para com o perpetrador e em outros o perpetrador esgota as poupanças da vítima.<ref name="Adams (2008)" /><ref name="Brewster (2003)" /><ref name="Sanders (2004)" /> Em muitos casos, a discordância da vítima com a forma como o dinheiro é gasto pode resultar em retaliação com abusos físicos, sexuais ou psicológicos.<ref>{{cite web | last = National Coalition Against Domestic Violence | author-link = National Coalition Against Domestic Violence | title = Economic abuse|url=http://www.ncadv.org/files/EconomicAbuse.pdf | format = PDF | archive-url = https://web.archive.org/web/20130228065620/http://www.ncadv.org/files/EconomicAbuse.pdf | archive-date = 28 February 2013 | website = ncadv.org | publisher = [[:en:National Coalition Against Domestic Violence]] | accessdate=24 de novembro de 2014}}</ref> Nas regiões do mundo em que as mulheres dependem do rendimento do marido para sobreviver, devido à falta de oportunidades e de [[segurança social]], o abuso económico pode ter consequências muito graves e está associado a má nutrição entre as mulheres e crianças.<ref>{{Cite journal | last1 = Ackerson | first1 = Leland K. | last2 = Subramanian | first2 = S.V. | title = Domestic violence and chronic malnutrition among women and children in India | journal = [[American Journal of Epidemiology]] | volume = 167 | issue = 10 | pages = 1188–1196 | doi = 10.1093/aje/kwn049 | date = May 2008 |url=http://www.hsph.harvard.edu/news/press-releases/domestic-violence-associated-with-chronic-malnutrition-in-women-and-children-in-india/ }}</ref>
O abuso económico dominui a capacidade de sustento da vítima, tornando-a dependente do perpretador para aceder ao ensino, emprego, progressão na carreira e aquisição de bens.<ref name="Adams (2008)" /><ref name="Brewster (2003)" /><ref name="Sanders (2004)">{{Cite journal | last1 = Sanders | first1 = Cynthia K. | last2 = Schnabel | first2 = Meg | title = Organizing for economic empowerment of battered women: women's savings accounts | journal = Journal of Community Practice | volume = 14 | issue = 3 | pages = 47–68 | doi = 10.1023/A:1024064214054 | date = Junho de 2006 }}</ref> O perpretador pode fazer com que a vítima fique dependente de uma mesada, o que lhe permite controlar quanto dinheiro gasta ou impedir gastos sem o seu consentimento. Em alguns casos, a vítima acumula uma dívida económica para com o perpetrador e em outros o perpetrador esgota as poupanças da vítima.<ref name="Adams (2008)" /><ref name="Brewster (2003)" /><ref name="Sanders (2004)" /> Em muitos casos, a discordância da vítima com a forma como o dinheiro é gasto pode resultar em retaliação com abusos físicos, sexuais ou psicológicos.<ref>{{cite web | last = National Coalition Against Domestic Violence | author-link = National Coalition Against Domestic Violence | title = Economic abuse|url=http://www.ncadv.org/files/EconomicAbuse.pdf | format = PDF | archive-url = https://web.archive.org/web/20130228065620/http://www.ncadv.org/files/EconomicAbuse.pdf | archive-date = 28 February 2013 | website = ncadv.org | publisher = [[:en:National Coalition Against Domestic Violence]] | accessdate=24 de novembro de 2014}}</ref> Nas regiões do mundo em que as mulheres dependem do rendimento do marido para sobreviver, devido à falta de oportunidades e de [[segurança social]], o abuso económico pode ter consequências muito graves e está associado a má nutrição entre as mulheres e crianças.<ref>{{Cite journal | last1 = Ackerson | first1 = Leland K. | last2 = Subramanian | first2 = S.V. | title = Domestic violence and chronic malnutrition among women and children in India | journal = [[American Journal of Epidemiology]] | volume = 167 | issue = 10 | pages = 1188–1196 | doi = 10.1093/aje/kwn049 | date = May 2008 |url=http://www.hsph.harvard.edu/news/press-releases/domestic-violence-associated-with-chronic-malnutrition-in-women-and-children-in-india/ }}</ref>


==Epidemiologia==
== Demografia ==
==Demographics==
Violência doméstica ocorre em todo o mundo, em várias culturas,<ref name="watts2002">{{cite journal | last1 = Watts | first1 = Charlotte | last2 = Zimmerman | first2 = Cathy | title = Violence against women: global scope and magnitude | journal = [[The Lancet]] | volume = 359 | issue = 9313 | pages = 1232–1237 | doi = 10.1016/S0140-6736(02)08221-1 | pmid = 11955557 | date = 6 April 2002 }}</ref> e afeta pessoas de todos estratos econômicos.<ref name="waits1985"/>


