101955 Benu: diferenças entre revisões

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{{Info/Asteroide}}
[[Imagem:1999 RQ36.ogv|thumb|right|300px|Apesar de sua composição ser desconhecida, os cientistas acham que o asteroide {{mp|1999 RQ|36}} é composto por materiais presentes de quando o sistema solar foi formado.]]
{{Info/Asteroide}}'''101955 Bennu''' (designação provisória ''{{mp|(101955) 1999 RQ|36}}'') é um asteroide Apollo descoberto pela [[Lincoln Near-Earth Asteroid Research|LINEAR]] em [[11 de setembro]] de [[1999]]. O asteroide é o alvo da sonda ''[[OSIRIS-REx]]'' que foi lançada em 2016.<ref>{{Citar periódico|titulo=Após percorrer 2 bilhões de km, sonda se aproximará do asteroide Bennu|url=https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/12/apos-percorrer-2-bilhoes-de-km-sonda-se-aproximara-do-asteroide-bennu.html?fbclid=IwAR0X9Ah3sqWKh5B9rwUhN6xY9UfjPRS6x9uYudZLj8b3sr407ngKEixn92I|jornal=revistagalileu.globo.com}}</ref> Em 20 de outubro de 2020 a sonda pousou no asteroide e coletou algumas amostras para um estudo aprofundado. O retorno da sonda à [[Terra]] está previsto para setembro de 2023.<ref>{{Citar periódico|titulo=Após percorrer 2 bilhões de km, sonda se aproximará do asteroide Bennu|url=https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/12/apos-percorrer-2-bilhoes-de-km-sonda-se-aproximara-do-asteroide-bennu.html?fbclid=IwAR0X9Ah3sqWKh5B9rwUhN6xY9UfjPRS6x9uYudZLj8b3sr407ngKEixn92I|jornal=revistagalileu.globo.com}}</ref> O asteroide possui um grande potencial de atingir a Terra e está listado na [[Sentry (astronomia)|Tabela de Risco Sentry]]''.''<ref name="risk-table"/> O seu nome se refere a Bennu, a antiga ave mitológica egípcia associada ao Sol, à criação e ao renascimento.
O '''101955 Bennu''' (designação provisória ''{{mp|(101955) 1999 RQ|36}}'') é um asteroide Apollo descoberto pela [[Lincoln Near-Earth Asteroid Research|LINEAR]] em [[11 de setembro]] de [[1999]]. O asteroide é o alvo da sonda [[OSIRIS-REx]] que foi lançada em 2016.<ref name=Galileu/> Em 20 de outubro de 2020 a sonda pousou no asteroide e coletou algumas amostras para um estudo aprofundado. O retorno da sonda à [[Terra]] está previsto para setembro de 2023.<ref name=Galileu>{{Citar periódico|titulo=Após percorrer 2 bilhões de km, sonda se aproximará do asteroide Bennu|url=https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/12/apos-percorrer-2-bilhoes-de-km-sonda-se-aproximara-do-asteroide-bennu.html?fbclid=IwAR0X9Ah3sqWKh5B9rwUhN6xY9UfjPRS6x9uYudZLj8b3sr407ngKEixn92I|jornal=revistagalileu.globo.com}}</ref> O asteroide possui um grande potencial de atingir a Terra e está listado na [[Sentry (astronomia)|Tabela de Risco Sentry]]''.''<ref name="risk-table">{{cite web |url=https://cneos.jpl.nasa.gov/sentry/ |title=Sentry Risk Table |publisher=NASA/JPL Near-Earth Object Program Office |archiveurl=https://web.archive.org/web/20160911172609/http://neo.jpl.nasa.gov/risk/ |archivedate=2016-09-11 |acessodata=20 de março de 2018}} (Use Unconstrained Settings)</ref> O seu nome se refere a Bennu, a antiga ave mitológica egípcia associada ao Sol, à criação e ao renascimento.


Com um diâmetro de aproximadamente 493 metros, Bennu é observado extensivamente com o radar planetário do ''[[Radiotelescópio de Arecibo|Arecibo Observatory]]'' e o [[Deep Space Network]], [[Goldstone Deep Space Communications Complex|Goldstone]].<ref name="Goldstone radar images"/><ref name=Nolan2012/><ref name="Hudson et al. 2000"/> Um recente estudo dinâmico feito por Andrea Milani e seus colaboradores localizou uma série de oito impactos potenciais da Terra entre 2169 e 2199.
Com um diâmetro de aproximadamente 493 metros, Bennu é observado extensivamente com o radar planetário do ''[[Radiotelescópio de Arecibo|Arecibo Observatory]]'' e o [[Deep Space Network]], [[Goldstone Deep Space Communications Complex|Goldstone]].<ref name="Goldstone radar images"/><ref name=Nolan2012/><ref name="Hudson et al. 2000"/> Um estudo dinâmico recente feito por Andrea Milani e seus colaboradores localizou uma série de oito impactos potenciais da Terra entre 2169 e 2199.


A probabilidade cumulativa de impacto depende das pouco conhecidas propriedades físicas do objeto, mas não é maior do que 0,07% para todos os oito encontros.<ref name="Milani et al.">{{Citar periódico |titulo=Long term impact risk for (101955) 1999 RQ36RQ36 |primeiro2=Steven R. |primeiro6=Oscar |ultimo5=Valsecchi |primeiro5=Giovanni B. |ultimo4=Bernardi |primeiro4=Fabrizio |ultimo3=Sansaturio |primeiro3=Maria Eugenia |ultimo2=Chesley |ultimo=Milani |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0019103509002334 |primeiro=Andrea |lingua=en |doi=10.1016/j.icarus.2009.05.029 |acessodata=2020-10-27 |numero=2 |paginas=460–471 |data=2009-10 |jornal=Icarus |ultimo6=Arratia}}</ref> A avaliação com precisão da probabilidade de o 1999 RQ36 ter um impacto na Terra exigirá um modelo de forma pormenorizada do asteroide, além de observações adicionais (quer a partir do solo ou de naves para interceptar o objeto) para determinar a magnitude da aceleração [[Efeito de Yarkovsky|Yarkovsky]].
A probabilidade cumulativa de impacto depende das pouco conhecidas propriedades físicas do objeto, mas não é maior do que 0,07% para todos os oito encontros.<ref name="Milani et al.">{{Citar periódico |titulo=Long term impact risk for (101955) 1999 RQ36RQ36 |primeiro2=Steven R. |primeiro6=Oscar |ultimo5=Valsecchi |primeiro5=Giovanni B. |ultimo4=Bernardi |primeiro4=Fabrizio |ultimo3=Sansaturio |primeiro3=Maria Eugenia |ultimo2=Chesley |ultimo=Milani |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0019103509002334 |primeiro=Andrea |lingua=en |doi=10.1016/j.icarus.2009.05.029 |acessodata=2020-10-27 |numero=2 |paginas=460–471 |data=Out. 2019 |jornal=Icarus |ultimo6=Arratia}}</ref> A avaliação com precisão da probabilidade do Bennu ter um impacto na Terra exigirá um modelo de forma pormenorizado do asteroide, além de observações adicionais (quer a partir do solo ou de naves para interceptar o objeto) para determinar a magnitude da aceleração [[Efeito de Yarkovsky|Yarkovsky]].


