Mídia independente: diferenças entre revisões

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Revisão das 15h43min de 15 de abril de 2015

Mídia independente é o tipo de mídia que não está sob o controle de grandes grupos de comunicação, e que não está vinculada a compromissos com anunciantes, grupos políticos ou instituições governamentais. Ela vai em contra-mão à mídia corporativa (ou "grande mídia") que frequentemente distorce os fatos e apresentam uma visão de acordo com quem lhe paga mais. Em suma, é o tipo de publicação que não se presta necessariamente a propagar a ideologia dos grupos que dominam a ordem atual da sociedade.

Embora semelhante em propósitos, a mídia independente não é sinônimo de mídia alternativa, por não necessariamente se contrapor a uma hegemonia ou causa. Há exemplos de veículos de mídia que são independentes porque não são vinculados a nenhuma grande empresa, mas produzem conteúdo similar a tudo da grande mídia.

Embora a mídia alternativa se caracterize pela pluralidade e participação das mais diversas classes sociais, a sua qualidade no que diz respeito à relação mensagem-receptor fica prejudicada pelo fato de que são poucos os profissionais que atuam nessa área. O amadorismo e a falta de capacidade técnica, mesmo que frutos da baixa infraestrutura, podem fazer da mídia independente uma forma de comunicação pouco preparada para lidar com o público receptor.

Cobertura

A ênfase da cobertura da mídia independente é a cobertura de fatos e movimentos sociais nacionais, regionais, estaduais e locais, tendo como objetivo cumprir o papel que a mídia tradicional, deixe de cumprir devido aos interesses envolvidos.

Os movimentos sociais ligados a mídia livre, avaliam e questionam a maneira como as grandes mídias foram construídas historicamente, a legislação vigente que rege os meios de comunicação, e os limites da liberdade de expressão impostos pela legislacao vigente.

Inclui quaisquer meios de comunicações que não sejam vinculados a partidos políticos, entidades religiosas, órgãos estatais ou grupos de interesses comerciais, buscando ser uma alternativa à apropriação tendenciosa do conteúdo de noticias divulgadas.

A Mídia independente busca fornecer informações de maneira que sejam percebidas dentro do contexto geral, sem fragmentação do noticiário e das análises que fazem parte de uma estratégia de alienação que limita a capacidade de avaliação critica dos fatos em sua totalidade do real, bem como oferecer ao público informação alternativa e crítica, sem os objetivos atrelados ao mercado consumidor da mídia empresarial que apresenta fatos e suas interpretações de acordo com interesses econômicos, sociais e culturais ligados ao mercado e portanto, de forma não independente.

Organizações de Mídia independente

Qualquer pessoa de uma comunidade pode se envolver e contribuir com o CMI[3], que mantem um site na internet e um banco de dados de notícias[4], cujo conteúdo é disponível para distribuição e reprodução livre, seja na internet ou na mídia tradicional, através de impressos, vídeos ou áudio.

O projeto tem como objetivo democratizar a produção de mídia. No Brasil, esta representado pelo CMI Brasil.[5]

Legislação

A conscientização da população brasileira sobre a importância da democratização das comunicações no país, concentrada basicamente em 10 veículos de comunicação ate 2013[6], levou a criação da Campanha Para Expressar a Liberdade[7][8]. Lançada em 27 de agosto de 2012, a campanha tem por objetivo mobilizar o Brasil para alterar a lei de Comunicação, de maneira a promover a pluralidade da imprensa. Para tal, lancou em 1º de maio de 2013, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para a democratização das comunicações[9] no Brasil.O Projeto trata da regulamentação das Comunicações Eletrônicas no país, rádio e televisão, setor regido pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, e a regulamentação dos artigos de comunicação da Constituição Brasileira, como os que tratam da defesa de conteúdo nacional, diversidade regional e da produção independente.[10] A campanha “Para Expressar a Liberdade” conta com o apoio de entidades de diversos setores da sociedade e de partidos políticos, incluindo o movimento negro, das mulheres, trabalhadores, trabalhadores agrícolas, movimento dos sem terra, estudantes, jornalistas, blogueiros e radialistas e vários outros[11].

Recursos Financeiros

Em maio de 2013, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados iniciou a discussão de uma proposta para a criação de um fundo de financiamento público e linhas de crédito especiais para as pequenas empresas do setor de mídia no Brasil –blogs inclusive[12].

A deputada federal Jandira Feghali, presidente da Comissão de Cultura em 2013 disse:

“Nossa intenção é sair com algum plano concreto de financiamento do BNDES. A idéia é viabilizar a chamada mídia livre no Brasil. Notamos que há uma grande dificuldade dos blogs, rádios comunitárias e até mesmo da TV Pública em ter a sustentação financeira necessária para se manter no ar com qualidade, em um nível competitivo, e com possibilidade para se estruturar. É impossível se imaginar a pluralidade da informação sem esses veículos e entendemos que é o momento dos bancos públicos financiarem a democracia da comunicação no País”.

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Ver Também

Referências

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