Países com armamento nuclear: diferenças entre revisões

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{{legenda|#007C59|Estados que possuíam armas nucleares anteriormente ([[Bielorrússia]], [[Cazaquistão]], [[Ucrânia]] e [[África do Sul]])}}]]
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{{Armas nucleares2}}
{{Armas nucleares2}}

[[Nação|Nações]] que comprovada ou supostamente possuem [[Arma nuclear|armas nucleares]] são por vezes referidas como '''clube nuclear'''. Existem atualmente nove [[Estado]]s que conseguiram detonar armas nucleares. Cinco são considerados '''"Estados com armas nucleares"''' (EAN), um estatuto reconhecido internacionalmente pelo [[Tratado de Não-Proliferação Nuclear]] (TNP). Em ordem de aquisição de armas nucleares, estes países são: os [[Estados Unidos]], [[Rússia]] (Estado sucessor da [[União Soviética]]), o [[Reino Unido]], [[França]] e [[República Popular da China|China]].
[[Nação|Nações]] que comprovada ou supostamente possuem [[Arma nuclear|armas nucleares]] são por vezes referidas como '''clube nuclear'''. Existem atualmente nove [[Estado]]s que conseguiram detonar armas nucleares. Cinco são considerados '''"Estados com armas nucleares"''' (EAN), um estatuto reconhecido internacionalmente pelo [[Tratado de Não-Proliferação Nuclear]] (TNP). Em ordem de aquisição de armas nucleares, estes países são: os [[Estados Unidos]], [[Rússia]] (Estado sucessor da [[União Soviética]]), o [[Reino Unido]], [[França]] e [[República Popular da China|China]].


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== Estatísticas ==
== Estatísticas ==
[[Ficheiro:World_nuclear_weapons.png|upright=1.5|miniaturadaimagem|Grande estoque de armas nucleares com alcance global (azul escuro), estoque menor com alcance global (azul), estoque pequeno com alcance regional (azul claro)]]


[[Ficheiro:World_nuclear_weapons.png|upright=1.5|miniaturadaimagem|Grande estoque de armas nucleares com alcance global (azul escuro), estoque menor com alcance global (azul), estoque pequeno com alcance regional (azul claro).]]
A seguir está uma lista de [[Teoria constitutiva do Estado|Estados]] que admitiram a posse de [[Bomba nuclear|armas nucleares]] ou se presume que as possuam, o número aproximado de [[Ogiva (armas)|ogivas]] sob seu controle e o ano em que testaram sua primeira arma e sua configuração de força. Esta lista é informalmente conhecida na política global como o "Clube Nuclear". <ref>"Nuclear club", ''Oxford English Dictionary'': "nuclear club n. the nations that possess nuclear weapons." The term's first cited usage is from 1957.</ref><ref>Jane Onyanga-Omara, [https://www.usatoday.com/story/news/world/2016/01/06/nine-nations-possess-nuclear-weapns/78350588/ "The Nuclear Club: Who are the 9 members?"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170904111359/https://www.usatoday.com/story/news/world/2016/01/06/nine-nations-possess-nuclear-weapns/78350588/|date=4 de setembro de 2017}}, ''USA TODAY'', 6 de janeiro de 2016</ref> Com exceção da Rússia e dos Estados Unidos (que submeteram suas forças nucleares a verificação independente sob vários tratados), esses números são estimativas, em alguns casos estimativas pouco confiáveis. Em particular, sob o [[Tratado sobre Reduções de Ofensiva Estratégica]], milhares de ogivas nucleares russas e americanas estão inativas em estoques aguardando processamento. O material físsil contido nas ogivas pode então ser reciclado para uso em [[Reator nuclear|reatores nucleares]].

A seguir está uma lista de [[Teoria constitutiva do Estado|Estados]] que admitiram a posse de [[Bomba nuclear|armas nucleares]] ou se presume que as possuam, o número aproximado de [[Ogiva (armas)|ogivas]] sob seu controle e o ano em que testaram sua primeira arma e sua configuração de força. Esta lista é informalmente conhecida na política global como o "Clube Nuclear". <ref>"Nuclear club", ''Oxford English Dictionary'': "nuclear club n. the nations that possess nuclear weapons." The term's first cited usage is from 1957.</ref><ref>Jane Onyanga-Omara, [https://www.usatoday.com/story/news/world/2016/01/06/nine-nations-possess-nuclear-weapns/78350588/ "The Nuclear Club: Who are the 9 members?"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170904111359/https://www.usatoday.com/story/news/world/2016/01/06/nine-nations-possess-nuclear-weapns/78350588/|date=4 de setembro de 2017}}, ''USA TODAY'', 6 de janeiro de 2016</ref> Com exceção da Rússia e dos Estados Unidos (que submeteram suas forças nucleares a verificação independente sob vários tratados), esses números são estimativas, em alguns casos estimativas pouco confiáveis. Em particular, sob o [[Tratado sobre Reduções de Ofensiva Estratégica]], milhares de [[Ogiva nuclear|ogivas nucleares]] russas e americanas estão inativas em estoques aguardando processamento. O material físsil contido nas ogivas pode então ser reciclado para uso em [[Reator nuclear|reatores nucleares]].


De uma alta de 70,3 mil armas ativas em 1986, {{Desde|2019|}} existem aproximadamente 3.750 ogivas nucleares ativas e 13.890 ogivas nucleares totais no mundo.<ref name="nuclearweapons1">{{Citar web|url=https://www.sipri.org/yearbook/2020/10|titulo=World Nuclear Forces, SIPRI yearbook 2020|data=Janeiro de 2020|acessodata=18 de junho de 2020|website=Stockholm International Peace Research Institute|publicado=Stockholm International Peace Research Institute}}</ref> Muitas das armas desativadas foram simplesmente armazenadas ou parcialmente desmontadas, não destruídas.<ref>Webster, Paul (Julho/Agosto de 2003). "[https://www.theguardian.com/news/datablog/2009/sep/06/nuclear-weapons-world-us-north-korea-russia-iran Nuclear weapons: how many are there in 2009 and who has them?] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170108004154/https://www.theguardian.com/news/datablog/2009/sep/06/nuclear-weapons-world-us-north-korea-russia-iran|date=2017-01-08}}" ''The Guardian'', 6 de setembro de 2009.</ref>
De uma alta de 70,3 mil armas ativas em 1986, {{Desde|2019|}} existem aproximadamente 3.750 ogivas nucleares ativas e 13.890 ogivas nucleares totais no mundo.<ref name="nuclearweapons1">{{Citar web|url=https://www.sipri.org/yearbook/2020/10|titulo=World Nuclear Forces, SIPRI yearbook 2020|data=Janeiro de 2020|acessodata=18 de junho de 2020|website=Stockholm International Peace Research Institute|publicado=Stockholm International Peace Research Institute}}</ref> Muitas das armas desativadas foram simplesmente armazenadas ou parcialmente desmontadas, não destruídas.<ref>Webster, Paul (Julho/Agosto de 2003). "[https://www.theguardian.com/news/datablog/2009/sep/06/nuclear-weapons-world-us-north-korea-russia-iran Nuclear weapons: how many are there in 2009 and who has them?] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170108004154/https://www.theguardian.com/news/datablog/2009/sep/06/nuclear-weapons-world-us-north-korea-russia-iran|date=2017-01-08}}" ''The Guardian'', 6 de setembro de 2009.</ref>
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| {{flagicon image|Flag of Pakistan.svg}} [[Paquistão]]
| {{flagicon image|Flag of Pakistan.svg}} [[Paquistão]]
| style="text-align:right;" | [[N/A|''n.a.'']]/140-150<ref name="nuclearweapons1" />
| style="text-align:right;" | [[N/A|''n.a.'']]/140-150<ref name="nuclearweapons1" />
| 1998 (''[[Chagai-I]]'')<ref name="Atomic Heritage Foundation">{{citar web|url=https://www.atomicheritage.org/history/pakistani-nuclear-program|título=Pakistani Nuclear Program|autor=Munir Ahmad Khan, A. Q. Khan|data=23 de agosto de 2018|publicado=Atomic Heritage Foundation {{en}}|acessodata=4 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
| 1998 (''[[Chagai-I]]'')
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| Não signatário
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== Estados reconhecidos como possuidores de armas nucleares ==
== Estados reconhecidos como possuidores de armas nucleares ==

Esses cinco países são conhecidos por terem detonado um explosivo nuclear antes de 1º de janeiro de 1967 e, portanto, são oficialmente Estados com armas nucleares sob o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares|Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares]]. Eles também são os [[Membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas|membros permanentes]] do [[Conselho de Segurança da ONU]] com [[Poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas|poder de veto]] nas resoluções do CSNU.
Esses cinco países são conhecidos por terem detonado um explosivo nuclear antes de 1º de janeiro de 1967 e, portanto, são oficialmente Estados com armas nucleares sob o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares|Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares]]. Eles também são os [[Membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas|membros permanentes]] do [[Conselho de Segurança da ONU]] com [[Poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas|poder de veto]] nas resoluções do CSNU.


=== Estados Unidos ===
=== Estados Unidos ===

{{AP|Estados Unidos e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Estados Unidos e as armas de destruição em massa}}

[[Ficheiro:Trinity_Test_Fireball_16ms.jpg|direita|miniaturadaimagem|Estágio inicial na bola de fogo "[[Experiência Trinity|Trinity]]", a primeira explosão nuclear da história, 1945]]
[[Ficheiro:Trinity_Test_Fireball_16ms.jpg|direita|miniaturadaimagem|Estágio inicial na bola de fogo "[[Experiência Trinity|Trinity]]", a primeira explosão nuclear da história, 1945]]

Os [[Estados Unidos]] desenvolveram as primeiras armas nucleares durante a [[Segunda Guerra Mundial]] em cooperação com o [[Reino Unido]] e o [[Canadá]] como parte do [[Projeto Manhattan]], com medo de que a [[Alemanha Nazista]] as desenvolvesse primeiro (''ver: [[Projeto de energia nuclear alemão]]''). Naquele período, o [[Império do Japão]] também tencionou desenvolver armas nucleares (''ver: [[Programa japonês de armas nucleares]]'').
Os [[Estados Unidos]] desenvolveram as primeiras armas nucleares durante a [[Segunda Guerra Mundial]] em cooperação com o [[Reino Unido]] e o [[Canadá]] como parte do [[Projeto Manhattan]], com medo de que a [[Alemanha Nazista]] as desenvolvesse primeiro (''ver: [[Projeto de energia nuclear alemão]]''). Naquele período, o [[Império do Japão]] também tencionou desenvolver armas nucleares (''ver: [[Programa japonês de armas nucleares]]'').


Os EUA testaram a primeira arma nuclear em 16 de julho de 1945 ("[[Experiência Trinity|Trinity]]") às 5h30, e continua sendo o único país a ter usado armas nucleares na guerra, [[Bombardeamentos atômicos de Hiroshima e Nagasaki|devastando]] as cidades japonesas de [[Hiroshima]] e [[Nagasaki]]. As despesas do projeto até 1º de outubro de 1945 foram de 1,845 a 2 bilhões de dólares, em termos nominais,<ref>{{Harvnb|Nichols|1987|pp=34–35}}.</ref><ref name="ej19450807">{{Citar jornal|url=https://news.google.com/newspapers?id=yuVkAAAAIBAJ&pg=5621%2C2841878|titulo=Atomic Bomb Seen as Cheap at Price|data=7 de agosto de 1945|acessodata=1 de janeiro de 2012|website=Edmonton Journal|pagina=1}}</ref> aproximadamente 0,8% do PIB dos Estados Unidos em 1945 e equivalente a cerca de 29 bilhões de dólares em dinheiro em 2020.<ref>{{Citar web|url=https://westegg.com/inflation/infl.cgi?money=2&first=1945&final=2020|titulo=The Inflation Calculator|acessodata=18 de maio de 2021|website=westegg.com}}</ref>
Os EUA testaram a primeira arma nuclear em 16 de julho de 1945 ("[[Experiência Trinity|Trinity]]") às 5h30, e continua sendo o único país a ter usado armas nucleares na guerra, [[Bombardeamentos atômicos de Hiroshima e Nagasaki|devastando]] as cidades japonesas de [[Hiroshima]] e [[Nagasaki]]. As despesas do projeto até 1º de outubro de 1945 foram de 1,845 a 2 bilhões de [[dólar]]es, em termos nominais,<ref>{{Harvnb|Nichols|1987|pp=34–35}}.</ref><ref name="ej19450807">{{Citar jornal|url=https://news.google.com/newspapers?id=yuVkAAAAIBAJ&pg=5621%2C2841878|titulo=Atomic Bomb Seen as Cheap at Price|data=7 de agosto de 1945|acessodata=1 de janeiro de 2012|website=Edmonton Journal|pagina=1}}</ref> aproximadamente 0,8% do [[PIB]] dos Estados Unidos em 1945 e equivalente a cerca de 29 bilhões de dólares em dinheiro em 2020.<ref>{{Citar web|url=https://westegg.com/inflation/infl.cgi?money=2&first=1945&final=2020|titulo=The Inflation Calculator|acessodata=18 de maio de 2021|website=westegg.com}}</ref>


Foi a primeira nação a desenvolver a [[Bomba de hidrogénio|bomba de hidrogênio]], testando um protótipo experimental em 1952 ("[[Ivy Mike]]") e uma arma implantável em 1954 ("[[Castle Bravo|Castelo Bravo]]"). Ao longo da [[Guerra Fria]], continuou a modernizar e ampliar seu arsenal nuclear, mas a partir de 1992 esteve envolvido principalmente em um programa de administração de estoques.<ref>{{Citar livro|título=U.S. nuclear weapons: The secret history|ultimo=Hansen|primeiro=Chuck|editora=Aerofax|ano=1988|localização=Arlington, TX|isbn=978-0-517-56740-1}}</ref><ref>{{Citar livro|url=http://www.uscoldwar.com/|título=The Swords of Armageddon: U.S. nuclear weapons development since 1945|ultimo=Hansen|primeiro=Chuck|editora=Chukelea Publications|ano=1995|localização=Sunnyvale, CA|acessodata=20 de fevereiro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161230020259/http://www.uscoldwar.com/|arquivodata=30 de dezembro de 2016}}</ref><ref>Stephen I. Schwartz, ed., ''Atomic Audit: The Costs and Consequences of U.S. Nuclear Weapons Since 1940'' (Washington, D.C.: Brookings Institution Press, 1998).</ref><ref name="Gross">{{Citar revista|sobrenome=Gross|primeiro=Daniel A.|título=An Aging Army|url=https://www.sciencehistory.org/distillations/magazine/an-aging-army|urlmorta=live|revista=Distillations|volume=2|número=1|páginas=26–36|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180320230842/https://www.sciencehistory.org/distillations/magazine/an-aging-army|arquivodata=20 de março de 2018}}</ref> O arsenal nuclear estadunidense continha 31.175 ogivas no auge da Guerra Fria (em 1966).<ref>{{Citar web|url=http://www.defense.gov/npr/docs/10-05-03_Fact_Sheet_US_Nuclear_Transparency__FINAL_w_Date.pdf|titulo=Fact Sheet: Increasing Transparency in the U.S. Nuclear Weapons Stockpile|data=3 de maio de 2010|acessodata=31 de agosto de 2013|publicado=U.S. Department of Defense|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150811174503/http://www.defense.gov/npr/docs/10-05-03_Fact_Sheet_US_Nuclear_Transparency__FINAL_w_Date.pdf|arquivodata=11 de agosto de 2015|urlmorta=dead}}</ref> Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos construíram aproximadamente 70 mil ogivas nucleares, mais do que todos os outros Estados com armas nucleares juntos.<ref>{{Citar web|url=https://www.nrdc.org/policy-library|titulo=Policy Library|acessodata=23 de agosto de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160822130722/https://www.nrdc.org/policy-library|arquivodata=22 de agosto de 2016|urlmorta=live}}</ref><ref name="NorrisKristensenGlobal">Robert S. Norris and Hans M. Kristensen, "[https://web.archive.org/web/20081119090924/http://thebulletin.metapress.com/content/c4120650912x74k7/fulltext.pdf Global nuclear stockpiles, 1945–2006]," Bulletin of the Atomic Scientists 62, no. 4 (julho/agosto 2006), 64–66...</ref>
Foi a primeira nação a desenvolver a [[Bomba de hidrogénio|bomba de hidrogênio]], testando um [[protótipo]] experimental em 1952 ("[[Ivy Mike]]") e uma arma implantável em 1954 ("[[Castle Bravo|Castelo Bravo]]"). Ao longo da [[Guerra Fria]], continuou a modernizar e ampliar seu arsenal nuclear, mas a partir de 1992 esteve envolvido principalmente em um programa de administração de estoques.<ref>{{Citar livro|título=U.S. nuclear weapons: The secret history|ultimo=Hansen|primeiro=Chuck|editora=Aerofax|ano=1988|localização=Arlington, TX|isbn=978-0-517-56740-1}}</ref><ref>{{Citar livro|url=http://www.uscoldwar.com/|título=The Swords of Armageddon: U.S. nuclear weapons development since 1945|ultimo=Hansen|primeiro=Chuck|editora=Chukelea Publications|ano=1995|localização=Sunnyvale, CA|acessodata=20 de fevereiro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161230020259/http://www.uscoldwar.com/|arquivodata=30 de dezembro de 2016}}</ref><ref>Stephen I. Schwartz, ed., ''Atomic Audit: The Costs and Consequences of U.S. Nuclear Weapons Since 1940'' (Washington, D.C.: Brookings Institution Press, 1998).</ref><ref name="Gross">{{Citar revista|sobrenome=Gross|primeiro=Daniel A.|título=An Aging Army|url=https://www.sciencehistory.org/distillations/magazine/an-aging-army|urlmorta=live|revista=Distillations|volume=2|número=1|páginas=26–36|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180320230842/https://www.sciencehistory.org/distillations/magazine/an-aging-army|arquivodata=20 de março de 2018}}</ref> O arsenal nuclear estadunidense continha 31.175 ogivas no auge da Guerra Fria (em 1966).<ref>{{Citar web|url=http://www.defense.gov/npr/docs/10-05-03_Fact_Sheet_US_Nuclear_Transparency__FINAL_w_Date.pdf|titulo=Fact Sheet: Increasing Transparency in the U.S. Nuclear Weapons Stockpile|data=3 de maio de 2010|acessodata=31 de agosto de 2013|publicado=U.S. Department of Defense|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150811174503/http://www.defense.gov/npr/docs/10-05-03_Fact_Sheet_US_Nuclear_Transparency__FINAL_w_Date.pdf|arquivodata=11 de agosto de 2015|urlmorta=dead}}</ref> Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos construíram aproximadamente 70 mil ogivas nucleares, mais do que todos os outros Estados com armas nucleares juntos.<ref>{{Citar web|url=https://www.nrdc.org/policy-library|titulo=Policy Library|acessodata=23 de agosto de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160822130722/https://www.nrdc.org/policy-library|arquivodata=22 de agosto de 2016|urlmorta=live}}</ref><ref name="NorrisKristensenGlobal">Robert S. Norris and Hans M. Kristensen, "[https://web.archive.org/web/20081119090924/http://thebulletin.metapress.com/content/c4120650912x74k7/fulltext.pdf Global nuclear stockpiles, 1945–2006]," Bulletin of the Atomic Scientists 62, no. 4 (julho/agosto 2006), 64–66...</ref>