== Descoberta e observação ==
==Formação==
[[File:Bennu_rotation.gif|thumb|left|Série de imagens de radar mostrando a rotação do Bennu.|152x152px]]
Os asteroides [[162173 Ryugu|Ryugu]] e Bennu podem ter sido formados a partir de um outro asteroide de grandes dimensões. A análise das amostras de Ryugu e Bennu que as sondas [[Hayabusa 2]] e [[OSIRIS-REx]] recolheram vai permitir determinar com precisão a composição destes corpos, determinando se os dois asteroides são ou não “irmãos”.<ref>{{citar web|URL=https://zap.aeiou.pt/os-asteroides-ryugu-bennu-podem-filhos-um-mesmo-pai-327718|título=Os asteróides Ryugu e Bennu podem ser “filhos” de um mesmo pai|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
O Bennu foi descoberto em 11 de setembro de 1999 durante uma pesquisa de asteroides próximos da Terra feita pelo [[Lincoln Near-Earth Asteroid Research]] (LINEAR).<ref name="mpc"/> O asteroide recebeu a [[designação provisória]]{{mp|1999 RQ|36}} e foi classificado como um [[Objetos Próximos à Terra|objeto próximo à Terra]]. Ele foi extensivamente observado pelo Observatório de Arecibo e o Goldstone Deep Space Network, que usaram imagens de radar quando o mesmo se aproximou da Terra em 23 de setembro de 1999.<ref name="Nolan2013" /><ref name="GDSCC-img" />


== Exploração ==
=== Nomeação ===
O nome ''Bennu'' foi selecionado por mais de 800 estudantes inscritos de vários países ao redor do mundo no concurso "Name That Asteroid!" organizado pela [[Universidade do Arizona]], a [[Sociedade Planetária]], e o projeto LINEAR em 2012.<ref name="jpldata"/><ref name="contest"/> O estudante do terceiro ano Michael Puzio da [[Carolina do Norte]] propôs o nome em referência à [[Benu]], garça da mitologia egípcia. Para Puzio, o [[TAGSAM]] (braço robótico para a coleta de amostras) estendido da espaçonave assemelha-se à divindade egípcia, que é tipicamente representada como uma garça.<ref name="jpldata"/>
Separadamente, o 1999 RQ36 foi muitas vezes considerado um alvo para missões com naves espaciais, incluindo o [[OSIRIS-REx]], devido ao baixo Δv necessário para alcançar a órbita da Terra.<ref name="Benner et al."/> A [[NASA]] anunciou em [[25 de maio]] de [[2011]] que o OSIRIS-REx foi selecionado como parte do ''[[Programa New Frontiers]]''.<ref name="OSIRIS-REx press release"/> A nave foi lançada em [[2016]], e voltará com amostras para a Terra em [[2023]].<ref name="OSIRIS-REx press release"/> Em [[20 de outubro]] de [[2020]], a [[NASA]] divulgou que a sonda ''[[OSIRIS-REx]]'' entrou brevemente em contato com o asteroide Bennu, cumprindo o objetivo planejado.<ref>{{Citar web |url=https://www.uol.com.br/tilt/noticias/afp/2020/10/20/nasa-diz-que-sonda-osiris-rex-entrou-em-contato-com-asteroide-bennu.htm |titulo=Nasa diz que sonda Osiris-Rex entrou em contato com asteroide Bennu |acessodata=2020-10-21 |website=www.uol.com.br |lingua=pt-br}}</ref>


As características do asteroide têm o nome de aves ou de criaturas mitológicas semelhantes.<ref>{{Citar web|url=http://www.nasa.gov/feature/goddard/2019/asteroid-features-to-be-named-after-mythical-birds|título=Asteroid's Features To Be Named After Mythical Birds|ultimo=Hille|primeiro=Karl|data=8 de agosto de 2019|website=NASA|acessodata=10 de agosto de 2019}}</ref>
==Referências==

==Características físicas==
[[File:Asteroid-Bennu-OSIRIS-RExArrival-GifAnimation-20181203.gif|thumb|left|upright=0.7|Sequência de imagens da ''OSIRIS-REx'' mostrando a rotação do Bennu, a uma distância de aproximadamente 80 km.]]
O Bennu tem uma forma mais ou menos esferoidal, lembrando um [[pião]]. O seu [[eixo de rotação]] tem uma inclinação de 178° em relação à sua órbita; a direção da rotação sobre o eixo é [[Movimento prógrado e retrógrado|retrógrada]] com respeito à órbita.<ref name="Lauretta2019Nature" /> Enquanto as primeiras observações de radar instalado na Terra indicaram que o Bennu tinha uma forma razoavelmente lisa com uma rocha de 10 a 20 m proeminente na superfície,<ref name="Meteoritics"/> dados de alta resolução obtidos pela OSIRIS-REx revelaram que a superfície é mais áspera, com mais de 200 rochas maiores que 10 m na superfície, a maior tendo 58 m de diâmetro.<ref name="Lauretta2019Nature" /> As rochas contêm veias de carbono mineral que acredita-se terem origem na formação do asteroide devido à canais de água quente.<ref name="pmid33033199">{{citar jornal |autor=Voosen P |título=NASA mission set to sample carbon-rich asteroid |jornal=[[Science]] |volume=370 |issue=6513 |páginas=158 |data=2020 |doi=10.1126/science.370.6513.158}}</ref> As veias têm de 3 a 15 cm de largura, e podem ter mais de um metro de comprimento, sendo bem maiores que as vistas em [[meteorito]]s.<ref name="pmid33033155">{{citar jornal|vauthors=Kaplan HH, Lauretta DS, Simon AA, Enos HL|título=Bright carbonate veins on asteroid (101955) Bennu: Implications for aqueous alteration history |jornal=[[Science]] |ano=2020 |doi=10.1126/science.abc3557}}</ref> Existe uma crista bem-definida ao longo do equador do Bennu. A presença dessa crista sugere que partículas refinadas de [[regolito]] acumularam nessa área, possivelmente por causa da baixa gravidade e rápida rotação.<ref name="Meteoritics" /> Observações da OSIRIS-REx mostraram que a rotação do Bennu está ficando mais rápida com o passar do tempo.<ref name="surprises" /> Essa mudança é causada pelo [[Efeito de Yarkovsky|Efeito de Yarkovski]].<ref name="surprises" /> Devido à emissão desigual de radiação térmica da superfície do Bennu enquanto ele gira na luz do sol, o seu período de rotação diminui um segundo a cada 100 anos.<ref name="surprises" />

Observações desse asteroide feitas pelo [[Telescópio espacial Spitzer]] em 2007 deram um diâmetro efetivo de {{Val|484|10|u=m}}, o que está de acordo com outros estudos. Ele tem um baixo [[albedo geométrico]] de {{Val|0.046|0.005}}. A [[inércia térmica]] foi medida e descobriu-se que esta varia por aproximadamente 19% durante cada período de rotação. Com base nestas informações, cientistas (incorretamente) estimaram um tamanho médio para os grãos de regolito, indo de alguns milímetros até um centímetro, uniformemente distribuídos. Nenhuma emissão de poeira foi detectada perto do Bennu, o que põe um limite de 10<sup>6</sup> g de poeira dentro de um raio de 4750 km.<ref name="Emery2014" />

Observações [[Astrometria|astrométricas]] entre 1999 e 2013 demonstraram que o Bennu é influenciado pelo Efeito de Yarkovski, fazendo com que o eixo semimaior de sua órbita desvie em média {{Val|284|1.5}} metros ao ano. Análises de efeitos gravitacionais e térmicos deram uma [[densidade aparente]] de ρ = {{Val|1190|13}} kg/m<sup>3</sup>, o que é um pouco mais denso que a água. Portanto, a macroporosidade prevista é de {{Val|40|10}}%, sugerindo que o interior do asteroide tenha uma estrutura ''Rubble pile''. A massa estimada é de {{Val|7.329|0.009|e=10|u=kg}}.<ref name="Lauretta2019Nature" />