=== Diferenças de gênero ===
Há ainda certo debate acerca diferenças de gênero em relação à violência doméstica. Limitação de [[metodologia]] que não capturam o contexto (por. exemplo a [[escala de táticas de conflicto]]), diferenças em procedimentos de [[Amostragem (estatística)|amostragem]], relutância do entrevistado em denunciar por si próprio, e diferenças em [[operacionalização]] representam desafios à pesquisa existente.<ref name=chan2011>{{Cite journal | last = Chan | first = Ko Ling | title = Gender differences in self-reports of intimate partner violence: a review | journal = [[Aggression and Violent Behavior]] | volume = 16 | issue = 2 | pages = 167–175 | doi = 10.1016/j.avb.2011.02.008 | date = March–April 2011 |url=http://hub.hku.hk/bitstream/10722/134467/1/Content.pdf}}</ref><ref>
{{Cite journal | last = Chan | first = Ko Ling | title = Gender symmetry in the self-reporting of intimate partner violence | journal = Journal of Interpersonal Violence | volume = 27 | issue = 2 | pages = 263–286 | doi = 10.1177/0886260511416463 | pmid = 21920874 | date = January 2012 |url=http://hub.hku.hk/bitstream/10722/134462/1/Content.pdf }}</ref><ref>{{citation | last = Rose | first = Susan D. | contribution = Gender violence: the problem | editor-last = Rose | editor-first = Susan D. | title = Challenging global gender violence: the global clothesline project | pages = 12–13 | publisher = Palgrave Macmillan | location = New York | year = 2014 | isbn = 9781137388483|url=https://books.google.com/books?id=HZsKAgAAQBAJ&pg=PA12 }}</ref> [[Normalização (sociologia)|Normalização]] da violência doméstica naqueles que experimentam formas de abuso veladas, ou que foram abusados por diversos parceiros, durante longos períodos, reduz a probabilidade de reconhecer e, logo, denunciar violência doméstica.<ref>{{citation | last = Boundless | author-link = Boundless (company) | contribution = Spousal abuse | editor-last = Boundless | editor-link = Boundless (company) | title = Sociology | pages = 898–899 | publisher = [[Boundless (company)|Boundless]] | location = Boston, Massachusetts | isbn = 9781940464374}} [https://books.google.com/books?id=kbLpAAAAQBAJ&pg=PA899 Details.]</ref>

O relatório da pesquisadora Sherry Hamby (2009) descobriu que tanto homens quanto mulheres usam violência contra parceiros íntimos (VPI) como controle coercitivo,<ref>{{Cite journal|last=Hamby|first=S.|date=2009|title=The gender debate about intimate partner violence: solutions and dead ends.|url=https://www.researchgate.net/publication/232559408_The_Gender_Debate_About_Intimate_Partner_Violence_Solutions_and_Dead_Ends|journal=Psychological Trauma: Theory, Research, Practice and Policy.|volume=1|pages=|via=}}</ref> mas definem e usam este controle de formas diferentes: mulheres usam-no para conseguir [[autonomia]] em relações abusivas, enquanto que homens usam-no para demonstrar autoridade sobre seu parceiro.<ref>{{Cite journal|last=Kernsmith|first=Poco|date=April 2005|title=Exerting power or striking back: a gendered comparison of motivations for domestic violence perpetration|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16075665|journal=Violence and Victims|volume=20|issue=2|pages=173–185|issn=0886-6708|pmid=16075665}}</ref> Em 2010, uma revisão sistemática da literatura sobre a prática de VPI por mulheres concluiu que, com parceiros masculinos, o uso de VPI por mulheres é, esmagadoramente, em resposta à violência do parceiro, quer seja na forma de [[Defesa pessoal|auto-defesa]] ou em retaliação.<ref>{{Cite journal|last=Bair-Merritt|first=Megan H|last2=Crowne|first2=Sarah Shea|last3=Thompson|first3=Darcy A|last4=Sibinga|first4=Erica|last5=Trent|first5=Maria|last6=Campbell|first6=Jacquelyn|date=2010-10|title=Why Do Women Use Intimate Partner Violence? A Systematic Review of Women’s Motivations|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2994556/|journal=Trauma, violence & abuse|volume=11|issue=4|pages=178–189|doi=10.1177/1524838010379003|issn=1524-8380|pmc=2994556|pmid=20823071}}</ref>

Em 2011, uma revisão feito pesquisador Chan Ko Ling da [[Universidade de Hong Kong]] revelou que a prática de violência menor em parceiros era igual para homens e mulheres, mas que violência mais severa em parceiros era muito mais provável de se praticada por homens.<ref name=chan2011 /> Sua análise descobriu que homens eram mais propensos a bater, sufocar ou estrangular seus parceiros, enquanto mulheres eram mais propensas a jogar objetos, esbofetear, chutar, morder, socar, ou bater com um objeto.<ref name=chan2011 /> Pesquisadores também encontraram diferentes desfechos para homens e mulheres em respostas à violência contra parceiros íntimos. Em 2012, uma revisão feita pelo periódico ''[[Psychology of Violence]]'' revelou que mulheres sofriam desproporcionalmente como resultado de violência contra parceiros íntimos, especialmente em termos de ferimentos, medo e [[Transtorno de estresse pós-traumático|estresse pós-traumático]].<ref name=":12">{{Cite journal | last = Caldwell | first = Jennifer E. | title = Gender differences in intimate partner violence outcomes | journal = [[Psychology of Violence]] | volume = 2 | issue = 1 | pages = 42–45 | doi = 10.1037/a0026296 | date = January 2012 |url=http://people.cas.sc.edu/swansc/1.swan_web_articles/2012_CaldwellSwan_GenderDiffIPVOutcomes.pdf}}</ref> A revisão também descobriu que 70% de vítimas femininas em um estudo estavam "com muito medo" em resposta à VPI de seus parceiros, mas 85% das vítimas masculinas relataram "medo nenhum".<ref name=":12" /> A revisão também reveou que a VPI mediava a satisfação com a relação para mulheres, mas não para homens.<ref name=":12" /> Pesquisadores relataram que a violência masculina causa grande medo, "medo é a força que dá aos maus tratos seu poder" e "ferimentos ajudam a manter o medo".<ref>{{Cite book|url=https://books.google.com/books?id=PXvhE_AD084C&pg=PA35&lpg=PA35&dq=Neil+Jacobson+%E2%80%9Cfear+is+the+force+that+provides+battering+with+its+power%E2%80%9D+s&source=bl&ots=8Llxd4NqFk&sig=XcT2OlmqyeZlRP6WIVWriDJjEfY&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwi085Hz9_bVAhUM7yYKHRVKA-QQ6AEIJTAA#v=onepage&q=Neil%20Jacobson%20%E2%80%9Cfear%20is%20the%20force%20that%20provides%20battering%20with%20its%20power%E2%80%9D%20s&f=false|title=When Men Batter Women: New Insights Into Ending Abusive Relationships|last=Jacobson|first=Neil S.|last2=Gottman|first2=John Mordechai|date=1998|publisher=Simon and Schuster|isbn=9780684814476|language=en}}</ref>

