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SENAI Rio de Janeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Firjan SENAI)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio de Janeiro
(Firjan SENAI)
Logótipo
SENAI Rio de Janeiro
Novo logo da Firjan SENAI, desde julho de 2018.
Tipo Organização sem fins lucrativos
Fundação 1943 (81 anos)
Sede Centro e Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Línguas oficiais Português
Filiação Firjan
Pres. da Firjan Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Sítio oficial firjan.com.br/senai/

Firjan SENAI é a entidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) que serve à região fluminense. A organização atua com educação profissional (qualificação e especialização dos trabalhadores da indústria) e inovação tecnológica na indústria (via assessoria técnica), no estado do Rio de Janeiro. Promove a formação tecnológica dos profissionais da indústria com foco na prática profissional, buscando suprir a demanda por colaboradores com maior nível de capacitação e com habilidades para inovar em processos e produtos.[1]

Estrutura atual

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Com uma estrutura composta por 42 unidades operacionais trabalhando em forma de rede em 22 municípios, a Firjan SENAI visa atender às necessidades das empresas e da população dos municípios do estado, capacitando profissionais que buscam transformar informações em novas ideias e novos projetos. Dessa forma, torna-se viável fomentar uma maior competitividade industrial fluminense com base na redução de custos de produção e otimização de resultados das empresas.

Áreas de ensino profissional

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A entidade atua em diversas frentes educacionais, dentre elas: cursos, centros de tecnologia, faculdade e unidades móveis.

Os cursos trabalham princípios, conteúdos e metodologias com a finalidade de valorizar aprendizado técnico, iniciativa, tomada de decisões, espírito cooperativo e senso de autonomia, tornando o aluno apto a usar a criatividade em suas atividades na indústria: um novo produto, um sistema mais prático ou um processo de trabalho mais simples e eficiente. Uma forma de colocar essa criatividade em prática é por meio de cursos de profissionalizantes, estudo aprofundado da própria profissão e até mesmo do simples relacionamento com colegas.

As áreas que dizem respeito à chamada “indústria criativa” são abordadas nos cursos de duas unidades do Rio de Janeiro: Firjan SENAI Maracanã[2] (audiovisual, animação digital, gráfica, design, web e tecnologia da informação) e Firjan SENAI Laranjeiras[3] (audiovisual, animação digital e tecnologia da informação). Dentre os exemplos de produtos da indústria criativa estão: Informática / criação do iPad; Literatura / livros de Paulo Coelho; Arquitetura / obras de Oscar Niemeyer.

Institutos SENAI de Tecnologia (IST)[4]

Prestam serviços de consultoria, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura laboratorial, capacitação técnica e equipamentos. Tecnologia é a base para a educação profissional direcionada (cursos de formação e atualização) e para as consultorias que visam ao aumento da produtividade e ao desenvolvimento da indústria do Estado do Rio de Janeiro. Especificamente, os IST's estão voltados para as seguintes áreas: Automação/Simulação, Solda, Alimentos/Bebidas e Meio ambiente.

Faculdade Firjan SENAI[5]

Instituição de ensino superior que alia conteúdo teórico a projetos práticos nos cursos de graduação tecnológica, pós-graduação[nota 1] e extensão (todos credenciados pelo Ministério da Educação). Esses cursos, em especial os de graduação tecnológica, dão ao aluno uma visão sobre o mercado de trabalho, o que inclui uma compreensão econômica sobre a indústria e o segmento no qual ele pretende atuar com a formação de Tecnólogo. Seus laboratórios e oficinas buscam reproduzir o ambiente industrial.

Unidades móveis[6]

Levam cursos e soluções tecnológicas aos locais do Estado do Rio que não contam com infraestrutura da Firjan SENAI, além de realizar cursos in company sob demanda. O objetivo é prestar educação profissional nessas regiões e atender a indústria de forma especializada ao levar a infraestrutura da entidade para dentro das empresas para capacitar funcionários.

