Cartas de Iwo Jima

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Cartas de Iwo Jima
Letters from Iwo Jima
Cartas de Iwo Jima
Cartaz promocional
 Estados Unidos
2006 •  cor •  140 min 
Género drama de guerra
Direção Clint Eastwood
Roteiro Iris Yamashita (adaptação)
Iris Yamashita e Paul Haggis (história)
Tadamichi Kuribayashi e Tsuyuko Yoshido (livro)
Elenco Ken Watanabe
Kazunari Ninomiya
Tsuyoshi Ihara
Ryo Kase
Shidou Nakamura
Lançamento Estados Unidos 12 de Janeiro de 2007
Portugal 15 de Fevereiro de 2007
Brasil 16 de Fevereiro de 2007
Idioma inglês / japonês
Orçamento US$ 19 milhões[1]
Receita US$ 68,7 milhões[1]

Letters from Iwo Jima (bra/prt: Cartas de Iwo Jima)[2][3] é um filme estadunidense de 2006, do gênero drama de guerra, dirigido por Clint Eastwood. O longa-metragem é a continuação de A Conquista da Honra. Ambos abordam a batalha da ilha de Iwo Jima, localizada no arquipélago asiático. Letters from Iwo Jima é quase que totalmente em língua japonesa, apesar de ter sido co-produzida pelas empresas americanas DreamWorks Pictures, Malpaso Productions e Amblin Entertainment.[1]

O filme foi lançado no Japão em 9 de dezembro de 2006 e recebeu um lançamento limitado nos Estados Unidos em 20 de dezembro de 2006 para ser elegível para consideração para o 79º Entrega do Óscar, pelo qual recebeu quatro indicações, incluindo Melhor Filme e vencendo o prêmio de Melhor Som. Posteriormente, foi lançado em mais áreas dos Estados Unidos em 12 de janeiro de 2007 e na maioria dos estados em 19 de janeiro. Uma versão dublada em inglês do filme estreou em 7 de abril de 2008. Após o lançamento, o filme foi aclamado pela crítica e, embora tenha arrecadado apenas um pouco melhor nas bilheterias do que seu companheiro, teve muito mais sucesso em comparação com seu orçamento.[4][5][1]

Elenco[1][editar | editar código-fonte]

Clint Eastwood, Ken Watanabe, Kazunari Ninomiya e Tsuyoshi Ihara depois de uma exibição no Berlinale 2007.

Recepção[editar | editar código-fonte]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Letters from Iwo Jima foi aclamado pela crítica e bem conhecido por retratar o bem e o mal em ambos os lados da batalha. Os críticos elogiaram fortemente a escrita, direção, cinematografia e atuação. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes reportou um índice de aprovação de 91% (de 202 críticas), com uma nota média de 8,20 (de 10). O consenso do site afirma: "Um retrato poderosamente humanista dos perigos da guerra, esta peça complementar para Flags of Our Fathers é potente e instigante, e demonstra a maturidade de Clint Eastwood como diretor".[4] Já no Metacritic, a nota foi de 89 (de 37 resenhas), indicando "aclamação universal".[5] Lisa Schwarzbaum da Entertainment Weekly, Kenneth Turan do Los Angeles Times e Richard Schickel da Time estavam entre os muitos críticos que o consideraram o melhor filme do ano.[6][7][8]

No Japão[editar | editar código-fonte]

O filme teve muito mais sucesso comercial no Japão do que nos Estados Unidos, ocupando o primeiro lugar por cinco semanas e recebendo uma recepção calorosa do público e da crítica japonesa. Os críticos japoneses observaram que Clint Eastwood apresentou Kuribayashi como um "comandante erudito e atencioso da guarnição japonesa de Iwo Jima, junto com os soldados japoneses em geral, de uma forma sensível e respeitosa".[9] Além disso, o jornal japonês Asahi Shimbun observou que o filme é claramente "distinguível" dos filmes anteriores de Hollywood, que tendiam a retratar personagens japoneses com atores não japoneses (como chineses-americanos e outros asiático-americanos). Consequentemente, os personagens normalmente não utilizavam a gramática japonesa correta e sotaques não nativos eram evidentes nesses filmes anteriores, estragando seu realismo para o público japonês. Em contraste, a maioria dos papéis japoneses em Letters from Iwo Jima são interpretados por atores japoneses nativos. Além disso, o artigo elogiou a nova abordagem do filme, já que é roteirizado com uma excelente pesquisa sobre a sociedade japonesa da época. De acordo com o artigo, os filmes anteriores de Hollywood que descreviam o Japão eram baseados nas imagens estereotipadas da sociedade japonesa, que pareciam "estranhas" para o público japonês nativo. Letters from Iwo Jima é marcante como o filme que tenta fugir dos estereótipos.[10] Devido à falta de estereótipos, Letters from Iwo Jima foi apreciado pela crítica e pelo público japoneses.[11]

Principais prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Oscar 2007 (EUA)

  • Venceu nas categorias de melhor edição de som, e foi indicado a melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro original.

Globo de Ouro 2007 (EUA)

  • Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.
  • Indicado na categoria de melhor diretor.

Prêmio David di Donatello 2007 (Itália)

  • Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.

Prêmio Bodil 2008 (Dinamarca)

  • Venceu na categoria de melhor filme americano.

Prêmio Saturno 2007 (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, EUA)

  • Indicado na categoria de melhor filme internacional.

Academia Japonesa de Cinema 2008 (Japão)

  • Venceu na categoria de melhor filme em língua estrangeira.

Referências

  1. a b c d e «Letters from Iwo Jima». Box Office Mojo. Consultado em 5 de julho de 2009 
  2. Cartas de Iwo Jima no AdoroCinema
  3. «Cartas de Iwo Jima». no CineCartaz (Portugal) 
  4. a b «Letters from Iwo Jima (2006)». Rotten Tomatoes. Consultado em 23 de agosto de 2009 
  5. a b «Letters from Iwo Jima Reviews». Metacritic 
  6. Schwarzbaum, Lisa (7 de janeiro de 2007). «The year's best films: Lisa Schwarzbaum's list». Entertainment Weekly. Consultado em 29 de janeiro de 2015 
  7. Turan, Kenneth (17 de dezembro de 2006). «Bypassing the escape clause». Los Angeles Times. Consultado em 29 de janeiro de 2015 
  8. Corliss, Richard (20 de dezembro de 2006). «10 Best Movies – TIME». Time. Content.time.com. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  9. «Letters from Iwo Jima» (PDF) [ligação inativa]
  10. Asahi Shimbun, December 13, 2006: それまでのアメリカ映画では、日本を描いた作品や日本人の設定でありながらも、肝心の俳優には中国系や東南アジア系、日系アメリカ人等が起用されたり、日本語に妙な訛りや文法の間違いが目立ち、逆に英語を流暢に話すといった不自然さが目立つことが多かったが、本作品ではステレオタイプな日本の描写(文化や宗教観等)や違和感のあるシーンが少なく、「昭和史」で知られる半藤一利も、細部に間違いはあるが、日本についてよく調べている.
  11. «キネマ旬報社». Kinejun.com. 21 de setembro de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2012 
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