=== Rússia (sucessora da União Soviética) ===
=== Rússia (sucessora da União Soviética) ===

{{AP|Rússia e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Rússia e as armas de destruição em massa}}

[[Ficheiro:US_and_USSR_nuclear_stockpiles.svg|miniaturadaimagem|esquerda|Estoques de armas nucleares dos EUA e da URSS/Rússia, 1945–2014]]
[[Ficheiro:US_and_USSR_nuclear_stockpiles.svg|miniaturadaimagem|esquerda|Estoques de armas nucleares dos EUA e da URSS/Rússia, 1945–2014]]


A [[União Soviética]] testou sua primeira arma nuclear ("[[RDS-1]]") em 1949. Este projeto de colisão foi desenvolvido parcialmente com informações obtidas via [[espionagem]] durante e após a Segunda Guerra Mundial. Foi a segunda nação a desenvolver e testar uma arma nuclear. A motivação direta para o desenvolvimento das armas soviéticas foi alcançar um equilíbrio de poder durante a Guerra Fria. O país testou sua primeira bomba de hidrogênio de alcance de megatons ("[[RDS-37]]") em 1955. A União Soviética também testou o explosivo mais poderoso já detonado por humanos ("[[Tsar Bomba]]"), com um rendimento teórico de 100 megatons, intencionalmente reduzido a 50 quando detonado. Após sua dissolução em 1991, as armas soviéticas passaram oficialmente para a posse da Federação Russa.<ref>{{Citar livro|título=Stalin and the bomb: The Soviet Union and atomic energy, 1939–1956|ultimo=Holloway|primeiro=David|editora=Yale University Press|ano=1994|localização=New Haven, CT|isbn=978-0-300-06056-0}}</ref> O arsenal nuclear soviético continha cerca de 45 mil ogivas em seu auge (em 1986); a União Soviética construiu cerca de 55 mil ogivas nucleares desde 1949.<ref name="NorrisKristensenGlobal"/>
A [[União Soviética]] testou sua primeira arma nuclear ("[[RDS-1]]") em 1949. Este projeto de colisão foi desenvolvido parcialmente com informações obtidas via [[espionagem nuclear]] durante e após a Segunda Guerra Mundial (''ver: [[Julius e Ethel Rosenberg|Casal Rosenberg]]''). Foi a segunda nação a desenvolver e testar uma arma nuclear. A motivação direta para o desenvolvimento das armas soviéticas foi alcançar um [[equilíbrio de poder]] durante a Guerra Fria. O país testou sua primeira bomba de hidrogênio de alcance de megatons ("[[RDS-37]]") em 1955. A União Soviética também testou o explosivo mais poderoso já detonado por humanos ("[[Tsar Bomba]]"), com um rendimento teórico de 100 megatons, intencionalmente reduzido a 50 quando detonado. Após [[Dissolução da União Soviética|sua dissolução em 1991]], as armas soviéticas passaram oficialmente para a posse da Federação Russa.<ref>{{Citar livro|título=Stalin and the bomb: The Soviet Union and atomic energy, 1939–1956|ultimo=Holloway|primeiro=David|editora=Yale University Press|ano=1994|localização=New Haven, CT|isbn=978-0-300-06056-0}}</ref> O arsenal nuclear soviético continha cerca de 45 mil ogivas em seu auge (em 1986); a União Soviética construiu cerca de 55 mil [[Ogiva nuclear|ogivas nucleares]] desde 1949.<ref name="NorrisKristensenGlobal"/>


=== Reino Unido ===
=== Reino Unido ===

{{AP|Reino Unido e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Reino Unido e as armas de destruição em massa}}

[[Ficheiro:Trident_II_missile_image.jpg|miniaturadaimagem|upright|Um [[Trident (míssil)|míssil Trident]] lançado de um [[Submarino nuclear lançador de mísseis balísticos|submarino de mísseis balísticos]] da VanguardVanguard [[Marinha Real Britânica|da Marinha Real]]]]
[[Ficheiro:Trident_II_missile_image.jpg|miniaturadaimagem|upright|Um [[Trident (míssil)|míssil Trident]] lançado de um [[Submarino nuclear lançador de mísseis balísticos|submarino de mísseis balísticos]] da VanguardVanguard [[Marinha Real Britânica|da Marinha Real]]]]


O [[Reino Unido]] testou sua primeira arma nuclear ("[[Hurricane (teste nuclear)|Hurricane]]") em 1952. O país havia fornecido um impulso considerável e pesquisa inicial para a concepção inicial da bomba atômica, auxiliado por físicos austríacos, alemães e poloneses que trabalhavam em universidades britânicas que haviam fugido ou decidido não retornar à Alemanha Nazista ou aos territórios controlados pelos nazistas. O Reino Unido colaborou estreitamente com os Estados Unidos e o Canadá durante o [[Projeto Manhattan]], mas teve que desenvolver seu próprio método para fabricar e detonar uma bomba à medida que o sigilo estadunidense crescia depois de 1945. O Reino Unido foi o terceiro país do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Soviética, a desenvolver e testar uma arma nuclear. Seu programa foi motivado para ser um dissuasor independente contra a União Soviética, ao mesmo tempo em que mantinha seu status de [[grande potência]]. Testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1957 ([[Grapple Y|Operação Grapple]]), tornando-se o terceiro país a fazê-lo depois dos Estados Unidos e da União Soviética.<ref>{{Citar livro|título=Independence and deterrence: Britain and atomic energy, 1945–1952|ultimo=Gowing|primeiro=Margaret|editora=Macmillan|ano=1974|localização=London|isbn=978-0-333-15781-7}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Britain and the H-bomb|ultimo=Arnold|primeiro=Lorna|editora=Palgrave|ano=2001|localização=Basingstoke|isbn=978-0-312-23518-5}}</ref>
O [[Reino Unido]] testou sua primeira arma nuclear ("[[Hurricane (teste nuclear)|Hurricane]]") em 1952. O país havia fornecido um impulso considerável e pesquisa inicial para a concepção inicial da bomba atômica, auxiliado por físicos austríacos, alemães e poloneses que trabalhavam em universidades britânicas que haviam fugido ou decidido não retornar à [[Alemanha Nazista]] ou aos [[Europa ocupada pela Alemanha Nazista|territórios controlados pelos nazistas]]. O Reino Unido colaborou estreitamente com os Estados Unidos e o Canadá durante o [[Projeto Manhattan]], mas teve que desenvolver seu próprio método para fabricar e detonar uma bomba à medida que o sigilo estadunidense crescia depois de 1945. O Reino Unido foi o terceiro país do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Soviética, a desenvolver e testar uma arma nuclear. Seu programa foi motivado para ser um dissuasor independente contra a União Soviética, ao mesmo tempo em que mantinha seu status de [[grande potência]]. Testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1957 ([[Grapple Y|Operação Grapple]]), tornando-se o terceiro país a fazê-lo depois dos Estados Unidos e da União Soviética.<ref>{{Citar livro|título=Independence and deterrence: Britain and atomic energy, 1945–1952|ultimo=Gowing|primeiro=Margaret|editora=Macmillan|ano=1974|localização=London|isbn=978-0-333-15781-7}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Britain and the H-bomb|ultimo=Arnold|primeiro=Lorna|editora=Palgrave|ano=2001|localização=Basingstoke|isbn=978-0-312-23518-5}}</ref>


O Reino Unido manteve uma frota de bombardeiros [[Bombardeiro estratégico|estratégicos]] [[V bomber|V]] e [[Submarino nuclear lançador de mísseis balísticos|submarinos de mísseis balísticos (SSBNs)]] equipados com armas nucleares durante a Guerra Fria. Atualmente mantém uma frota de quatro submarinos de mísseis balísticos da classe ''Vanguard'' equipados com [[Trident (míssil)|mísseis Trident II]]. Em 2016, a Câmara dos Comuns do Reino Unido votou para renovar o sistema de armas nucleares britânico com a classe ''Dreadnought'' de submarinos, sem definir uma data para o início de serviço de uma substituição ao sistema atual.
O Reino Unido manteve uma frota de bombardeiros [[Bombardeiro estratégico|estratégicos]] [[V bomber|V]] e [[Submarino nuclear lançador de mísseis balísticos|submarinos de mísseis balísticos (SSBNs)]] equipados com armas nucleares durante a Guerra Fria. Atualmente mantém uma frota de quatro submarinos de mísseis balísticos da classe ''Vanguard'' equipados com [[Trident (míssil)|mísseis Trident II]]. Em 2016, a [[Câmara dos Comuns do Reino Unido]] votou para renovar o sistema de armas nucleares britânico com a classe ''Dreadnought'' de submarinos, sem definir uma data para o início de serviço de uma substituição ao sistema atual.


=== França ===
=== França ===

{{AP|França e as armas de destruição em massa}}
{{AP|França e as armas de destruição em massa}}
[[Ficheiro:USS_Enterprise_FS_Charles_de_Gaulle.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|O [[porta-aviões]] de propulsão nuclear francês ''[[Charles de Gaulle (R91)|Charles de Gaulle]]'' (à direita) e o porta-aviões estadunidense de propulsão nuclear [[USS Enterprise (CVN-65)|USS ''Enterprise'']] (à esquerda), cada um dos quais transporta aviões de [[Aeronave militar|guerra]] com capacidade nuclear]]


[[Ficheiro:USS_Enterprise_FS_Charles_de_Gaulle.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|O [[porta-aviões]] de [[propulsão nuclear]] francês ''[[Charles de Gaulle (R91)|Charles de Gaulle]]'' (à direita) e o porta-aviões estadunidense de propulsão nuclear [[USS Enterprise (CVN-65)|USS ''Enterprise'']] (à esquerda), cada um dos quais transporta aviões de [[Aeronave militar|guerra]] com capacidade nuclear]]
A [[França]] testou sua primeira arma nuclear em 1960 ("[[Gerboise Bleue]]"), baseada principalmente em sua própria pesquisa. Foi motivado pela tensão diplomática da [[Crise de Suez]] em relação à União Soviética e seus aliados, os Estados Unidos e o Reino Unido. Também foi relevante para manter o status de grande potência, ao lado do Reino Unido, durante a Guerra Fria pós-colonial. A França testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1968 ("[[Canopus (teste nuclear)|Operação Canopus]]"). Após a Guerra Fria, a França desarmou 175 ogivas com a redução e modernização de seu arsenal que agora evoluiu para um sistema duplo baseado em [[Míssil balístico lançado de submarino|mísseis balísticos lançados por submarinos]] (SLBMs) e mísseis ar-superfície de médio alcance (bombardeiros [[Dassault Rafale|Rafale]]). No entanto, novas armas nucleares estão em desenvolvimento e esquadrões nucleares reformados foram treinados durante as operações [[Operação Liberdade Duradoura|Liberdade Duradoura]] no Afeganistão. 


A França aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1992.<ref name="NPTsignatories">[http://disarmament.un.org/treaties/t/npt?OpenView Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20141217025852/http://disarmament.un.org/treaties/t/npt?OpenView|date=17 de dezembro der 2014}}, United Nations Office for Disarmament Affairs.</ref> Em janeiro de 2006, o presidente [[Jacques Chirac]] declarou que um ato terrorista ou o uso de [[Arma de destruição em massa|armas de destruição em massa]] contra a França resultaria em um contra-ataque nuclear.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4627862.stm France 'would use nuclear arms'] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20061219022622/http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4627862.stm|date=19 de dezembro de 2006}} (BBC, janeiro de 2006)</ref> Em fevereiro de 2015, o presidente [[François Hollande]] enfatizou a necessidade de uma dissuasão nuclear em "um mundo perigoso". Ele também detalhou o impedimento francês como "menos de 300" ogivas nucleares, três conjuntos de 16 mísseis balísticos lançados por submarinos e 54 mísseis ar-terra de médio alcance e instou outros Estados a mostrar transparência semelhante.<ref>{{Citar web|url=http://www.spacedaily.com/reports/Nuclear_deterrent_important_in_dangerous_world_says_Hollande_999.html|titulo=Nuclear deterrent important in 'dangerous world', says Hollande|acessodata=20 de fevereiro de 2016|website=spacedaily.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304194041/http://www.spacedaily.com/reports/Nuclear_deterrent_important_in_dangerous_world_says_Hollande_999.html|arquivodata=4 de março de 2016|urlmorta=live}}</ref>
A [[França]] testou sua primeira arma nuclear em 1960 ("[[Gerboise Bleue]]"), baseada principalmente em sua própria pesquisa. Foi motivado pela tensão diplomática da [[Crise de Suez]] em relação à União Soviética e seus aliados, os Estados Unidos e o Reino Unido. Também foi relevante para manter o status de [[grande potência]], ao lado do Reino Unido, durante a Guerra Fria pós-colonial. A França testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1968 ("[[Canopus (teste nuclear)|Operação Canopus]]"). Após a Guerra Fria, a França desarmou 175 ogivas com a redução e modernização de seu arsenal que agora evoluiu para um sistema duplo baseado em [[Míssil balístico lançado de submarino|mísseis balísticos lançados por submarinos]] (SLBMs) e mísseis ar-superfície de médio alcance (bombardeiros [[Dassault Rafale|Rafale]]). No entanto, novas armas nucleares estão em desenvolvimento e esquadrões nucleares reformados foram treinados durante as operações [[Operação Liberdade Duradoura|Liberdade Duradoura]] no Afeganistão.
A França aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 1992.<ref name="NPTsignatories">[http://disarmament.un.org/treaties/t/npt?OpenView Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20141217025852/http://disarmament.un.org/treaties/t/npt?OpenView|date=17 de dezembro der 2014}}, United Nations Office for Disarmament Affairs.</ref> Em janeiro de 2006, o presidente [[Jacques Chirac]] declarou que um ato terrorista ou o uso de [[Arma de destruição em massa|armas de destruição em massa]] contra a França resultaria em um contra-ataque nuclear.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4627862.stm France 'would use nuclear arms'] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20061219022622/http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4627862.stm|date=19 de dezembro de 2006}} (BBC, janeiro de 2006)</ref> Em fevereiro de 2015, o presidente [[François Hollande]] enfatizou a necessidade de uma [[dissuasão nuclear]] em "um mundo perigoso". Ele também detalhou o impedimento francês como "menos de 300" ogivas nucleares, três conjuntos de 16 mísseis balísticos lançados por submarinos e 54 [[Míssil ar-terra|mísseis ar-terra]] de médio alcance e instou outros Estados a mostrar transparência semelhante.<ref>{{Citar web|url=http://www.spacedaily.com/reports/Nuclear_deterrent_important_in_dangerous_world_says_Hollande_999.html|titulo=Nuclear deterrent important in 'dangerous world', says Hollande|acessodata=20 de fevereiro de 2016|website=spacedaily.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304194041/http://www.spacedaily.com/reports/Nuclear_deterrent_important_in_dangerous_world_says_Hollande_999.html|arquivodata=4 de março de 2016|urlmorta=live}}</ref>


