Austromarxismo
Austromarxismo foi uma corrente marxista que se desenvolveu na Áustria, entre as décadas finais do Império Austro-Húngaro e os primeiros anos da Primeira República Austríaca. Seus principais teóricos foram Victor Adler, Gustav Eckstein, Karl Kautsky, Rudolf Hilferding, Otto Bauer, Karl Renner, Friedrich Adler e Max Adler, membros do Partido Social-Democrata da Áustria[1][2].
Características[editar | editar código-fonte]
Embora marcado pela tentativa de conciliar o socialismo com o nacionalismo austríaco, foi um movimento heterogêneo, abrigando em suas fileiras tanto pensadores neokantianos quanto marxistas ortodoxos. Receberam ainda a influência de correntes positivistas desenvolvidas na Áustria, como as elaboradas por Mach e por Avenarius.
A partir do começo do século XX, os filósofos austromarxistas reuniam-se no Círculo denominado "futuro" (Zukunft), publicando a série Marx-Studien (desde 1904) e a revista A luta (Der Kampf) desde 1907.
Em 1921, como via independente da Segunda Internacional e do Comintern, fundaram a Associação Internacional dos Partidos Socialistas, que ficou conhecida como 2½ª Internacional ou Internacional de Viena.
Defendiam temas que mais tarde seriam tornados princípios da social-democracia europeia, como a universalização de serviços de saúde e educação públicas.
Referências
- ↑ MEHRAV, Perez. Social-democracia e austromarxismo. In: História do Marxismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. p.251-272
- ↑ VIANA, Nildo. Democracia e Autogestão. achegas.net - Revista de Ciência Política, nº 37
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MORA, José Ferrater, Dicionário de Filosofia; Tradução: Massano, Antonio José & Palmeirim, Manuel; Publicações Dom Quixite- lisboa 1978