Programas e serviços

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A Firjan SENAI dispõe de programas e serviços para o aprimoramento profissional,[nota 2] dentre eles o de certificação profissional: o trabalhador que conquista a certificação segundo a norma ISO 17024 (critérios de credenciamento de organismos de certificação de pessoas)[7] tem o potencial de ampliar suas chances de acesso ao mercado de trabalho - a certificação comprova que ele possui as competências necessárias e domina as tecnologias exigidas. Já para as empresas, contar com trabalhadores certificados pode reduzir falhas e melhorar os negócios.

O profissional de hoje

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Muito já se falou sobre como seria o profissional do futuro: sempre atualizado, capaz de interagir com diversas plataformas simultaneamente e de buscar informação em tempo real, adaptável a ambientes diversos e a mercados globalizados, ágil, dinâmico, ético, versátil, resiliente, empreendedor, apto a acompanhar as constantes mudanças do ambiente, comprometido, etc. Pois bem, esse já é o profissional de hoje, principalmente aquele que atua nas áreas de inovação e tecnologia.[8]

Não raro surgem notícias afirmando que as empresas têm oportunidades de trabalho, mas não encontram profissionais qualificados no mercado[9] – especialmente nas áreas de infraestrutura e petróleo e gás.[10] Por conta dessa falta de mão de obra capacitada, cerca de 60% das empresas estão diminuindo as exigências na hora de contratar.[11] O diferencial está em cursos técnicos[12] e na formação profissional, em especial as de curta duração e que unem teoria e prática.

Olimpíada do Conhecimento

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Estudantes de cursos técnicos e de formação profissional do Senai e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) podem testar suas habilidades na Olimpíada do Conhecimento. Essa competição bienal, que consiste em quatro dias de provas, desafia os participantes a realizar tarefas que são cotidianas em empresas, com prazos e padrões de qualidade determinados. Os que se saem melhor participam também de uma competição internacional.[13]

História do Senai

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Pode-se dizer que a ideia de se criar uma escola voltada para a indústria no Brasil surgiu em 1865, quando “a Sain preconizou o surgimento da primeira Escola Industrial do Brasil, que funcionaria às expensas da Sociedade, e que, implantada na década de 1870, foi precursora do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que se instalaria quase um século mais tarde.”[14]

Em 1939 foi montada uma comissão para estudar a viabilidade de um sistema de ensino profissional. O estudo gerou um relatório, motivo de debate entre governo e empresários da época. Em 1941, Euvaldo Lodi e Roberto Simonsen conseguiram que o então presidente Getúlio Vargas concedesse às empresas a responsabilidade de criar uma entidade de ensino industrial: “Logo depois, em janeiro de 1942, Getulio Vargas baixava o decreto criando o Senai”.[nota 3]

Foi estabelecido que o Senai, nascido sob o nome de Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários, seria mantido via contribuição dos empregadores da indústria.[nota 4] Sua abrangência se ampliou para os “setores de transportes, das comunicações e da pesca, com o que, conservando a sigla, passou a se chamar de Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, pelo Decreto-lei no 4.936, de 7 de novembro de 1942.”[15]

Nas décadas que se seguiram, essa entidade de direito privado instalou mais de cem unidades de formação profissional em todo o país, a fim de incutir nos operários três conceitos que, para os industriais, são fundamentais para a ética de trabalho: ordem, dedicação e empenho.[nota 5]

História da Firjan SENAI

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Assim como o Senai Nacional tem uma Diretoria Nacional, em cada estado existe uma Diretoria Regional, a quem cabe “planejar, estabelecer metas, desenvolver técnicas e métodos, fazer cumprir e avaliar.” A Firjan SENAI nasceu em 1943, mas foi só em março de 1975 que o presidente do Conselho Nacional criou o Departamento Regional do Estado do Rio de Janeiro com seu respectivo Conselho. Foi uma fusão dos departamentos regionais do Senai do Estado do Rio de Janeiro e da Guanabara.[16]

A Firjan SENAI possui, portanto, autonomia administrativa, o que significa que ele não é obrigado a seguir todas as diretrizes do Sistema Senai, podendo escolher as que têm mais a ver com a realidade da economia fluminense.