=== China ===
=== China ===

{{AP|China e as armas de destruição em massa}}
{{AP|China e as armas de destruição em massa}}
[[Ficheiro:1965-01_1964年_首次原子弹爆炸2.jpg|miniaturadaimagem|Nuvem de cogumelo do primeiro teste nuclear da China, o [[596 (teste nuclear)|Projeto 596]]]]


[[Ficheiro:1965-01_1964年_首次原子弹爆炸2.jpg|miniaturadaimagem|[[Nuvem de cogumelo]] do primeiro teste nuclear da China, o [[596 (teste nuclear)|Projeto 596]]]]
A China testou seu primeiro dispositivo de arma nuclear ("[[596 (teste nuclear)|596]]") em 1964 no local de teste de [[Lop Nor|Lop Nur]]. A arma foi desenvolvida como um impedimento contra os Estados Unidos e a União Soviética. Dois anos depois, a China tinha uma [[bomba de fissão]] capaz de ser colocada em um míssil nuclear. Testou sua primeira [[bomba de hidrogênio]] ("[[Teste nº 6|Teste No. 6]]") em 1967, 32 meses depois de testar sua primeira arma nuclear (o desenvolvimento de fissão-fusão mais curto conhecido na história).<ref>John Wilson Lewis and Xue Litai, ''China Builds the Bomb'' (Stanford, Calif.: Stanford University Press, 1988). {{ISBN|0-8047-1452-5}}</ref> A China é o único Estado de armas nucleares do TNP a dar uma garantia de segurança negativa não qualificada com sua política de "não primeiro uso".<ref>{{Citar web|url=http://nuclearthreatinitiative.org/db/china/nfuorg.htm|titulo=No-First-Use (NFU)|website=Nuclear Threat Initiative|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100125101108/http://nuclearthreatinitiative.org/db/china/nfuorg.htm|arquivodata=25 de janeiro de 2010}}</ref><ref name="S/1995/265">{{Citar periódico |url=http://www.undemocracy.com/ |titulo=Statement on security assurances issued on 5 April 1995 by the People's Republic of China |data=6 de abril de 1995 |acessodata=20 de setembro de 2012 |publicado=United Nations |id=S/1995/265 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070824160751/http://www.undemocracy.com/ |arquivodata=24 de agosto de 2007}}</ref> A China aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1992.<ref name="NPTsignatories"/> Em 2016, a China colocou SLBMs a bordo de seus submarinos [[JL-2]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Chinese nuclear forces, 2019 |data=4 de julho de 2019 |número=4 |ultimo=Kristensen |primeiro=Hans M. |ultimo2=Korda |primeiro2=Matt |paginas=171–178 |lingua=en |bibcode=2019BuAtS..75d.171K |doi=10.1080/00963402.2019.1628511 |issn=0096-3402 |volume=75 |doi-access=free |journal=Bulletin of the Atomic Scientists}}</ref> Em maio de 2021, a China tinha um estoque total estimado de 350 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.jpost.com/international/sipri-number-of-fatalities-caused-by-armed-conflict-falls-in-2020-670945/amp|titulo=SIPRI: Number of fatalities caused by armed conflict falls in 2020|acessodata=14 de junho de 2021|publicado=The Jerusalem Post}}</ref>

A China testou seu primeiro dispositivo de arma nuclear ("[[596 (teste nuclear)|596]]") em 1964 no local de teste de [[Lop Nor|Lop Nur]]. A arma foi desenvolvida como um impedimento contra os Estados Unidos e a União Soviética. Dois anos depois, a China tinha uma [[bomba de fissão]] capaz de ser colocada em um míssil nuclear. Testou sua primeira [[bomba de hidrogênio]] ("[[Teste nº 6|Teste No. 6]]") em 1967, 32 meses depois de testar sua primeira arma nuclear (o desenvolvimento de fissão-fusão mais curto conhecido na história).<ref>John Wilson Lewis and Xue Litai, ''China Builds the Bomb'' (Stanford, Calif.: Stanford University Press, 1988). {{ISBN|0-8047-1452-5}}</ref> A China é o único Estado de armas nucleares do TNP a dar uma garantia de segurança negativa não qualificada com sua política de "não primeiro uso".<ref>{{Citar web|url=http://nuclearthreatinitiative.org/db/china/nfuorg.htm|titulo=No-First-Use (NFU)|website=Nuclear Threat Initiative|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100125101108/http://nuclearthreatinitiative.org/db/china/nfuorg.htm|arquivodata=25 de janeiro de 2010}}</ref><ref name="S/1995/265">{{Citar periódico |url=http://www.undemocracy.com/ |titulo=Statement on security assurances issued on 5 April 1995 by the People's Republic of China |data=6 de abril de 1995 |acessodata=20 de setembro de 2012 |publicado=United Nations |id=S/1995/265 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070824160751/http://www.undemocracy.com/ |arquivodata=24 de agosto de 2007}}</ref> A China aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1992.<ref name="NPTsignatories"/> Em 2016, a China colocou [[SLBM]]s a bordo de seus submarinos [[JL-2]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Chinese nuclear forces, 2019 |data=4 de julho de 2019 |número=4 |ultimo=Kristensen |primeiro=Hans M. |ultimo2=Korda |primeiro2=Matt |paginas=171–178 |lingua=en |bibcode=2019BuAtS..75d.171K |doi=10.1080/00963402.2019.1628511 |issn=0096-3402 |volume=75 |doi-access=free |journal=Bulletin of the Atomic Scientists}}</ref> Em maio de 2021, a China tinha um estoque total estimado de 350 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.jpost.com/international/sipri-number-of-fatalities-caused-by-armed-conflict-falls-in-2020-670945/amp|titulo=SIPRI: Number of fatalities caused by armed conflict falls in 2020|acessodata=14 de junho de 2021|publicado=The Jerusalem Post}}</ref>


== Estados que declararam posse de armas nucleares ==
== Estados que declararam posse de armas nucleares ==

=== Índia ===
=== Índia ===

{{AP|Índia e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Índia e as armas de destruição em massa}}

A [[Índia]] não é parte do [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares|Tratado de Não Proliferação Nuclear]] e adotou a política de "não primeiro uso nuclear" em 1998. O país testou o que é chamado de "explosivo nuclear pacífico" em 1974 (que ficou conhecido como "[[Smiling Buddha|Buda Sorridente]]"). O teste foi o primeiro teste desenvolvido após a criação do TNP e criou novas questões sobre como a tecnologia nuclear civil poderia ser desviada secretamente para fins de armas ([[Tecnologia de dupla utilização|tecnologia de uso duplo]]). O desenvolvimento secreto da Índia causou grande preocupação e raiva, particularmente das nações que forneceram [[Reator CIRUS|seus reatores nucleares]] para necessidades pacíficas e geradoras de energia, como o Canadá.<ref>{{Citar web|url=https://www.ctbto.org/specials/testing-times/18-may-1974-smiling-buddah|titulo=18 MAY 1974 – SMILING BUDDAH|acessodata=24 de janeiro de 2018|website=CTBTO}}</ref>
A [[Índia]] não é parte do [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares|Tratado de Não Proliferação Nuclear]] e adotou a política de "não primeiro uso nuclear" em 1998. O país testou o que é chamado de "explosivo nuclear pacífico" em 1974, que ficou conhecido como ''Smiling Buddha'' ("[[Smiling Buddha|Buda Sorridente]]"). O teste foi o primeiro teste desenvolvido após a criação do TNP e criou novas questões sobre como a tecnologia nuclear civil poderia ser desviada secretamente para fins de armas ([[Tecnologia de dupla utilização|tecnologia de uso duplo]]). O desenvolvimento secreto da Índia causou grande preocupação e raiva, particularmente das nações que forneceram [[Reator CIRUS|seus reatores nucleares]] para necessidades pacíficas e geradoras de energia, como o Canadá.<ref>{{Citar web|url=https://www.ctbto.org/specials/testing-times/18-may-1974-smiling-buddah|titulo=18 MAY 1974 – SMILING BUDDAH|acessodata=24 de janeiro de 2018|website=CTBTO}}</ref>
[[Imagem:Agni-V_missile_during_rehearsal_of_Republic_Day_Parade_2013.jpg|thumb|esquerda|Míssil indiano [[Agni-V]] em uma [[parada militar]]]]
[[Imagem:Agni-V_missile_during_rehearsal_of_Republic_Day_Parade_2013.jpg|thumb|esquerda|Míssil indiano [[Agni-V]] em uma [[parada militar]]]]


Autoridades indianas rejeitaram o TNP na década de 1960, alegando que ele criava um mundo de "possuidores" e "desprovidos" de armas nucleares, argumentando que restringia desnecessariamente a "atividade pacífica" (incluindo "explosivos nucleares pacíficos") e que a Índia não permitira o controle internacional de suas instalações nucleares, a menos que todos os outros países se engajem no desarmamento unilateral de suas próprias armas nucleares. A posição indiana também afirmou que o TNP é, em muitos aspectos, um regime neocolonial projetado para negar segurança às potências pós-coloniais.<ref>George Perkovich, ''India's Nuclear Bomb: The Impact on Global Proliferation'' (Berkeley: University of California Press, 1999), 120–121, and 7.</ref> Mesmo após o teste de 1974, a Índia sustentou que sua capacidade nuclear era principalmente "pacífica", mas entre 1988 e 1990 aparentemente armamentou duas dúzias de armas nucleares para lançamento por via aérea.<ref>George Perkovich, ''India's Nuclear Bomb: The Impact on Global Proliferation'' (Berkeley: University of California Press, 1999), 293–297.</ref> Em 1998, a Índia testou ogivas nucleares armadas ("Operação Shakti"), incluindo um [[Bomba de hidrogénio|dispositivo termonuclear]].<ref>{{Citar web|url=http://nuclearweaponarchive.org/India/IndiaShakti.html|titulo=India's Nuclear Weapons Program: Operation Shakti|acessodata=10 de outubro de 2006|ano=1998|arquivourl=https://web.archive.org/web/20061003235010/http://nuclearweaponarchive.org/India/IndiaShakti.html|arquivodata=3 de outubro de 2006|urlmorta=live}}</ref>
Autoridades indianas rejeitaram o TNP na década de 1960, alegando que ele criava um mundo de "possuidores" e "desprovidos" de armas nucleares, argumentando que restringia desnecessariamente a "atividade pacífica" (incluindo "explosivos nucleares pacíficos") e que a Índia não permitira o controle internacional de suas instalações nucleares, a menos que todos os outros países se engajem no desarmamento unilateral de suas próprias armas nucleares. A posição indiana também afirmou que o TNP é, em muitos aspectos, um regime [[neocolonial]] projetado para negar segurança às potências pós-coloniais.<ref>George Perkovich, ''India's Nuclear Bomb: The Impact on Global Proliferation'' (Berkeley: University of California Press, 1999), 120–121, and 7.</ref> Mesmo após o teste de 1974, a Índia sustentou que sua capacidade nuclear era principalmente "pacífica", mas entre 1988 e 1990 aparentemente armamentou duas dúzias de armas nucleares para lançamento por via aérea.<ref>George Perkovich, ''India's Nuclear Bomb: The Impact on Global Proliferation'' (Berkeley: University of California Press, 1999), 293–297.</ref> Em 1998, a Índia testou ogivas nucleares armadas [[Pokhran-II]] ("Operação Shakti"), incluindo um [[Bomba de hidrogénio|dispositivo termonuclear]].<ref>{{Citar web|url=http://nuclearweaponarchive.org/India/IndiaShakti.html|titulo=India's Nuclear Weapons Program: Operation Shakti|acessodata=10 de outubro de 2006|ano=1998|arquivourl=https://web.archive.org/web/20061003235010/http://nuclearweaponarchive.org/India/IndiaShakti.html|arquivodata=3 de outubro de 2006|urlmorta=live}}</ref>


Em julho de 2005, o presidente estadunidense [[George W. Bush]] e o primeiro-ministro indiano [[Manmohan Singh]] anunciaram planos para concluir um [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|acordo nuclear civil indo-americano]].<ref>{{Citar web|url=https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2005/07/20050718-6.html|titulo=Joint Statement Between President George W. Bush and Prime Minister Manmohan Singh|acessodata=15 de maio de 2009|website=[[Casa Branca|whitehouse.gov]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091227004630/http://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2005/07/20050718-6.html|arquivodata=27 de dezembro de 2009|urlmorta=live|via=National Archives}}</ref> Isso se concretizou por meio de uma série de etapas que incluíram o plano anunciado da Índia para separar seus programas nucleares civis e militares em março de 2006,<ref>{{Citar web|url=http://www.indianembassy.org/newsite/press_release/2006/Mar/sepplan.pdf|titulo=Implementation of the India-United States Joint Statement of July 18, 2005: India's Separation Plan|data=3 de setembro de 2006|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060903091254/http://www.indianembassy.org/newsite/press_release/2006/Mar/sepplan.pdf|arquivodata=3 de setembro de 2006|urlmorta=dead}}</ref> a aprovação do [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|Acordo Nuclear Civil Índia-Estados Unidos]] pelo [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso dos EUA]] em dezembro de 2006, a conclusão de um acordo de cooperação nuclear EUA-Índia em julho de 2007,<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/r/pa/prs/ps/2007/89552.htm|titulo=U.S.- India Civil Nuclear Cooperation Initiative – Bilateral Agreement on Peaceful Nuclear Cooperation|data=27 de julho de 2007|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117140302/https://2001-2009.state.gov/r/pa/prs/ps/2007/89552.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> a aprovação pela [[Agência Internacional de Energia Atómica|AIEA]] de um acordo de salvaguardas específico da Índia,<ref>{{Citar web|url=http://www.iaea.org/NewsCenter/News/2008/board010808.html|titulo=IAEA Board Approves India-Safeguards Agreement|data=31 de julho de 2008|acessodata=15 de maio de 2009|website=Iaea.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090505234507/http://iaea.org/NewsCenter/News/2008/board010808.html|arquivodata=5 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> um acordo pelo [[Grupo de Fornecedores Nucleares]] para uma isenção de restrições de exportação para a Índia,<ref>{{Citar web|url=http://www.carnegieendowment.org/files/Final_NSG_Statement_India_20080906.pdf|titulo=Statement on Civil Nuclear Cooperation with India|acessodata=18 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081019090645/https://www.carnegieendowment.org/files/Final_NSG_Statement_India_20080906.pdf|arquivodata=19 de outubro de 2008|urlmorta=live}}</ref> a aprovação pelo Congresso dos EUA<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110554.htm|titulo=Congressional Approval of the U.S.-India Agreement for Cooperation Concerning Peaceful Uses of Nuclear Energy (123 Agreement)|data=2 de outubro de 2008|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117032516/https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110554.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> e, por fim, a assinatura do acordo EUA-Índia para cooperação nuclear civil<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110916.htm|titulo=Secretary of State Condoleezza Rice and Indian Minister of External Affairs Pranab Mukherjee At the Signing of the U.S.-India Civilian Nuclear Cooperation Agreement|data=10 de outubro de 2008|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117032418/https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110916.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> em outubro de 2008. O [[Departamento de Estado dos Estados Unidos|Departamento de Estado dos EUA]] disse que deixou "muito claro que não reconheceria a Índia como um Estado com armas nucleares".<ref>[http://www.armscontrol.org/interviews/20060518_Joseph Interview With Undersecretary of State for Arms Control and International Security Robert Joseph] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20081023081854/http://www.armscontrol.org/interviews/20060518_Joseph|date=23 de outubro de 2008}}, ''Arms Control Today'', maio de 2006.</ref> Os Estados Unidos estão vinculados ao [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|Hyde Act]] com a Índia e podem cessar toda a cooperação se a Índia detonar um dispositivo explosivo nuclear. Os EUA disseram ainda que não é sua intenção ajudar a Índia no projeto, construção ou operação de tecnologias nucleares sensíveis por meio da transferência de itens de dupla utilização.<ref>[http://www.indianexpress.com/story/356926.html Was India misled by America on nuclear deal?] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20080910011419/http://www.indianexpress.com/story/356926.html|date=10 de setembro de 2008}}, ''Indian Express''.</ref> Ao estabelecer uma isenção para a Índia, o Grupo de Fornecedores Nucleares reservou-se o direito de consultar quaisquer questões futuras que possam incomodá-lo.<ref>{{Citar web|url=http://www.armscontrol.org/system/files/20080906_Final_NSG_Statement.pdf|titulo=ACA: Final NSG Statement|acessodata=18 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101120200023/http://www.armscontrol.org/system/files/20080906_Final_NSG_Statement.pdf|arquivodata=20 de novembro de 2010|urlmorta=live}}</ref> Em maio de 2021, estimava-se que a Índia tinha um estoque de cerca de 160 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.jpost.com/international/sipri-number-of-fatalities-caused-by-armed-conflict-falls-in-2020-670945/amp|titulo=SIPRI: Number of fatalities caused by armed conflict falls in 2020|acessodata=14 de junho de 2021|publicado=The Jerusalem Post}}</ref>
Em julho de 2005, o presidente estadunidense [[George W. Bush]] e o primeiro-ministro indiano [[Manmohan Singh]] anunciaram planos para concluir um [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|acordo nuclear civil indo-americano]].<ref>{{Citar web|url=https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2005/07/20050718-6.html|titulo=Joint Statement Between President George W. Bush and Prime Minister Manmohan Singh|acessodata=15 de maio de 2009|website=[[Casa Branca|whitehouse.gov]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091227004630/http://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2005/07/20050718-6.html|arquivodata=27 de dezembro de 2009|urlmorta=live|via=National Archives}}</ref> Isso se concretizou por meio de uma série de etapas que incluíram o plano anunciado da Índia para separar seus programas nucleares civis e militares em março de 2006,<ref>{{Citar web|url=http://www.indianembassy.org/newsite/press_release/2006/Mar/sepplan.pdf|titulo=Implementation of the India-United States Joint Statement of July 18, 2005: India's Separation Plan|data=3 de setembro de 2006|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060903091254/http://www.indianembassy.org/newsite/press_release/2006/Mar/sepplan.pdf|arquivodata=3 de setembro de 2006|urlmorta=dead}}</ref> a aprovação do [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|Acordo Nuclear Civil Índia-Estados Unidos]] pelo [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso dos EUA]] em dezembro de 2006, a conclusão de um acordo de cooperação nuclear EUA-Índia em julho de 2007,<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/r/pa/prs/ps/2007/89552.htm|titulo=U.S.- India Civil Nuclear Cooperation Initiative – Bilateral Agreement on Peaceful Nuclear Cooperation|data=27 de julho de 2007|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117140302/https://2001-2009.state.gov/r/pa/prs/ps/2007/89552.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> a aprovação pela [[Agência Internacional de Energia Atómica|AIEA]] de um acordo de salvaguardas específico da Índia,<ref>{{Citar web|url=http://www.iaea.org/NewsCenter/News/2008/board010808.html|titulo=IAEA Board Approves India-Safeguards Agreement|data=31 de julho de 2008|acessodata=15 de maio de 2009|website=Iaea.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090505234507/http://iaea.org/NewsCenter/News/2008/board010808.html|arquivodata=5 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> um acordo pelo [[Grupo de Fornecedores Nucleares]] para uma isenção de restrições de exportação para a Índia,<ref>{{Citar web|url=http://www.carnegieendowment.org/files/Final_NSG_Statement_India_20080906.pdf|titulo=Statement on Civil Nuclear Cooperation with India|acessodata=18 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081019090645/https://www.carnegieendowment.org/files/Final_NSG_Statement_India_20080906.pdf|arquivodata=19 de outubro de 2008|urlmorta=live}}</ref> a aprovação pelo Congresso dos EUA<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110554.htm|titulo=Congressional Approval of the U.S.-India Agreement for Cooperation Concerning Peaceful Uses of Nuclear Energy (123 Agreement)|data=2 de outubro de 2008|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117032516/https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110554.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> e, por fim, a assinatura do acordo EUA-Índia para cooperação nuclear civil<ref>{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110916.htm|titulo=Secretary of State Condoleezza Rice and Indian Minister of External Affairs Pranab Mukherjee At the Signing of the U.S.-India Civilian Nuclear Cooperation Agreement|data=10 de outubro de 2008|acessodata=22 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117032418/https://2001-2009.state.gov/secretary/rm/2008/10/110916.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> em outubro de 2008. O [[Departamento de Estado dos Estados Unidos|Departamento de Estado dos EUA]] disse que deixou "muito claro que não reconheceria a Índia como um Estado com armas nucleares".<ref>[http://www.armscontrol.org/interviews/20060518_Joseph Interview With Undersecretary of State for Arms Control and International Security Robert Joseph] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20081023081854/http://www.armscontrol.org/interviews/20060518_Joseph|date=23 de outubro de 2008}}, ''Arms Control Today'', maio de 2006.</ref> Os Estados Unidos estão vinculados ao [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|Hyde Act]] com a Índia e podem cessar toda a cooperação se a Índia detonar um dispositivo explosivo nuclear. Os EUA disseram ainda que não é sua intenção ajudar a Índia no projeto, construção ou operação de tecnologias nucleares sensíveis por meio da transferência de itens de dupla utilização.<ref>[http://www.indianexpress.com/story/356926.html Was India misled by America on nuclear deal?] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20080910011419/http://www.indianexpress.com/story/356926.html|date=10 de setembro de 2008}}, ''Indian Express''.</ref> Ao estabelecer uma isenção para a Índia, o Grupo de Fornecedores Nucleares reservou-se o direito de consultar quaisquer questões futuras que possam incomodá-lo.<ref>{{Citar web|url=http://www.armscontrol.org/system/files/20080906_Final_NSG_Statement.pdf|titulo=ACA: Final NSG Statement|acessodata=18 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101120200023/http://www.armscontrol.org/system/files/20080906_Final_NSG_Statement.pdf|arquivodata=20 de novembro de 2010|urlmorta=live}}</ref> Em maio de 2021, estimava-se que a Índia tinha um estoque de cerca de 160 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.jpost.com/international/sipri-number-of-fatalities-caused-by-armed-conflict-falls-in-2020-670945/amp|titulo=SIPRI: Number of fatalities caused by armed conflict falls in 2020|acessodata=14 de junho de 2021|publicado=The Jerusalem Post}}</ref>