Uma revisão de 2013 examinou estudos de cinco continentes e a correlação entre o nível de desigualdade de gênero num país e seus índices de violência doméstica. Os autores descobriram que, ao examinar quem é ferido fisicamente e quão seriamente, quem expressa mais medo, sofre mais problemas psicológicos subsequentes, a violência doméstica é significativamente voltada a mulheres como vítimas.<ref name="Eugenio">{{Cite journal | last1=Esquivel-Santovena |first1=Esteban Eugenio | last2=Lambert | first2=Teri | last3=Hamel | first3=John | title = Partner abuse worldwide | journal = Partner Abuse | volume = 4 | issue = 1 | pages = 1–8 | doi = 10.1891/1946-6560.4.1.e14 | date = January 2013 }}</ref> Muitas organizações se empenharam em usar termos neutros para se referir a gênero quando falando da prática e da vitimização. Por exemplo, usando termos mais gerais como ''violência familiar'' ao invés de ''violência contra mulheres''.<ref>{{citation | last1 = Wasco | first1 = Sharon M. | last2 = Bond | first2 = Meg A. | contribution = The treatmment of gender in community psychology research | editor-last1 = Chrisler | editor-first1 = Joan C. | editor-last2 = McCreary | editor-first2 = Donald R. | title = Handbook of gender research in psychology | page = 632 | publisher = Springer | date = 2010 | isbn = 9781441914675|url=https://books.google.com/books?id=prTnltnNbC4C&pg=PA632 }}</ref>

A legislação sobre violência doméstica varia de país para país. Embora, via de regra, ela seja, ilegal no ocidente, este não é o caso em diversos [[países em desenvolvimento]]. Por exemplo, em 2010, a Suprema Corte dos [[Emirados Árabes Unidos]] decidiu que um homem tem o direito de disciplinar fisicamente sua esposa e crianças contato que ele não deixe marcas físicas.<ref>{{cite news | last = CNN Wire Staff | title = Court in UAE says beating wife, child OK if no marks are left | archive-url = https://web.archive.org/web/20120325143850/http://articles.cnn.com/2010-10-19/world/uae.court.ruling_1_islamic-law-sharia-law-ruling?_s=PM%3AWORLD | archive-date = 25 March 2012 | url = https://articles.cnn.com/2010-10-19/world/uae.court.ruling_1_islamic-law-sharia-law-ruling?_s=PM:WORLD | website = cnn.com | publisher = CNN | date = 19 October 2010 | access-date = 24 January 2014 | deadurl = yes | df = }}</ref> A aceitação social da violência doméstica também difere de país para país. Embora na maioria dos países desenvolvidos a violência doméstica seja considerada inaceitável pelo maioria da população, em várias regiões do mundo há visões diferentes: de acordo com um levantamento do [[UNICEF]], a porcentagem de mulheres com idade entre 15-49 anos que pensa que um marido está justificado em bater em sua esposa sob certas circunstâncias é de 90% no [[Afeganistão]] e na [[Jordânia]], 87% em [[Mali]], 86% na [[Guiné]] e no [[Timor Leste]], 81% em [[Laos]] e 80% na [[República Centro-Africana]].<ref>{{cite web | last = Childinfo | title = Attitudes towards wife beating: percentage of women aged 15–49 who think that a husband/partner is justified in hitting or beating his wife/partner under certain circumstances | archive-url = https://web.archive.org/web/20140704112113/http://www.childinfo.org/attitudes_data.php | archive-date = 4 July 2014 | url = https://www.childinfo.org/attitudes_data.php | website = childinfo.org | publisher = Childinfo: monitoring the situation of children and women | accessdate = 8 September 2013 }}</ref> Recusar-se a se submeter aos desejos de um marido é motivo comum oferecido como justificativa para violência em países em desenvolvimento:<ref>{{cite web | title = Home page | archive-url = https://web.archive.org/web/20140214095207/http://www.measuredhs.com/ | archive-date = 14 February 2014 | url = https://www.measuredhs.com/ | publisher = Measure DHS (Demographic and Health Surveys): Quality information to plan, monitor and improve population, health, and nutrition programs | date = 4 April 2013 | accessdate = 8 September 2013 | deadurl = yes | df = }}</ref> por exemplo, 62,4% das mulheres no [[Tajiquistão]] acham justificado o espancamento de esposas se a esposa sai sem dizer ao marido; 68%, se ela discutir com ele; 47,9%, se ela se recusar a ter relações sexuais com ele.<ref>{{cite book | last = State Committee on Statistics of the Republic of Takistan | title = Tajikistan multiple indicator cluster survey 2005, final report | publisher = State Committee on Statistics of the Republic of Takistan | url = http://www.childinfo.org/files/MICS3_Tajikistan_FinalReport_2005_Eng.pdf| archive-url = https://web.archive.org/web/20150923213608/http://www.childinfo.org/files/MICS3_Tajikistan_FinalReport_2005_Eng.pdf| dead-url = yes| archive-date = 2015-09-23| location = Dushanbe, Tajikistan | date = 2007 }}</ref>

