Eduardo Gomes

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Eduardo GomesCombatente Militar
Eduardo Gomes
Nascimento 20 de setembro de 1896
Petrópolis,  Rio de Janeiro
Morte 13 de junho de 1981 (84 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
País  Brasil
Força Força Aérea Brasileira
Anos em serviço 1918 – 1981
Hierarquia Marechal-do-ar

Eduardo Gomes (Petrópolis, 20 de setembro de 1896Rio de Janeiro, 13 de junho de 1981) foi um aviador, militar e político brasileiro.[1]

Patrono da Força Aérea Brasileira e ministro da Aeronáutica por duas vezes, no governo Café Filho (24 de agosto de 1954 a 11 de novembro de 1955) e no governo Castelo Branco (11 de janeiro de 1965 a 15 de março de 1967).

Com formação em aviação militar, foi um dos sobreviventes da Revolta dos 18 do Forte em 1922, marco inicial do tenentismo, quando foi ferido gravemente. Participou da Revolta Paulista de 1924. Foi preso quando se dirigia para integrar a Coluna Prestes. Foi solto em 1926 e novamente preso em 1929, voltou à liberdade em maio de 1930, a tempo de participar das ações que viriam a derrubar Washington Luís, após o fracasso eleitoral da Aliança Liberal.

Com a subida ao poder de Getúlio Vargas, trabalhou na criação do Correio Aéreo Militar, que viria a se tornar o Correio Aéreo Nacional. Em 1935, comandou o 1º Regimento de Aviação contra o levante conhecido como Intentona Comunista. Em 1937, com a decretação do Estado Novo exonerou-se do comando, continuando contudo na carreira militar.

Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, foi promovido a brigadeiro. Participou da organização e construção das Bases Aéreas que iriam desempenhar importante papel no esforço dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. No final do Estado Novo, candidatou-se às eleições presidenciais, marcadas para dezembro de 1945, formando em torno de si a União Democrática Nacional (UDN). Durante o período eleitoral, eram vendidos doces para angariar fundos para apoiar sua campanha; esses doces ficaram conhecidos posteriormente com o nome da patente do candidato: brigadeiros. Foi derrotado pelo general Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra de Vargas.

Em 1950, foi novamente candidato à presidência da República pela UDN, sendo dessa vez derrotado pelo próprio Vargas. Foi um dos líderes da campanha pelo afastamento de Vargas após o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, em agosto de 1954. Com o suicídio de Getúlio Vargas, assumiu o ministério da Aeronáutica no governo de Café Filho (1954–1955). Em 1964, participou do golpe militar que depôs o presidente João Goulart.

Promoções e homenagem

Tornou-se aspirante-a-oficial em 17 de dezembro de 1918; segundo-tenente em 30 de dezembro de 1919; primeiro-tenente em 5 de janeiro de 1921; capitão em 15 de novembro de 1930; major em 20 de novembro de 1930 (apenas cinco dias depois de haver sido promovido a capitão); tenente-coronel em 16 de junho de 1933; coronel em 3 de maio de 1938; brigadeiro em 10 de dezembro de 1941; major-brigadeiro em 1 de setembro de 1944; tenente-brigadeiro em 3 de outubro de 1946.

O Aeroporto Internacional de Manaus é denominado "Aeroporto Internacional de Manaus — Eduardo Gomes" em sua homenagem.

Em Belo Horizonte, há uma avenida com este nome, na região noroeste da cidade.

Há também uma praça em Arraial D'Ajuda - Porto Seguro - Bahia com seu nome.

Além disso, existe uma das principais avenidas na cidade de Marília, Estado de São Paulo, com seu nome.

A praça que da frente a entrada do Portão Principal do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) em São José dos Campos-SP também tem seu nome.

Curiosidade

Uma história popularizada sobretudo a partir dos anos 1980 afirma que o nome do doce Brigadeiro seria uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes. Nos anos de 1946 e 1950, o militar se candidatou à presidência da República pela União Democrática Nacional. O candidato conquistou um grupo de fãs do Pacaembu, bairro de São Paulo, que organizaram festas para promover sua candidatura. O doce teria sido criado durante a primeira campanha do candidato à presidência, pela conservadora União Democrática Nacional, logo após a queda de Getúlio Vargas.

A guloseima feita de leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate tanto teria agradado que, numa das festas de campanha, teria sido feito o doce para arrecadar fundos. Há outras versões bastante similares a essa sobre a origem do nome do doce: mulheres do Rio de Janeiro, engajadas na candidatura de Gomes, faziam "negrinhos" que vendiam para ajudar o fundo de campanha; outros diziam que Heloísa Nabuco, de tradicional família carioca que apoiava o brigadeiro, criou um tipo de doce, ligeiramente diferente da versão atual, e o denominou com a patente do candidato preferido. Como as festas dos correligionários e cabos eleitorais eram muito disputadas pela população, estes logo começaram a chamar os amigos para irem comer o "docinho do brigadeiro". Com o tempo, o nome "brigadeiro" teria sido dado ao doce (mais tarde, feito com leite condensado). Apesar do apoio recebido, a eleição foi vencida pelo então general Eurico Gaspar Dutra.[2]

Ligações externas

Referências


Precedido por
Epaminondas Gomes dos Santos
Ministro da Aeronáutica do Brasil
1954 — 1955
Sucedido por
Vasco Alves Seco
Precedido por
Márcio Melo
Ministro da Aeronáutica do Brasil
1965 – 1967
Sucedido por
Márcio Melo