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Revisão das 22h44min de 19 de abril de 2019
Felipe Calderón | |
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65.º Presidente do México | |
Período | 1 de dezembro de 2006 a 1 de dezembro de 2012 |
Antecessor(a) | Vicente Fox |
Sucessor(a) | Enrique Peña Nieto |
Dados pessoais | |
Nome completo | Felipe de Jesús Calderón Hinojosa |
Nascimento | 18 de agosto de 1962 (61 anos) Morelia |
Nacionalidade | Mexicano |
Partido | PAN |
Religião | Católica |
Profissão | Advogado |
Assinatura |
Felipe de Jesús Calderón Hinojosa (Morelia, 18 de agosto de 1962) é um advogado e político mexicano. Foi Presidente do México de 2006 a 2012.
Biografia
Felipe Calderón Hinojosa nasceu na cidade de Morelia, no estado de Michoacán. O caçula de cinco filhos de Carmen Hinojosa e Luis Calderón Vega. Seu pai foi um dos fundadores do Partido da Ação Nacional e uma importante figura política do México, tendo sido inclusive deputado federal. Calderón sempre manifestou interesse pelas atividades políticas de seu pai. Ainda jovem, distribuía panfletos e anúncios da campanha do PAN.[1]
Após a juventude em Morelia, Calderón mudou-se para a Cidade do México, onde graduou-se em Direito pela "Escuela Libre de Derecho". Posteriormente, recebeu seu diploma de Economia pelo "Instituto Tecnológico Autónomo de México". Em 2000, concluiu sua pós-graduação em Administração pública pela John F. Kennedy School of Government de Harvard.[2]
Seguindo o exemplo de seu pai, Calderón filiou-se ao PAN. Nas reuniões do partido conheceu sua futura esposa, Margarita Zavala, que também integrou o Congresso da União como deputada. O casal tem três filhos: María, Luis Felipe e Juan Pablo. Calderón é católico romano.[3]
Carreira
Político mexicano conservador, ligado ao Partido da Ação Nacional (PAN) de Vicente Fox, Calderón foi lançado como candidato à presidência do México em 4 de dezembro de 2005, para concorrer nas eleições de 2 de julho de 2006.
Calderón é advogado da Escola Livre de Direito na Cidade do México (1987). Fez estudos de mestrado em Economia, no Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM), e em Administração Pública (MPA), pela Escola de Governo John F. Kennedy, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Durante a campanha, seu principal adversário foi o centro-esquerdista Andrés Manuel López Obrador do Partido da Revolução Democrática (PRD). A apuração concedeu vitória apertada de Calderón, mas López Obrador não aceitou o resultado e prometeu contestá-lo judicialmente. Mesmo assim, Calderón foi empossado na presidência em 1 de dezembro de 2006. Ele tem como alvo principal o combate ao tráfico de drogas no México, um de seus maiores problemas.
Presidência do México
Calderón foi o segundo presidente mexicano eleito democraticamente após a hegemonia de 70 anos do PRI no poder. Calderón tecnicamente serviu como o 36º chefe de Estado, contando com o último Imperador mexicano, mas suas reformas moderadas e coalizações foram um marco na história política do país.
A Constituição do México afirma que o Presidente deve ser empossado após o juramento diante da Câmara de Deputados. A oposição do Partido da Revolução Democrática ameaçou não permitir a posse de Calderón como Presidente. Em contrapartida, militantes e políticos do Partido da Ação Nacional permaneceram no saguão principal do Congresso durante três dias antes da cerimônia de posse.