==Epidemiologia==
[[Epidemiologia da violência|Estatisticamente]], a [[violência contra a mulher]] é muito maior do que a [[Violência contra homens|contra o homem]].<ref>{{Citar web|título = Violência doméstica e familiar contra a mulher- 2015 — Portal Institucional do Senado Federal|URL = http://www12.senado.gov.br/institucional/datasenado/pesquisas/brasileiras-sabem-da-lei-maria-da-penha-mas-a-violencia-domestica-e-familiar-contra-as-mulheres-persiste|obra = www12.senado.gov.br|acessadoem = 2015-12-07}}</ref><ref>{{Citar web|título = WHO {{!}} Violence against women|URL = http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs239/en/|obra = www.who.int|acessadoem = 2015-12-07}}</ref> Um estudo realizado em Araçatuba, município no Estado de São Paulo, <ref> DOSSI, A.P.; SALIBA O.; GARBIN, C.A. S.; GARBIN, A. J.I. '''Perfi l epidemiológico da violência física intrafamiliar: agressões denunciadas em um município do Estado de São Paulo, Brasil''', entre 2001 e 2005. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(8):1939-1952, ago, 2008 [http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n8/22.pdf disponível em pdf]</ref> concluiu, quanto à relação autor-vítima naquela localidade, que 1.496 (81,1%) das agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se acerca dos motivos da agressão, os chamados “desentendimentos domésticos” que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a [[violência]].
[[Epidemiologia da violência|Estatisticamente]], a [[violência contra a mulher]] é muito maior do que a [[Violência contra homens|contra o homem]].<ref>{{Citar web|título = Violência doméstica e familiar contra a mulher- 2015 — Portal Institucional do Senado Federal|URL = http://www12.senado.gov.br/institucional/datasenado/pesquisas/brasileiras-sabem-da-lei-maria-da-penha-mas-a-violencia-domestica-e-familiar-contra-as-mulheres-persiste|obra = www12.senado.gov.br|acessadoem = 2015-12-07}}</ref><ref>{{Citar web|título = WHO {{!}} Violence against women|URL = http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs239/en/|obra = www.who.int|acessadoem = 2015-12-07}}</ref> Um estudo realizado em Araçatuba, município no Estado de São Paulo, <ref> DOSSI, A.P.; SALIBA O.; GARBIN, C.A. S.; GARBIN, A. J.I. '''Perfi l epidemiológico da violência física intrafamiliar: agressões denunciadas em um município do Estado de São Paulo, Brasil''', entre 2001 e 2005. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(8):1939-1952, ago, 2008 [http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n8/22.pdf disponível em pdf]</ref> concluiu, quanto à relação autor-vítima naquela localidade, que 1.496 (81,1%) das agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se acerca dos motivos da agressão, os chamados “desentendimentos domésticos” que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a [[violência]].



Revisão das 14h30min de 8 de outubro de 2017

Violência doméstica
Violência doméstica
Laço roxo usado em campanhas de consciencialização para a violência doméstica
Classificação e recursos externos
CID-10 T74, X85-Y09
eMedicine article/805546
MeSH D017579
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Violência doméstica é um padrão de comportamento que envolve violência ou outro tipo de abuso por parte de uma pessoa contra outra num contexto doméstico, como no caso de um casamento ou união de facto, ou contra crianças ou idosos. Quando é perpetrada por um cônjuge ou parceiro numa relação íntima contra o outro cônjuge ou parceiro denomina-se violência conjugal, podendo ocorrer tanto entre relações heterossexuais como homossexuais, ou ainda entre antigos parceiros ou cônjuges. A violência doméstica pode assumir diversos tipos, incluindo abusos físicos, verbais, emocionais, económicos, religiosos, reprodutivos e sexuais. Estes abusos podem assumir desde formas subtis e coercivas até violação conjugal e abusos físicos violentos como sufocação, espancamento, mutilação genital feminina e ataques com ácido que provoquem desfiguração ou morte. Os homícidios domésticos incluem o apedrejamento, imolação de noivas, morte por dote e crimes de honra.

Em todo o mundo, a esmagadora maioria das vítimas de violência doméstica são mulheres, sendo também as mulheres as vítimas das formas mais agressivas de violência.[1][2] Em alguns países, a violência doméstica é muitas vezes vista como justificável, especialmente em casos de ocorrência ou suspeita de infidelidade por parte da mulher, em que é legalmente permitida. A investigação tem confirmado que existe uma correlação direta e significativa entre o nível de igualdade de género de um país e a prevelência de violência doméstica.[3] A violência doméstica é um dos crimes que menos é declarado em todo o mundo, tanto no caso das mulheres como dos homens.[4][5] Devido ao estigma social associado à vitimização masculina, há maior probabilidade das vítimas masculinas serem negligenciadas pelos serviços de saúde..[6][7][8][9]