=== Paquistão ===
=== Paquistão ===

{{AP|Paquistão e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Paquistão e as armas de destruição em massa}}

[[Imagem:IRBM_of_Pakistan_at_IDEAS_2008.jpg|thumb|Mísseis paquistaneses em uma exposição militar em [[Karachi]]]]
[[Imagem:IRBM_of_Pakistan_at_IDEAS_2008.jpg|thumb|Mísseis paquistaneses em uma exposição militar em [[Karachi]]]]


O [[Paquistão]] também não é parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear e desenvolveu armas nucleares secretamente ao longo de décadas, começando no final dos anos 1970. O Paquistão mergulhou pela primeira vez na [[energia nuclear]] após o estabelecimento de sua primeira [[usina nuclear]] perto de [[Carachi|Karachi]] com equipamentos e materiais fornecidos principalmente por nações ocidentais no início da década de 1970. O presidente paquistanês [[Zulfikar Ali Bhutto|Zulfiqar Ali Bhutto]] prometeu em 1971 que, se a Índia pudesse construir armas nucleares, o Paquistão também o faria, segundo ele: "Vamos desenvolver estoques nucleares, mesmo que tenhamos que comer grama".<ref>{{Citar web|ultimo=Sublettle|primeiro=Carey|url=http://www.nuclearweaponarchive.org/Pakistan/PakOrigin.html|titulo=Historical Background: Zulfikar Ali Bhutto|data=15 de outubro de 1965|acessodata=19 de agosto de 2018|website=Nuclear weapons archives|publicado=Federation of American Scientists (FAS)|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131216222126/http://www.nuclearweaponarchive.org/Pakistan/PakOrigin.html|arquivodata=16 de dezembro de 2013|urlmorta=live}}</ref>
O [[Paquistão]] também não é parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear e desenvolveu armas nucleares secretamente ao longo de décadas, começando no final dos anos 1970. O Paquistão mergulhou pela primeira vez na [[energia nuclear]] após o estabelecimento de sua primeira [[usina nuclear]] perto de [[Carachi|Karachi]] com equipamentos e materiais fornecidos principalmente por nações ocidentais no início da década de 1970. O presidente paquistanês [[Zulfikar Ali Bhutto|Zulfiqar Ali Bhutto]] prometeu em 1971 que, se a Índia pudesse construir armas nucleares, o Paquistão também o faria, segundo ele: "Vamos desenvolver estoques nucleares, mesmo que tenhamos que comer grama".<ref>{{Citar web|ultimo=Sublettle|primeiro=Carey|url=http://www.nuclearweaponarchive.org/Pakistan/PakOrigin.html|titulo=Historical Background: Zulfikar Ali Bhutto|data=15 de outubro de 1965|acessodata=19 de agosto de 2018|website=Nuclear weapons archives|publicado=Federation of American Scientists (FAS)|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131216222126/http://www.nuclearweaponarchive.org/Pakistan/PakOrigin.html|arquivodata=16 de dezembro de 2013|urlmorta=live}}</ref>


Acredita-se que o Paquistão possui armas nucleares desde meados da década de 1980.<ref>[http://www.nti.org/country-profiles/pakistan/ NTI Pakistan Profile] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120416084022/http://www.nti.org/country-profiles/pakistan/|date=16 de abril de 2012}}, acessado em 22 de abril de 2012.</ref> Os Estados Unidos continuaram a certificar que o Paquistão não possuía tais armas até 1990, quando as sanções foram impostas sob a Emenda Pressler, exigindo um corte da assistência econômica e militar dos EUA ao Paquistão.<ref>{{Citar web|url=http://www.iie.com/research/topics/sanctions/pakistan.cfm|titulo=Case Studies in Sanctions and Terrorism: Pakistan|acessodata=15 de maio de 2009|publicado=Iie.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090512121259/http://www.iie.com/research/topics/sanctions/pakistan.cfm|arquivodata=12 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> Em 1998, o Paquistão realizou seus primeiros seis testes nucleares em Ras Koh Hills em resposta aos cinco testes realizados pela Índia algumas semanas antes.
Acredita-se que o Paquistão possui armas nucleares desde meados da década de 1980.<ref>[http://www.nti.org/country-profiles/pakistan/ NTI Pakistan Profile] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120416084022/http://www.nti.org/country-profiles/pakistan/|date=16 de abril de 2012}}, acessado em 22 de abril de 2012.</ref> Os Estados Unidos continuaram a certificar que o Paquistão não possuía tais armas até 1990, quando as sanções foram impostas sob a Emenda Pressler, exigindo um corte da assistência econômica e militar dos EUA ao Paquistão.<ref>{{Citar web|url=http://www.iie.com/research/topics/sanctions/pakistan.cfm|titulo=Case Studies in Sanctions and Terrorism: Pakistan|acessodata=15 de maio de 2009|publicado=Iie.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090512121259/http://www.iie.com/research/topics/sanctions/pakistan.cfm|arquivodata=12 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> Em 1998, o Paquistão realizou seus primeiros seis testes nucleares ([[Chagai-I]]),<ref name="Atomic Heritage Foundation"/> em Ras Koh Hills em resposta aos cinco testes realizados pela Índia algumas semanas antes.


Em 2004, o metalúrgico paquistanês [[Abdul Qadir Khan|Abdul Qadeer Khan]], uma figura chave no programa de armas nucleares do Paquistão, confessou estar à frente de uma rede internacional de [[mercado negro]] envolvida na venda de tecnologia de armas nucleares. Em particular, Khan estava vendendo tecnologia de centrifugação a gás para a [[Coreia do Norte]], [[Irã]] e [[Líbia]]. Khan negou a cumplicidade do governo ou do exército paquistanês, mas isso foi questionado por jornalistas e funcionários da AIEA e mais tarde foi desmentido por declarações do próprio Khan.<ref>See [[A.Q. Khan#Investigation, dismissal, confession, pardon and aftermath|A.Q. Khan: Investigation, dismissal, confession, pardon and aftermath]], for citations and details.</ref>
Em 2004, o metalúrgico paquistanês [[Abdul Qadir Khan|Abdul Qadeer Khan]], uma figura chave no programa de armas nucleares do Paquistão, confessou estar à frente de uma rede internacional de [[mercado negro]] envolvida na venda de tecnologia de armas nucleares. Em particular, Khan estava vendendo tecnologia de centrifugação a gás para a [[Coreia do Norte]], [[Irã]] e [[Líbia]]. Khan negou a cumplicidade do governo ou do [[exército paquistanês]], mas isso foi questionado por jornalistas e funcionários da AIEA e mais tarde foi desmentido por declarações do próprio Khan.<ref>See [[A.Q. Khan#Investigation, dismissal, confession, pardon and aftermath|A.Q. Khan: Investigation, dismissal, confession, pardon and aftermath]], for citations and details.</ref>


No início de 2013, estimava-se que o Paquistão tinha um estoque de cerca de 140 ogivas<ref name="NucDec2017">{{Citar web|url=https://fas.org/issues/nuclear-weapons/status-world-nuclear-forces/|titulo=Status of World Nuclear Forces|acessodata=24 de janeiro de 2018|website=Federation of American Scientists|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180124145358/https://fas.org/issues/nuclear-weapons/status-world-nuclear-forces/|arquivodata=24 de janeiro de 2018}}</ref> e em novembro de 2014 foi projetado que até 2020 o Paquistão teria material físsil suficiente para 200 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=http://timesofindia.indiatimes.com/world/pakistan/Pakistan-to-have-200-nuclear-weapons-by-2020-US-think-tank/articleshow/45250170.cms|titulo=Pakistan to Have 200 Nuke Weapons by 2020: US Think Tank|data=novembro de 2014|acessodata=28 de novembro de 2014|website=The Times of india|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141127141607/http://timesofindia.indiatimes.com/world/pakistan/Pakistan-to-have-200-nuclear-weapons-by-2020-US-think-tank/articleshow/45250170.cms|arquivodata=27 de novembro de 2014|urlmorta=live}}</ref>
No início de 2013, estimava-se que o Paquistão tinha um estoque de cerca de 140 ogivas<ref name="NucDec2017">{{Citar web|url=https://fas.org/issues/nuclear-weapons/status-world-nuclear-forces/|titulo=Status of World Nuclear Forces|acessodata=24 de janeiro de 2018|website=Federation of American Scientists|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180124145358/https://fas.org/issues/nuclear-weapons/status-world-nuclear-forces/|arquivodata=24 de janeiro de 2018}}</ref> e em novembro de 2014 foi projetado que até 2020 o Paquistão teria material físsil suficiente para 200 ogivas.<ref>{{Citar jornal|url=http://timesofindia.indiatimes.com/world/pakistan/Pakistan-to-have-200-nuclear-weapons-by-2020-US-think-tank/articleshow/45250170.cms|titulo=Pakistan to Have 200 Nuke Weapons by 2020: US Think Tank|data=novembro de 2014|acessodata=28 de novembro de 2014|website=The Times of india|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141127141607/http://timesofindia.indiatimes.com/world/pakistan/Pakistan-to-have-200-nuclear-weapons-by-2020-US-think-tank/articleshow/45250170.cms|arquivodata=27 de novembro de 2014|urlmorta=live}}</ref>


=== Coreia do Norte ===
=== Coreia do Norte ===

{{AP|Coreia do Norte e as armas de destruição em massa}}
{{AP|Programa nuclear norte-coreano|Coreia do Norte e as armas de destruição em massa}}

[[Imagem:North_Korea's_ballistic_missile_-_North_Korea_Victory_Day-2013_01.jpg|thumb|esquerda|Míssil balístico da Coreia do Norte]]
[[Imagem:North_Korea's_ballistic_missile_-_North_Korea_Victory_Day-2013_01.jpg|thumb|esquerda|Míssil balístico da Coreia do Norte]]


A [[Coreia do Norte]] era parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas anunciou uma retirada em 10 de janeiro de 2003, depois que os Estados Unidos a acusaram de ter um programa secreto de [[Urânio enriquecido|enriquecimento de urânio]] e cortar a assistência energética sob o Acordo de 1994. Em fevereiro de 2005, a Coreia do Norte alegou possuir armas nucleares funcionais, embora a falta de um teste na época tenha levado muitos especialistas a duvidar da afirmação. Em outubro de 2006, o país afirmou que, em resposta à crescente intimidação dos Estados Unidos, realizaria um [[teste nuclear]] para confirmar seu status nuclear. A Coreia do Norte relatou um teste nuclear bem-sucedido em 9 de outubro de 2006 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2006]]). A maioria dos oficiais de inteligência estadunidenses acreditava que o teste foi provavelmente apenas parcialmente bem-sucedido com um [[Rendimento de arma nuclear|rendimento]] de menos de um quiloton.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Gladstone|primeiro=Rick|ultimo2=Jacquette|primeiro2=Rogene|url=https://www.nytimes.com/2017/02/17/world/asia/north-korea-nuclear-threat.html|titulo=How the North Korean Nuclear Threat Has Grown|data=18 de fevereiro de 2017|acessodata=18 de abril de 2021|website=The New York Times|issn=0362-4331|via=NYTimes.com}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Reuters Staff|url=https://www.reuters.com/article/us-korea-north-nuclear-timeline-sb-idUSTRE54O0K020090525|titulo=TIMELINE:North Korea: climbdowns and tests|data=25 de maio de 2009|acessodata=18 de abril de 2021|website=Reuters|via=www.reuters.com}}</ref> A Coreia do Norte realizou um segundo teste de maior rendimento em 25 de maio de 2009 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2009]]) e um terceiro teste com rendimento ainda maior em 12 de fevereiro de 2013 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2013]]).
A [[Coreia do Norte]] era parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas anunciou uma retirada em 10 de janeiro de 2003, depois que os Estados Unidos a acusaram de ter um programa secreto de [[Urânio enriquecido|enriquecimento de urânio]] e cortar a assistência energética sob o Acordo de 1994. Em fevereiro de 2005, a Coreia do Norte alegou possuir armas nucleares funcionais, embora a falta de um teste na época tenha levado muitos especialistas a duvidar da afirmação. Em outubro de 2006, o país afirmou que, em resposta à crescente intimidação dos Estados Unidos, realizaria um [[teste nuclear]] para confirmar seu status nuclear. A Coreia do Norte relatou um teste nuclear bem-sucedido em 9 de outubro de 2006 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2006]]). A maioria dos oficiais de inteligência estadunidenses acreditava que o teste foi provavelmente apenas parcialmente bem-sucedido com um [[Rendimento de arma nuclear|rendimento]] de menos de um quiloton.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Gladstone|primeiro=Rick|ultimo2=Jacquette|primeiro2=Rogene|url=https://www.nytimes.com/2017/02/17/world/asia/north-korea-nuclear-threat.html|titulo=How the North Korean Nuclear Threat Has Grown|data=18 de fevereiro de 2017|acessodata=18 de abril de 2021|website=The New York Times|issn=0362-4331|via=NYTimes.com}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Reuters Staff|url=https://www.reuters.com/article/us-korea-north-nuclear-timeline-sb-idUSTRE54O0K020090525|titulo=TIMELINE:North Korea: climbdowns and tests|data=25 de maio de 2009|acessodata=18 de abril de 2021|website=Reuters|via=www.reuters.com}}</ref> A Coreia do Norte realizou um segundo teste de maior rendimento em 25 de maio de 2009 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2009]]) e um terceiro teste com rendimento ainda maior em 12 de fevereiro de 2013 (veja [[teste nuclear norte-coreano de 2013]]).


