Conus geographus

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Vista superior de uma concha de C. geographus, uma das seis espécies de moluscos Conidae potencialmente perigosas ao homem na região do Indo-Pacífico.[1] Esta é particularmente considerada a mais venenosa das 500 espécies de Conidae conhecidas, e várias mortes humanas lhes foram atribuídas. Seu veneno, uma mistura complexa de centenas de diferentes toxinas, é liberado por um dente (pertencente à sua rádula) parecido com um arpão, impulsionado por uma probóscide extensível.[2]
Vista superior de uma concha de C. geographus, uma das seis espécies de moluscos Conidae potencialmente perigosas ao homem na região do Indo-Pacífico.[1] Esta é particularmente considerada a mais venenosa das 500 espécies de Conidae conhecidas, e várias mortes humanas lhes foram atribuídas. Seu veneno, uma mistura complexa de centenas de diferentes toxinas, é liberado por um dente (pertencente à sua rádula) parecido com um arpão, impulsionado por uma probóscide extensível.[2]
Fotografia de C. geographus com o animal, em substrato arenoso, a pouca profundidade.[3]
Fotografia de C. geographus com o animal, em substrato arenoso, a pouca profundidade.[3]
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: clade Hypsogastropoda
clade Neogastropoda
Superfamília: Conoidea
Família: Conidae
Género: Conus
Linnaeus, 1758[4]
Subgénero: Gastridium[5][6]
Modeer, 1793[5]
Espécie: C. geographus
Nome binomial
Conus geographus
Linnaeus, 1758[4]
Distribuição geográfica
A região do Indo-Pacífico é o habitat da espécie C. geographus, em águas rasas de substrato arenoso.[3]
A região do Indo-Pacífico é o habitat da espécie C. geographus, em águas rasas de substrato arenoso.[3]
Sinónimos
Conus (Gastridium) geographus Linnaeus, 1758
Gastridium geographus (Linnaeus, 1758)[4]
Conus geographicus (sic)[7]

Conus geographus (nomeada, em inglês, Geography Cone; na tradução para o português, "Conus geografia")[2][3][8] é uma espécie de molusco gastrópode marinho predador do gênero Conus, pertencente à família Conidae.[1] Foi classificada por Carolus Linnaeus em 1758, descrita em sua obra Systema Naturae[4]; sendo nativa do Indo-Pacífico e muito popular por sua picada; considerada a mais temida das seis espécies de moluscos Conidae potencialmente perigosas ao homem, por apresentar uma glândula de veneno conectada a um mecanismo de disparo de sua rádula, em formato de arpão, dotada de neurotoxinas que podem levar ao óbito. Também é capaz de espalhar na água, ao redor, um tipo específico de insulina, com cadeias de moléculas proteicas mais curtas, causadoras de choque hipoglicêmico, inibindo os movimentos natatórios de suas presas.[1][2][3][8][9][10][11]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Conus geographus possui uma concha cônica, fina e leve, com uma espiral baixa e nodulosa em seu ângulo com a última volta, dotada de relevo exterior curvo, convexo, mais ou menos acentuado, dando-lhe um aspecto geral arredondado; com no máximo 13 centímetros de comprimento e de coloração geral creme, creme-rosada ou azulada, com marcações mais ou menos difusas, por toda a sua superfície, incluindo faixas visíveis, em castanho-avermelhado. Abertura levemente arredondada, com lábio externo fino e interior branco; mais alargada na segunda metade da concha, em direção a seu canal sifonal.[3][8][12][13]

Habitat e distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Esta espécie é encontrada espalhada no Indo-Pacífico e Pacífico Ocidental, no Japão (Ryūkyū) e Filipinas até Polinésia Francesa (lá tornando-se rara a muito rara, no arquipélago da Sociedade), Nova Caledônia, norte da Austrália Ocidental, território do Norte e Queensland (incluindo a Grande Barreira de Coral; Austrália), em direção à África Oriental (Chagos, Reunião, Madagáscar, Maurícia, Moçambique e Tanzânia[14]) e Mar Vermelho, no oceano Índico, a pouca profundidade e em fundos arenosos e coralinos da zona entremarés à zona nerítica, entre os 5 a 20 metros, normalmente. É uma espécie carnívora, que se alimenta de peixes, imobilizando suas presas; se abrigando durante o dia e saindo para caçar à noite.[1][3][6][8][12][15][16][17][18][19]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 83-84. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  2. a b c «Geography Cone» (em inglês). National Geographic. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  3. a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 247. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c d «Conus geographus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  5. a b «Conus (Gastridium)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  6. a b LINDNER, Gert (Op. cit., p.206.).
  7. BÜCHERL, Wolfgang; BUCKLEY, Eleanor E. (1971). Venomous Animals and Their Venoms. Volume III: Venomous Invertebrates (em inglês). New York / London: Academic Press Books, Elsevier - Google Books. p. 392. 562 páginas. ISBN 978-1-4832-6289-5. Consultado em 10 de novembro de 2018 
  8. a b c d WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 136. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  9. Haddad Junior, Vidal; Paula Neto, João Batista de; Cobo, Válter José (outubro de 2006). «Venomous mollusks: the risks of human accidents by conus snails (gastropoda: conidae) in Brazil» (em inglês). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol 39; nº 5. (SciELO). 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  10. Haddad Junior, Vidal; Coltro, Marcus; Simone, Luiz Ricardo L. (julho–agosto de 2009). «Report of a human accident caused by Conus regius (Gastropoda, Conidae)» (em inglês). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol.42; no.4. (SciELO). 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  11. Press Association (19 de janeiro de 2015). «Deadly sea snail uses weaponised insulin to make its prey sluggish» (em inglês). The Guardian. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  12. a b Wang, Pei-Jan (31 de março de 2014). «geographus (菲律賓)-殺手芋螺» (em chinês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018. Conus geographus Linnaeus, 1758-(Philippines). 
  13. DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 188. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2 
  14. Fonte: Wikipédia inglesa.
  15. «Conus geographus Linnaeus, 1758 - geographer cone» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  16. «Conus geographus Linnaeus, 1758» (em inglês). Jacksonville Shells. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  17. «Geography Cone: Conus geographus» (em inglês). Queensland Museum. 1 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  18. Touitou, David; Balleton, Michel. «CONIDAE DE POLYNESIE» (PDF) (em francês). XENOPHORA N° 111 (SEASHELL COLLECTORS). p. 28. 27-42 páginas. Consultado em 8 de novembro de 2018. Rareté: Devenu assez rare dans l’archipel de la Société. Particularité: L’espèce était assez commune mais elle s’est raréfiée au même titre que Conus tulipa et que Conus obscurus. 
  19. a b Fonte: ligações externas
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