Em 30 de novembro de 2006, Vicente Fox passou a faixa presidencial a Felipe Calderón e fez um pequeno discurso de despedida do mandato, reiterando que "havia se dedicado inteiramente a servir ao México" e que "teve a maior honra em ser o Presidente da República" durante seis anos. Calderón, logo em seguida, afirmou que estaria presente à cerimônia de posse na Câmara de Deputados.[4][5]
Seu primeiro ato como Presidente-eleito foi nomear os secretários de Governo, Defesa Nacional, Segurança Pública e Marinha.[6] Em 1 de dezembro, em meio aos protestos e sublevações dos deputados opositores, Calderón entrou no Palácio Legislativo San Lázaro e foi empossado Presidente do México, jurando cumprir e fazer cumprir a Constituição.[7] Após uma cerimônia no Auditório Nacional, o Presidente dirigiu-se para o Campo Marte e passou em revista às tropas.
Durante seus primeiros meses de governo, Calderón tomou várias ações, como a introdução do Pacto de Estabilização do Preço da Tortilla e o estabelecimento de teto salarial para os funcionários públicos, descritos como "uma promessa de campanha de incorporar as propostas do candidato rival Andrés Manuel López Obrador".[8]
Calderón criou o maior número de universidades da história mexicana, 96 instituições foram fundadas no total.[9] Também foi o único presidente que garantiu ensino total nas escolas elementares para crianças de 6 a 11 anos de idade.[10] A Procuradoria Social para Vítimas de Violência (Procuraduría Social para Víctimas de la Violencia) foi criada pelo Presidente em 2011.[11] Durante sua administração, mais de 1.000 hospitais foram criados outros 2.000 foram reabertos ou reformados, segundo fontes do governo.[12] Durante o governo de Vicente Fox, 40 milhões de pessoas tinham acesso ao sistema pública de saúde. Os mesmos dados indicam que 100 milhões de pessoas tinham acesso à saúde durante a Presidência de Calderón, devido principalmente à implantação de um sistema universal de saúde.[13]
Política externa
Os analistas esperavam que Calderón mantivesse a política externa iniciada por Vicente Fox, conhecida como Doutrina Castañeda, abandonando a Doutrina Estrada.[14] Esperava-se também que o presidente buscasse uma mediação com os países latino-americanos de "livre mercado".
Calderón foi um defensor da integração Mesoamericana, que posteriormente fundiu-se com um projeto de infraestrutura similar, o "Plano Puebla-Panamá (PPP)".[15] Calderón expandiu a integração com os países do acordo, incluindo depois a Colômbia e formou um acordo de cooperação contra o crime organizado na região.[16][17][18] Certa vez, Jorge G. Castañeda, Secretário de Relações Exteriores do Governo Fox, chegou a sugerir que a liderança de Calderón sobre os países integrantes do acordo deveria "contrapor a liderança de Hugo Chávez na América do Sul".[19] Entretanto, Calderón declarou que "o desafio do PPP era fomentar práticas democráticas com sólida fundação na região".
Outro ponto importante foi a proposta "Iniciativa Mérida", uma cooperação de segurança com os Estados Unidos e países da América Central visando combater o tráfico de drogas e crimes internacionais.
Calderón fez da reforma da imigração uma de suas maiores metas de governo.[20] Em 2008, o Congresso da União aprovou uma lei descriminalizando a imigração sem documentos no México.[21] O Presidente expressou publicamente suas expectativas de que algo parecido fosse feito em relação aos mexicanos ilegais nos Estados Unidos. Além disso, desaprovou a construção de uma muralha na fronteira dos dois países como medida de segurança por parte do governo norte-americano.
Calderón também teve destaque na política ambiental. Durante sua participação na COP 15, em 2009, Calderón recebeu o Prêmio da Organização Global de Legisladores por sua liderança e proteção do meio ambiente; o prêmio foi entregue pelo Primeiro-ministro britânico Gordon Brown.[22] Na COP 16, o México propôs a criação de um mecanismo internacional de cooperação contra as mudanças climáticas, o Fundo Verde. Pelos esforços do Presidente, o México tornou-se o primeiro país a aprovar uma legislação sobre mudanças climáticas.
Política de segurança
Apesar de impor o teto salarial aos funcionários públicos, Calderón aprovou o aumento de salário do contingente da Polícia Federal e das Forças Armadas, em seu primeiro ato presidencial.