O governo norte-corenao alegou ter realizado seu primeiro teste de [[bomba de hidrogênio]] em 5 de janeiro de 2016, embora as medições de distúrbios sísmicos indiquem que a detonação não era consistente com uma bomba de hidrogênio.<ref>{{Citar jornal|titulo=North Korea Test Shows Technical Advance|data=7 de janeiro de 2016|website=The Wall Street Journal|pagina=A6|volume=CCLXVII}}</ref> Em 3 de setembro de 2017, a Coreia do Norte detonou um dispositivo, que causou um tremor de magnitude 6,1, consistente com uma detonação [[Bomba de hidrogénio|termonuclear]] de baixa potência; a NORSAR estima o rendimento em 250 quilotons<ref>{{Citar web|url=https://www.norsar.no/press/latest-press-release/archive/the-nuclear-explosion-in-north-korea-on-3-september-2017-a-revised-magnitude-assessment-article1548-984.html|titulo=The nuclear explosion in North Korea on 3 September 2017: A revised magnitude assessment|acessodata=15 de setembro de 2017|website=NORSAR.no|arquivourl=https://archive.today/20170913180851/https://www.norsar.no/press/latest-press-release/archive/the-nuclear-explosion-in-north-korea-on-3-september-2017-a-revised-magnitude-assessment-article1548-984.html|arquivodata=13 de setembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> de TNT. Em 2018, a Coreia do Norte anunciou a suspensão dos testes de armas nucleares e assumiu um compromisso condicional com a desnuclearização da [[Coreia|Península Coreana]];<ref>{{Citar jornal|url=https://www.38north.org/2018/05/punggye051418/|titulo=North Korea has Begun Dismantlement of the Punggye-ri Nuclear Test Site'|acessodata=3 de agosto de 2018|website=38north.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180803213550/https://www.38north.org/2018/05/punggye051418/|arquivodata=3 de agosto de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|url=https://www.38north.org/2018/05/punggye052518/|titulo='Destruction at North Korea's Nuclear Test Site: A Review in Photos'|acessodata=3 de agosto de 2018|website=38north.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180814103301/https://www.38north.org/2018/05/punggye052518/|arquivodata=14 de agosto de 2018|urlmorta=live}}</ref> no entanto, em dezembro de 2019, indicou que não se considerava mais vinculado à moratória.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Sang-Hun|primeiro=Choe|url=https://www.nytimes.com/2019/12/31/world/asia/north-korea-kim-speech.html|titulo=North Korea Is No Longer Bound by Nuclear Test Moratorium, Kim Says|data=31 de dezembro de 2019|acessodata=18 de junho de 2020|website=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331}}</ref>
O governo norte-corenao alegou ter realizado seu primeiro teste de [[bomba de hidrogênio]] em 5 de janeiro de 2016, embora as medições de distúrbios sísmicos indiquem que a detonação não era consistente com uma bomba de hidrogênio.<ref>{{Citar jornal|titulo=North Korea Test Shows Technical Advance|data=7 de janeiro de 2016|website=The Wall Street Journal|pagina=A6|volume=CCLXVII}}</ref> Em 3 de setembro de 2017, a Coreia do Norte detonou um dispositivo, que causou um tremor de [[magnitude sísmica]] 6,1, consistente com uma detonação [[Bomba de hidrogénio|termonuclear]] de baixa potência; a [[NORSAR]] estima o rendimento em 250 quilotons<ref>{{Citar web|url=https://www.norsar.no/press/latest-press-release/archive/the-nuclear-explosion-in-north-korea-on-3-september-2017-a-revised-magnitude-assessment-article1548-984.html|titulo=The nuclear explosion in North Korea on 3 September 2017: A revised magnitude assessment|acessodata=15 de setembro de 2017|website=NORSAR.no|arquivourl=https://archive.today/20170913180851/https://www.norsar.no/press/latest-press-release/archive/the-nuclear-explosion-in-north-korea-on-3-september-2017-a-revised-magnitude-assessment-article1548-984.html|arquivodata=13 de setembro de 2017|urlmorta=live}}</ref> de TNT. Em 2018, a Coreia do Norte anunciou a suspensão de [[Lista de testes nucleares da Coreia do Norte|seus testes de armas nucleares]] e assumiu um compromisso condicional com a desnuclearização da [[Coreia|Península Coreana]];<ref>{{Citar jornal|url=https://www.38north.org/2018/05/punggye051418/|titulo=North Korea has Begun Dismantlement of the Punggye-ri Nuclear Test Site'|acessodata=3 de agosto de 2018|website=38north.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180803213550/https://www.38north.org/2018/05/punggye051418/|arquivodata=3 de agosto de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|url=https://www.38north.org/2018/05/punggye052518/|titulo='Destruction at North Korea's Nuclear Test Site: A Review in Photos'|acessodata=3 de agosto de 2018|website=38north.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180814103301/https://www.38north.org/2018/05/punggye052518/|arquivodata=14 de agosto de 2018|urlmorta=live}}</ref> no entanto, em dezembro de 2019, indicou que não se considerava mais vinculado à moratória.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Sang-Hun|primeiro=Choe|url=https://www.nytimes.com/2019/12/31/world/asia/north-korea-kim-speech.html|titulo=North Korea Is No Longer Bound by Nuclear Test Moratorium, Kim Says|data=31 de dezembro de 2019|acessodata=18 de junho de 2020|website=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331}}</ref>


== Estados indicados possuir armas nucleares ==
== Estados indicados possuir armas nucleares ==


=== Israel ===
=== Israel ===
{{AP|Israel e as armas de destruição em massa}}
Acredita-se que Israel tenha sido o sexto país do mundo a desenvolver armas nucleares, mas não reconheceu suas forças nucleares. Ele tinha armas nucleares "rudimentares, mas passíveis de lançamento" disponíveis já em 1966.{{Sfn|Cohen|1998a|p=349}}<ref>{{Citar web|ultimo=ElBaradei|primeiro=Mohamed|autorlink=Mohamed ElBaradei|url=http://www.iaea.org/NewsCenter/Transcripts/2004/alahram27072004.html|titulo=Transcript of the Director General's Interview with Al-Ahram News|data=27 de julho de 2004|acessodata=3 de junho de 2007|publicado=[[International Atomic Energy Agency]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120418221656/http://www.iaea.org/newscenter/transcripts/2004/alahram27072004.html|arquivodata=18 de abril de 2012|urlmorta=live}}</ref><ref name="NTI">{{Citar web|url=http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/|titulo=Nuclear Overview|acessodata=23 de junho de 2009|website=Israel|publicado=NTI|formato=profile|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090102210432/http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/|arquivodata=2 de janeiro de 2009|urlmorta=dead}}</ref><ref name="auto">''My Promised Land'', by [[Ari Shavit]], (London 2014), page 188</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Nuclear Proliferation International History Project|url=http://www.wilsoncenter.org/publication/israels-quest-for-yellowcake-the-secret-argentina-israel-connection-1963-1966|titulo=Israel's Quest for Yellowcake: The Secret Argentina-Israel Connection, 1963–1966|data=28 de junho de 2013|acessodata=22 de novembro de 2017|publicado=Woodrow Wilson International Center for Scholars|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170814114619/https://www.wilsoncenter.org/publication/israels-quest-for-yellowcake-the-secret-argentina-israel-connection-1963-1966|arquivodata=14 de agosto de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=John Pike|url=http://www.globalsecurity.org/wmd/world/israel/nuke.htm|titulo=Nuclear Weapons|acessodata=22 de novembro de 2017|website=globalsecurity.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117034959/https://www.globalsecurity.org/wmd/world/israel/nuke.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|titulo=Nuclear Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|website=fas.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101207122117/http://www.fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|arquivodata=7 de dezembro de 2010|urlmorta=live}}</ref><ref name="NTIIsrael">[http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/index.html NTI Israel Profile] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110728090642/http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/index.html|date=28 de julho de 2011}}. Acessado em 12 de julho de 2007.</ref> Israel não é parte do TNP e se envolve em ambiguidade estratégica, dizendo que não seria o primeiro país a "introduzir" armas nucleares na região, mas se recusando a confirmar ou negar que mantém um programa ou um arsenal de armas nucleares. Esta política de "opacidade nuclear" tem sido interpretada como uma tentativa de obter os benefícios da [[Teoria da intimidação|dissuasão]] com um custo político mínimo.<ref name="NTIIsrael" /><ref name="CohenIsrael">{{Citar livro|título=The Worst-Kept Secret: Israel's bargain with the Bomb|ultimo=Avner Cohen|editora=Columbia University Press|ano=2010}}</ref>


{{AP|Programa nuclear israelense|Israel e as armas de destruição em massa}}
De acordo com o [[Natural Resources Defense Council|Conselho de Defesa dos Recursos Naturais]] e a [[Federação de Cientistas Americanos]], Israel provavelmente possui cerca de 75-200 armas nucleares.<ref name="israelcohen"/><ref>[https://fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html Israel's Nuclear Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20101207122117/http://www.fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|date=7 de dezembro de 2010}}, [[Federação de Cientistas Americanos|Federation of American Scientists]] (17 de agosto de 2000)</ref> O [[Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo]] (SIPRI, sigla em inglês) estima que Israel tenha aproximadamente 80 armas nucleares intactas, das quais 50 são para entrega por mísseis balísticos de médio alcance [[Jericho (míssil)|Jericho II]] e 30 são bombas de gravidade para entrega por aeronaves. O [[Stockholm International Peace Research Institute|SIPRI]] também relata que houve especulações renovadas em 2012 de que Israel também pode ter desenvolvido [[AGM-142 Have Nap|mísseis de cruzeiro lançados por submarinos]] com capacidade nuclear.<ref>{{Citar web|url=http://www.sipri.org/research/armaments/nuclear-forces/israel|titulo=Israel|acessodata=19 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141217155101/http://www.sipri.org/research/armaments/nuclear-forces/israel|arquivodata=17 de dezembro de 2014|urlmorta=live}}</ref>

Acredita-se que [[Israel]] tenha sido o sexto país do mundo a desenvolver armas nucleares, mas não reconheceu suas forças nucleares. Ele tinha armas nucleares "rudimentares, mas passíveis de lançamento" disponíveis já em 1966.{{Sfn|Cohen|1998a|p=349}}<ref>{{Citar web|ultimo=ElBaradei|primeiro=Mohamed|autorlink=Mohamed ElBaradei|url=http://www.iaea.org/NewsCenter/Transcripts/2004/alahram27072004.html|titulo=Transcript of the Director General's Interview with Al-Ahram News|data=27 de julho de 2004|acessodata=3 de junho de 2007|publicado=[[International Atomic Energy Agency]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120418221656/http://www.iaea.org/newscenter/transcripts/2004/alahram27072004.html|arquivodata=18 de abril de 2012|urlmorta=live}}</ref><ref name="NTI">{{Citar web|url=http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/|titulo=Nuclear Overview|acessodata=23 de junho de 2009|website=Israel|publicado=NTI|formato=profile|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090102210432/http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/|arquivodata=2 de janeiro de 2009|urlmorta=dead}}</ref><ref name="auto">''My Promised Land'', by [[Ari Shavit]], (London 2014), page 188</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Nuclear Proliferation International History Project|url=http://www.wilsoncenter.org/publication/israels-quest-for-yellowcake-the-secret-argentina-israel-connection-1963-1966|titulo=Israel's Quest for Yellowcake: The Secret Argentina-Israel Connection, 1963–1966|data=28 de junho de 2013|acessodata=22 de novembro de 2017|publicado=Woodrow Wilson International Center for Scholars|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170814114619/https://www.wilsoncenter.org/publication/israels-quest-for-yellowcake-the-secret-argentina-israel-connection-1963-1966|arquivodata=14 de agosto de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=John Pike|url=http://www.globalsecurity.org/wmd/world/israel/nuke.htm|titulo=Nuclear Weapons|acessodata=22 de novembro de 2017|website=globalsecurity.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117034959/https://www.globalsecurity.org/wmd/world/israel/nuke.htm|arquivodata=17 de novembro de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|titulo=Nuclear Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|website=fas.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101207122117/http://www.fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|arquivodata=7 de dezembro de 2010|urlmorta=live}}</ref><ref name="NTIIsrael">[http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/index.html NTI Israel Profile] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110728090642/http://www.nti.org/e_research/profiles/Israel/Nuclear/index.html|date=28 de julho de 2011}}. Acessado em 12 de julho de 2007.</ref> Israel não é parte do TNP e se envolve em ambiguidade estratégica, dizendo que não seria o primeiro país a "introduzir" armas nucleares na região, mas se recusando a confirmar ou negar que mantém um programa ou um arsenal de armas nucleares. Esta política de "opacidade nuclear" tem sido interpretada como uma tentativa de obter os benefícios da [[Teoria da intimidação|dissuasão]] com um custo político mínimo.<ref name="NTIIsrael" /><ref name="CohenIsrael">{{Citar livro|título=The Worst-Kept Secret: Israel's bargain with the Bomb|ultimo=Avner Cohen|editora=Columbia University Press|ano=2010}}</ref>

De acordo com o [[Natural Resources Defense Council|Conselho de Defesa dos Recursos Naturais]] e a [[Federação de Cientistas Americanos]], Israel provavelmente possui cerca de 75-200 armas nucleares.<ref name="israelcohen"/><ref>[https://fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html Israel's Nuclear Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20101207122117/http://www.fas.org/nuke/guide/israel/nuke/index.html|date=7 de dezembro de 2010}}, [[Federação de Cientistas Americanos|Federation of American Scientists]] (17 de agosto de 2000)</ref> O [[Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo]] (SIPRI, sigla em inglês) estima que Israel tenha aproximadamente 80 armas nucleares intactas, das quais 50 são para entrega por [[Míssil balístico|mísseis balísticos]] de médio alcance [[Jericho (míssil)|Jericho II]] e 30 são bombas de gravidade para entrega por aeronaves. O [[Stockholm International Peace Research Institute|SIPRI]] também relata que houve especulações renovadas em 2012 de que Israel também pode ter desenvolvido [[AGM-142 Have Nap|mísseis de cruzeiro lançados por submarinos]] com capacidade nuclear.<ref>{{Citar web|url=http://www.sipri.org/research/armaments/nuclear-forces/israel|titulo=Israel|acessodata=19 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141217155101/http://www.sipri.org/research/armaments/nuclear-forces/israel|arquivodata=17 de dezembro de 2014|urlmorta=live}}</ref>


== Autoridade de lançamento ==
== Autoridade de lançamento ==

A decisão de usar armas nucleares é sempre restrita a uma única pessoa ou a um pequeno grupo de pessoas. Os [[Estados Unidos]] e a [[França]] exigem que seus respectivos presidentes aprovem o uso de armas nucleares. Nos EUA, a [[Nuclear Football|Mala Presidencial de Emergência]] é sempre manuseada por um assessor próximo, a menos que o Presidente esteja perto de um centro de comando. No [[Reino Unido]], a decisão cabe ao monarca e ao primeiro-ministro. As informações da [[China]] não são claras, mas "acredita-se que o lançamento de armas nucleares depende do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central". A [[Rússia]] concede tal poder ao [[Presidente da Rússia|Presidente,]] mas também pode exigir a aprovação do Ministro da Defesa e do Chefe do Estado-Maior. O [[Lista de líderes da Coreia do Norte|Líder Supremo]] tem autoridade máxima na [[Coreia do Norte]]. Na [[Índia]], no [[Paquistão]] e em [[Israel]] há comitês para tal decisão.<ref name="UCS Launch Authority">Union of Concerned Scientists https://www.ucsusa.org/sites/default/files/attach/2017/11/Launch-Authority.pdf Acessado em 21 de fevereiro de 2021</ref>
A decisão de usar armas nucleares é sempre restrita a uma única pessoa ou a um pequeno grupo de pessoas. Os [[Estados Unidos]] e a [[França]] exigem que seus respectivos presidentes aprovem o uso de armas nucleares. Nos EUA, a [[Nuclear Football|Mala Presidencial de Emergência]] é sempre manuseada por um assessor próximo, a menos que o Presidente esteja perto de um centro de comando. No [[Reino Unido]], a decisão cabe ao monarca e ao primeiro-ministro. As informações da [[China]] não são claras, mas "acredita-se que o lançamento de armas nucleares depende do Comitê Permanente do [[Politburo do Partido Comunista da China|Politburo do Comitê Central]]". A [[Rússia]] concede tal poder ao [[Presidente da Rússia|Presidente,]] mas também pode exigir a aprovação do Ministro da Defesa e do Chefe do Estado-Maior. O [[Lista de líderes da Coreia do Norte|Líder Supremo]] tem autoridade máxima na [[Coreia do Norte]]. Na [[Índia]], no [[Paquistão]] e em [[Israel]] há comitês para tal decisão.<ref name="UCS Launch Authority">Union of Concerned Scientists https://www.ucsusa.org/sites/default/files/attach/2017/11/Launch-Authority.pdf Acessado em 21 de fevereiro de 2021</ref>

