Let's Make Love
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2020) |
Let's Make Love | |
---|---|
Vamo-nos amar (PRT) Adorável Pecadora (BRA) | |
Yves Montand e Marilyn Monroe em cena no filme | |
![]() 1960 • cor • 119 min | |
Direção | George Cukor |
Produção | Jerry Wald |
Roteiro | Norman Krasna Hal Kanter (material adicional) Arthur Miller (não creditado) |
Elenco | Marilyn Monroe Yves Montand Tony Randall Frankie Vaughan Wilfrid Hyde-White |
Gênero | comédia romântica |
Idioma | inglês |
Let's Make Love (br: Adorável Pecadora, pt: Vamo-nos amar) é um filme estadunidense de 1960 dirigido por George Cukor e estrelado por Marilyn Monroe e Yves Montand. Foi produzido por Jerry Wald pelos estúdios da 20th Century Fox. Este foi o penúltimo trabalho completo de Monroe no cinema. Trata-se de adaptação do musical Avenida dos Milhões de 1937.[1]
Sinopse[editar | editar código-fonte]
A história gira em torno do bilionário solteirão francês radicado nos Estados Unidos Jean-Marc Clement que é informado que vai ser ridicularizado pela sua fama de mulherengo em uma peça off-Broadway (sósias o interpretarão em um número musical satírico assim como também Maria Callas e Elvis Presley), pelo seu relações públicas Coffman. Ao chegar ao teatro onde ocorre o ensaio, ele vê a sensual Amanda Dell dançando e cantando a música "My Heart Belongs to Daddy" e se apaixona desesperadamente por ela. Antes de se identificar como Clement, porém, um organizador o confunde com um dos candidatos ao papel dele e o bilionário acaba entrando na peça com o nome de Alexander Dumas, com o objetivo de conquistar o coração de Amanda sem que seja pelo seu dinheiro e sim pelo o que ele é. Mas Clement tem a investida fracassada pois Amanda parece estar muito interessada no protagonista da peça, o jovem Tony Danton (na verdade ela o protege pois o rapaz é ex-alcoólico). Achando que deverá agir como o rival para conquistá-la ele resolve que seu papel tenha mais destaque e usa seu dinheiro para isso: compra uma piada de um escritor famoso (Charlie Lamont), contrata Milton Berle para lhe ensinar alguns números cômicos, Bing Crosby para cantar e Gene Kelly para dançar. Como isso também não parece suficiente ele faz com que George, seu braço direito nos negócios, se torne o maior investidor e adquira o controle da produção.
Antecedentes[editar | editar código-fonte]
Let's Make Love foi um filme que ninguém queria fazer, exceto os executivos da 20th Century Fox. Em 1955, Marilyn Monroe assinou um novo contrato com a Fox, exigindo que ela estrelasse quatro filmes nos próximos sete anos, que também lhe permitiu fazer filmes para outros estúdios. Em 1959, ela completou apenas um: Bus Stop, que havia sido lançado em 1956. Enquanto Monroe gravava Some Like It Hot em 1958 (para a United Artists) seu marido, Arthur Miller, completou o roteiro de The Misfits (1961), que seria então seu próximo filme. Some Like It Hot foi lançado em março de 1959 e se tornou um enorme sucesso. Os críticos elogiaram a comédia e a performance de Marilyn. Esperando capitalizar isso, a 20th Century Fox exigiu que ela cumprisse seu contrato. Sendo assim, Os Desajustados foi adiado, e Marilyn foi escalada pelo estúdio para estrelar o que foi então intitulado The Billionaire (título provisório de Let's Make Love).
