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Shiva
Shiva

Shiva também escrito como Xiva, Siva ou Civa, o auspicioso, o propício, amável, o benigno, benevolente, amistoso, terno, é um dos deuses da trimúrti, a trindade hinduísta, deus (Deva) hindu. Chamado de "o Destruidor"' (ou "o Transformador"), participa da Trimúrti (a trindade hindu) juntamente com Brama (Brahma), "o Criador", e Vixnu (Vishnu), "o Preservador".

Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.

Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". As primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4000 a.C.) na forma de Pashupati, o "Senhor dos Animais". A criação do ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.

Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).

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Tantra
Tantra

Tantra, yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem, por objetivo, o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

O tantra é uma filosofia hindu muito antiga (se cristalizou por volta do século XV), tendo, por características: a matriarcalidade, a sensorialidade, o naturalismo e a desrepressão. O tantra é um complexo sistema de descrição da realidade objetiva, sendo, assim, uma ciência prática e aplicável e a base do pensamento de um povo muito antigo que até hoje faz ecoar sua influência sobre a sociedade contemporânea.

Nas sociedades primitivas não guerreiras, nas quais a cultura não era centrada na guerra, a mulher era fortemente exaltada e até mesmo endeusada, na medida em que dava vida a outros seres humanos. Daí, a qualidade matriarcal dessas sociedades.

Baseado quase inteiramente no culto de Shiva e Shakti, o tantra visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força ativa, masculina, de Shiva) e Shakti (a força passiva, feminina, de sua esposa). (leia mais...)



O gado é considerado sagrado em várias religiões, como o Hinduísmo, Jainismo, e Zoroastrismo. Religiões anteriores ao Antigo Egito, Grécia Antiga e Roma Antiga também tinham crenças similares. Em algumas regiões, especialmente alguns estados da Índia, o abate de bovinos é proibido e sua carne pode ser um tabu.

A vaca tem sido um símbolo de riqueza desde os tempos antigos. No entanto, não eram tão invioláveis e reverenciadas da mesma forma que são hoje.

A vaca foi possivelmente reverenciado porque os Hindus dependiam delas para consumo de leite e derivados, para lavrar os campos e por seu esterco, fonte de combustível e fertilizante. Assim, o status da vaca como zeladora a levou a ser identificada como uma figura quase maternal (daí o termo gau mata). Nos dias antigos o gado era limitado a poucas pessoas afortunadas, as vacas eram valorizada como o ouro ou dinheiro. Além disso, tem sido sugerido pelo autor e orador Terence McKenna que o reverência religiosa para a vaca é o resultado da associação precoce da humanidade ao cogumelo psilocibina com isto, assim esta associação se desenvolveu como resultado da descoberta do referido cogumelos em excremento do animal. (leia mais...)



O Ganges em Varanasi
O Ganges em Varanasi

O rio Ganges (em hindi e na maior parte das línguas indianas: गंगा; romaniz.: Gaṅgā; गंगा; em bengali: গঙ্গা; romaniz.:Gōnga) é um dos principais rios do subcontinente Indiano, e um dos vinte maiores do mundo em caudal. Suas águas se deslocam rumo ao leste através da planície do Ganges do norte da Índia até ao Bangladesh. Com 2510 km de extensão, nasce no Himalaia ocidental, no estado indiano de Uttarakhand, e desagua no Delta do Ganges, no golfo de Bengala.

Desde muito tempo é considerado um rio sagrado para os hindus, que o veneram na forma da deusa Ganga, e também possui um grande valor histórico: diversas capitais de províncias ou impérios, como Patliputra, Kannauj, Kara, Allahabad, Murshidabad e Calcutá, localizam-se em suas margens. O Ganges e seus afluentes abrangem uma bacia hidrográfica fértil de cerca de um milhão de quilômetros quadrados, que é a mais densamente povoada do planeta, com mais de 400 milhões de pessoas e uma densidade populacional de cerca de 390 hab/km2. A profundidade média do rio é de 16 metros, e a máxima é de 30 metros. (leia mais...)