A violência doméstica ocorre quando o abusador acredita que o seu abuso é aceitável, justificado ou improvável de ser reportado. A violência doméstica pode dar origem a ciclos de abuso intergeracionais, criando a imagem em crianças e outros membros da família que o abuso é aceitável. Muito poucas pessoas nesse contexto são capazes de se reconhecer no papel de abusadores ou vítimas, uma vez que a violência é considerada uma disputa familiar que simplesmente se descontrolou.[10] A consciencialização, percepção, definição e ocumentação da violência doméstica difere significativamente de país para país. Em muitos casos, a violência doméstica ocorre no contexto de um casamento forçado ou de um casamento infantil.[11]

Em relações afetivas abusivas, pode ocorrer um ciclo abusivo durante o qual aumenta a tensão e é cometido um ato violento, seguido por um período de reconciliação e calma. As vítimas podem ser encurraladas para situações de violência doméstica através de isolamento, poder e controlo, aceitação cultural, falta de recursos financeiros, medo, vergonha ou para proteger os filhos. Na sequência dos abusos, as vítimas podem desenvolver incapacidades físicas, problemas de saúde crónicos, doenças mentais, incapacidade de voltar a criar relações afetivas saudáveis e incapacidade financeira. As vítimas podem ainda desenvolver problemas psicológicos, como perturbação de stress pós-traumático. As crianças que vivem em lares violentos demonstram frequentemente problemas psicológicos desde muito novas, como agressividade latente, o que em idade adulta pode contribuir para perpetuar o ciclo de violência.[12]

Descrição

Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e pertences do mesmo (patrimonial); violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência socioeconômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos. Enquadradas na tipologia proposta por Dahlberg; Krug, [13] na categoria interpessoais, subdividindo-se quanto a natureza Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e abandono. Afetando ainda a vida doméstica pode-se incluir da categoria autodirigida o comportamento suicida especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio de familiares) e de comportamentos de autoabuso especialmente se consideramos o contexto de causalidade.

É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e filhos. A expressão substitui outras, como violência contra a mulher. Também existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intrafamiliar".

No caso da Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes (VDCA), Azevedo (2004) define essa modalidade de violação como todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis, contra crianças e/ou adolescentes que – sendo capaz de causar à vítima dor ou dano de natureza física, sexual e/ou psicológica – implica de um lado, numa transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de outro, numa codificação da Infância, isto é, numa negação do direito que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento.

Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção mútua e expectativas de reação de ambas as partes calcada nos preconceitos e/ou experiências vividas. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso.

Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais irritável e agressiva especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio, o que pode dificultar a decisão da parceira em denunciá-lo.

Violência e as doenças transmissíveis são as principais causas de morte prematura na humanidade desde tempos imemoriais, com os avanços da medicina, disponibilidade de água potável e melhorias da urbanização a redução das doenças infecciosas e parasitárias, tem voltado o foco da saúde pública para a ocorrência da violência. Contudo como observa Minayo e Souza [14] este é um fenômeno que requer a colaboração interdisciplinar e ação multiprofissional, sem invalidar o papel da epidemiologia para o dimensionamento e compreensão do problema alerta para os riscos de reducionismo e necessidade de uma ação pública.

Formas

A violência doméstica pode assumir diversas formas, incluindo ameaças ou agressões físicas (bater, pontapear, morder, acorrentar, atirar objetos, choques elétricos, etc.), abusos sexuais, comportamento dominador, intimidação, perseguição contínua, abusos passivos (como negligência) ou privação económica.[15][16] Pode ainda incluir outras formas de abuso, como colocar deliberadamente a pessoa em perigo, coerção, rapto, detenção forçada, invasão de propriedade e assédio.[17]

Abuso físico

Ver artigo principal: Abuso físico

Abuso físico é o abuso que envolve contacto físico com a intenção de inflingir medo, dor, outro tipo de sofrimento físico ou lesões corporais.[18][19] As dinâmicas de abusos físicos no contexto familiar são muitas vezes complexas. A violência física pode ser o culminar de outros tipos de comportamento abusivo, como ameaças, intimidação e limitação da auto-determinação da vítima através do isolamento forçado, manipulação e outras limitações da liberdade pessoal.[20] A negação de cuidados de saúde, a privação de sono e a administração forçada de drogas ou álcool são também consideradas formas de abuso físico.[18] Pode ainda ser considerado abuso físico os atos de violência física contra outros alvos, como os filhos ou animais de estimação, que tenham por objetivo causar danos emocionais na vítima.[21]

O estrangulamento no contexto de violência doméstica é uma das formas mais letais de violência, embora devido à inexistência de lesões externas e à falta de consciencialização médica e social passe frequentemente despercebido.[22] [23]

A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo, cerca de 38% dos homicídios de mulheres sejam perpretados por um parceiro intímo.[24] No Canadá, Austrália, África do Sul, Israel e nos Estados Unidos, entre 40 e 70% das mulheres assassinadas foram mortas por um parceiro íntimo.[25]

Durante uma gravidez, a mulher encontra-se em maior risco de ser abusada ou da gravidade dos abusos ser maior, o que tem implicações de saúde negativas tanto para a mãe como para o feto.[26] O período de maior risco para as mulheres grávidas é o período imediatamente após o parto. Por outro lado, a gravidez também pode interromper o ciclo de abusos, nos casos em que o abusador não quer prejudicar a criança ainda por nascer.[27]

Vítima de ataque com ácido no Cambodja

Os ataques com ácido são uma forma extrema de violência em que as vítimas são irrigadas com ácido, geralmente no rosto, o que provoca lesões graves, incluindo cegueira e cicatrizes permanentes.[28][29][30][31][32] Os ataques com ácido constituem geralmente uma forma de vingança contra uma mulher por rejeitar uma proposta sexual ou de casamento.[33][34]