{{multiple image
| header = Superfície coberta por regolitos do asteroide Bennu
| direction = horizontal
| align = center
| image1 = 2019-02-25 regolith image compilation.png
| caption1 = Foto grande angular do Hemisfério Norte do Bennu tirada pela OSIRIS-REx a uma altitude de aproximadamente 1,8 km.
| width1 = 300
| image2 = Bennu’s_boulder-covered_surface_20190411_bennu_bird_rock_0.png
| caption2 = Foto tirada pela OSIRIS-Rex da superfície coberta por regolitos do Bennu.
| width2 = 200|footer
| image3 = OSIRIS-REx landing.jpg
| caption3 = Foto do lugar de coleta de amostras Nightingale tirada pela OSIRIS-Rex após a aterragem.
}}
=== Fotometria e espectroscopia ===
Observações [[Fotometria (astronomia)|fotométricas]] do Bennu em 2005 mostraram um [[período sinódico]] de {{Val|4.2905|0.0065|u=h}}. Ele é um [[asteroide tipo B]], que é uma subcategoria dos [[Asteroide tipo C|asteroides tipo C]].<ref name="Cellino2018" /> Medidas em um intervalo de [[Ângulo de fase (astronomia)|ângulos de fase]] mostraram um declive na função de fase de 0,04 magnitudes por grau, o que é similar a outros asteroides próximos à Terra com baixo albedo.<ref name=Hergenrother2013 />

Antes da OSIRIS-REx, a [[espectroscopia]] indicou uma correspondência com CI e/ou CM [[Condrito|condritos]] carbonáceos,<ref>{{citar jornal |ultimo1=King |primeiro1=A |ultimo2=Solomon |primeiro2=J |ultimo3=Schofield |primeiro3=P |ultimo4=Russell |primeiro4=S |título=Characterising the CI and CI-like carbonaceous chondrites using thermogravimetric analysis and infrared spectroscopy |jornal=Earth, Planets and Space |data= Dez. 2015 |volume=67 |página=1989|bibcode=2015EP&S...67..198K |doi=10.1186/s40623-015-0370-4}}</ref><ref>{{citar conferência |ultimo1=Takir |primeiro1=D |último2=Emery |primeiro2=J |último3=Hibbits |primeiro3=C |título=3-μm Spectroscopy Of Water-Rich Meteorites And Asteroids: New Results And Implications |jornal=Hayabusa Symposium 2017 |ano=2017}}</ref><ref>{{citar conferência |ultimo1=Bates |primeiro1=H |último2=Hanna |primeiro2=K |último3=King |primeiro3=A |último4=Bowles |primeiro4=N |título=Thermal Infrared Spectra of Heated CM and C2 Chondrites and Implications for Asteroid Sample Return Missions |jornal=Hayabusa Symposium 2018 |ano=2018}}</ref> incluindo a [[magnetita]] mineral carbonácea-condritada.<ref name="hamiltonsimon20"/><ref>{{citar livro |último=Mason |primeiro=B |título=Meteorites |ano=1962 |publisher=John Wiley and Sons Inc. |location=New York and London |página=60 |quote=an important constituent in many of the carbonaceous chondrites }}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Takir |primeiro1=D |último2=Emery |primeiro2=J |último3=McSween |primeiro3=H |último4=Hibbits |primeiro4=C |último5=Clark |primeiro5=R |último6=Pearson |primeiro6=N |último7=Wang |primeiro7=A |jornal=Meteoritics & Planetary Science |data=2013 |título=Nature and degree of aqueous alteration in CM and CI carbonaceous chondrites |volume=48 |issue=9 |página=1618 |doi=10.1111/maps.12171 |bibcode=2013M&PS...48.1618T }}</ref> A magnetita, um produto de água espectralmente proeminente, mas destruída pelo calor, é um importante indicador para os astrônomos, incluindo a equipe da OSIRIS-REx.<ref name="batesking19"/><ref>{{citar jornal |ultimo1=King |primeiro1=A |último2=Schofield |primeiro2=P |último3=Russell |primeiro3=S |título=Type 1 aqueous alteration in CM carbonaceous chondrites: Implications for the evolution of water-rich asteroids |data=2017 |jornal=Meteoritics & Planetary Science |volume=52 |issue=6 |página=1197 |doi=10.1111/maps.12872 |bibcode=2017M&PS...52.1197K}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Kerridge |primeiro1=J |último2=Mackay |primeiro2=A |último3=Boynton |primeiro3=W |jornal=Science |data=27 de Julho de 1979 |título=Magnetite in CI Carbonaceous Meteorites: Origin by Aqueous Activity on a Planetesimal Surface |volume=205 |issue=4404 |páginas=395–7 |doi=10.1126/science.205.4404.395 |pmid=17790849 |bibcode=1979Sci...205..395K }}</ref><ref>{{citar livro |ultimo1=Brearley |primeiro1=A |título=Meteorites and the Early Solar System II |editora=University of Arizona Press |local=Tucson |isbn=9780816525621 |página=587 |capítulo=The Action of Water |ano=2006 }}</ref><ref name="rubinli">{{citar jornal |ultimo1=Rubin |primeiro1=A |último2=Li |primeiro2=Y |jornal=Geochemistry |data=Dez. 2019 |título=Formation and destruction of magnetite in CO3 chondrites and other chondrite groups |volume=79 |issue=4 |página=article 125528 |doi=10.1016/j.chemer.2019.07.009 |bibcode=2019ChEG...79l5528R}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Kita |primeiro1=J |último2=Defouilloy |primeiro2=C |último3=Goodrich |primeiro3=C |último4=Zolensky |primeiro4=M |título=O isotope ratios of magnetite in CI-like cúltimos from a polymict ureilite |data=2017}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Cloutis |primeiro1=E |último2=Hiroi |primeiro2=T |último3=Gaffey |primeiro3=M |último4=Alexander |primeiro4=C |último5=Mann |primeiro5=P |jornal=Icarus |data=2011 |título=Spectral Reflectance Properties of carbonaceous chondrites: 1. CI chondrites |volume=212 |issue=1 |página=180 |doi=10.1016/j.icarus.2010.12.009 |bibcode=2011Icar..212..180C }}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Clark |primeiro1=B |último2=Binzel |primeiro2=R |último3=Howell |primeiro3=E |último4=Cloutis |primeiro4=E |último5=Ockert-Bell |primeiro5=M |último6=Christensen |primeiro6=P |último7=Barucci |primeiro7=M |último8=DeMeo |primeiro8=F |último9=Lauretta |primeiro9=D |ultimo10=Connolly |primeiro10=H |ultimo11=Soderberg |primeiro11=A |ultimo12=Hergenrother |primeiro12=C |ultimo13=Lim |primeiro13=L |ultimo14=Emery |primeiro14=J |ultimo15=Mueller |primeiro15=M |jornal=Icarus |data=2011 |título=Asteroid (101955) 1999 RQ36: Spectroscopy from 0.4 to 2.4 μm and meteorite analogs |volume=216 |issue=2 |página=462 |doi=10.1016/j.icarus.2011.08.021 |bibcode=2011Icar..216..462C }}</ref>

