Caboclo: diferenças entre revisões
Wikipédia:LE#Não exagere - LE repetidos |
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{ver desambig|a entidade da umbanda|Caboclos na umbanda|a casta militar do Egito|Mamelucos|os habitantes tradicionais mestiços do litoral das regiões Sudeste e Sul do Brasil|Caiçara||Cabocla}} |
{{ver desambig|a entidade da umbanda|Caboclos na umbanda|a casta militar do Egito|Mamelucos|os habitantes tradicionais mestiços do litoral das regiões Sudeste e Sul do Brasil|Caiçara||Cabocla}} |
||
[[Ficheiro:Nascimento Caboclo.JPG|thumb|Nascimento de caboclo representado no Monumento aos Bandeirantes, em [[Santana de Parnaíba]], no [[Brasil]]]] |
[[Ficheiro:Nascimento Caboclo.JPG|thumb|Nascimento de caboclo representado no Monumento aos Bandeirantes, em [[Santana de Parnaíba]], no [[Brasil]]]] |
||
'''Caboclo''', '''caboco''', '''mameluco''',<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 074.</ref> |
'''Caboclo''', '''caboco''', '''mameluco''', '''cuaiçara''', '''cariboca''', '''caiçara''' ou '''curiboca''' <ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 074.</ref> é o [[mestiço]] de [[Brancos|branco]] com [[Povos ameríndios|índio]]. Também era a antiga designação do [[Povos indígenas do Brasil|indígena brasileiro]]. Pode, também, ser sinônimo de [[caipira]].<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 302">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 302.</ref> O mestiço de branco com caboclo é o cariboca, caiçara ou curiboca, sendo denominação utilizada também pelos filho de branco e índio.<ref>{{Citar web|titulo=Cariboca|url=https://www.dicio.com.br/cariboca/|obra=Dicio|acessodata=2019-10-28|lingua=pt-br}}</ref> |
||
==Etnônimo== |
==Etnônimo== |
Revisão das 13h39min de 11 de dezembro de 2019
Caboclo, caboco, mameluco, cuaiçara, cariboca, caiçara ou curiboca [1] é o mestiço de branco com índio. Também era a antiga designação do indígena brasileiro. Pode, também, ser sinônimo de caipira.[2] O mestiço de branco com caboclo é o cariboca, caiçara ou curiboca, sendo denominação utilizada também pelos filho de branco e índio.[3]
Etnônimo
A denominação foi dada pelos primeiros colonos lusitanos nas terras brasileiras para os mestiços. Os mamelucos que se destacaram na então colônia portuguesa foram os bandeirantes, que colaboraram para a expansão do território, até então limitado pelo Tratado de Tordesilhas. Assim, alguns se destacaram na então colônia portuguesa (séculos XVI a XIX) como bandeirantes, exploradores que se engajavam na captura de índios e na busca de metais preciosos, contribuindo para a expansão do território brasileiro para além das fronteiras delimitadas na época pelo Tratado de Tordesilhas.
Na América do Sul, mameluco (mais comumente conhecido como "caboclo") é, também, o termo usado para identificar pessoas mestiças. Nos século XVII e século XVIII, mameluco referia-se a bandos organizados por colonizadores (mesclados ou não) caçadores de escravos. Mamelucos eram, em sua maioria, exploradores que vagueavam pelo interior da América do Sul desde o Atlântico até às encostas dos Andes, e do rio Paraguai até ao rio Orinoco fazendo incursões nas áreas indígenas em busca de metais preciosos.
Etimologia
Segundo o Dicionário Aurélio, "caboclo" procede do tupi kari'boka, que significa "procedente do branco".[2] O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro defende que "caboclo" se originou do termo tupi kuriboka, que, num primeiro momento, designava o filho de índio com africana. Mais tarde, kuriboka teria passado a se referir também ao filho de mãe índia e pai branco e depois ao mestiço de caboclos e brancos.[4][5]
Câmara Cascudo, no "Dicionário do Folclore Brasileiro", defende a forma "caboco". Além disso, não encontrou base nas diversas hipóteses etimológicas existentes para o termo, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o que vem da floresta", ou de kari'boca, "filho do homem branco".
Descrição
Os caboclos formam o mais numeroso grupo populacional da Região Norte do Brasil (Amazônia) e de alguns estados da Região Nordeste do Brasil (Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Alagoas, Ceará e Paraíba).[carece de fontes] Contudo, a quantificação do número de pessoas consideradas caboclas no Brasil é tarefa difícil, pois, segundo os métodos usados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em seus recenseamentos, os caboclos entram na contagem dos 44,2% de pessoas consideradas pardas no Brasil, grupo que também inclui mulatos, cafuzos e várias outras combinações da mistura de negros ou índios com outras raças, como negro e oriental, índio e oriental, negro, índio e branco, negro, índio e oriental etc.[6]
Os atributos que definem a categoria social caboclos são econômicos, políticos e culturais. Nesse sentido, o termo refere-se aos pequenos produtores familiares da Amazônia que vivem da exploração dos recursos da floresta. Os principais atributos culturais que distinguem os caboclos dos pequenos produtores de imigração recente são o conhecimento da floresta, os hábitos alimentares e os padrões de moradia. Devido a seus atributos econômicos similares, no entanto, os dois, caboclos e imigrantes, podem ser alocados na categoria social mais ampla de camponeses.
Ver também
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 074.
- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 302.
- ↑ «Cariboca». Dicio. Consultado em 28 de outubro de 2019
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 244.
- ↑ «Cariboca». Dicio. Consultado em 28 de outubro de 2019
- ↑ «PNAD 2006» (PDF)
Bibliografia
- CARVALHO, M. R.; CARVALHO, A. M. (org.). Índios e caboclos: a história recontada. Salvador: EDUFBA, 2012, 269 p. link.
- CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura / Instituto Nacional do Livro, 1954.
- MAGALHÃES LIMA, Deborah. A construção histórica do termo caboclo: sobre estruturas e representações sociais no meio rural amazônico. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 2, n. 2, p. 5-32. 1999. link.
- RIBEIRO, Darcy. O Brasil caboclo. In: O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. link.