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Grelina: diferenças entre revisões

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== Parkinson ==
== Parkinson ==
A Doença de Parkinson (DP) é definida como distúrbio neurológico progressivo, caracterizado principalmente pela degeneração das células (neurônios) da camada ventral da parte compacta da substância negra e do lócus ceruleus. Tal degeneração resulta na diminuição da produção de dopamina, produzindo um conjunto de sintomas caracterizados principalmente por distúrbios motores. Seu início costuma ser insidioso, e dificilmente o portador identifica o momento exato em que notou alguma mudança em si; geralmente são parentes ou pessoas próximas que percebem alterações sutis.
A Doença de Parkinson (DP) é definida como distúrbio neurológico progressivo, caracterizado principalmente pela degeneração das células (neurônios) da camada ventral da parte compacta da substância negra e do lócus ceruleus. Tal degeneração resulta na diminuição da produção de dopamina, produzindo um conjunto de sintomas caracterizados principalmente por distúrbios motores. Seu início costuma ser insidioso, e dificilmente o portador identifica o momento exato em que notou alguma mudança em si; geralmente são parentes ou pessoas próximas que percebem alterações sutis.<ref>{{Citar periódico |titulo=Patients' experience with Parkinson's disease |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-21002007000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |jornal=Acta Paulista de Enfermagem |data=2007-03 |issn=0103-2100 |paginas=62–68 |numero=1 |acessodata=2020-12-04 |doi=10.1590/S0103-21002007000100011 |primeiro=Lucia Hisako Takase |ultimo=Gonçalves |primeiro2=Angela Maria |ultimo2=Alvarez |primeiro3=Micheli Coral |ultimo3=Arruda}}</ref>


==Ver também==
==Ver também==

Revisão das 04h10min de 4 de dezembro de 2020

Mólecula de grelina em 3D

A Grelina, também conhecida como o "hormônio da fome", é um hormônio regulador do balanço energético. Produzida principalmente pelo estômago, a grelina é um peptídeo que estimula a secreção do hormônio do crescimento e aumenta a adiposidade. Foi primeiramente caracterizado como ligante endógeno para os receptores do hormônio liberador de hormônio do crescimento (GHRH), o qual é expresso pela adenohipófise. [1]

Esse hormônio é secretado quando o estômago está vazio. Ele entra na corrente sanguínea e afeta uma parte do cérebro conhecida como hipotálamo, que governa seus hormônios e apetite.  Ela viaja através da corrente sanguínea e chega ao cérebro, onde informa ao organismo que ele deve ficar com fome e procurar comida. A principal função da grelina é aumentar o apetite. Faz o corpo consumir mais alimentos, ingerir mais calorias e armazenar gordura.

Estrutura

A grelina é composta de 28 aminoácidos com uma modificação octanóica no seu grupo hidroxil sobre a serina 3, que é essencial para o desempenho de sua função liberadora de GH24. Ela foi, primeiramente, isolada da mucosa oxíntica do estômago, sendo produzida, predominantemente, pelas células Gr do trato gastrointestinal. É também produzida em menores quantidades no sistema nervoso central, rins, placenta e coração.

Função

Quando o estômago fica vazio, intensifica a secreção da grelina, o hormônio atua no cérebro dando a sensação de fome; quanto mais elevado for a produção, resultando em concentrações altas no sangue, maior será a sensação de fome. Quando nos alimentamos, a secreção da grelina diminui e a secreção de leptina aumenta gerando saciedade.[2]

Também é produzido em quantidades substancialmente menores pelo intestino, rim, hipófise, placenta e hipotálamo. A grelina também participa do equilíbrio energético, aumentando o armazenamento de gordura.[3]

Ela também tem um papel importante na via de recompensa dopaminérgica por reforço positivo, na memória e na adaptação a novos ambientes. É um dos responsáveis pela adicção a comidas gordurosas e açucaradas e a bebidas alcoólicas.[4][5]

Grelina / Parkinson

Pesquisadores da Swansea University Medical School desenvolveram um trabalho analisando se o hormônio intestinal bloqueia a formação das células cerebrais e se está ligado ao Parkinson. A equipe focou no hormônio intestinal conhecido por acil-grelina (AG) que promove essa formação das células cerebrais. Caso alguma estrutura desse hormônio seja modificada, há duas formas do hormônio: o AG e a grelina não acilada. O objetivo foi verificar as influências desses hormônios na formação de células cerebrais.

Os resultados foram muito interessantes, onde eles conseguiram concluir que a forma UAG da grelina reduz a formação de células nervosas e prejudica a memória. Além disso, esse estudo tem relevância para a doença de Parkinson, visto que a doença está associada com a perda de novas células nervosas no cérebro, levando a redução da conectividade das células, o que afeta significativamente a memória.[6]

Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) é definida como distúrbio neurológico progressivo, caracterizado principalmente pela degeneração das células (neurônios) da camada ventral da parte compacta da substância negra e do lócus ceruleus. Tal degeneração resulta na diminuição da produção de dopamina, produzindo um conjunto de sintomas caracterizados principalmente por distúrbios motores. Seu início costuma ser insidioso, e dificilmente o portador identifica o momento exato em que notou alguma mudança em si; geralmente são parentes ou pessoas próximas que percebem alterações sutis.[7]

Ver também

Outros hormônios que regulam o apetite e saciedade:

  1. http://www.news-medical.net/health/What-is-Ghrelin.aspx
  2. Inui A, Asakawa A, Bowers CY, et al. (2004). "Ghrelin, appetite, and gastric motility: the emerging role of the stomach as an endocrine organ". FASEB J. 18 (3): 439–56. doi:10.1096/fj.03-0641rev. PMID 15003990. http://www.fasebj.org/cgi/content/full/18/3/439.
  3. Date, Y., Kojima, M., Hosoda, H., Sawaguchi, A., Mondal, M. S., Suganuma, T., Matsukura, S., Kangawa, K. & Nakazato, M. (2000) Endocrinology 141, 4255–4261.
  4. Skibicka KP, Hansson C, Egecioglu E, Dickson SL (January 2012). "Role of ghrelin in food reward: impact of ghrelin on sucrose self-administration and mesolimbic dopamine and acetylcholine receptor gene expression". Addiction Biology. 17 (1): 95–107. doi:10.1111/j.1369-1600.2010.00294.x. PMC 3298643Freely accessible. PMID 21309956.
  5. "Hunger hormone tied to learning". http://www.the-scientist.com/news/display/23132/. Retrieved 2007-06-01. at The Scientist
  6. 6.Intestino x Cérebro : um hormônio no intestino tem relação com a memória e a Doença de Parkinson? Grelina: Como funciona o hormônio da fome - Cuidaí (cuidai.com.br) acesso em 02 Dez. 2020.
  7. Gonçalves, Lucia Hisako Takase; Alvarez, Angela Maria; Arruda, Micheli Coral (março de 2007). «Patients' experience with Parkinson's disease». Acta Paulista de Enfermagem (1): 62–68. ISSN 0103-2100. doi:10.1590/S0103-21002007000100011. Consultado em 4 de dezembro de 2020