Um crime de honra é o homicídio ou outro tipo de agressão violenta que é planeado e perpetrado quando os autores acreditam que a vítima desonrou a família ou a comunidade. Este tipo de crimes é frequente em várias partes do mundo, em particular no Médio Oriente.[35][36] Os homícidios por honra são geralmente realizados contra mulheres que se recusam a fazer parte de um casamento forçado, que se recusam a ser vítimas de agressões sexuais, que mostram intenções de pedir um divórcio ou que são acusadas de cometer adultério.[37] Nas regiões do mundo em que existe uma forte expectativa social da mulher ser virgem até ao casamento, uma noiva pode ser sujeita a formas extremas de violência, entre as quais crimes de honra, quando não se verifica presença de sangue durante a noite de núpcias.[38][nota 1][39] Em vários países, o sexo extramarital é ilegal, incluindo na Arábia Saudita, Pquistão,[40] Afeganistão,[41][42][43] Irão,[43] Kuwait,[44] Maldivas,[45] Marrocos,[46] Omã,[47] Mauritânia,[48] Emirados Árabes Unidos,[49][50] Catar,[51] Sudão,[52] Iémen.[53]}}

A imolação da noiva ou morte por dote é uma forma de violência doméstica em que uma mulher recém-casada é morta pelo marido ou pela família do marido como resultado da sua insatisfação com o dote da famiília da noiva. O homicídio acontece geralmente como retaliação após pedidos para aumentar o dote após o casamento.[54] A violência associada ao dote é mais comum nos países do subcontinente indiano, em particular na Índia.[55]

Abuso sexual

A mutilação genital feminina concentra-se em 29 países e está incluída na definição de violência sexual da OMS..[56][57][58]

A Organização Mundial de Saúde define abuso sexual como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, abordagens ou comentários de cariz sexual indesejados ou tráfico sexual direcionados contra determinada pessoa por meio de coerção. A definição engloba ainda os testes de virgindade obrigatórios e mutilação genital feminina.[57] Para além das tentativas de iniciar um ato sexual por via da força, está-se na presença de abuso sexual nas situações em que a vítima é incapaz de compreender a natureza do ato, incapaz de recusar a participação ou incapaz de comunicar consentimento. Isto pode dever-se a imaturidade, menoridade, doença, influência de álcool ou drogas, intimidação ou pressão da vítima.[59]

Em muitas culturas, as vítimas de violação são consideradas fonte de "desonra" ou "vergonha" pelas respetivas famílias e são posteriormente vítimas de violência familiar, como é o caso dos homicídios por honra,[60] principalmente nos casos em que a violação resulta numa gravidez.[61]

A OMS define mutilação genital feminina como qualquer procedimento que envolva a remoção total ou parcial dos órgãos genitais femininos, ou qualquer lesão a esses órgãos por razões que não médicas. Este procedimento foi realizado a mais de 125 milhões de mulheres vivas e concentra-se sobretudo em 29 países de África e do Médio Oriente.[62]

O incesto é uma forma de violência sexual familiar, correspondendo ao contacto sexual entre um adulto e uma criança.[63] Em algumas culturas, são praticadas formas ritualizadas de abusos sexuais em crianças com o conhecimento e consentimento das famílias, nas quais a criança é induzida a praticar atos sexuais com adultos em troca de bens ou dinheiro. Por exemplo, em algumas trobos do Malauí, os pais combinam com um homem mais velho a iniciação sexual das filhas.[64][65]

A Convenção do Conselho da Europa para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e os Abusos Sexuais foi o primeiro tratado internacional para combater os abusos sexuais infantis que ocorram no contexto familiar ou doméstico.[66][67]

A coerção reprodutiva são ameaças ou atos de violência contra os direitos reprodutivos, saúde e capacidade de decisão do parceiro sobre esses temas. A forma mais comuns de coerção reprodutiva são os comportamentos com o objetivo de pressionar ou coagir o parceiro a iniciar ou terminar uma gravidez.[68] A coerção reprodutiva está associada à violação conjugal, ao medo ou incapacidade de decidir sobre o uso de contracetivos, ao medo de violência ao recusar atos sexuais e à interferência abusiva do parceiro no acesso a cuidados de saúde.[69][70]

Em algumas culturas, o matrimónio pressupõe uma obrigação social das mulhares em terem filhos.[71]

A definição de violência sexual da OMS incui casamento forçado, coabitação forçada e gravidez forçada, incluindo a prática de levirato. O levirato é um tipo de casamento em que uma viúva é obrigada a casar com o irmão do falecido marido.[58][72]

A violação conjugal é o contacto sexual não consensual perpretado contra um parceiro ou cônjuge. Trata-se de uma forma de violência sexual sub-reportada e com poucos casos na justiça, devido em parte à crença social que ao casar-se a pessoa oferece consenso irrevogável ao parceiro para atos sexuais sempre que este o deseje.[73][74][75][76][77]

Durante séculos tolerada ou ignorada pela lei e pela sociedade, a volação conjugal é atualmente repudiada e combatida por convenções internacionais, sendo em 2006 um crime em pelo menos 104 países.[78][79][80][81]

Abuso psicológico

Ver artigo principal: Abuso psicológico

Abuso psicológico ou abuso emocional é um padrão de comportamento com o objetivo de ameaçar, intimidar, desumanizar ou sistematicamente debilitar a auto-estima de outra pessoa.[82] A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica define violência psicológica como a "intenção de lesar gravemente a integridade psicológica de uma pessoa por meio de coação ou ameaças".[83][84] As formas mais comuns de abuso psicológico incluem desvalorização, ameaças, isolamento, humilhação em público, críticas incessantes, obstrução e manipulação psicológica.[85][21] A preseguição sistemática é igualmente uma forma de intimidação psicológica, sendo mais comum entre casais ou antigos casais.[86]