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== Compartilhamento de armas nucleares ==
== Compartilhamento de armas nucleares ==

{{AP|Compartilhamento nuclear}}
{{AP|Compartilhamento nuclear}}

{| class="wikitable" style="float"
{| class="wikitable" style="float"
|+Armas nucleares dos EUA nos países anfitriões<ref name=":00">{{Citar periódico |titulo=United States nuclear forces, 2019 |data=4 de maio de 2019 |número=3 |ultimo=Kristensen |primeiro=Hans M. |ultimo2=Korda |primeiro2=Matt |paginas=122–134 |lingua=en |bibcode=2019BuAtS..75c.122K |doi=10.1080/00963402.2019.1606503 |issn=0096-3402 |volume=75 |doi-access=free |journal=Bulletin of the Atomic Scientists}}</ref>
|+Armas nucleares dos EUA nos países anfitriões<ref name=":00">{{Citar periódico |titulo=United States nuclear forces, 2019 |data=4 de maio de 2019 |número=3 |ultimo=Kristensen |primeiro=Hans M. |ultimo2=Korda |primeiro2=Matt |paginas=122–134 |lingua=en |bibcode=2019BuAtS..75c.122K |doi=10.1080/00963402.2019.1606503 |issn=0096-3402 |volume=75 |doi-access=free |journal=Bulletin of the Atomic Scientists}}</ref>
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Sob o programa de [[Compartilhamento nuclear|compartilhamento de armas nucleares]] da [[OTAN]], os Estados Unidos forneceram armas nucleares para a Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia implantarem e armazenarem.<ref name="NATOSharing">{{Citar web|url=http://www.bits.de/public/researchnote/rn97-3.htm|titulo=Berlin Information-center for Transatlantic Security: NATO Nuclear Sharing and the N.PT – Questions to be Answered|acessodata=15 de maio de 2009|publicado=Bits.de|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090519054302/http://www.bits.de/public/researchnote/rn97-3.htm|arquivodata=19 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> Isso envolve pilotos e outros funcionários dos Estados "não nucleares" da OTAN praticando, manuseando e entregando as bombas nucleares estadunidenses e adaptando aviões de guerra não americanos para entregar bombas nucleares dos EUA. No entanto, como todas as armas nucleares dos EUA são protegidas com Permissive Action Links, os Estados anfitriões não podem facilmente armar as bombas sem os códigos de autorização do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos|Departamento de Defesa dos EUA]].<ref>{{Citar livro|título=Security Engineering: A Guide to Building Dependable Distributed Systems|editora=Ross Anderson, University of Cambridge Computing Laboratory|capitulo=Nuclear Command and Control|acessodata=29 de abril de 2010}}</ref> O ex-presidente italiano [[Francesco Cossiga]] reconheceu a presença de armas nucleares estadunidenses na Itália.<ref>{{Citar web|url=http://notizie.tiscali.it/articoli/politica/08/22/cossiga_atomica_in_italia_123.html|titulo=Cossiga: "In Italia ci sono bombe atomiche Usa"|acessodata=16 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150928225725/http://notizie.tiscali.it/articoli/politica/08/22/cossiga_atomica_in_italia_123.html|arquivodata=28 de setembro de 2015|urlmorta=live}}</ref> As armas nucleares dos EUA também foram implantadas no [[Canadá]] e na [[Grécia]] de 1963 a 1984. No entanto, o Canadá retirou três dos quatro sistemas de armas com capacidade nuclear em 1972. O único sistema retido, o [[AIR-2 Genie]], tinha um rendimento de 1,5 quilotons, foi projetado para atacar aeronaves inimigas em oposição a alvos terrestres e pode não ter sido qualificado como arma de destruição em massa devido ao seu rendimento limitado.<ref name="nrdc-euro">{{Citar periódico |url=http://www.nrdc.org/nuclear/euro/euro.pdf |titulo=U.S. Nuclear Weapons in Europe |data=Fevereiro de 2005 |acessodata=23 de maio de 2006 |publicado=[[Natural Resources Defense Council]] |ultimo=Hans M. Kristensen |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140723003003/http://www.nrdc.org/nuclear/euro/euro.pdf |arquivodata=23 de julho de 2014}}</ref>


Sob o programa de [[Compartilhamento nuclear|compartilhamento de armas nucleares]] da [[OTAN]], os Estados Unidos forneceram armas nucleares para a [[Bélgica]], [[Alemanha]], [[Itália]], [[Países Baixos]] e [[Turquia]] implantarem e armazenarem.<ref name="NATOSharing">{{Citar web|url=http://www.bits.de/public/researchnote/rn97-3.htm|titulo=Berlin Information-center for Transatlantic Security: NATO Nuclear Sharing and the N.PT – Questions to be Answered|acessodata=15 de maio de 2009|publicado=Bits.de|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090519054302/http://www.bits.de/public/researchnote/rn97-3.htm|arquivodata=19 de maio de 2009|urlmorta=live}}</ref> Isso envolve pilotos e outros funcionários dos Estados "não nucleares" da OTAN praticando, manuseando e entregando as bombas nucleares estadunidenses e adaptando aviões de guerra não americanos para entregar bombas nucleares dos EUA. No entanto, como todas as armas nucleares dos EUA são protegidas com Permissive Action Links, os Estados anfitriões não podem facilmente armar as bombas sem os códigos de autorização do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos|Departamento de Defesa dos EUA]].<ref>{{Citar livro|título=Security Engineering: A Guide to Building Dependable Distributed Systems|editora=Ross Anderson, University of Cambridge Computing Laboratory|capitulo=Nuclear Command and Control|acessodata=29 de abril de 2010}}</ref> O ex-presidente italiano [[Francesco Cossiga]] reconheceu a presença de armas nucleares estadunidenses na Itália.<ref>{{Citar web|url=http://notizie.tiscali.it/articoli/politica/08/22/cossiga_atomica_in_italia_123.html|titulo=Cossiga: "In Italia ci sono bombe atomiche Usa"|acessodata=16 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150928225725/http://notizie.tiscali.it/articoli/politica/08/22/cossiga_atomica_in_italia_123.html|arquivodata=28 de setembro de 2015|urlmorta=live}}</ref> As armas nucleares dos EUA também foram implantadas no [[Canadá]] e na [[Grécia]] de 1963 a 1984. No entanto, o Canadá retirou três dos quatro sistemas de armas com capacidade nuclear em 1972. O único sistema retido, o [[AIR-2 Genie]], tinha um rendimento de 1,5 quilotons, foi projetado para atacar aeronaves inimigas em oposição a alvos terrestres e pode não ter sido qualificado como arma de destruição em massa devido ao seu rendimento limitado.<ref name="nrdc-euro">{{Citar periódico |url=http://www.nrdc.org/nuclear/euro/euro.pdf |titulo=U.S. Nuclear Weapons in Europe |data=Fevereiro de 2005 |acessodata=23 de maio de 2006 |publicado=[[Natural Resources Defense Council]] |ultimo=Hans M. Kristensen |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140723003003/http://www.nrdc.org/nuclear/euro/euro.pdf |arquivodata=23 de julho de 2014}}</ref>
Os membros do [[Movimento Não Alinhado]] pediram a todos os países que “se abstenham do compartilhamento nuclear para fins militares sob qualquer tipo de acordo de segurança”.<ref>[https://web.archive.org/web/20050508053154/http://www.un.org/events/npt2005/statements/npt02malaysia.pdf Statement on behalf of the non-aligned state parties to the Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons], 2 de maio de 2005</ref> O Instituto de Estudos Estratégicos de Islamabad (ISSI) criticou o arranjo por supostamente violar os Artigos I e II do TNP, argumentando que "esses artigos não permitem que um Estado com armas nucleares delegue o controle de seu arsenal direta ou indiretamente a outros".<ref>[http://www.issi.org.pk/journal/2000_files/no_4/article/6a.htm ISSI – NPT in 2000: Challenges ahead], Zafar Nawaz Jaspal, The Institute of Strategic Studies, Islamabad {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090109082520/http://www.issi.org.pk/journal/2000_files/no_4/article/6a.htm|date=9 de janeiro de 2009}}</ref> A OTAN argumentou que o compartilhamento de armas está em conformidade com o TNP porque "as armas nucleares estadunidenses baseadas na Europa estão em posse exclusiva e sob custódia e controle constantes e completos dos Estados Unidos".<ref>{{Citar web|url=http://www.nato.int/nato_static/assets/pdf/pdf_topics/20091022_NATO_Position_on_nuclear_nonproliferation-eng.pdf|titulo=NATO's Positions Regarding Nuclear Non-Proliferation, Arms Control and Disarmament and Related Issues|acessodata=8 de setembro de 2013|publicado=[[NATO]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130911033954/http://www.nato.int/nato_static/assets/pdf/pdf_topics/20091022_NATO_Position_on_nuclear_nonproliferation-eng.pdf|arquivodata=11 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref>

Os membros do [[Movimento Não Alinhado]] pediram a todos os países que “se abstenham do compartilhamento nuclear para fins militares sob qualquer tipo de acordo de segurança”.<ref>[https://web.archive.org/web/20050508053154/http://www.un.org/events/npt2005/statements/npt02malaysia.pdf Statement on behalf of the non-aligned state parties to the Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons], 2 de maio de 2005</ref> O Instituto de Estudos Estratégicos de Islamabad (ISSI) criticou o arranjo por supostamente violar os Artigos I e II do TNP, argumentando que "esses artigos não permitem que um Estado com armas nucleares delegue o controle de seu arsenal direta ou indiretamente a outros".<ref>[http://www.issi.org.pk/journal/2000_files/no_4/article/6a.htm ISSI – NPT in 2000: Challenges ahead], Zafar Nawaz Jaspal, The Institute of Strategic Studies, Islamabad {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090109082520/http://www.issi.org.pk/journal/2000_files/no_4/article/6a.htm|date=9 de janeiro de 2009}}</ref> A OTAN argumentou que o compartilhamento de armas está em conformidade com o TNP porque "as armas nucleares estadunidenses baseadas na [[Europa]] estão em posse exclusiva e sob custódia e controle constantes e completos dos Estados Unidos".<ref>{{Citar web|url=http://www.nato.int/nato_static/assets/pdf/pdf_topics/20091022_NATO_Position_on_nuclear_nonproliferation-eng.pdf|titulo=NATO's Positions Regarding Nuclear Non-Proliferation, Arms Control and Disarmament and Related Issues|acessodata=8 de setembro de 2013|publicado=[[NATO]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130911033954/http://www.nato.int/nato_static/assets/pdf/pdf_topics/20091022_NATO_Position_on_nuclear_nonproliferation-eng.pdf|arquivodata=11 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref>


Em abril de 2019, os Estados Unidos mantinham cerca de 150 armas nucleares na Europa, conforme refletido na tabela ao lado.<ref name=":00"/>
Em abril de 2019, os Estados Unidos mantinham cerca de 150 armas nucleares na Europa, conforme refletido na tabela ao lado.<ref name=":00"/>


== Estados que possuíam armas nucleares ==
== Estados que possuíam armas nucleares ==

As armas nucleares têm estado presentes em muitas nações, muitas vezes como bases sob o controle de outras potências. No entanto, em apenas um caso uma nação desistiu de armas nucleares depois de estar no controle total delas. A [[Dissolução da União Soviética|queda da União Soviética]] deixou várias [[ex-repúblicas soviéticas]] na posse física de armas nucleares, embora sem controle operacional, que dependia de códigos eletrônicos controlados pelo sistema russo de comando e controle.<ref>{{Citar livro|título=Pulling Back from the Nuclear Brink: Reducing and Countering Nuclear Threats|ultimo=William C. Martel|editora=Psychology Press|ano=1998|editor-sobrenome=Barry R. Schneider, William L. Dowdy|páginas=88–104|capitulo=Why Ukraine gave up nuclear weapons : nonproliferation incentives and disincentives|isbn=9780714648569|acessodata=6 de agosto de 2014}}</ref><ref name="pikayev-1994">{{Citar periódico |url=http://cns.miis.edu/npr/pdfs/pikaye13.pdf |titulo=Post-Soviet Russia and Ukraine: Who can push the Button? |data=1994 |acessodata=6 de agosto de 2014 |número=3 |ultimo=Alexander A. Pikayev |paginas=31–46 |doi=10.1080/10736709408436550 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140521083227/http://cns.miis.edu/npr/pdfs/pikaye13.pdf |arquivodata=21 de maio de 2014 |volume=1 |journal=The Nonproliferation Review}}</ref>
As armas nucleares têm estado presentes em muitas nações, muitas vezes como bases sob o controle de outras potências. No entanto, em apenas um caso uma nação desistiu de armas nucleares depois de estar no controle total delas. A [[Dissolução da União Soviética|queda da União Soviética]] deixou várias [[ex-repúblicas soviéticas]] na posse física de armas nucleares, embora sem controle operacional, que dependia de códigos eletrônicos controlados pelo sistema russo de comando e controle.<ref>{{Citar livro|título=Pulling Back from the Nuclear Brink: Reducing and Countering Nuclear Threats|ultimo=William C. Martel|editora=Psychology Press|ano=1998|editor-sobrenome=Barry R. Schneider, William L. Dowdy|páginas=88–104|capitulo=Why Ukraine gave up nuclear weapons : nonproliferation incentives and disincentives|isbn=9780714648569|acessodata=6 de agosto de 2014}}</ref><ref name="pikayev-1994">{{Citar periódico |url=http://cns.miis.edu/npr/pdfs/pikaye13.pdf |titulo=Post-Soviet Russia and Ukraine: Who can push the Button? |data=1994 |acessodata=6 de agosto de 2014 |número=3 |ultimo=Alexander A. Pikayev |paginas=31–46 |doi=10.1080/10736709408436550 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140521083227/http://cns.miis.edu/npr/pdfs/pikaye13.pdf |arquivodata=21 de maio de 2014 |volume=1 |journal=The Nonproliferation Review}}</ref>


=== África do Sul ===
=== África do Sul ===

{{AP|África do Sul e as armas de destruição em massa}}
{{AP|África do Sul e as armas de destruição em massa}}
{{AP|vt=s|Central Nuclear Koeberg}}

A [[África do Sul]] produziu seis armas nucleares na década de 1980, mas as desmantelou no início da década de 1990. Em 1979, houve a detecção de um suposto teste nuclear secreto no [[Oceano Índico]], chamado de [[Incidente Vela|incidente de Vela]]. Há muito se especula que foi um teste de Israel, em colaboração e com o apoio da África do Sul, embora isso nunca tenha sido confirmado. A África do Sul não poderia ter construído tal bomba nuclear até novembro de 1979, dois meses após o incidente do "flash duplo".<ref>{{Citar jornal|ultimo=McGreal|primeiro=Chris|url=https://www.theguardian.com/world/2010/may/23/israel-south-africa-nuclear-weapons|titulo=Revealed: how Israel offered to sell South Africa nuclear weapons|data=24 de maio de 2010|acessodata=6 de fevereiro de 2022|website=The Guardian|local=Washington, D.C.}}</ref> A África do Sul aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1991.<ref>[https://fas.org/nuke/guide/rsa/nuke/index.html Nuclear Weapons Program (South Africa)] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20151016020250/https://fas.org/nuke/guide/rsa/nuke/index.html|date=16 de outubro de 2015}}, [[Federação de Cientistas Americanos|Federation of American Scientists]] (29 de maio de 2000).</ref><ref>Von Wielligh, N. & von Wielligh-Steyn, L. (2015). The Bomb – South Africa's Nuclear Weapons Programme. Pretoria: Litera.</ref>
A [[África do Sul]] produziu seis armas nucleares na década de 1980, mas as desmantelou no início da década de 1990. Em 1979, houve a detecção de um suposto teste nuclear secreto no [[Oceano Índico]], chamado de [[Incidente Vela|incidente de Vela]]. Há muito se especula que foi um teste de Israel, em colaboração e com o apoio da África do Sul, embora isso nunca tenha sido confirmado. A África do Sul não poderia ter construído tal bomba nuclear até novembro de 1979, dois meses após o incidente do "flash duplo".<ref>{{Citar jornal|ultimo=McGreal|primeiro=Chris|url=https://www.theguardian.com/world/2010/may/23/israel-south-africa-nuclear-weapons|titulo=Revealed: how Israel offered to sell South Africa nuclear weapons|data=24 de maio de 2010|acessodata=6 de fevereiro de 2022|website=The Guardian|local=Washington, D.C.}}</ref> A África do Sul aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1991.<ref>[https://fas.org/nuke/guide/rsa/nuke/index.html Nuclear Weapons Program (South Africa)] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20151016020250/https://fas.org/nuke/guide/rsa/nuke/index.html|date=16 de outubro de 2015}}, [[Federação de Cientistas Americanos|Federation of American Scientists]] (29 de maio de 2000).</ref><ref>Von Wielligh, N. & von Wielligh-Steyn, L. (2015). The Bomb – South Africa's Nuclear Weapons Programme. Pretoria: Litera.</ref>


