Rio Mojiguaçu
Rio Mojiguaçu | |
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Rio Mojiguaçu na cidade de Mogi Guaçu | |
Comprimento | 473 km |
Nascente | Bom Repouso, Minas Gerais (Serra da Mantiqueira) |
Foz | Rio Pardo |
Área da bacia | 14 463 km² |
Afluentes principais |
Rio Oriçanga Rio do Peixe Rio Manso Rio Mojimirim Rio Jaguarimirim Rio do Quilombo Rio Capetinga Ribeirão do Pântano Ribeirão das Araras Ribeirão Laranja Azeda Córrego Vargem Grande |
País(es) | Brasil |
O rio Mojiguaçu,[1][2] cujas grafias arcaicas Moji-Guaçu e Mogi-Guaçu[3][4][5] costumam ainda ser usadas, é um curso de água que nasce na cidade de Bom Repouso, na serra da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais, no Brasil. O rio nasce a 1 650 metros de altitude no sul de Minas Gerais com o nome de Ribeirão do Corisco, e suas águas percorrem a região central e nordeste do estado de São Paulo, até desaguar a 470 metros de altitude no rio Pardo na divisa dos municípios de Pontal, Pitangueiras e Morro Agudo.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome vem do tupi antigo moî'ygûasu, que significa "grande rio que serpenteia" (moîa, "cobra + 'y, "rio" + ûasu, "grande"),[6]
Bacia hidrográfica
[editar | editar código-fonte]A bacia hidrográfica do rio Mojiguaçu compreende uma área de 14 463 quilômetros quadrados em quarenta municípios, com uma população de um milhão e meio de pessoas, em dois estados (São Paulo e Minas Gerais). O rio atravessa zonas urbanas das cidades de Mogi Guaçu, Porto Ferreira, o distrito de Cachoeira de Emas em Pirassununga, Taquari Ponte em Leme e zona rural de Santa Rita do Passa Quatro. Na sequência, passa pelo norte do município de Descalvado, posteriormente a nordeste e norte do município de São Carlos, prosseguindo em direção a Guatapará e Barrinha.
O rio Pardo é um afluente do rio Grande, que, ao se juntar com o rio Paranaíba, forma o rio Paraná. Na cidade de Mogi Guaçu, o rio tem 50 metros de largura e, em trechos na cidade de Pontal, pouco antes de se unir ao rio Pardo, chega a ter 350 metros de largura (de margem a margem). Quando o Mojiguaçu e o Pardo se unem, em Bico do Pontal, ficam com duas cores diferentes devido à cor mais clara do Mojiguaçu e à mais escura do rio Pardo, semelhante ao que acontece no encontro dos rios Solimões e Negro.
UF | Município | Zona urbana
da sede |
---|---|---|
MG | Bom Repouso | Não |
Tocos do Moji | Sim | |
Borda da Mata | Não | |
Inconfidentes | Sim | |
Ouro Fino | Não | |
Jacutinga | Sim | |
SP | Espírito Santo do Pinhal | Não |
Itapira | Não | |
Mogi Guaçu | Sim | |
Conchal | Não | |
Araras | Não | |
Leme | Não | |
Pirassununga | Não | |
Porto Ferreira | Sim | |
Luiz Antônio | Não | |
Descalvado | Não | |
Santa Rita do Passa Quatro | Não | |
São Carlos | Não | |
Rincão | Não | |
Guatapará | Sim | |
Motuca | Não | |
Guariba | Não | |
Pradópolis | Não | |
Jaboticabal | Não | |
Barrinha | Sim | |
Pitangueiras | Não | |
Pontal | Não |
Turismo
[editar | editar código-fonte]É no distrito de Cachoeira de Emas em Pirassununga que o rio tem o seu principal ponto turístico. Nesse local, cortado pela SP-201, existem vários restaurantes que têm, como pratos especiais, os peixes. É um recanto turístico muito visitado, principalmente pelos romeiros que se dirigem à cidade de Tambaú, por causa do padre Donizetti Tavares de Lima. Ainda, em Cachoeira de Emas, dois importantes locais de estudos e pesquisas sobre peixes de água doce têm sede: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais, ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; e a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento do Polo Centro Leste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Em Ouro Fino, o rio passa em uma ponte famosa de Ouro Fino, a Ponte Preta, local muito bonito e agradável para se pescar.
Degradação ambiental
[editar | editar código-fonte]A importância do rio vem crescendo motivada pelo incremento da economia na região. No entanto, o uso predatório e o descaso de autoridades, empresários e da maioria da população está causando a degradação das águas e dos ecossistemas.[carece de fontes]
Afluentes
[editar | editar código-fonte]- Rio do Peixe
- Rio Mojimirim
- Ribeirão do Meio
- Rio do Roque
- Ribeirão do Pântano
- Rio do Quilombo
- Ribeirão das Cabeceiras
- Rio Santa Rosa
- Ribeirão Bonito
- Ribeirão das Araras
- Ribeirão Santa Rita
- Descaroçador
- Ribeirão do Ouro
- Ribeirão da Penha
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Dicionário Aurélio, 6ª edição, revisada com as regras da Reforma Ortográfica
- ↑ Os nomes de acidentes geográficos devem ter sua grafia atualizada de acordo com o Acordo Ortográfico de 1945, cuja onomástica determina que palavras de origem indígena devem ser grafadas com J. O nome do topônimo evoluiu de mog'y e mogi para moji.
- ↑ «Página oficial da Prefeitura Municipal de Mogi Guaçu». Consultado em 7 de agosto de 2008. Arquivado do original em 20 de agosto de 2008
- ↑ «Página da USP». Consultado em 7 de agosto de 2008. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ Reportagem no jornal Folha de S.Paulo
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 588.