O roteiro original foi escrito pelo vencedor do Oscar Norman Krasna. Miller reescreveu e ampliou o papel de "Amanda" dando mais ênfase no seu personagem (embora ele não tenha recebido crédito). Depois de Gregory Peck recusar o papel de "Jean-Marc Clement",[2] seu personagem foi então oferecido a Rock Hudson, Cary Grant e Charlton Heston, os quais recusaram. Eventualmente foi oferecido a Yves Montand, que apareceu em uma versão cinematográfica francesa de As Virgens de Salem (1957), de Miller, e que havia recebido elogios por seu recente show musical em Nova York. O título do filme foi então alterado para Let's Make Lovee (Adorável Pecadora, no Brasil). A produção começou em janeiro de 1960, com George Cukor como diretor, mas foi interrompida devido a uma greve do Sindicato de Atores e Roteiristas dos EUA, que decorreu de 7 março a 18 de abril daquele ano.[3]
Em março de 1960, Monroe recebeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Musical ou Comédia, consolidando ainda mais o sucesso de Some Like It Hot.[4] A esposa de Montand, Simone Signoret, com quem ele estrelou a versão francesa de As Virgens de Salem, ganhou o Oscar de Melhor Atriz por seu papel em Almas em Leilão em abril daquele ano.[5]
Elenco principal[editar | editar código-fonte]
- Marilyn Monroe ... Amanda Dell
- Yves Montand ... Jean-Marc Clement / Alexander Dumas
- Tony Randall ... Alexander Coffman
- Frankie Vaughan ... Tony Danton
- Wilfrid Hyde-White ... George Welch
- Milton Berle...ele mesmo (não creditado)
- Bing Crosby...ele mesmo (não creditado)
- Gene Kelly...ele mesmo (não creditado)
- Joe Besser...Charlie Lamont
- Dick Dale ...sósia de Elvis Presley (não creditado)
Números musicais[editar | editar código-fonte]
- "Let's Make Love" (Sammy Cahn e Jimmy Van Heusen) - cantado por Marilyn Monroe e coro,depois por Marilyn Monroe com Frankie Vaughan e novamente com Yves Montand.
- "My Heart Belongs to Daddy" (Cole Porter) - cantado por Marilyn Monroe
- "Give Me the Simple Life" (Rube Bloom e Harry Ruby) - (parodia) cantado por Frankie Vaughan
- "Crazy Eyes" (Cahn e Van Heusen) - cantado por Frankie Vaughan
- "Specialization" (Cahn e Van Heusen) - cantado por Marilyn Monroe e Frankie Vaughan
- "Incurably Romantic" (Cahn e Van Heusen) - cantado por Bing Crosby e Yves Montand, por Marilyn Monroe e Montand e novamente por Marilyn Monroe e Frankie Vaughan.
Recepção[editar | editar código-fonte]
Marilyn Monroe vinha de vários sucessos de crítica e público como Bus Stop (1956), The Prince and the Showgirl (1957) e Some Like It Hot (1959) mas nessa produção que ela fez por pressão da Twentieth Century Fox que a mantinha em contrato, o retorno financeiro não foi tão bom (renda de apenas 4 milhões e meio de dólares). As filmagens foram ainda complicadas pelo caso romântico de Marilyn com Montand, sendo que na época estavam casados respectivamente com o dramaturgo Arthur Miller e a atriz Simone Signoret.
Indicações[editar | editar código-fonte]
- Oscar
- Melhor trilha musical: Lionel Newman e Earle H. Hagen
- BAFTA
- Melhor Filme - George Cukor
- Melhor ator estrangeiro - Yves Montand
- Golden Globe
- Melhor musical/comédia.
Referências
- ↑ «Adorável Pecadora (1960)|Rubens Ewald Filho». UOL Cinema. Consultado em 28 de janeiro de 2016
- ↑ «LET'S MAKE LOVE» (em inglês). TCM.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
- ↑ «"Let's Make Love" (1960)». American Film Institute. Consultado em 28 de janeiro de 2016
- ↑ The Hollywood Foreign Press Association. «Some Like It Hot». goldenglobes.com/. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
- ↑ American Academy of Arts and Sciences. «Simone Signoret Academy Awards Acceptance Speech». oscars.org/. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Let's Make Love» (em inglês). no IMDb