Pitangueiras (São Paulo)

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Município do Brasil | |||
Entardecer em Pitangueiras | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | pitangueirense | ||
Localização | |||
Localização de Pitangueiras, São Paulo, Brazil em São Paulo | |||
Localização de Pitangueiras, São Paulo, Brazil no Brasil | |||
Mapa de Pitangueiras, São Paulo, Brazil | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | Ribeirão Preto | ||
Municípios limítrofes | Sertãozinho, Pontal, Morro Agudo, Viradouro, Bebedouro, Taquaral, Jaboticabal | ||
Distância até a capital | 369 km | ||
História | |||
Fundação | 27 de julho de 1858 (164 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcos Aurelio Soriano (Cidadania, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 429,577 km² | ||
População total (Censo IBGE/2018[2]) | 39 349 hab. | ||
• Posição | SP: 170º | ||
Densidade | 91,6 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 512 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 14750-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,723 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 372 446,948 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 10 620,10 |
Pitangueiras é um município brasileiro do estado de São Paulo, parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Localiza-se a uma latitude 21º00'34" sul e a uma longitude 48º13'18" oeste, estando a uma altitude de 512 metros. Sua população estimada em 2020 era de 40.080 habitantes. O município é formado pela sede e pelo distrito de Ibitiúva[5][6].
História[editar | editar código-fonte]
A povoação da região surgiu de um pouso de passagem no local onde as rotas comerciais provenientes dos centros de criação de gado do norte do atual estado de São Paulo (Bebedouro, Jaboticabal e Barretos) os caminhos para São Carlos do Pinhal (atual São Carlos) e São Paulo. Uma parte destas rotas comerciais era feita através de vias fluviais pela bacia do rio Moji-Guaçu, nas margens do qual havia um porto e o pouso de passagem. Como a malária tornou-se endêmica na região, o pouso passou a ser feito mais longe do rio onde proliferavam os mosquitos, até estabelecer-se em uma clareira no caminho de Jaboticabal onde existiam muitas pitangueiras[7].
A região do pouso pertencia então ao município de Jaboticabal. A data em que se formou um arraial com moradores permanentes no local do antigo pouso é desconhecida, porém sabe-se que, em 1858, Manoel Félix e sua mulher, Ana Batista de Morais, doaram para o padroeiro São Sebastião cerca de 80 alqueires de terra visando, certamente, a consolidação de um povoado já existentes. Nestas terras doadas foi construída uma capela[7].
Conforme levantamento feito pela própria paróquia, por volta de 1880, viviam cerca de oitocentas “almas” e havia 4 empórios nas imediações da capela. A maioria dos habitantes locais eram oriunda de Minas Gerais de onde migraram devido à decadência econõmica que ocorria com o fim da exploração de ouro. Estes primeiros povoadores dedicavam-se à pecuária e ao cultivo de milho, feijão e mandioca[7].
A freguesia de Pitangueiras foi criada no município de Jaboticabal por lei provincial de 7 de julho de 1881[7].
Em 1892, Joaquim Moço e sua esposa doaram mais 5 alqueires para a paróquia de São Sebastião de Pitangueiras. Neste mesmo ano, com a nova organização política devida à proclamação da República, a freguesia passou a ser considerada um distrito de Paz. Uma lei estadual de 6 de julho de 1893 desmembrou o município de Jaboticabal, elevando o distrito de Pitangueiras à vila com prerrogativas de município. A vila passou a ser cidade por lei municipal de 7 de dezembro de 1906 constituindo-se por dois distritos: Pitangueiras (sede) e Viradouro[7].
Em 1906, a prefeitura de Pitangueiras expediu uma concessão para que fosse construída uma pequena ferrovia para ligar a sede do município à estação de Pitangueiras da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (depois FEPASA) que existia à margem direita do rio Moji-Guaçu, mas ainda dentro da área do município[8]. Em 1907 foi inaugurada a Companhia de Estrada de Ferro Pitangueiras que permitiu a comunicação ferroviária da sede do município com a vasta região que vai desde Goiás até São Paulo e Santos. A antiga estação Pitangueiras da Companhia Paulista de Estradas de Ferro passou a ser denominada Passagem, pois a estação na sede municipal assumiu o nome do município[8]. A comunicação por ferrovia causou um forte crescimento econômico em todo o município. Na mesma época, foi instalada a primeira indústria de grande porte na região: a S/A Frigorífico Anglo[7]. A Companhia de Estrada de Ferro Pitangueiras foi posteriormente encampada posteriormente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro[8]
O distrito de Viradouro foi desmembrado de Pitangueiras em 1916 tornando-se um município. A partir de 1933, o município passou a ser composto por 3 distritos: Pitangueiras (sede), Ibitiúva e Taquaral. Em 1993, o município foi desmembrado do distrito de Taquaral que passou a constituir um novo município[7].
Atualmente, o município compõe de dois distritos: Pitangueiras (sede) e Ibitiúva[7].
Geografia[editar | editar código-fonte]
Possui uma área de 430,88 km².
Demografia[editar | editar código-fonte]
Área | População residente[9] |
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Urbana | 29.306 |
Rural | 1.850 |
Homens | 15.959 |
Mulheres | 15.197 |
31.156 |
Cor/Raça | Percentagem[9] |
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Branca | 35,4% |
Preta | 20,0% |
Parda | 44,2% |
Amarela | 0,4% |
Densidade demográfica (hab./km²): 72,52[9]
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 18,79
Expectativa de vida (anos): 69,73
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,02
Taxa de alfabetização: 70,95%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,764
- IDH-M Renda: 0,690
- IDH-M Longevidade: 0,746
- IDH-M Educação: 0,855[10]
Hidrografia[editar | editar código-fonte]
O município faz parte da bacia hidrográfica do rio Mogi Guaçu, onde é a maior fonte de ranchos na cidade.
Rodovias[editar | editar código-fonte]
Ferrovias[editar | editar código-fonte]
- Linha Tronco da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro [11]
- Ramal de Pontal da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro [12]
Comunicações[editar | editar código-fonte]
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[13], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[14], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[15] para suas operações de telefonia fixa.
Hoje a cidade possui cobertura das operadoras TIM, Claro, VIVO e Oi
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 10 de junho de 2015
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico
- ↑ «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- ↑ a b c d e f g h Banco de Dados do IBGE. «Pitangueiras - São Paulo» (PDF). Consultado em 8 de setembro de 2009
- ↑ a b c Estações Ferroviárias do Brasil. «Estação Pitangueiras - Município de Pitangueiras, SP». Consultado em 8 de setembro de 2009
- ↑ a b c Censo 2000
- ↑ IPEADATA
- ↑ «Pitangueiras -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de novembro de 2020
- ↑ «Passagem -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de novembro de 2020
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1