Levantamentos espectroscópicos preliminares da superfície do asteroide pela OSIRIS-REx confirmaram a magnetita e a ligação meteorito-asteroide,<ref>[https://eos.org/articles/all-about-bennu-a-rubble-pile-with-a-lot-of-surprises All About Bennu: A Rubble Pile with a Lot of Surprises.] Kimberly M. S. Cartier, EOS Planetary Sciences. 21 de Março de 2019. "In terms of spectra and minerology, Bennu’s rocks 'look a lot like the rarest, most fragile meteorites in our collection,' Lauretta said, referring to the CM carbonaceous chondrites"</ref><ref name="hamiltonsimon19">{{citar jornal|ultimo1=Hamilton|primeiro1=V. E. |último2=Simon |primeiro2=A. A. |ano=2019|título=Evidence for widespread hydrated minerals on asteroid (101955) Bennu |jornal=Nature Astronomy |volume=3 |issue=4|páginas=332–340 |doi=10.1038/s41550-019-0722-2 |pmid=31360777 |pmc=6662227 |bibcode=2019NatAs...3..332H |hdl=1721.1/124501 }}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Lauretta |primeiro1=D |título=The unexpected surface of asteroid (101955) Bennu |jornal=Nature |data=4 de Abril de 2019 |volume=568 |issue=7750 |páginas=55–60 |doi=10.1038/s41586-019-1033-6|pmid=30890786 |pmc=6557581 |bibcode=2019Natur.568...55L }} "This finding is in agreement with pre-encounter measurements and consistent with CI and CM chondrites."</ref> dominada por [[Silicato (mineralogia)#Filossilicatos|filossilicatos]].<ref>{{citar web |título=NASA's Newly Arrived OSIRIS-REx Spacecraft Already Discovers Water on Asteroid |data=11 de Dezembro de 2018 |editora=NASA |url=https://www.nasa.gov/press-release/nasa-s-newly-arrived-osiris-rex-spacecraft-already-discovers-water-on-asteroid}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.sciencedaily.com/releases/2018/12/181210150554.htm|título=Water found on asteroid, confirming Bennu as excellent mission target |data=10 de Dezembro de 2018 |acessodata=10 de Dezembro de 2018 |obra=Science Daily}}</ref><ref>{{citar web |ultimo1=Lauretta |primeiro1=D |título=Welcome to Bennu Press Conference - First Mission Science Results |url=https://www.youtube.com/watch?v=qaPHXXZTkAU |acessodata=24 de Julho de 2019}} "Report Card" at 25:15</ref> Os filossilicatos, entre outros, retêm água.<ref>{{citar jornal |ultimo1=Feierberg |primeiro1=M |último2=Lebofsky |primeiro2=L |último3=Tholen |primeiro3=D |título=The nature of C-class asteroids from 3u spectrophotometry |jornal=Icarus |data=1985 |volume=63 |issue=2 |página=191|doi=10.1016/0019-1035(85)90002-8 |bibcode=1985Icar...63..183F }}</ref><ref>{{citar livro |ultimo1=Sears |primeiro1=D |título=The Origin of Chondrules and Chondrites |data=2004 |editora=Cambridge University Press |isbn=978-1107402850}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Russell |primeiro1=Sara S. |último2=Ballentine |primeiro2=Chris J. |último3=Grady |primeiro3=Monica M. |título=The origin, history and role of water in the evolution of the inner Solar System |jornal=Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences |data=17 de Abril de 2017 |volume=375 |issue=2094 |páginas=20170108 |doi=10.1098/rsta.2017.0108 |pmid=28416731 |pmc=5394259 |bibcode=2017RSPTA.37570108R}}</ref> Os espectros de água de Bennu foram detectáveis na aproximação,<ref name="hamiltonsimon19"/><ref>{{citar jornal |ultimo1=Kaplan |primeiro1=H |último2=Hamilton |primeiro2=V |último3=Howell |primeiro3=E |último4=Anderson |primeiro4=S |último5=Barrucci |primeiro5=M |último6=Brucato |primeiro6=J |último7=Burbine |primeiro7=T |último8=Clark |primeiro8=B |último9=Cloutis |primeiro9=E |ultimo10=Connolly |primeiro10=H |ultimo11=Dotto |primeiro11=E |ultimo12=Emery |primeiro12=J |ultimo13=Fornasier |primeiro13=S |ultimo14=Lantz |primeiro14=C |ultimo15=Lim |primeiro15=L |ultimo16=Merlin |primeiro16=F |ultimo17=Praet |primeiro17=A |ultimo18=Reuter |primeiro18=D |ultimo19=Sandford |primeiro19=S |último20=Simon |primeiro20=A |último21=Takir |primeiro21=D |último22=Lauretta |primeiro22=D |jornal=Meteoritics & Planetary Science |data=2020 |título=Visible-near infrared spectral indices for mapping mineralogy and chemistry with OSIRIS-REx |volume=55 |issue=4 |páginas=744–65 |doi=10.1111/maps.13461 |bibcode=2020M&PS...55..744K }}</ref> revisados por cientistas externos,<ref>{{citar jornal |ultimo1=Potin |primeiro1=S |último2=Beck |primeiro2=P |último3=Usui |primeiro3=F |último4=Bonal |primeiro4=L |último5=Vernazza |primeiro5=P |último6=Schmidtt |primeiro6=B |jornal=Icarus |data=Set. 2020 |título=Style and intensity of hydration among C-complex asteroids: A comparison to dessicated carbonaceous chondrites |volume=348 |página=article 113826 |doi=10.1016/j.icarus.2020.113826 |arxiv=2004.09872}}</ref><ref name="batesking19">{{citar jornal |ultimo1=Bates |primeiro1=H |último2=King |primeiro2=A |último3=Donaldson-Hanna |primeiro3=K |último4=Bowles |primeiro4=N |último5=Russell |primeiro5=S |jornal=Meteoritics & Planetary Science |data=19 de Novembro de 2019 |título=Linking mineralogy and spectroscopy of highly aqueously altered CM and CI carbonaceous chondrites in preparation for primitive asteroid sample return |volume=55 |issue=1 |páginas=77–101 |doi=10.1111/maps.13411 |quote="observations of primitive, water‐rich asteroids"}}</ref> e depois confirmados da órbita.<ref name="hamiltonsimon20">{{citar conferência |ultimo1=Hamilton |primeiro1=V |último2=Simon |primeiro2=A |último3=Kaplan |primeiro3=H |último4=Christensen |primeiro4=P |último5=Reuter |primeiro5=D |último6=DellaGiustina |primeiro6=D |último7=Haberle |primeiro7=C |último8=Hanna |primeiro8=R |último9=Brucato |primeiro9=J |ultimo10=Praet |primeiro10=A |ultimo11=Glotch |primeiro11=T |ultimo12=Rogers |primeiro12=A |ultimo13=Connolly |primeiro13=H |ultimo14=McCoy |primeiro14=T |ultimo15=Emery |primeiro15=J |ultimo16=Howell |primeiro16=E |ultimo17=Barucci |primeiro17=M |ultimo18=Clark |primeiro18=B |ultimo19=Lauretta |primeiro19=D |conference=51st LPSC |data=Março de 2020 |título=VNIR and TIR spectral characteristics of (101955) Bennu from OSIRIS-REx Detailed Survey and Reconnaissance Observations |issue=1049 |section=OVIRS Results }}</ref><ref>{{citar conferência |ultimo1=Praet |primeiro1=A |último2=Barucci |primeiro2=M |último3=Kaplan |primeiro3=H |último4=Merlin |primeiro4=F |último5=Clark |primeiro5=B |último6=Simon |primeiro6=A |último7=Hamilton |primeiro7=V |último8=Emery |primeiro8=J |último9=Howell |primeiro9=E |ultimo10=Lim |primeiro10=L |conference=51st LPSC |data=Mar. 2020 |título=Estimated hydration of Bennu's surface from OVIRS observations by the OSIRIS-REx mission |issue=1058 }}</ref>