Isso tem se refletido na oferta de cursos e treinamentos em áreas específicas, sem falar na ênfase que a Firjan SENAI tem dedicado à criatividade e à aquisição de tecnologias de ponta.[nota 6] Historicamente, foi em 1978 que a Firjan SENAI decidiu focar ainda mais numa formação técnica mais sofisticada. Daí a introdução de cursos de tecnologia de ponta, que incluem Comando numérico, Robótica, Instrumentação elétrica, hidráulica e eletrônica, Informática e Solda especializada.

O objetivo era contribuir para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, promover a modernização industrial que o processo de substituição de produtos importados exigia e fornecer mão de obra capaz de atuar no programa de criação de fontes alternativas de energia.[16]

Os conceitos mais importantes para a indústria também são contemplados em seus cursos de aprendizagem e qualificação, respectivamente para menores e maiores de idade. Os jovens que se enquadram na categoria de Menor Aprendiz[nota 7] passam por uma trajetória de aprendizado que envolve nove etapas:

TRAJETÓRIA DO MENOR APRENDIZ
Fase Conteúdo
Informação e inscrição
Seleção e matrícula Testes de português, matemática, psicotécnico e entrevista
Disciplinas instrumentais Estudo de matemática, ciências, desenho e português
Estudo da tarefa Materiais impressos e audiovisuais (o que é a tarefa a ser realizada, como fazê-lo e que tecnologia usar)
Demonstração Professor mostra como realizar a operação, ressaltando os procedimentos
Execução da tarefa Aluno aprende fazendo ele próprio a atividade
Avaliação da aprendizagem Professor avalia todas as fases pelas quais o aluno passou durante o curso
Aprimoramento Foco em qualidade e produtividade, além de informações sobre direitos e deveres trabalhistas
Estágio industrial Na própria indústria, com assistência de supervisor da empresa e acompanhamento do Senai, dura 1.600 horas

A indústria fluminense

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O setor industrial do estado do Rio de Janeiro tem crescido ao longo dos anos. De 2006 a 2009, o número de empregados na indústria fluminense passou de 560.116 para 664.252, desempenho esse mais expressivo na construção civil e nas indústrias automotiva e mecânica, ou seja, nas profissões fundamentais para a cadeia produtiva de petróleo e gás. Mas outros setores também prosperaram, com percentual de crescimento de até 144% no número de trabalhadores empregados.[17] Exemplos:

Região 2006 2009 Crescimento Setor
Baixada Fluminense 1845 2760 49,59% Perfumaria e cosméticos
Norte 1315 3218 144,71% Manutenção de máquinas
Sul Fluminense 618 1113 80,10% Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos

Já no que diz respeito ao triênio 2014-2016, período em que o Rio de Janeiro recebe a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, os investimentos previstos contemplam projetos em diversas regiões do estado. O documento Decisão Rio[18] revela que os investimentos na economia fluminense chegarão a R$ 235,6 bilhões, nesse triênio. A quantia vai ser empregada no setor de petróleo e gás (60,7%) e na indústria de transformação (17,2%), mas também nos preparativos para as Olimpíadas,[nota 8] que abocanham R$ 32,5 bilhões (cerca de 13,8% do investimento total).