Sistema de castas da Índia
Sistema de castas da Índia

O sistema de castas da Índia é uma divisão social importante na sociedade Hindu, não apenas na Índia, mas no Nepal e outros países e populações de religião Hindu. Embora geralmente identificado com o hinduísmo, o sistema de castas também foi observado entre seguidores de outras religiões no subcontinente indiano, incluindo alguns grupos de muçulmanos e cristãos. A Constituição Indiana rejeita a discriminação com base na casta, em consonância com os princípios democráticos e seculares que fundaram a nação. Barreiras de casta deixaram de existir nas grandes cidades, mas persistem principalmente na zona rural do país.

Define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho. O grupo é endógamo, isto é, cada integrante só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo.

Sendo que os grupos são:

  • os brâmanes (sacerdotes e letrados) nasceram da cabeça de Brahma;
  • os xátrias (guerreiros) nasceram dos braços de Brahma;
  • os vaixás (comerciantes) nasceram das pernas de Brahma;
  • os sudras (servos: camponeses, artesãos e operários) nasceram dos pés de Brahma. (leia mais...)



Uma página manuscrita do Isha Upanishad
Uma página manuscrita do Isha Upanishad

Os Upanixades, também grafados Upanishads, Upanissades e Upanichades (em sânscrito, उपनिषद् , Upaniṣad), são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem principalmente meditação e filosofia, e que são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. Contêm também transcrições de vários debates espirituais, e 12 de seus 123 livros são considerados básicos por todos os hinduístas.

Surgiram como comentários sobre os Vedas, sua finalidade e essência, sendo portanto conhecidos como Vedānta ("o fim do Veda"). O termo Upanixade deriva das palavras sânscritas upa ("perto"), ni ("embaixo") e chad ("sentar"), representando o ato de sentar-se no chão, próximo a um mestre espiritual, para receber instrução. Os professores e estudantes são vistos em uma série de posições sentadas (o marido respondendo questões sobre imortalidade, um adolescente sendo ensinado pela morte, etc.). Às vezes, os sábios são mulheres, e, outras vezes, as instruções (ou antes, inspirações) são dadas por reis.

Estas obras se tornaram conhecidas no mundo ocidental, pela primeira vez, no início do século XIX, através de uma tradução feita do Persa para o Latim, que influenciou fortemente o pensamento do filósofo alemão Arthur Schopenhauer. (leia mais...)



Lâmpadas diya, acesas em honra do retorno de Rama de Ayodhya, que deram seu nome ao Diwali
Lâmpadas diya, acesas em honra do retorno de Rama de Ayodhya, que deram seu nome ao Diwali

O Diwali (também transcrito Deepavali ou Deepawali) é uma festa religiosa hindu, conhecida também como o festival das luzes. Durante o Diwali, celebrado uma vez ao ano, as pessoas estreiam roupas novas, dividem doces e lançam fogos de artifício. Este festival celebra, entre outras histórias, a destruição de Narakasura por Sri Krishna, o que converte o Diwali num evento religioso que simboliza a destruição das forças do mal.

O Diwali é um grande feriado indiano, e um importante festival para o hinduísmo, o sikhismo, o budismo e o jainismo. Muitas histórias são associados a Diwali. O feriado é atualmente comemorado pelos hindus, sikhs e jains em todo o mundo como o festival das luzes, onde as luzes ou lâmpadas significam a vitória do bem sobre o mal dentro de cada ser humano. Diwali é comemorado no primeiro dia do mês lunar Kartika, que ocorre no mês de outubro ou novembro, sendo uma época de muita religiosidade, votos de sacrifício e introspecção.

Em muitas partes da Índia, é o Baile do Rei Ramachandra em Ayodhya,após 14 anos de exílio na floresta. Sri Rama, um dos avatares de Vishnu, derrotou o mal encarando em Ravana, que havia raptado sua esposa Sitadevi. O povo de Ayodhya (a capital do seu reino) congratulou-se com Rama por iluminação em fileiras (avali) das lâmpadas (Deepa), dando assim o seu nome: Deepavali. Esta palavra, em devido tempo, se tornou Diwali em hindi. Mas, no sul indiano em algumas línguas, a palavra não sofreu qualquer alteração e, portanto, o festival é chamado Deepavali no sul da Índia. Existem várias observâncias do feriado em toda a Índia. (leia mais...)