===Atividade===
O Bennu é um [[asteroide ativo]],<ref>{{citar conferência |ultimo1=Connolly |primeiro1=H |último2=Jawin |primeiro2=E |último3=Ballouz |primeiro3=R |último4=Walsh |primeiro4=K |último5=McCoy |primeiro5=T |último6=Dellagiustina |primeiro6=D |título=OSIRIS-REx sample science and the geology of active asteroid Bennu |conference=82nd Meteoritical Society Meeting |data=2019 |página=2157}}</ref><ref>{{citar conferência |ultimo1=Lim |primeiro1=L |título=OSIRIS-REx update |conference=21st NASA Small Bodies Assessment Group |data=2019 }} "Bennu is an Active Asteroid!"</ref><ref name="barruccimichel">{{citar conferência |ultimo1=Barrucci |primeiro1=M |último2=Michel |primeiro2=P |título=Asteroid-Comet continuum: no doubt but many questions |conference=2019 EPSC-DPS conference |data=Setembro de 2019 |páginas=202–1}}</ref><ref>{{citar conferência |ultimo1=Hergenrother |primeiro1=C |último2=Adam |primeiro2=C |último3=Antreasian |primeiro3=P |último4=Al Asad |primeiro4=M |último5=Balram-Knutson |primeiro5=S |título=(101955) Bennu is an active asteroid |conference=2019 EPSC-DPS conference |data=Setembro de 2019 |páginas=852–1 }}</ref> emitindo esporadicamente jatos de partículas<ref>{{citar web |url=https://www.asteroidmission.org/?mission_update=feb-11-2019 |título=11 de Fevereiro de 2019 |acessodata=15 de Novembro de 2019 }}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Hergenrother |primeiro1=C |último2=Maleszweski |primeiro2=C |último3=Nolan |primeiro3=C |último4=Li |primeiro4=J |último5=Drouet D'aubigny |primeiro5=C |título=The Operational Environment and Rotational Acceleration of Asteroid (101955) Bennu from OSIRIS-REx Observations |jornal=Nature Communications |volume=10 |issue=1 |página=1291 |data=19 Março de 2019 |doi=10.1038/s41467-019-09213-x |pmid=30890725 |pmc=6425024 |bibcode=2019NatCo..10.1291H }}</ref> e pedras de até 10 cm,<ref name='Oberhaus 2019'>[https://www.wired.com/story/no-one-knows-why-rocks-are-exploding-from-asteroid-bennu/ No One Knows Why Rocks Are Exploding From Asteroid Bennu.] Daniel Oberhaus, ''Wired''. 5 December 2019.</ref><ref name='Science_3544'>{{citar jornal|título=Episodes of particle ejection from the surface of the active asteroid (101955) Bennu|primeiro1=D. S. |ultimo1=Lauretta|primeiro2=C. W. |último2=Hergenrother |primeiro3=S. R. |último3=Chesley |primeiro4=J. M. |último4=Leonard |primeiro5=J. Y. |último5=Pelgrift |primeiro6=C. D. |último6=Adam |primeiro7=M. |último7=Al Asad|display-authors=5| journal =Science |date=6 de Dezembro de 2019|volume=366 |issue=6470 |páginas=eaay3544 |doi=10.1126/science.aay3544 |pmid=31806784 |bibcode=2019Sci...366.3544L |url=http://oro.open.ac.uk/68479/1/Lauretta_et_al_2019_accepted.pdf }}.</ref> (não é [[poeira]], que é definida em dezenas de micrômetros).<ref>{{citar web |título=Definitions of terms in meteor astronomy |url=http://www.iau.org/static/science/scientific_bodies/commissions/f1/meteordefinitions_approved.pdf |acessodata=31 Jul 2020}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Grun |primeiro1=E |último2=Krüger |primeiro2=H |último3=Srama |primeiro3=R|data=2019 |título=The Dawn of Dust Astronomy |jornal=Space Science Reviews |volume=215 |issue=7 |página=article 46 |doi=10.1007/s11214-019-0610-1 |arxiv=1912.00707 |bibcode=2019SSRv..215...46G |section=3. Multifaceted Scientific Dust Observations}}</ref> Os cientistas levantam a hipótese de que as emissões podem ser causadas por fraturamento térmico, liberação de voláteis por desidratação de [[filossilicato]]s e/ou impactos de [[meteoroide]]s.<ref name='Science_3544'/>

Antes da chegada da OSIRIS-REx, o Bennu exibiu polarização consistente com o [[Cometa Hale-Bopp]] e o [[3200 Phaethon]], um cometa rochoso.<ref name="Cellino2018" /> Bennu, Phaethon, e os [[cometas de Manx|cometas de Manx inativos]]<ref>{{citar conferência |ultimo1=Boe |primeiro1=B |último2=Jedicke |primeiro2=R |último3=Wiegert |primeiro3=P |último4=Meech |primeiro4=K |último5=Morbidelli |primeiro5=A |título=Distinguishing Between Solar System Formation Models with Manxes (or not) |data=Set. 2019 |conference=2019 EPSC-DPS conference |páginas=626–2}}</ref> são exemplos de asteroides ativos.<ref>{{citar conferência |ultimo1=Gounelle |primeiro1=M |título=The Asteroid-Comet Continuum: Evidence from Extraterrestrial Samples |data=2012 |conference=2012 European Planetary Science Congress |página=220 }}</ref><ref>{{citar livro |ultimo1=Rickman |primeiro1=H |título=Origin and Evolution of Comets: Ten Years after the Nice Model, One Year after Rosetta |data=2018 |publisher=World Scientific |location=Singapore |páginas=162–68}} Sec. 4.3 Dormancy and Rejuvenation</ref><ref name="barruccimichel"/> Os asteroides tipo B que exibem uma cor azul em particular podem ser cometas inativos.<ref>{{citar conferência |ultimo1=Nuth |primeiro1=J |último2=Johnson |primeiro2=N |último3=Abreu |primeiro3=N |título=Are B-type Asteroids Dormant Comets? |url=https://www.hou.usra.edu/meetings/lpsc2019/pdf/3059.pdf |data=Março de 2019 |conference=50th LPSC |página=2132 }}</ref><ref>{{citation |ultimo1=Schroder |primeiro1=S |último2=Poch |primeiro2=I |último3=Ferrari |primeiro3=M |último4=De Angelis |primeiro4=S |último5=Sultana |primeiro5=R |título=Experimental evidence for the nature of Ceres blue material |url=https://meetingorganizer.copernicus.org/EPSC-DPS2019/EPSC-DPS2019-78-2.pdf |jornal=Epsc-DPS Joint Meeting 2019 |volume=2019 |páginas=EPSC–DPS2019–78 |data=Set 2019 |conference=2019 EPSC-DPS conference |bibcode=2019EPSC...13...78S }}</ref><ref>{{citation |ultimo1=Marsset |primeiro1=M |último2=DeMeo |primeiro2=F |último3=Polishook |primeiro3=D |último4=Binzel |primeiro4=R |título=Near-infrared spectral variability on the newly active asteroid (6478) Gault |jornal=Epsc-DPS Joint Meeting 2019 |data=Setembro de 2019 |volume=2019 |páginas=EPSC-DPS2019-280 |conference=2019 EPSC-DPS conference |bibcode=2019EPSC...13..280M }}</ref> Se a [[União Astronômica Internacional]] declarar o Bennu como sendo um objeto de estado duplo, sua designação de cometa seria P/{{mp|1999 RQ|36}} (LINEAR).<ref>{{citar conferência |ultimo1=Bauer |primeiro1=G |título=Active Asteroids |url=https://www.lpi.usra.edu/sbag/meetings/jun2019/presentations/Bauer-2.pdf |conference=21st NASA Small Bodies Assessment Group |data=2019 }}</ref>

