Linha Tronco (Estrada de Ferro Noroeste do Brasil)

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Linha Tronco da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil
Info/Ferrovia
Informações principais
EF EF-265[1]
Área de operação São Paulo e Mato Grosso do Sul
Tempo de operação 1906–Presente
Operadora Rumo Logística
Interconexão Ferroviária Ramal de Bauru (Estrada de Ferro Sorocabana)
Linha Tronco Oeste (Companhia Paulista de Estradas de Ferro)
Ramal de Ponta Porã
Ramal de Porto Esperança
Ramal de Porto Ladário
Portos Atendidos Porto Esperança
Porto Seco Agesa
Especificações da ferrovia
Extensão 1 330,5 km (827 mi)
Bitola bitola métrica
1 000 mm (3,28 ft)

A Linha Tronco da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil é uma ferrovia transversal brasileira, em bitola métrica, que liga Bauru (SP) à Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia. Possui mais de 1.300 km de extensão, atravessando cidades como Araçatuba, Três Lagoas e Campo Grande. Atualmente é operada pela Rumo Logística.

História[editar | editar código-fonte]

Em julho de 1905, iniciou-se em Bauru a construção da Linha Tronco pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. A inauguração do primeiro trecho se deu em 29 de setembro de 1906, até Lauro Müller (km 92), no atual município de Guarantã. A construção foi prosseguindo gradativamente e em 2 de dezembro de 1908, a Estação de Araçatuba foi inaugurada. Dali a linha tomou rumo à margem esquerda do Rio Tietê, prosseguindo a Oeste, rente ao leito do mesmo, até atingir Itapura (próximo à foz do Rio), no início de 1910.

Em maio de 1908, iniciou-se a construção da ferrovia de Itapura até Corumbá (MS). Duas equipes trabalharam simultaneamente nas duas extremidades, uma a partiu de Itapura atravessando o Rio Paraná e adentrando o estado do Mato Grosso do Sul, e a outra a partiu de Porto Esperança, Cidade de Corumbá, as margens do Rio Paraguai. A ligação entre as frentes de trabalho foi feita em 1914. A partir daí, a linha estava completa desde o Rio Paraguai, ao sul de Corumbá, até Bauru[2].

A margem do Rio Tietê, onde passava a ferrovia após Araçatuba até Itapura, era região infestada de malária e outras doenças tropicais, algo que no início do século XX preocupava muito. Assim, a partir da década de 1920, iniciou-se a construção da Variante de Jupiá, mais ao Sul, seguindo o espigão divisor de águas dos rios Aguapeí (ou Feio) e Tietê. A variante foi completada em 1940, quando então passou a ser considerada a Linha Tronco.

A sede do município de Corumbá, distante cerca de 70 km do distrito de Porto Esperança, somente foi alcançado pelos trilhos em 1952, seguindo até pouco adiante na fronteira com a Bolívia.

A Linha Tronco da Noroeste é composta por duas grandes pontes ferroviárias. A primeira delas sobre o Rio Paraná, foi inaugurada em 1926 como Ponte Francisco de Sá, sendo que até a inauguração a travessia das composições era feita por balsa. Já a segunda delas sobre o Rio Paraguai, foi inaugurada em 1947 com o nome de Ponte Eurico Gaspar Dutra (inicialmente Ponte Barão do Rio Branco), após uma década de construção.

Operação[editar | editar código-fonte]

Em 1996, a Linha Tronco da Noroeste foi concedida pela RFFSA como parte da Malha Oeste, juntamente com os ramais oriundos da Noroeste. Em 2002, o trecho entre Bauru e Mairinque da Sorocabana, passou a fazer parte da Malha Oeste como um "prolongamento" da Linha Tronco.

Atualmente a concessão pertence a concessionária Rumo Logística, que opera os trens de celulose de Três Lagoas-MS até o porto de Santos-SP (seguindo pela Linha Mairinque-Santos), e aos trens de minério das minas da região de Corumbá até o porto de Ladário-MS, na margem direita do Rio Paraguai.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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