Notas

  1. Mais informações sobre os cursos desse nível podem ser obtidas na página de cursos de pós-graduação do Senai Rio
  2. Uma pesquisa realizada em 2013 constatou que 91% das indústrias preferem profissionais formados pelo Senai, conforme noticiou o jornal O Dia, na reportagem Formação para a indústria abre150 mil vagas Arquivado em 2 de maio de 2014, no Wayback Machine.
  3. Trata-se do Decreto-lei número 4.048 de 22 de janeiro de 1942 Arquivado em 2 de maio de 2014, no Wayback Machine.
  4. No início, o Senai era sustentado com a “arrecadação de 2 mil réis mensais por empregado das empresas filiadas à Confederação Nacional da Indústria. Esse sistema foi alterado em 5 de fevereiro de 1944, quando a arrecadação passou a corresponder a 1% do valor total da folha de pagamento das indústrias” (in “Histórias e percursos - O departamento nacional do Senai (1942-2002)”, Brasília, 2002). Para mais informações a respeito, ler o Decreto-lei no 6.246/1944
  5. No período compreendido entre 1980 e 1994, esse crescimento foi de 22 para 42 unidades operacionais só no Estado do Rio de Janeiro
  6. O Senai Rio atua na aquisição e transferência de técnicas de processos industriais avançados graças aos convênios de cooperação técnica firmados com países desenvolvidos;
  7. Para a Lei da Aprendizagem ou do Aprendiz (número 10.097/2000), menor aprendiz é o adolescente entre 14 e 18 anos cujo empregador contribui para sua formação técnico-profissional de acordo com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico - como explica o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) em sua página O Programa (aprendiz legal). Acontece que, cinco anos mais tarde, ela foi ampliada com o Decreto número 5.598/2005. Com ele, a idade máxima aumentou para 24 anos. Assim, por determinação legal, empresas de médio e grande porte têm o dever de contratar jovens de 14 a 24 anos a fim de cumprirem quotas que variam de 5% a 15% do número de funcionários efetivos qualificados. As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) têm a opção de escolher contratar aprendizes ou não - conforme descrito no site Aprendiz Legal.
  8. Esses preparativos incluem instalações, aeroportos, mobilidade urbana e hotéis.

Referências

  1. Senai Rio. «Informação gerando inovação: a chave do sucesso profissional». Consultado em 10 de dezembro de 2013 
  2. Senai Rio. «Maracanã: conheça melhor esta unidade do Senai Rio». Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  3. Senai Rio. «Laranjeiras: conheça melhor esta unidade do Senai Rio». Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  4. Sistema Firjan. «Soluções tecnológicas». Consultado em 4 de abril de 2014. Arquivado do original em 2 de maio de 2014 
  5. Sistema Firjan. «Chegou a Faculdade Senai Rio». Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  6. Sistema Firjan. «Unidades Móveis Senai». Consultado em 21 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 2 de maio de 2014 
  7. Portal da Indústria. «Confira todos os programas e serviços do Senai». Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  8. Instituto Brasileiro de Coaching (José Roberto Marques). «Qual o perfil do profissional do futuro». Consultado em 27 de fevereiro de 2014 
  9. Jornal do Comércio (20 de janeiro de 2014). «Falta de mão de obra especializada se agrava». Consultado em 24 de abril de 2014 
  10. Revista Exame, por Beatriz Souza (20 de outubro de 2013). «Por que é difícil encontrar mão de obra qualificada no país». Consultado em 24 de abril de 2014 
  11. Jornal O Estado de S. Paulo (Renée Pereira) (12 de janeiro de 2014). «Falta de mão de obra especializada se agrava e atinge 91% das empresas». Consultado em 24 de abril de 2014 
  12. Portal de notícias G1 Goiás (27 de janeiro de 2014). «Empresários reclamam da falta de mão de obra qualificada em indústrias». Consultado em 24 de abril de 2014 
  13. Portal da Indústria. «Olimpíada do conhecimento - O que é». Consultado em 24 de abril de 2014 
  14. Coordenação de Beloch I. e Fagundes L. R. (1997), “Sistema Firjan: a história dos 170 anos da representação industrial no Rio de Janeiro, 1827-1997”: Memória Brasil Projetos Culturais Ltda.
  15. “Histórias e percursos - O departamento nacional do Senai (1942-2002)”. Brasília, 2002
  16. a b Cardoso, Neusa. “Senai Rio - Quem somos e o que fazemos”: Departamento Regional do Senai do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1990
  17. Senai Rio. «A economia do Rio e a indústria fluminense». Consultado em 10 de dezembro de 2013 
  18. Sistema Firjan. «Decisão Rio - Investimentos 2014-2016 - Sumário Executivo (PDF – 21MB)». Consultado em 17 de abril de 2014 

Ligações externas

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