{{multiple image |header=Asteroide Bennu expelindo partículas |direction=horizontal |align=center |width=
|image1=PIA23554-AsteroidBennu-EjectingParticles-20190106.jpg |caption1=<div align="center">6 de Janeiro de 2019</div> |width1=227
|image2=PIA24101-AsteroidBennu-ParticleEjectionEvents.webm |caption2=<div align="center">Trajetória das partículas em quatro eventos de emissão de partículas em 2019 ([[:File:PIA24101-AsteroidBennu-ParticleEjectionEvents.webm|vÍdeo; 0,43]])</div> |width2=300
|image3=Bennu-Particle-Ejection-Event-20190119.jpg |caption3=<div align="center">19 de Janeiro de 2019</div> |width3=232
|footer=[[OSIRIS-REx|Missão OSIRIS-REx]]<ref name='Science_3544' /><ref name="NYT-20190319">{{cite news |ultimo1=Chang |primeiro1=Kenneth |último2=Stirone |primeiro2=Shannon |título=The Asteroid Was Shooting Rocks Into Space. 'Were We Safe in Orbit?' - NASA's Osiris-Rex and Japan's Hayabusa2 spacecraft reached the space rocks they are surveying último year, and scientists from both teams announced early findings on Tuesday (03/19/2019) |url=https://www.nytimes.com/2019/03/19/science/bennu-ryugu-asteroids.html |data=19 de Março de 2019 |obra=[[The New York Times]] |acessodata=21 de Março de 2019}}</ref>}}

=== Características da superfície ===
Todas as características geológicas Bennu têm o nome de espécies de [[aves]] e figuras mitológicas parecidas com aves.<ref>{{Citar web |url=https://www.nasa.gov/feature/goddard/2019/asteroid-features-to-be-named-after-mythical-birds |título=Asteroid's Features to be Named After Mythical Birds|data=8 de Agosto de 2019}}</ref> As primeiras características a serem nomeadas foram as últimas quatro candidatas para ser o lugar da coleta de amostras da OSIRIS-REx, que receberam nomes não-oficiais em agosto de 2019.<ref>{{Citar web |url=http://www.planetary.org/blogs/jason-davis/osiris-rex-4-sample-sites.html |título=OSIRIS-REx Team Picks 4 Candidate Sample Sites on Asteroid Bennu}}</ref> Em 6 de março de 2020 a União Astronômica Internacional anunciou os primeiros nomes oficiais para 12 características da superfície do Bennu, incluindo regiões (grandes regiões geográficas), crateras, cordilheiras, fossas (sulcos e trincheiras) e rochas.<ref name="IAU feature names">{{citar web|título=Primeiro Official Names Given to Features on Asteroid Bennu |data=6 de Março de 2020 |website=AsteroidMission.org |editora=[[NASA]] |url=https://www.asteroidmission.org/?latest-news=primeiro-official-names-given-to-features-on-asteroid-bennu |acessodata=6 de Maio de 2020}}</ref>

==== Candidatos a lugar de coleta de amostras ====
[[File:OSIRIS-REx candidate sample sites on Bennu.png|thumb|center|Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx|707x707px]]

{|class="wikitable"
|+ Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx <ref name="candidate sample sites">{{citar web|título=CANDIDATE SAMPLE SITES|website=AsteroidMission.org|editora=[[NASA]]|acessodata=2 de fevereiro de 2019|url=https://www.asteroidmission.org/candidate-sample-sites/}}</ref>
|-
! Nome !! Local !! Descrição
|-
|Nightingale||56°N 43°E ||Material granulado abundante com alta variação de cor.<ref name="site-selected">{{cite press release |título=X Marks the Spot: Sample Site Nightingale Targeted for Touchdown |url= https://www.asteroidmission.org/?latest-news=x-marks-the-spot-nasa-selects-site-for-asteroid-sample-collection |editora=AsteroidMission.org |agência= [[NASA]]|data= 12 de Dezembro de 2019|acessodata=28 de dezembro de 2019}}</ref>
|-
|Kingfisher||11°N 56°E ||Uma cratera relativamente nova com a maior assinatura de água entre os quatro.
|-
|Osprey ||11°N 80°E || Localizado em uma mancha de baixo albedo com uma grande variedade de rochas.<ref name="site-selected" />
|-
|Sandpiper ||47°S 322°E || Localizado entre duas crateras jovens, localizadas em terreno acidentado. Os minerais variam em brilho com indícios de minerais hidratados.
|}

Em 12 de dezembro de 2019, depois de um ano mapeando a superfície do Bennu, o alvo foi anunciado. Chamado Nightingale, a área é próxima ao polo norte do asteroide e encontra-se em uma pequena cratera dentro de uma cratera maior. Osprey foi escolhido o substituto.<ref name="site-selected" />

==== Características nomeadas pela União Astronômica Internacional ====
[[File:First named surface features on Bennu.png|thumb|center|Mosaico global do Bennu mostrando as localizações das 12 primeiras características de superfície a serem nomeadas|ligação=Special:FilePath/First_named_surface_features_on_Bennu.png|675x675px]]
{|class="wikitable"
|+ Lista das características da superfície do Bennu nomeadas oficialmente pela União Astronômica Internacional <ref name="IAU feature list">{{citar web|título=Bennu|website=Gazetteer of Planetary Nomenclature|editora=[[União Astronômica Internacional]]|url=https://planetarynames.wr.usgs.gov/SearchResults?target=BENNU|acessodata=6 de Maio de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200507170322/http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache%3Ahttps%3A%2F%2Fplanetarynames.wr.usgs.gov%2FSearchResults%3Ftarget%3DBENNU&rlz=1C5CHFA_enUS790US790&oq=cache%3Ahttps%3A%2F%2Fplanetarynames.wr.usgs.gov%2FSearchResults%3Ftarget%3DBENNU&aqs=chrome..69i57j69i58.3212j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8|arquivodata=7 de Maio de 2020}}</ref>
|-
! Name
! Significado do nome
! Local
|-
|Aellopus Saxum
|[[Aelo]], uma das irmãs [[harpia]] metade-ave metade-mulher da [[mitologia grega]]
|25.44°N 335.67°E
|-
|Aetos Saxum
|Aetos, companheiro de infância do deus [[Zeus]] que foi transformado em uma águia na mitologia grega
|3.46°N 150.36°E
|-
|Amihan Saxum
|Amihan, ave divindade da mitologia das [[Filipinas]]
|17.96°S 256.51°E
|-
|Benben Saxum
|[[Benben]] foi o monte que surgiu a partir das águas primordiais Nun na [[mitologia egípcia]]
|45.86°S 127.59°E
|-
|Boobrie Saxum
|[[Boobrie]], entidade que muda de forma da [[mitologia escocesa]] que geralmente assume a forma de uma ave aquática gigante
|48.08°N 214.28°E
|-
|Camulatz Saxum
|Camulatz, uma das quatro aves do mito da criação dos [[quichés]] na [[mitologia maia]]
|10.26°S 259.65°E
|-
|Celaeno Saxum
|[[Celaeno]], uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da [[mitologia grega]]
|18.42°N 335.23°E
|-
|Ciinkwia Saxum
| Ciinkwia, seres trovejantes da mitologia [[algonquina]] que se parecem com águias gigantes
|4.97°S 249.47°E
|-
|Dodo Saxum
|Um personagem [[dodô]] de ''[[Alice no País das Maravilhas]]''
|32.68°S 64.42°E
|-
|Gamayun Saxum
|Gamajun, ave profética da [[mitologia eslava]]
|9.86°N 105.45°E
|-
|Gargoyle Saxum
|[[Gárgula]], monstro semelhante a um dragão com asas
|4.59°N 92.48°E
|-
|Gullinkambi Saxum
|Gullinkambi, galo da [[mitologia nórdica]] que vive em [[Valhala]]
|18.53°N 17.96°E
|-
|Huginn Saxum
|[[Hugin e Munin|Hugin]], um dos dois corvos que acompanham o deus [[Odin]] na mitologia nórdica
|29.77°S 43.25°E
|-
|Kongamato Saxum
|Kongamato, criatura voadora gigante da mitologia Kaonde
|5.03°N 66.31°E
|-
|Muninn Saxum
|[[Hugin e Munin|Munin]], um dos dois corvos que acompanham o deus Odin na mitologia nórdica
|29.34°S 48.68°E
|-
|Ocypete Saxum
|[[Ocypete]], uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega
|25.09°N 328.25°E
|-
|Odette Saxum
|Odette, princesa que se transforma no Cisne Branco em [[O Lago dos Cisnes]]
|44.86°S 291.08°E
|-
|Odile Saxum
| Odile, o Cisne Negro em O Lago dos Cisnes
|42.74°S 294.08°E
|-
|Pouakai Saxum
| A Pouakai ou poukai é uma ave monstruosa da mitologia [[maori]].
|40.45°S 166.75°E
|-
|Roc Saxum
|[[Pássaro Roca|Roca]], ave de rapina gigante da [[mitologia árabe]]
|23.46°S 25.36°E
|-
|Simurgh Saxum
|[[Simurgh]], ave benevolente que possui todo o conhecimento na [[mitologia persa]]
|25.32°S 4.05°E
|-
|Strix Saxum
|[[Estirge|Strix]], ave de mau agouro da mitologia romana
|13.4°N 88.26°E
|-
|Thorondor Saxum
|[[ Águias_(Tolkien)#Thorondor|Thorondor]], o Senhor das Águias na [[Terra Média]] de [[J. R. R. Tolkien|Tolkien]]
|47.94°S 45.1°E
|-
|Tlanuwa Regio
|Tlanuwa, aves gigantes da mitologia cherokee
|37.86°S 261.7°E
|}