=== Ex-repúblicas soviéticas ===
=== Ex-repúblicas soviéticas ===

[[Ficheiro:Dnepr_rocket_lift-off_1.jpg|thumb|upright|Míssil nuclear SS-18 Satan totalmente projetado e fabricado na Ucrânia em [[Yuzhmash]]]]
[[Ficheiro:Dnepr_rocket_lift-off_1.jpg|thumb|upright|Míssil nuclear SS-18 Satan totalmente projetado e fabricado na Ucrânia em [[Yuzhmash]]]]

* A [[Bielorrússia]] tinha 81 mísseis de ogiva simples estacionados em seu território após o [[colapso da União Soviética]] em 1991. Todos foram transferidos para a Rússia em 1996. Em maio de 1992, a Bielorrússia aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/belarus/index.html|titulo=Belarus Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117022903/https://fas.org/nuke/guide/belarus/index.html|arquivodata=17 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref> Em 28 de fevereiro de 2022, o país realizou um referendo constitucional, no qual abandonou seu status de "não nuclear", à luz da [[Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022|invasão russa da Ucrânia em 2022]].<ref>{{Citar web|url=https://www.aljazeera.com/news/2022/2/27/belarus-holds-referendum-to-renounce-non-nuclear-status|titulo=Belarus votes to give up non-nuclear status|acessodata=2022-03-01|website=www.aljazeera.com|lingua=en}}</ref>
* A [[Bielorrússia]] tinha 81 mísseis de [[ogiva nuclear]] simples estacionados em seu território após o [[colapso da União Soviética]] em 1991. Todos foram transferidos para a Rússia em 1996. Em maio de 1992, a Bielorrússia aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/belarus/index.html|titulo=Belarus Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117022903/https://fas.org/nuke/guide/belarus/index.html|arquivodata=17 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref> Em 28 de fevereiro de 2022, o país realizou um referendo constitucional, no qual abandonou seu status de "não nuclear", à luz da [[Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022|invasão russa da Ucrânia em 2022]].<ref>{{Citar web|url=https://www.aljazeera.com/news/2022/2/27/belarus-holds-referendum-to-renounce-non-nuclear-status|titulo=Belarus votes to give up non-nuclear status|acessodata=2022-03-01|website=www.aljazeera.com|lingua=en}}</ref>
* O [[Cazaquistão]] herdou 1,4 mil armas nucleares da União Soviética e transferiu todas para a Rússia em 1995. Desde então, o Cazaquistão aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/kazakhstan/index.html|titulo=Kazakhstan Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117015936/https://fas.org/nuke/guide/kazakhstan/index.html|arquivodata=17 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref>
* O [[Cazaquistão]] herdou 1,4 mil armas nucleares da União Soviética e transferiu todas para a Rússia em 1995. Desde então, o Cazaquistão aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/kazakhstan/index.html|titulo=Kazakhstan Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117015936/https://fas.org/nuke/guide/kazakhstan/index.html|arquivodata=17 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref>
* A [[Ucrânia]] herdou "até 3 mil" armas nucleares quando se tornou independente da União Soviética em 1991, tornando seu arsenal nuclear o terceiro maior do mundo na época.<ref>[http://globalsecurity.org/wmd/world/ukraine/index.html Ukraine Special Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20050401062100/http://www.globalsecurity.org/wmd/world/ukraine/index.html|date=1 de abril de 2005}}, GlobalSecurity.org</ref> Em 1994, a Ucrânia concordou em descartar todas as armas nucleares dentro de seu território, com a condição de que suas fronteiras fossem respeitadas, como parte do [[Memorando de Budapeste|Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança]]. As ogivas foram removidas do território ucraniano em 1996 e desmontadas na Rússia.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/ukraine/|titulo=Ukraine Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151016045730/https://fas.org/nuke/guide/ukraine/|arquivodata=16 de outubro de 2015|urlmorta=live}}</ref> Apesar da subsequente e internacionalmente contestada [[Anexação da Crimeia à Federação Russa|anexação da Crimeia]] pela Rússia em 2014, a Ucrânia reafirmou sua decisão de 1994 de aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear como um Estado sem armas nucleares.<ref>[https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2014/03/25/joint-statement-united-states-and-ukraine Joint Statement by the United States and Ukraine] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170216154310/https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2014/03/25/joint-statement-united-states-and-ukraine|date=16 de fevereiro de 2017}}, 25 March 2014.</ref>
* A [[Ucrânia]] herdou "até 3 mil" armas nucleares quando [[Declaração da Independência da Ucrânia|se tornou independente da União Soviética]] em 1991, tornando seu arsenal nuclear o terceiro maior do mundo na época.<ref>[http://globalsecurity.org/wmd/world/ukraine/index.html Ukraine Special Weapons] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20050401062100/http://www.globalsecurity.org/wmd/world/ukraine/index.html|date=1 de abril de 2005}}, GlobalSecurity.org</ref> Em 1994, a Ucrânia concordou em descartar todas as armas nucleares dentro de seu território, com a condição de que suas fronteiras fossem respeitadas, como parte do [[Memorando de Budapeste|Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança]]. As ogivas foram removidas do território ucraniano em 1996 e desmontadas na Rússia.<ref>{{Citar web|url=https://fas.org/nuke/guide/ukraine/|titulo=Ukraine Special Weapons|acessodata=7 de novembro de 2015|publicado=[[Federation of American Scientists]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151016045730/https://fas.org/nuke/guide/ukraine/|arquivodata=16 de outubro de 2015|urlmorta=live}}</ref> Apesar da subsequente e internacionalmente contestada [[Anexação da Crimeia à Federação Russa|anexação da Crimeia]] pela Rússia em 2014, a Ucrânia reafirmou sua decisão de 1994 de aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear como um Estado sem armas nucleares.<ref>[https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2014/03/25/joint-statement-united-states-and-ukraine Joint Statement by the United States and Ukraine] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170216154310/https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2014/03/25/joint-statement-united-states-and-ukraine|date=16 de fevereiro de 2017}}, 25 March 2014.</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==

* [[Arma nuclear]]
* [[Agência Internacional de Energia Atómica]]
* [[Agência Internacional de Energia Atómica]]
* [[Arma nuclear]]
* [[Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares]]
* [[Teste nuclear]]
* [[Movimento antinuclear]]
* [[Movimento pró-nuclear]]
* [[Programa nuclear iraniano]]
* [[Programa nuclear iraniano]]
* [[Teste nuclear]]
* [[Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares]]


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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

* [http://www.assistenciahumanitaria.mre.gov.br/documentos/Jean%20Marcel.pdf Desarmamento e Direito Internacional Humanitário]
* [http://www.assistenciahumanitaria.mre.gov.br/documentos/Jean%20Marcel.pdf Desarmamento e Direito Internacional Humanitário]
* [http://globalsecurity.org/wmd/world/index.html Globalsecurity.org World Special Weapons Guide]
* [http://globalsecurity.org/wmd/world/index.html Globalsecurity.org World Special Weapons Guide]

Revisão das 20h56min de 4 de junho de 2022

Países com armas nucleares.
  Estados com Armas Nucleares (EAN) (China, França, Rússia, Reino Unido e EUA)
  Estados com Armas Nucleares não EAN (Índia, Coreia do Norte, Paquistão)
  Estados com Armas Nucleares não declaradas (Israel)
  Países que compartilham armas nucleares com a OTAN (Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia)
  Estados que possuíam armas nucleares anteriormente (Bielorrússia, Cazaquistão, Ucrânia e África do Sul)

Nações que comprovada ou supostamente possuem armas nucleares são por vezes referidas como clube nuclear. Existem atualmente nove Estados que conseguiram detonar armas nucleares. Cinco são considerados "Estados com armas nucleares" (EAN), um estatuto reconhecido internacionalmente pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Em ordem de aquisição de armas nucleares, estes países são: os Estados Unidos, Rússia (Estado sucessor da União Soviética), o Reino Unido, França e China.

Desde que o TNP entrou em vigor em 1970, três Estados que não faziam parte do Tratado têm realizado testes nucleares, nomeadamente Índia, Paquistão e Coreia do Norte. A Coreia do Norte assinou o TNP, mas retirou-se do tratado em 2003. Israel também é amplamente acreditado como um país dotado de armamento nuclear, mas se recusa a confirmar ou negar essa condição.[1] O estatuto dessas nações não é formalmente reconhecido por organismos internacionais, já que nenhum deles faz parte do TNP. A África do Sul chegou a desenvolver armas nucleares,[2] mas em 1991 o então presidente do país, Frederik de Klerk ordenou o desmantelamento de todas as bombas.[3][4]

Em 2005, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) classificou o Irã como um país em inconformidade com o TNP[5][6] em uma rara decisão sem consenso.[7] Por três vezes o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra o Irã quando este se recusou a suspender seu enriquecimento não declarado.[8][9][10][11] O Irã alegou que as sanções são ilegais[12] e o obrigavam a abandonar seus direitos dentro do TNP de desenvolver tecnologia nuclear pacífica.[8]

Estatísticas

Grande estoque de armas nucleares com alcance global (azul escuro), estoque menor com alcance global (azul), estoque pequeno com alcance regional (azul claro).

A seguir está uma lista de Estados que admitiram a posse de armas nucleares ou se presume que as possuam, o número aproximado de ogivas sob seu controle e o ano em que testaram sua primeira arma e sua configuração de força. Esta lista é informalmente conhecida na política global como o "Clube Nuclear". [13][14] Com exceção da Rússia e dos Estados Unidos (que submeteram suas forças nucleares a verificação independente sob vários tratados), esses números são estimativas, em alguns casos estimativas pouco confiáveis. Em particular, sob o Tratado sobre Reduções de Ofensiva Estratégica, milhares de ogivas nucleares russas e americanas estão inativas em estoques aguardando processamento. O material físsil contido nas ogivas pode então ser reciclado para uso em reatores nucleares.

De uma alta de 70,3 mil armas ativas em 1986, Desde 2019 existem aproximadamente 3.750 ogivas nucleares ativas e 13.890 ogivas nucleares totais no mundo.[15] Muitas das armas desativadas foram simplesmente armazenadas ou parcialmente desmontadas, não destruídas.[16]

País Ogivas ativas/total Ano do primeiro teste Número de testes TNP CTBT[17]
Estados Unidos 1 600/6 500[15][18] 1945 (Experiência Trinity) 1 032-1 085[19][20] Signatário Signatário
Rússia 1 600/6 850[15] 1949 (RDS-1) 715-840[19][20] Signatário Ratificado
Reino Unido 120/215[15] 1952 (Hurricane) 45[19] Signatário Ratificado
França 290/300[15] 1960 (Gerboise Bleue) 210[19] Signatário Ratificado
China n.a./260[15] 1964 (596) 45[19] Signatário Signatário
Índia n.a./130-140[15] 1974 (Smiling Buddha) 6[19] Não signatário Não signatário
Paquistão n.a./140-150[15] 1998 (Chagai-I)[21] 5[19] Não signatário Não signatário
Coreia do Norte n.a./20-30[15][22] 2006[23] 6[24] Não signatário Não signatário
Israel n.a./80[15][nota 1][nota 2] Desconhecido Desconhecido Não signatário Signatário

Estados reconhecidos como possuidores de armas nucleares

Esses cinco países são conhecidos por terem detonado um explosivo nuclear antes de 1º de janeiro de 1967 e, portanto, são oficialmente Estados com armas nucleares sob o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Eles também são os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto nas resoluções do CSNU.

Estados Unidos

Estágio inicial na bola de fogo "Trinity", a primeira explosão nuclear da história, 1945

Os Estados Unidos desenvolveram as primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial em cooperação com o Reino Unido e o Canadá como parte do Projeto Manhattan, com medo de que a Alemanha Nazista as desenvolvesse primeiro (ver: Projeto de energia nuclear alemão). Naquele período, o Império do Japão também tencionou desenvolver armas nucleares (ver: Programa japonês de armas nucleares).

Os EUA testaram a primeira arma nuclear em 16 de julho de 1945 ("Trinity") às 5h30, e continua sendo o único país a ter usado armas nucleares na guerra, devastando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As despesas do projeto até 1º de outubro de 1945 foram de 1,845 a 2 bilhões de dólares, em termos nominais,[26][27] aproximadamente 0,8% do PIB dos Estados Unidos em 1945 e equivalente a cerca de 29 bilhões de dólares em dinheiro em 2020.[28]

Foi a primeira nação a desenvolver a bomba de hidrogênio, testando um protótipo experimental em 1952 ("Ivy Mike") e uma arma implantável em 1954 ("Castelo Bravo"). Ao longo da Guerra Fria, continuou a modernizar e ampliar seu arsenal nuclear, mas a partir de 1992 esteve envolvido principalmente em um programa de administração de estoques.[29][30][31][32] O arsenal nuclear estadunidense continha 31.175 ogivas no auge da Guerra Fria (em 1966).[33] Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos construíram aproximadamente 70 mil ogivas nucleares, mais do que todos os outros Estados com armas nucleares juntos.[34][35]

Rússia (sucessora da União Soviética)

Estoques de armas nucleares dos EUA e da URSS/Rússia, 1945–2014

A União Soviética testou sua primeira arma nuclear ("RDS-1") em 1949. Este projeto de colisão foi desenvolvido parcialmente com informações obtidas via espionagem nuclear durante e após a Segunda Guerra Mundial (ver: Casal Rosenberg). Foi a segunda nação a desenvolver e testar uma arma nuclear. A motivação direta para o desenvolvimento das armas soviéticas foi alcançar um equilíbrio de poder durante a Guerra Fria. O país testou sua primeira bomba de hidrogênio de alcance de megatons ("RDS-37") em 1955. A União Soviética também testou o explosivo mais poderoso já detonado por humanos ("Tsar Bomba"), com um rendimento teórico de 100 megatons, intencionalmente reduzido a 50 quando detonado. Após sua dissolução em 1991, as armas soviéticas passaram oficialmente para a posse da Federação Russa.[36] O arsenal nuclear soviético continha cerca de 45 mil ogivas em seu auge (em 1986); a União Soviética construiu cerca de 55 mil ogivas nucleares desde 1949.[35]

Reino Unido

Um míssil Trident lançado de um submarino de mísseis balísticos da VanguardVanguard da Marinha Real

O Reino Unido testou sua primeira arma nuclear ("Hurricane") em 1952. O país havia fornecido um impulso considerável e pesquisa inicial para a concepção inicial da bomba atômica, auxiliado por físicos austríacos, alemães e poloneses que trabalhavam em universidades britânicas que haviam fugido ou decidido não retornar à Alemanha Nazista ou aos territórios controlados pelos nazistas. O Reino Unido colaborou estreitamente com os Estados Unidos e o Canadá durante o Projeto Manhattan, mas teve que desenvolver seu próprio método para fabricar e detonar uma bomba à medida que o sigilo estadunidense crescia depois de 1945. O Reino Unido foi o terceiro país do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Soviética, a desenvolver e testar uma arma nuclear. Seu programa foi motivado para ser um dissuasor independente contra a União Soviética, ao mesmo tempo em que mantinha seu status de grande potência. Testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1957 (Operação Grapple), tornando-se o terceiro país a fazê-lo depois dos Estados Unidos e da União Soviética.[37][38]

O Reino Unido manteve uma frota de bombardeiros estratégicos V e submarinos de mísseis balísticos (SSBNs) equipados com armas nucleares durante a Guerra Fria. Atualmente mantém uma frota de quatro submarinos de mísseis balísticos da classe Vanguard equipados com mísseis Trident II. Em 2016, a Câmara dos Comuns do Reino Unido votou para renovar o sistema de armas nucleares britânico com a classe Dreadnought de submarinos, sem definir uma data para o início de serviço de uma substituição ao sistema atual.

França

O porta-aviões de propulsão nuclear francês Charles de Gaulle (à direita) e o porta-aviões estadunidense de propulsão nuclear USS Enterprise (à esquerda), cada um dos quais transporta aviões de guerra com capacidade nuclear

A França testou sua primeira arma nuclear em 1960 ("Gerboise Bleue"), baseada principalmente em sua própria pesquisa. Foi motivado pela tensão diplomática da Crise de Suez em relação à União Soviética e seus aliados, os Estados Unidos e o Reino Unido. Também foi relevante para manter o status de grande potência, ao lado do Reino Unido, durante a Guerra Fria pós-colonial. A França testou sua primeira bomba de hidrogênio em 1968 ("Operação Canopus"). Após a Guerra Fria, a França desarmou 175 ogivas com a redução e modernização de seu arsenal que agora evoluiu para um sistema duplo baseado em mísseis balísticos lançados por submarinos (SLBMs) e mísseis ar-superfície de médio alcance (bombardeiros Rafale). No entanto, novas armas nucleares estão em desenvolvimento e esquadrões nucleares reformados foram treinados durante as operações Liberdade Duradoura no Afeganistão.

