Les Employés

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Les Employés ou la Femme supérieure
Autor(es) Honoré de Balzac
Idioma Francês
País  França
Gênero Romance realista
Série Scènes de la vie Parisienne
Ilustrador Alcide Théophile Robaudi
Lançamento 1838
Cronologia
Les Secrets de la princesse de Cadignan
Les Comédiens sans le savoir

Les Employés ou la Femme supérieure (em português Os funcionários ou A mulher superior[1]) é um romance de Honoré de Balzac publicado em edição original em 1838, sob o título de La Femme supérieure (A mulher superior), em dois volumes pelo editor Werdet. Em 1843, Balzac dedica a obra a David d'Angers (que fez um medalhão e uma escultura do autor). A obra aparece finalmente sob um outro título em 1844, na edição Furne, nas Cenas da vida parisiense da Comédia Humana: Les Employés ou la Femme supérieure. O título será ainda modificado em 1845 e se tornará apenas Les Employés.

Em sua grande empresa visando dar vida a todos os aspectos da sociedade na qual ele vivia, Balzac toma aqui um assunto que poderia parecer menor em sua época, mas que nos parece quase contemporâneo. A vida do escritório, suas mesquinharias, as intrigas para obter um posto superior, são o consolo cotidiano das personagens do romance, cuja maior parte são figuras secundárias da Comédia. Exceto o caricaturista Jean-Jacques Bixiou, que aparece também em La Rabouilleuse, o conde des Lupeaulx, que tem um papel importante em La Cousine Bette, La Maison Nucingen e Splendeurs et misères des courtisanes e Célestine Rabourdin (também em La Cousine Bette), os protagonistas são todos mesquinhos.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Em um escritório de um ministério, Xavier Rabourdin concorre ao título de chefe de divisão, presumindo merecer esta promoção por causa de sua idade e mérito. Estimulado por sua esposa Célestine (a "mulher superior"), ele se lança a um grande projeto de reforma administrativa, que, assim pensa ele, vai proporcionar um bom avanço. Contudo, um outro chefe de escritório, apoiado por um círculo pequeno-burguês medíocre e por intrigantes que estimulam sua candidatura para avançar seus próprios interesses pessoais, aspira ao mesmo posto: Isidore Baudoyer. Este igualmente é incitado pela ambição de sua esposa, Élisabeth. A batalha se joga, então, entre as duas mulheres que organizam cada uma seu plano e reúnem seus partidários em dois clãs bem distintos. Mas o partido da mediocridade (os pequenos-burgueses) é tenaz, minando pacientemente os esforços do clã de Rabourdin, cavando com obstinação o caminho de Baudoyer, tão bem que ele acaba por superar seu rival Rabourdin, que pede demissão, garantindo à sua esposa que ele possui um novo projeto grandioso, para aplacar suas ambições.

Referências

  1. Honoré de Balzac. A comédia humana. Org. Paulo Rónai. Porto Alegre: Editora Globo, 1954. Volume XI

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (en) Marco Diani,« Balzac’s Bureaucracy: The Infinite Destiny of the Unknown Masterpiece », L’Esprit créateur, Spring 1994, n° 34 (1), p. 42-59.
  • (en) G. M. Fess, « Les Employés and Scènes de la vie bureaucratique », Modern Language Notes, Apr 1928, n° 43 (4), p. 236-42.
  • (fr) Gabriel Moyal, « La Mise en pli : les Employés de Balzac », Études Littéraires, print.-été 1986, n° 19 (1), p. 95-102.
  • (en) Mary W. Scott, « Variations between the First and the Final Edition of Balzac’s Les Employés », Modern Philology, Feb 1926, n° 23 (3), p. 315-36.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

CategoriaːRomances da França