Posição ilustrada no Kama Sutra
Posição ilustrada no Kama Sutra

Kamasutram (Sânscrito: कामसूत्र), geralmente conhecido no mundo ocidental como Kama Sutra, é um antigo texto indiano sobre o comportamento sexual humano, amplamente considerado o trabalho definitivo sobre amor na literatura sânscrita. O texto foi escrito por Vatsyayana, como um breve resumo dos vários trabalhos anteriores que pertencia a uma tradição conhecida genericamente como Kama Shatra.

“Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso e também não é um texto tântrico. Na abertura de um debate sobre os três objectivos da antiga vida hindu - Darma, Artha e Kamadeva - a finalidade do Vatsyayana é estabelecer kama, ou gozo dos sentidos, no contexto. Assim, Darma (ou vida virtuosa) é o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza é a próxima, e Kama é o menor dos três.” — Indra Sinha.

Kama é a literatura do desejo. Já o Sutra é o discurso de uma série de aforismos. Sutra foi um termo padrão para um texto técnico, assim como o Yôga Sútra de Pátañjali. O texto foi escrito originalmente como Vatsyayana Kamasutram (ou "Aforismos sobre o amor, de Vatsyayana"). A tradição diz que o autor foi um estudante celibatário que viveu em Pataliputra, um importante centro de aprendizagem. Estima-se que ele tenha nascido no início do século IV. Se isso for correto Vatsyayana viveu durante o ápice da Dinastia Gupta, um período conhecido pelas grandes contribuições para a literatura Sânscrita e para cultura Védica. (leia mais...)



Ganesha se preparando para jogar seu lótus
Ganesha se preparando para jogar seu lótus

Ganesha, Ganexa, Ganesa, Ganesh ou (em sânscrito: गणेश, ou श्रीगणेश, quando usado para distinguir status de "senhor") é um dos mais conhecidos e venerados deuses do hinduísmo. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o esposo de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar em tâmil, e Vinayakudu em Telugu. Ga simboliza Buddhi (intelecto) e Na simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é considerado removedor de obstáculos, proporcionador do sucesso e da fartura, mestre do intelecto, da sabedoria e chefe do exército celestial, e por isso também, esta divindade é encontrada sempre na porta de todos os templos hindus e na porta das casas dos hindus como o protetor. Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É, habitualmente, representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Em geral, antepõe-se, ao seu nome, o título Hindu de reespeito Shri ou Sri.

Ganesha é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante; ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma, Ganesha representa uma solução lógica para os problemas: é o "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de "mente") e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas. (leia mais...)



Acro ioga no centro de Austin, Texas
Acro ioga no centro de Austin, Texas

Ioga ou yoga (em sânscrito e páli: योग, IAST: yoga, AFI[joːgə]) é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia. A palavra está associada com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo. No hinduísmo, o conceito se refere a uma das seis escolas (āstika) ortodoxas da filosofia hindu e à sua meta rumo ao que esta escola determina como suas práticas.

Os principais ramos da ioga incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga, tantra ioga, tao yoga e hata-ioga. A raja-ioga, compilada nos Ioga Sutras de Patanjali e conhecida simplesmente como ioga no contexto da filosofia hinduísta, faz parte da tradição Samkhya. Diversos outros textos hindus discutem aspectos da ioga, incluindo os Vedas, os Upanixades, o Bagavadguitá, o Hatha Yoga Pradipika, o Shiva Samhita, o Mahabharata e diversos Tantras.

A palavra sânscrita yoga tem diversos significados, ou "concentração". Algumas das traduções também incluem os significados de "juntando", "unindo", "união", "conjunção" e "meios". Fora da Índia, o termo ioga costuma ser associado tipicamente com a hata-ioga e suas asanas (posturas) ou como uma forma de exercício. (leia mais...)