As vítimas geralmente sentem que o parceiro as controla por completo, o que afeta severamente a dinâmica de poder na relação, dando maior poder ao perpretador e diminuindo o da vítima.[87] Em muitos casos as vítimas desenvolvem depressão, o que aumenta o risco de distúrbios alimentares,[88] suicídio, toxicodependência e alcoolismo.[87][89][90][91]

Abuso económico

Abuso económico é uma forma de abuso em que um dos parceiros íntimos controla o acesso do outro parceiro a recursos económicos ou aos bens matrimoniais.[92] As formas de abuso económico mais comuns são impedir um cônjuge de adquirir recursos, limitando aquilo que a vítima pode comprar ou usar, ou explorar os recuros económicos da vítima.[92][93] São também formas de abuso económico forçar ou pressionar um membro da família a assinar documentos, a vender bens ou a alterar um testamento.[19]

O abuso económico dominui a capacidade de sustento da vítima, tornando-a dependente do perpretador para aceder ao ensino, emprego, progressão na carreira e aquisição de bens.[92][93][94] O perpretador pode fazer com que a vítima fique dependente de uma mesada, o que lhe permite controlar quanto dinheiro gasta ou impedir gastos sem o seu consentimento. Em alguns casos, a vítima acumula uma dívida económica para com o perpetrador e em outros o perpetrador esgota as poupanças da vítima.[92][93][94] Em muitos casos, a discordância da vítima com a forma como o dinheiro é gasto pode resultar em retaliação com abusos físicos, sexuais ou psicológicos.[95] Nas regiões do mundo em que as mulheres dependem do rendimento do marido para sobreviver, devido à falta de oportunidades e de segurança social, o abuso económico pode ter consequências muito graves e está associado a má nutrição entre as mulheres e crianças.[96]

Demografia

Demographics

Violência doméstica ocorre em todo o mundo, em várias culturas,[97] e afeta pessoas de todos estratos econômicos.[98]

Diferenças de gênero

Há ainda certo debate acerca diferenças de gênero em relação à violência doméstica. Limitação de metodologia que não capturam o contexto (por. exemplo a escala de táticas de conflicto), diferenças em procedimentos de amostragem, relutância do entrevistado em denunciar por si próprio, e diferenças em operacionalização representam desafios à pesquisa existente.[99][100][101] Normalização da violência doméstica naqueles que experimentam formas de abuso veladas, ou que foram abusados por diversos parceiros, durante longos períodos, reduz a probabilidade de reconhecer e, logo, denunciar violência doméstica.[102]

O relatório da pesquisadora Sherry Hamby (2009) descobriu que tanto homens quanto mulheres usam violência contra parceiros íntimos (VPI) como controle coercitivo,[103] mas definem e usam este controle de formas diferentes: mulheres usam-no para conseguir autonomia em relações abusivas, enquanto que homens usam-no para demonstrar autoridade sobre seu parceiro.[104] Em 2010, uma revisão sistemática da literatura sobre a prática de VPI por mulheres concluiu que, com parceiros masculinos, o uso de VPI por mulheres é, esmagadoramente, em resposta à violência do parceiro, quer seja na forma de auto-defesa ou em retaliação.[105]

Em 2011, uma revisão feito pesquisador Chan Ko Ling da Universidade de Hong Kong revelou que a prática de violência menor em parceiros era igual para homens e mulheres, mas que violência mais severa em parceiros era muito mais provável de se praticada por homens.[99] Sua análise descobriu que homens eram mais propensos a bater, sufocar ou estrangular seus parceiros, enquanto mulheres eram mais propensas a jogar objetos, esbofetear, chutar, morder, socar, ou bater com um objeto.[99] Pesquisadores também encontraram diferentes desfechos para homens e mulheres em respostas à violência contra parceiros íntimos. Em 2012, uma revisão feita pelo periódico Psychology of Violence revelou que mulheres sofriam desproporcionalmente como resultado de violência contra parceiros íntimos, especialmente em termos de ferimentos, medo e estresse pós-traumático.[106] A revisão também descobriu que 70% de vítimas femininas em um estudo estavam "com muito medo" em resposta à VPI de seus parceiros, mas 85% das vítimas masculinas relataram "medo nenhum".[106] A revisão também reveou que a VPI mediava a satisfação com a relação para mulheres, mas não para homens.[106] Pesquisadores relataram que a violência masculina causa grande medo, "medo é a força que dá aos maus tratos seu poder" e "ferimentos ajudam a manter o medo".[107]

Uma revisão de 2013 examinou estudos de cinco continentes e a correlação entre o nível de desigualdade de gênero num país e seus índices de violência doméstica. Os autores descobriram que, ao examinar quem é ferido fisicamente e quão seriamente, quem expressa mais medo, sofre mais problemas psicológicos subsequentes, a violência doméstica é significativamente voltada a mulheres como vítimas.[108] Muitas organizações se empenharam em usar termos neutros para se referir a gênero quando falando da prática e da vitimização. Por exemplo, usando termos mais gerais como violência familiar ao invés de violência contra mulheres.[109]