== Origem e evolução ==
O material carbonáceo que compõe o Bennu veio originalmente da quebra de um corpo — um asteroide ou um [[protoplaneta]]. Porém, como quase toda matéria do [[Sistema Solar]], a origem de seus minerais e átomos é na morte de estrelas como [[gigantes vermelhas]] e [[supernova]]s.<ref>{{citar jornal|ultimo1=Bensby |primeiro1=T.|último2=Feltzing |primeiro2=S.|ano=2006|título=The origin and chemical evolution of carbon in the Galactic thin and thick discs|journal=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]]|volume=367 |issue=3|páginas=1181–1193|bibcode=2006MNRAS.367.1181B|doi=10.1111/j.1365-2966.2006.10037.x|url=https://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/2027.42/74854/1/j.1365-2966.2006.10037.x.pdf|arxiv=astro-ph/0601130}}</ref> De acordo com a teoria da [[Acreção (astrofísica)|acreção]], essa matéria veio junta há 4,5 bilhões de anos durante a [[Formação e evolução do Sistema Solar|formação do Sistema Solar]].

A [[mineralogia]] básica e a natureza química do Bennu teriam sido estabelecidas durante os primeiros 10 milhões de anos da formação do Sistema Solar, onde o material carbonáceo passou por algum aquecimento geológico e transformação química dentro de um asteroide muito maior ou um protoplaneta capaz de produzir a pressão, o calor e a [[Hidratação mineral|hidratação]] necessários.<ref name="Meteoritics"/> O Bennu provavelmente começou no [[cinturão de asteroides]] interior como um fragmento de um corpo maior com um diâmetro de 100 km. Simulações sugerem que há 70% de chance de que ele tenha vindo da família [[142 Polana|Polana]] e 30% de que ele tenha vindo da família [[495 Eulalia|Eulalia]].<ref name=Bottke2015 />

Posteriormente, a órbita desviou como resultado do efeito de Yarkovski e da [[ressonância orbital]] com os planetas gigantes, como [[Júpiter]] e [[Saturno]]. Várias interações com os planetas em combinação com o efeito de Yarkovski modificaram o asteroide, possivelmente mudando sua rotação, sua forma e características de sua superfície.<ref name=Lauretta2015 />

Cellino et al. sugeriram uma possível origem cometária para Bennu, com base nas semelhanças de suas propriedades espectroscópicas com cometas conhecidos. A fração estimada de cometas na população de objetos próximos à Terra é de {{val|8|5|u=%}}.<ref name="Cellino2018" /> Isso inclui o cometa rochoso [[3200 Faetonte]], descoberto originalmente como, e ainda [[Designação de planeta menor|numerado como]] um asteroide.<ref>{{citar web |ultimo1= Hergenrother|primeiro1=C |título=The Strange Life of Asteroid Phaethon – Source of the Geminid Meteors |url=https://dslauretta.com/2013/12/12/the-strange-life-of-asteroid-phaethon-source-of-the-geminid-meteors/ |website=Dslauretta: Life on the Asteroid Frontier |acessodata=25 de Julho de 2019|data=12 de Dezembro de 2013 }}</ref><ref>{{citar jornal|ultimo1=Maltagliati |primeiro1=L|título=Cometary Bennu? |jornal=Nature Astronomy |data=24 de Setembro de 2018 |volume=2 |issue=10 |página=761 |doi=10.1038/s41550-018-0599-5|bibcode=2018NatAs...2..761M }}</ref>

== Órbita ==
[[File:Bennu Orbit.png|thumb|Diagrama das órbitas do Bennu e dos planetas rochosos ao redor do Sol.|303x303px]]

Atualmente o Bennu orbita o Sol com um período de 1,1955 anos terrestres. O planeta Terra chega tão perto quanto 480.000 km (0.0032 AU) de sua órbita em torno de 23 a 25 de setembro. Em 22 de setembro de 1999 o Bennu passou a 0,0147 AU da Terra, e em 20 de setembro de 2005 ele passou a 0,033 AU. As próximas aproximações de menos de 0,09 AU serão em 30 de setembro de 2054 e depois em 23 de setembro de 2060, o que perturbará ligeiramente a órbita. Entre as aproximações de 1999 e 2060, a Terra completa 61 órbitas e o Bennu 51. Uma aproximação ainda maior ocorrerá em 23 de setembro de 2135 entre 0,0008 e 0,0036 AU (veja abaixo).<ref name="jpldata" /> Nos 75 anos entre as aproximações de 2060 e 2135, o Bennu completa 64 órbitas, o que significa que seu período terá mudado para cerca de 1,17 anos.
=== Possível impacto com a Terra ===
Em média, um asteroide com um diâmetro de 500 m pode impactar a Terra a cada 130.000 anos ou mais. <ref name="Earth-impact" /> Um estudo dinâmico de 2010 realizado por Andrea Milani e colaboradores previu uma série de oito impactos em potencial do Bennu com a Terra entre 2169 e 2199. A probabilidade cumulativa de impacto depende das propriedades físicas do Bennu, que eram pouco conhecidas na época, mas não ultrapassou 0,071% em todos os oito encontros.<ref name="Milani et al." /> Os autores reconheceram que uma avaliação precisa da probabilidade de impacto da Terra exigiria um modelo de forma detalhada e observações adicionais (seja do solo ou de espaçonaves visitando o objeto) para determinar a magnitude e direção do efeito de Yarkovski.

