Cerro Azul (Paraná)
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | cerroazulense | ||
Localização | |||
Localização de Cerro Azul no Paraná | |||
Localização de Cerro Azul no Brasil | |||
Mapa de Cerro Azul | |||
Coordenadas | 24° 49′ 26″ S, 49° 15′ 39″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraná | ||
Região metropolitana | Curitiba | ||
Municípios limítrofes | Adrianópolis, Tunas do Paraná, Doutor Ulysses, Bocaiúva do Sul, Castro, Rio Branco do Sul e Itaperuçu. | ||
Distância até a capital | 92 km | ||
História | |||
Fundação | 1882 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Dalton Luiz de Moura e Costa (PMDB, 2009–2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 341,187 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 16 948 hab. | ||
Densidade | 12,6 hab./km² | ||
Clima | Subtropical (ST) | ||
Altitude | 318 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,684 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 138 939,196 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 7 526,50 |
Cerro Azul é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população em 2007 era de 17.693 habitantes. É conhecida como a terra da laranja, pelas inúmeras produções desse gênero de fruta. Fica a 92 quilômetros da capital do estado, contando atualmente com asfalto em todo o percurso da estrada, que liga a Cidade a Rio Branco do Sul(Pr 092).
Cercada de montanhas, seus bairros afastados - dentre os quais Lageado Grande - constituem campo para ótimo lazer ao contato com a natureza. População rural e simples, encontra na agricultura sua principal fonte de renda.
Uma de suas maiores atrações é a Festa da Laranja que apresenta ao Estado os produtos produzidos pela agricultura local.
Ainda, têm os seus habitantes o privilégio do contato com o Rio Ribeira, rio este que, por sua profundidade encanta todos aqueles que se aventuram nas suas águas conhecidamente perigosas a fim de complementar o panorama natural que ali se encontra.
Etimologia
O termo "Cerro" é expressão de origem espanhola e designa morro (elevação montanhosa).[5] A denominação provém da existência de um morro nas cercanias do município.[5] Este cerro em certas ocasiões oferece um perfil de tom azulado,[5] daí a incorporação pelos fundadores do povoado, do nome Cerro Azul.[5]
História
Um intenso movimento colonizador se fez sentir com o advento da Província do Paraná, a partir de 1853.[6][7] Foi nesta época que a princesa Isabel Cristina, filha do imperador Pedro II, vislumbrou a instalação de uma colônia agrícola nas regiões dos rios Ponta Grossa e da Ribeira.[7]
Um contingente de engenheiros agrônomos e técnicos ali se postaram com a missão de analisarem a qualidade do solo,[7] que ofereceram resultados altamente satisfatórios.[7]
Surgia então, a partir de 1860, a Colônia Açungui, cuja sede administrativa localizava-se às margens do Rio Ponta Grossa,[7] nas proximidades de um morro conhecido por Cerro Azul.[7]
A área estabelecida pelo Governo Imperial foi de 59.681,4 hectares,[7] divididos em quatrocentos lotes,[7] distribuídos a imigrantes alemães, ingleses, franceses, suíços e italianos.[7]
A comunidade prosperou e sua consolidação como núcleo habitacional ficou fortalecida com a construção de vários prédios públicos,[7] destacando-se o da administração pública,[7] residência do administrador,[7] igreja matriz,[7] casa paroquial e outros.[7]
A princesa Isabel continuava na tarefa de ajudar Açungui,[7] que no período imperial foi um dos núcleos de maior projeção na Província.[7]
"Os primeiros administradores da Colônia Açungui foram Barata Ribeiro,[7] Manoel Nabuco[7] e José Borges,[7] que muito contribuiram para que o núcleo fosse elevado à categoria de freguesia em 2 de abril de 1872,[7] sob a invocação de Nossa Senhora da Guia.[7] Segundo o historiador Romário Martins "...em 1875 tinha a Colônia Assungui 1.824 habitantes,[7] sendo 875 brasileiros,[7] 338 franceses,[7] 221 ingleses,[7] 202 italianos,[7] 171 alemães,[7] 16 espanhóis[7] e apenas um sueco".[7]
Nesta época houve dispersão de muitas famílias de imigrantes,[7] principalmente por acharem a colônia muito isolada e de difícil acesso à capital.[7] Isto de fato seria fator de empecilho para o crescimento econômico da região.[7]
A lei provincial nº 680, de 27 de dezembro de 1882 dá foros de vila à Açungui, devidamente instalada em 20 de fevereiro de 1883.[7]
A lei provincial nº 816, de 7 de novembro de 1885,[7] determina que Açungui passe a se chamar Cerro Azul.[7] Pela lei nº 259, de 27 de dezembro de 1897, o lugar passa a ser município,[7] sendo que o primeiro prefeito municipal foi o sr. Francisco Miguel Hennes.[7]
A República não soprou bons ventos para Cerro Azul.[7] Sem o apoio imperial iniciou-se período de declínio econômico.[7] A situação agravou-se com a construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande,[7] deixando a região ao largo do movimento de transportes regionais.[7] Outro fator determinante de isolamento foi a construção da estrada ligando Curitiba a São Paulo.[7] A situação sói foi melhorar a partir da década de 1940,[7] quando o Interventor Manoel Ribas ordenou que fizesse uma estrada ligando Cerro Azul à rodovia Curitiba-São Paulo.[7]
Atualmente moderna rodovia liga o município aos principais centros produtores do estado.[7]
Ligações externas
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ a b c d FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios, cidade do " Morre Diabo ". Maringá: Memória Brasileira. 232 páginas
- ↑ FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória Brasileira. 230 páginas
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao ap aq ar as FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória Brasileira. 231 páginas