A legislação sobre violência doméstica varia de país para país. Embora, via de regra, ela seja, ilegal no ocidente, este não é o caso em diversos países em desenvolvimento. Por exemplo, em 2010, a Suprema Corte dos Emirados Árabes Unidos decidiu que um homem tem o direito de disciplinar fisicamente sua esposa e crianças contato que ele não deixe marcas físicas.[110] A aceitação social da violência doméstica também difere de país para país. Embora na maioria dos países desenvolvidos a violência doméstica seja considerada inaceitável pelo maioria da população, em várias regiões do mundo há visões diferentes: de acordo com um levantamento do UNICEF, a porcentagem de mulheres com idade entre 15-49 anos que pensa que um marido está justificado em bater em sua esposa sob certas circunstâncias é de 90% no Afeganistão e na Jordânia, 87% em Mali, 86% na Guiné e no Timor Leste, 81% em Laos e 80% na República Centro-Africana.[111] Recusar-se a se submeter aos desejos de um marido é motivo comum oferecido como justificativa para violência em países em desenvolvimento:[112] por exemplo, 62,4% das mulheres no Tajiquistão acham justificado o espancamento de esposas se a esposa sai sem dizer ao marido; 68%, se ela discutir com ele; 47,9%, se ela se recusar a ter relações sexuais com ele.[113]

Epidemiologia

Estatisticamente, a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem.[114][115] Um estudo realizado em Araçatuba, município no Estado de São Paulo, [116] concluiu, quanto à relação autor-vítima naquela localidade, que 1.496 (81,1%) das agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se acerca dos motivos da agressão, os chamados “desentendimentos domésticos” que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a violência.

Há quem afirme que em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A cultura popular tanto propõe a proteção das mulheres como estimula a agressão contra as mulheres chegando a aceitar o homicídio destas em casos de adultério, em defesa da honra. Outra suposição é que a maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. Segundo Dias [117] o fenômeno ocorre em todas as classes porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos.

A violência praticada contra o homem também existe, mas este tende a esconder mais por vergonha. Pode ter como agente, tanto a própria mulher, quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem casos em que o homem é pego de surpresa, por exemplo, enquanto dorme. Analisando os denominados crimes passionais a partir de notícias publicadas em jornais Noronha e Daltro [118]identificaram que estes representam 8,7% dos crimes noticiados e que destes 68% (51/75) o agressor era do sexo masculino (companheiro, ex-companheiro, noivo ou namorado) nos crimes onde a mulher é a agressora ressalta-se a circunstância de ser o resultado de uma série de agressões onde a mesma foi vítima.

Gênero

É impossível discutir a violência doméstica sem discutir os papéis de género, e se eles têm ou não têm impacto nessa violência. Algumas vezes a discussão de género pode encobrir qualquer outro tópico, em razão do grau de emoção que lhe é inerente.

Quando as mulheres passaram a reclamar por seus direitos, maior atenção passou a ser dada com relação à violência doméstica, e hoje o movimento feminista tem como uma de suas principais metas a luta para eliminar esse tipo de violência. O primeiro abrigo para mulheres violentadas foi fundado por Erin Pizzey (1939), nas proximidades de Londres, Inglaterra. Isso aconteceu na década de 1960. Pizzey fez certas críticas a linhas do movimento feminista, afirmando que a violência doméstica nada tinha a ver com o patriarcado, sendo praticada contra vítimas vulneráveis independentemente do sexo.


Vale ressaltar que os homens vítimas de violência doméstica, em função de encontrarem-se em uma sociedade sexista, acabam por não denunciar a violência que sofrem em âmbito familiar, tanto por vergonha quanto pelo fato de que a sociedade e as autoridades dão pouca atenção e auxílio a homens que denunciam. A situação de violência doméstica contra homens pode então chegar aos extremos de graves mutilações ou homicídio onde a vítima nem ao menos é ouvida.

Estratégias de controle

Como resposta imediata, além do atendimento adequado as vítimas de violência tanto nos aspectos físicos como psicossociais, urge reconhecer a demanda nos termos epidemiológicos que se apresenta. Com essa intenção vem se estabelecendo no Brasil. O sistema de notificação de notificação/investigação individual da violência doméstica, sexual e/ou outras violências através das secretarias estaduais e municipais de saúde após promulgação da lei nº 10778, de 24 de novembro de 2003 que estabeleceu a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados.

Além das dificuldades de produzir informações fidedignas da amplitude desses agravos face a natureza burocrática dos sistemas de informação e cultura de omitir tais agravos vergonha ou descrédito nas instituições públicas por parte das vítimas a complexidade do aparelho de Estado ou setores da administração publica onde se insere essa assistência resulta tanto na assistência inadequada a estas como no controle social do fenômeno violência ou seja a prevenção destas ocorrências e punição dos agressores.

  1. Para se ter uma ideia da complexidade do fenômeno basta examinarmos a dimensão da rede de instituições envolvidas as Unidades de Saúde do SUS (Pronto Atendimento, Setores de Emergência e da Assistência Hospitalar; Serviços de Saúde Mental) o CRAS Centro de Referência de Assistência Social do SUAS – (Sistema Único de Assistência Social); o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que administra o Fundo para Infância e Adolescência, a Secretarias de governo (Secretarias de Ação Social, da Mulher, etc), Delegacia da Mulher, Vara de Família e Juizado de Menores etc. A noção rede de serviços propõem a integração dessas instituições contudo as modificações institucionais envolvem determinações de natureza política e cultural ainda inteiramente compreendidas ou controláveis.

Ver também

Notas

  1. Note-se que é possível que a mulher não sangre durante a primeira relação sexual

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Ligações externas