Logo ao assumir o governo, Calderón também anunciou investidas massivas contra os cartéis de drogas do interior do país, em resposta às taxas crescentes de mortes por envolvimento com narcotráfico em seu estado natal, Michoacán. A decisão de intensificar o combate ao narcotráfico desenrolou um conflito entre as forças federais e os poderes paralelos. Em janeiro de 2007, o líder de um dos maiores cartéis de drogas do país foi capturado pelas forças do governo. O Exército Mexicano em cooperação com a Polícia Federal localizaram Pedro Diaz Parada, cujo cartel operava em todo o sul do país.[23]
O governo mexicano também realizou operações militares em várias cidades do país, principalmente em Tijuana e Ciudad Juárez. Nestas, o Exército ordenou a rendição e afastamento dos policiais suspeitos de envolvimento com narcotráfico.[24] Outros estados também receberam estas operações, como Michoacán, Tamaulipas, Tabasco, e Guerrero.[25]
Em entrevista para o Financial Times, Calderón afirmou que "recebeu resultados encorajadores. No estado de Michoacán, por exemplo, a taxa de homicídios havia caído mais de 40% em seis meses". O Presidente também reforçou que "o apoio da população nas regiões" também era "muito importante".[26]
Ao fim do mandato de Calderón, as suas medidas contra o tráfico de drogas foram consideradas relevantes. Contudo, a violência gerada pelo tráfico permaneceu em altas taxas nas regiões de fronteira, como Ciudad Juárez, Tijuana e Matamoros. Alguns analistas, como o embaixador americano Carlos Pascual contestou o governo dizendo que o aumento nas taxas de violência seriam "decorrência das medidas de Calderón".[27] Além disso, o México permaneceu entre os países com mais altas taxas de homicídios do mundo, em dados de 2011.[28] No ano anterior, 2010, mais de 15.000 cidadãos mexicanos perderam a vida por conta do narcotráfico em todo o país.[29]
Pós Presidência
Em ][[2017] ele também comparou Donald Trump com Hitler em 2017.[30]
Imagem pública
De acordo com uma pesquisa do Grupo Reforma realizada em fevereiro de 2007, a taxa de aprovação do governo Calderón era de 58%. Na mesma pesquisa, os mexicanos entrevistados deram notas entre 6.6 e 10 para o governo do então Presidente. Sua melhor colocação nas pesquisas ocorreu nos temas relacionados à saúde e segurança (cerca de 60% de aprovação) e a pior colocação se deu em temas de política externa e interna (cerca de 33% de aprovação).[31]
Uma pesquisa pelo Ipsos-Bimsa realizada também em 2007 coloca Calderón com aprovação de 57%. No ano seguinte, a taxa de aprovação subiu para 64%.[32]
Já no fim do mandato de Calderón, o Grupo Reforma realizou novamente uma pesquisa de opinião. O Presidente adquiriu 66% de aprovação por parte dos entrevistados referente ao período entre 22 e 26 de março de 2012.[33]
Prêmios, ordens e reconhecimento
- Ordem do Quetzal (2011)
- Ordem do Banho (2009)[34][35]
- Ordem de Isabel a Católica (2008)[36]
- Ordem de José Matías Delgado (2008)
- Ordem do Elefante (2008)
- Ordem do Cruzeiro do Sul (2007)[37]
- Ordem do Mérito do Chile (2007)[38]
- Ordem de Belize
Ver Também
Referências
- ↑ Thomas White International. «Emerging leaders: Felipe Calderón Hinojosa»
- ↑ Harvard KSG (7 de julho de 2006). «Alum is apparent winner of presidential election in Mexico». Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ AFP (14 de janeiro de 2009). «Catholic family meeting circles wagons around traditional family»
- ↑ The Times (1 de dezembro de 2006). «Mexican Inauguration Erupts into Fistfight»
- ↑ La Jornada (1 de dezembro de 2006). «En acto castrense, Calderón asume el Poder Ejecutivo». Consultado em 5 de outubro de 2014
- ↑ «Constitución Mexicana - Atriculo 87» (PDF)
- ↑ América económica (1 de dezembro de 2006). «El Presidente entra por la puerta trasera»