A França aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 1992.[39] Em janeiro de 2006, o presidente Jacques Chirac declarou que um ato terrorista ou o uso de armas de destruição em massa contra a França resultaria em um contra-ataque nuclear.[40] Em fevereiro de 2015, o presidente François Hollande enfatizou a necessidade de uma dissuasão nuclear em "um mundo perigoso". Ele também detalhou o impedimento francês como "menos de 300" ogivas nucleares, três conjuntos de 16 mísseis balísticos lançados por submarinos e 54 mísseis ar-terra de médio alcance e instou outros Estados a mostrar transparência semelhante.[41]

China

Nuvem de cogumelo do primeiro teste nuclear da China, o Projeto 596

A China testou seu primeiro dispositivo de arma nuclear ("596") em 1964 no local de teste de Lop Nur. A arma foi desenvolvida como um impedimento contra os Estados Unidos e a União Soviética. Dois anos depois, a China tinha uma bomba de fissão capaz de ser colocada em um míssil nuclear. Testou sua primeira bomba de hidrogênio ("Teste No. 6") em 1967, 32 meses depois de testar sua primeira arma nuclear (o desenvolvimento de fissão-fusão mais curto conhecido na história).[42] A China é o único Estado de armas nucleares do TNP a dar uma garantia de segurança negativa não qualificada com sua política de "não primeiro uso".[43][44] A China aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1992.[39] Em 2016, a China colocou SLBMs a bordo de seus submarinos JL-2.[45] Em maio de 2021, a China tinha um estoque total estimado de 350 ogivas.[46]

Estados que declararam posse de armas nucleares

Índia

A Índia não é parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear e adotou a política de "não primeiro uso nuclear" em 1998. O país testou o que é chamado de "explosivo nuclear pacífico" em 1974, que ficou conhecido como Smiling Buddha ("Buda Sorridente"). O teste foi o primeiro teste desenvolvido após a criação do TNP e criou novas questões sobre como a tecnologia nuclear civil poderia ser desviada secretamente para fins de armas (tecnologia de uso duplo). O desenvolvimento secreto da Índia causou grande preocupação e raiva, particularmente das nações que forneceram seus reatores nucleares para necessidades pacíficas e geradoras de energia, como o Canadá.[47]

Míssil indiano Agni-V em uma parada militar

Autoridades indianas rejeitaram o TNP na década de 1960, alegando que ele criava um mundo de "possuidores" e "desprovidos" de armas nucleares, argumentando que restringia desnecessariamente a "atividade pacífica" (incluindo "explosivos nucleares pacíficos") e que a Índia não permitira o controle internacional de suas instalações nucleares, a menos que todos os outros países se engajem no desarmamento unilateral de suas próprias armas nucleares. A posição indiana também afirmou que o TNP é, em muitos aspectos, um regime neocolonial projetado para negar segurança às potências pós-coloniais.[48] Mesmo após o teste de 1974, a Índia sustentou que sua capacidade nuclear era principalmente "pacífica", mas entre 1988 e 1990 aparentemente armamentou duas dúzias de armas nucleares para lançamento por via aérea.[49] Em 1998, a Índia testou ogivas nucleares armadas Pokhran-II ("Operação Shakti"), incluindo um dispositivo termonuclear.[50]

Em julho de 2005, o presidente estadunidense George W. Bush e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh anunciaram planos para concluir um acordo nuclear civil indo-americano.[51] Isso se concretizou por meio de uma série de etapas que incluíram o plano anunciado da Índia para separar seus programas nucleares civis e militares em março de 2006,[52] a aprovação do Acordo Nuclear Civil Índia-Estados Unidos pelo Congresso dos EUA em dezembro de 2006, a conclusão de um acordo de cooperação nuclear EUA-Índia em julho de 2007,[53] a aprovação pela AIEA de um acordo de salvaguardas específico da Índia,[54] um acordo pelo Grupo de Fornecedores Nucleares para uma isenção de restrições de exportação para a Índia,[55] a aprovação pelo Congresso dos EUA[56] e, por fim, a assinatura do acordo EUA-Índia para cooperação nuclear civil[57] em outubro de 2008. O Departamento de Estado dos EUA disse que deixou "muito claro que não reconheceria a Índia como um Estado com armas nucleares".[58] Os Estados Unidos estão vinculados ao Hyde Act com a Índia e podem cessar toda a cooperação se a Índia detonar um dispositivo explosivo nuclear. Os EUA disseram ainda que não é sua intenção ajudar a Índia no projeto, construção ou operação de tecnologias nucleares sensíveis por meio da transferência de itens de dupla utilização.[59] Ao estabelecer uma isenção para a Índia, o Grupo de Fornecedores Nucleares reservou-se o direito de consultar quaisquer questões futuras que possam incomodá-lo.[60] Em maio de 2021, estimava-se que a Índia tinha um estoque de cerca de 160 ogivas.[61]

Paquistão

Mísseis paquistaneses em uma exposição militar em Karachi

O Paquistão também não é parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear e desenvolveu armas nucleares secretamente ao longo de décadas, começando no final dos anos 1970. O Paquistão mergulhou pela primeira vez na energia nuclear após o estabelecimento de sua primeira usina nuclear perto de Karachi com equipamentos e materiais fornecidos principalmente por nações ocidentais no início da década de 1970. O presidente paquistanês Zulfiqar Ali Bhutto prometeu em 1971 que, se a Índia pudesse construir armas nucleares, o Paquistão também o faria, segundo ele: "Vamos desenvolver estoques nucleares, mesmo que tenhamos que comer grama".[62]

Acredita-se que o Paquistão possui armas nucleares desde meados da década de 1980.[63] Os Estados Unidos continuaram a certificar que o Paquistão não possuía tais armas até 1990, quando as sanções foram impostas sob a Emenda Pressler, exigindo um corte da assistência econômica e militar dos EUA ao Paquistão.[64] Em 1998, o Paquistão realizou seus primeiros seis testes nucleares (Chagai-I),[21] em Ras Koh Hills em resposta aos cinco testes realizados pela Índia algumas semanas antes.

Em 2004, o metalúrgico paquistanês Abdul Qadeer Khan, uma figura chave no programa de armas nucleares do Paquistão, confessou estar à frente de uma rede internacional de mercado negro envolvida na venda de tecnologia de armas nucleares. Em particular, Khan estava vendendo tecnologia de centrifugação a gás para a Coreia do Norte, Irã e Líbia. Khan negou a cumplicidade do governo ou do exército paquistanês, mas isso foi questionado por jornalistas e funcionários da AIEA e mais tarde foi desmentido por declarações do próprio Khan.[65]

No início de 2013, estimava-se que o Paquistão tinha um estoque de cerca de 140 ogivas[66] e em novembro de 2014 foi projetado que até 2020 o Paquistão teria material físsil suficiente para 200 ogivas.[67]

Coreia do Norte

Míssil balístico da Coreia do Norte

A Coreia do Norte era parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas anunciou uma retirada em 10 de janeiro de 2003, depois que os Estados Unidos a acusaram de ter um programa secreto de enriquecimento de urânio e cortar a assistência energética sob o Acordo de 1994. Em fevereiro de 2005, a Coreia do Norte alegou possuir armas nucleares funcionais, embora a falta de um teste na época tenha levado muitos especialistas a duvidar da afirmação. Em outubro de 2006, o país afirmou que, em resposta à crescente intimidação dos Estados Unidos, realizaria um teste nuclear para confirmar seu status nuclear. A Coreia do Norte relatou um teste nuclear bem-sucedido em 9 de outubro de 2006 (veja teste nuclear norte-coreano de 2006). A maioria dos oficiais de inteligência estadunidenses acreditava que o teste foi provavelmente apenas parcialmente bem-sucedido com um rendimento de menos de um quiloton.[68][69] A Coreia do Norte realizou um segundo teste de maior rendimento em 25 de maio de 2009 (veja teste nuclear norte-coreano de 2009) e um terceiro teste com rendimento ainda maior em 12 de fevereiro de 2013 (veja teste nuclear norte-coreano de 2013).

O governo norte-corenao alegou ter realizado seu primeiro teste de bomba de hidrogênio em 5 de janeiro de 2016, embora as medições de distúrbios sísmicos indiquem que a detonação não era consistente com uma bomba de hidrogênio.[70] Em 3 de setembro de 2017, a Coreia do Norte detonou um dispositivo, que causou um tremor de magnitude sísmica 6,1, consistente com uma detonação termonuclear de baixa potência; a NORSAR estima o rendimento em 250 quilotons[71] de TNT. Em 2018, a Coreia do Norte anunciou a suspensão de seus testes de armas nucleares e assumiu um compromisso condicional com a desnuclearização da Península Coreana;[72][73] no entanto, em dezembro de 2019, indicou que não se considerava mais vinculado à moratória.[74]

Estados indicados possuir armas nucleares

Israel

Acredita-se que Israel tenha sido o sexto país do mundo a desenvolver armas nucleares, mas não reconheceu suas forças nucleares. Ele tinha armas nucleares "rudimentares, mas passíveis de lançamento" disponíveis já em 1966.[75][76][77][78][79][80][81][82] Israel não é parte do TNP e se envolve em ambiguidade estratégica, dizendo que não seria o primeiro país a "introduzir" armas nucleares na região, mas se recusando a confirmar ou negar que mantém um programa ou um arsenal de armas nucleares. Esta política de "opacidade nuclear" tem sido interpretada como uma tentativa de obter os benefícios da dissuasão com um custo político mínimo.[82][83]

De acordo com o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais e a Federação de Cientistas Americanos, Israel provavelmente possui cerca de 75-200 armas nucleares.[25][84] O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, sigla em inglês) estima que Israel tenha aproximadamente 80 armas nucleares intactas, das quais 50 são para entrega por mísseis balísticos de médio alcance Jericho II e 30 são bombas de gravidade para entrega por aeronaves. O SIPRI também relata que houve especulações renovadas em 2012 de que Israel também pode ter desenvolvido mísseis de cruzeiro lançados por submarinos com capacidade nuclear.[85]

Autoridade de lançamento

A decisão de usar armas nucleares é sempre restrita a uma única pessoa ou a um pequeno grupo de pessoas. Os Estados Unidos e a França exigem que seus respectivos presidentes aprovem o uso de armas nucleares. Nos EUA, a Mala Presidencial de Emergência é sempre manuseada por um assessor próximo, a menos que o Presidente esteja perto de um centro de comando. No Reino Unido, a decisão cabe ao monarca e ao primeiro-ministro. As informações da China não são claras, mas "acredita-se que o lançamento de armas nucleares depende do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central". A Rússia concede tal poder ao Presidente, mas também pode exigir a aprovação do Ministro da Defesa e do Chefe do Estado-Maior. O Líder Supremo tem autoridade máxima na Coreia do Norte. Na Índia, no Paquistão e em Israel há comitês para tal decisão.[86]

Nação Autoridade Notas
Estados Unidos Estados Unidos Presidente dos Estados Unidos Veja Nuclear Football.[86][87]
Rússia Rússia Presidente da Rússia Pastas também podem ser entregues ao Ministro da Defesa e ao Chefe do Estado-Maior.[86][88][89][87]
Reino Unido Reino Unido O monarca britânico O primeiro-ministro exerce a prerrogativa real de dirigir a força de defesa.[86][87]
França França Presidente da França [86][87]
China China Comissão Militar Central [86][87]
Índia Índia Presidente da Índia A Autoridade de Comando Nuclear inclui um Conselho Executivo e um Conselho Político.[86][87]
Paquistão Paquistão Autoridade de Comando Nacional Requer um consenso dos membros do conselho.[86][87]
Coreia do Norte Coreia do Norte Líder supremo [86]
Israel Israel Primeiro ministro Requer a concordância do Ministro da Defesa e do Chefe do Estado Maior.[86]

Compartilhamento de armas nucleares

Ver artigo principal: Compartilhamento nuclear
Armas nucleares dos EUA nos países anfitriões[90]
País Base Aérea Custodiante Ogivas
 Turquia Incirlik 39ª Ala da Base Aérea 50
 Itália Aviano 31ª Ala de Caça 40
Ghedi Torre 52ª Ala de Caça
 Alemanha Büchel 20
 Países Baixos Volkel 20
 Bélgica Kleine Brogel 20
Total 150

Sob o programa de compartilhamento de armas nucleares da OTAN, os Estados Unidos forneceram armas nucleares para a Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia implantarem e armazenarem.[91] Isso envolve pilotos e outros funcionários dos Estados "não nucleares" da OTAN praticando, manuseando e entregando as bombas nucleares estadunidenses e adaptando aviões de guerra não americanos para entregar bombas nucleares dos EUA. No entanto, como todas as armas nucleares dos EUA são protegidas com Permissive Action Links, os Estados anfitriões não podem facilmente armar as bombas sem os códigos de autorização do Departamento de Defesa dos EUA.[92] O ex-presidente italiano Francesco Cossiga reconheceu a presença de armas nucleares estadunidenses na Itália.[93] As armas nucleares dos EUA também foram implantadas no Canadá e na Grécia de 1963 a 1984. No entanto, o Canadá retirou três dos quatro sistemas de armas com capacidade nuclear em 1972. O único sistema retido, o AIR-2 Genie, tinha um rendimento de 1,5 quilotons, foi projetado para atacar aeronaves inimigas em oposição a alvos terrestres e pode não ter sido qualificado como arma de destruição em massa devido ao seu rendimento limitado.[94]

Os membros do Movimento Não Alinhado pediram a todos os países que “se abstenham do compartilhamento nuclear para fins militares sob qualquer tipo de acordo de segurança”.[95] O Instituto de Estudos Estratégicos de Islamabad (ISSI) criticou o arranjo por supostamente violar os Artigos I e II do TNP, argumentando que "esses artigos não permitem que um Estado com armas nucleares delegue o controle de seu arsenal direta ou indiretamente a outros".[96] A OTAN argumentou que o compartilhamento de armas está em conformidade com o TNP porque "as armas nucleares estadunidenses baseadas na Europa estão em posse exclusiva e sob custódia e controle constantes e completos dos Estados Unidos".[97]

Em abril de 2019, os Estados Unidos mantinham cerca de 150 armas nucleares na Europa, conforme refletido na tabela ao lado.[90]

Estados que possuíam armas nucleares

As armas nucleares têm estado presentes em muitas nações, muitas vezes como bases sob o controle de outras potências. No entanto, em apenas um caso uma nação desistiu de armas nucleares depois de estar no controle total delas. A queda da União Soviética deixou várias ex-repúblicas soviéticas na posse física de armas nucleares, embora sem controle operacional, que dependia de códigos eletrônicos controlados pelo sistema russo de comando e controle.[98][99]

África do Sul

A África do Sul produziu seis armas nucleares na década de 1980, mas as desmantelou no início da década de 1990. Em 1979, houve a detecção de um suposto teste nuclear secreto no Oceano Índico, chamado de incidente de Vela. Há muito se especula que foi um teste de Israel, em colaboração e com o apoio da África do Sul, embora isso nunca tenha sido confirmado. A África do Sul não poderia ter construído tal bomba nuclear até novembro de 1979, dois meses após o incidente do "flash duplo".[100] A África do Sul aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1991.[101][102]

Ex-repúblicas soviéticas

Míssil nuclear SS-18 Satan totalmente projetado e fabricado na Ucrânia em Yuzhmash
  • A Bielorrússia tinha 81 mísseis de ogiva nuclear simples estacionados em seu território após o colapso da União Soviética em 1991. Todos foram transferidos para a Rússia em 1996. Em maio de 1992, a Bielorrússia aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.[103] Em 28 de fevereiro de 2022, o país realizou um referendo constitucional, no qual abandonou seu status de "não nuclear", à luz da invasão russa da Ucrânia em 2022.[104]
  • O Cazaquistão herdou 1,4 mil armas nucleares da União Soviética e transferiu todas para a Rússia em 1995. Desde então, o Cazaquistão aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.[105]
  • A Ucrânia herdou "até 3 mil" armas nucleares quando se tornou independente da União Soviética em 1991, tornando seu arsenal nuclear o terceiro maior do mundo na época.[106] Em 1994, a Ucrânia concordou em descartar todas as armas nucleares dentro de seu território, com a condição de que suas fronteiras fossem respeitadas, como parte do Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança. As ogivas foram removidas do território ucraniano em 1996 e desmontadas na Rússia.[107] Apesar da subsequente e internacionalmente contestada anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, a Ucrânia reafirmou sua decisão de 1994 de aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear como um Estado sem armas nucleares.[108]

Ver também

Notas

  1. There are a wide range of estimates as to the size of the Israeli nuclear arsenal. Most sources put 300 as the highest possible value. One source in 1997 suggested "more than 400", but this has not been echoed in later analysis. For a compiled list of estimates, see Avner Cohen.[25]
  2. Israel é um país com armamentos nucleares não declarados, enquanto os demais são declaradamente armados.

Referências

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Bibliografia

Ligações externas