- ↑ Bloomberg.com (23 de janeiro de 2007). «Calderón proposes cap on Mexican Government salaries». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ La Presidencia de la Republica. «La inauguración del Edificio de la Unidad de Docencia 2 de la Universidad Politécnica del Estado de Morelos»
- ↑ La Silla Rota. «Hay cobertura universal en educación primaria: FCH». Consultado em 6 de outubro de 2014. Arquivado do original em 9 de outubro de 2014
- ↑ El Universal (2 de setembro de 2011). «Calderón anuncia Procuradoría para víctimas». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ TVnotas.com (2 de março de 2012). «Construimos casi mil hospitales en cinco años: Calderón». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ Novedades Acapulco (28 de junho de 2011). «Destaca Calderón logros en materia de Salud». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ Fox News (26 de junho de 2006). «Mexican rivals have different world views»
- ↑ People (10 de abril de 2007). «Mexican summit set relaunch Puebla-Panama Plan». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ Mexidata (23 de abril de 2007). «Calderón gives life to Puebla-Panama Plan»
- ↑ Milenio. «Se comprometen países del PPP a enfrentar juntos el crimen organizado». Consultado em 6 de outubro de 2014. Arquivado do original em 22 de agosto de 2016
- ↑ Latin News (3 de julho de 2008). «Calderón shakes up PPP integration scheme». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ The Washington Post (7 de março de 2007). «An answer for Hugo Chávez». Consultado em 6 de outubro de 2014
- ↑ PBS. «Mexico Immigration Timeline»
- ↑ Cámara de Diputados del Congreso de la Unión. «Ley de Migración» (PDF)
- ↑ El Universal (17 de dezembro de 2009). «Premian a Calderón en Dinamarca»
- ↑ «Mexico captures Diaz Parada drug cartel leader». Reuters. 17 de janeiro de 2007. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ «Police disarmed in Mexican town». BBC News. 29 de dezembro de 2007. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ Lores, Raul Juste (20 de maio de 2007). «Poder da droga é imbatível, diz mexicano». Folha de S. Paulo. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ «Interview transcript: Felipe Calderón». Financial Times. 23 de janeiro de 2007. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ AFP (2010). «US ambassador warns of more Mexico violence: reports». The Free Library. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ «México, entre países con mayor tasa de homicidios: ONU». El Universal. 6 de outubro de 2011. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ «Charles Bowden on "Murder City: Ciudad Juárez and the Global Economy's New Killing Fields"». Democracy Now!. 14 de abril de 2010. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ Two former Mexican presidents compare Donald Trump to Hitler
- ↑ Grupo Reforma. «Primera Evaluación al Presidente Felipe Calderón»
- ↑ Reuters (1 de setembro de 2008). «Calderón's approval rating»
- ↑ CNN México (2 de abril de 2012). «Encuesta de reforma revela aumento en aprobación de Calderón». Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado do original em 4 de abril de 2012
- ↑ Merlos, Andrea; Arvizu, Juan (24 de março de 2009). «Diputados debaten por Orden del Baño a Calderón». El Universal
- ↑ Monare, Moshoeshoe (6 de março de 2010). «Zuma's taste of British protocol». IOL News. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ EFE (6 de junho de 2014). «Concede España a EPN el Collar de la Orden de Isabel la Católica». Noticieros Televisa. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ EFE (6 de agosto de 2007). «Presidente mexicano elogia Lula por sua liderança internacional». G1. Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ EFE (21 de março de 2007). «Bachelet recebe condecoração no México e dá medalha a Calderón». Folha Online. Consultado em 20 de outubro de 2014
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