A publicação do modelo de forma e da astrometria com base em observações de radar obtidas em 1999, 2005 e 2011<ref name=Nolan2013 /> possibilitou uma estimativa melhorada da aceleração de Yarkovsky e uma avaliação revisada da probabilidade de impacto. A melhor estimativa atual (a partir de 2014) da probabilidade de impacto é uma probabilidade cumulativa de 0,037% no intervalo 2175 a 2196. <ref name="ChesleyFarnocchia2014" /> Isso corresponde a uma pontuação cumulativa na [[Escala de Palermo]] de −1.71. Se um impacto ocorresse, a energia cinética esperada associada com a colisão seria de 1.200 megatons no [[Equivalente em TNT]] (para comparação, o equivalente em TNT para a bomba atômica [[Little Boy]] era de aproximadamente 0,015 megaton).<ref name="Sentry" />

=== Aproximação de 2060 ===
[[File:Animation of 101955 Bennu orbit around Earth 2128-2138.gif|thumb|right|Animação mostrando a posição do Bennu relativa à Terra, enquanto ambos orbitam o Sol, de 2128 até 2138. A aproximação de 2135 é mostrada perto do fim da animação.<br>{{legend2|RoyalBlue|Terra}}{{·}}{{legend2|Magenta|101955 Bennu}}|256x256px]]
O Bennu passará a {{convert |0.005 | AU | km | abbr = on}}da Terra em 23 de setembro de 2060, <ref name = "jpldata" /> enquanto a distância orbital média da [[Lua]] (''[[Distância lunar]], '''DL''''') é hoje e será daqui a 50 anos de 384.404 km. Estará muito escuro para ser visto com binóculos comuns.<ref name="NEODyS2060"/> Essa aproximação causará divergência na aproximação de 2135. Em 25 de setembro de 2135, a distância nominal de aproximação será de 0,002 AU (300 000 km), mas o Bennu poderia passar tão perto quanto 0,0007 AU (100 000 km). <ref name = "jpldata" /> Não há nenhuma chance de um impacto na Terra em 2135.<ref name = "Chodas2018" /> A aproximação de 2135 criará muitas linhas de variação e o Bennu pode passar por uma [[fenda de ressonância gravitacional]], o que poderia criar um cenário de impacto em um encontro futuro. As fendas de ressonância têm menos de 55 km de largura.<ref name="ChesleyFarnocchia2014"/>

Em 25 de setembro de 2175, há uma chance de 1 em 24.000 de um impacto com a Terra,<ref name="Sentry" /> mas a trajetória nominal tem o asteroide a mais de 1 UA da Terra nessa data.<ref name="NEODyS2175" /> O possível impacto mais ameaçador é em 24 de setembro de 2196, quando há uma chance de impacto de 1 em 11.000.<ref name="Sentry" /> Há uma chance cumulativa de 1 em 2.700 de um impacto na Terra entre 2175 e 2199. <ref name="Sentry" />

=== Em longo prazo ===
Lauretta et al. relataram em 2015 seus resultados de uma simulação de computador, concluindo que é mais provável que o Bennu seja destruído por alguma outra causa:

<blockquote style="font-size: 100%;">
A órbita do Bennu é intrinsecamente dinamicamente instável, assim como a de todos os [[Objetos Próximos à Terra|NEOs]]. A fim de colher informações probabilísticas sobre a evolução futura e o provável destino do Bennu em algumas centenas de anos, rastreamos 1.000 "Bennus" virtuais por um intervalo de 300 milhões de anos com as perturbações gravitacionais dos planetas de Mercúrio a Netuno incluídas. Nossos resultados [...] indicam que o Bennu tem uma chance de 48% de cair no sol. Há uma probabilidade de 10% de que o Bennu seja ejetado do Sistema Solar interno, muito provavelmente após um encontro próximo com Júpiter. A maior probabilidade de impacto com um planeta é com Vênus (26%), seguido pela Terra (10%) e Mercúrio (3%). As chances do Bennu atingir Marte são de apenas 0,8% e há 0,2% de chance de colidir com Júpiter.<ref name="Lauretta2015" />
</blockquote>

{|class="wikitable collapsible sortable"
|+{{nowrap|Asteroides com a [[magnitude absoluta]] menor que 21 passando a menos de uma distância lunar da Terra}}
!Asteroide
!style="width: 60px;"|data
! Distância nominal de aproximação ([[Distância lunar|LD]])
!Distância mínima (LD)
!Distância máxima (LD)
!Magnitude absoluta (H)
!Tamanho (metros)
|-bgcolor=#c2c2c2
|{{mpl|(152680) 1998 KJ|9}} ||31-12-1914||0,606 ||0,604 ||0,608 ||19,4 ||279–900
|-bgcolor=#c2c2c2
|{{mpl|(458732) 2011 MD|5}} ||17-09-1918||0,911 ||0,909 ||0,913 ||17,9 ||556–1795
|-bgcolor=#c2c2c2
|{{mpl|(163132) 2002 CU|11}} ||30-08-1925 ||0,903 ||0,901 ||0,905 ||18,5 ||''443–477''
|-bgcolor=#c2c2c2
|{{mpl|2017 VW|13}} ||08-11-2001||0,454 ||0,318 ||3,436 ||20,7 ||153–494
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|{{mpl|(153814) 2001 WN|5}} ||26-06-2028||0,647 ||0,647 ||0,647 ||18,2 ||''921–943''
|-bgcolor=#e2e2e2
|[[99942 Apophis]]||13-04-2029||0,0981||0,0963 ||0,1000 ||19,7 ||''310–340''
|-bgcolor=#e2e2e2
|{{mpl|2005 WY|55}} ||28-05-2065||0,865 ||0,856 ||0,874 ||20,7 ||153–494
|-bgcolor=#e2e2e2
|'''101955 Bennu''' ||'''25-09-2135'''||'''0,780''' ||'''0,308''' ||'''1,406''' ||'''20,19''' ||'''''472–512'''''
|-bgcolor=#e2e2e2
|{{mpl|(153201) 2000 WO|107}} ||01-12-2140||0,634 ||0,631 ||0,637 ||19,3 ||''427–593''
|}

===Chuva de meteoros===
Como um asteroide ativo com uma pequena [[distância mínima de interseção orbital]] da Terra, o Bennu pode ser o corpo pai de uma fraca [[chuva de meteoros]]. As partículas do Bennu iriam [[Radiante|irradiar]] por volta de 25 de setembro ao sul da [[constelação]] do [[Sculptor|Escultor]].<Ref name = Ye2019 /> Os meteoros devem estar próximos do limite do olho nu e produzir apenas uma [[taxa horária zenital]] inferior a 1.<ref name = Ye2019 />

== OSIRIS-REx ==
{{AP|OSIRIS-REx}}
[[File:OSIRIS-REx First Image of Asteroid Bennu.gif|thumb|left| Primeiras imagens do Bennu tiradas da OSIRIS-REx|185x185px]]
[[File:Animation of OSIRIS-REx trajectory.gif|upright=1.36|thumb|right|Animação da trajetória da OSIRIS-REx's de 9 de setembro de 2016 até 3 de dezembro de 2018.<br/>{{Font color|white|magenta|OSIRIS-REx}}; {{Font color|white|lime|101955 Bennu}}; {{Font color|white|blue|Terra}}; {{Font color||yellow|Sol}};]]
[[File:Animation of OSIRIS-Rex trajectory around 101955 Bennu.gif |upright=1.36|thumb |right |Animação da trajetória da OSIRIS-Rex ao redor do Bennu a partir de 25 de dezembro de 2018<br />{{legend2|magenta|[[OSIRIS-REx]]}}{{·}}{{legend2|Lime|101955 Bennu}}]]
A missão OSIRIS-REx do [[Programa New Frontiers]] da [[NASA]] foi lançada em direção ao Bennu em 8 de setembro de 2016. Em 3 de dezembro de 2018, a espaçonave chegou ao asteroide depois de uma viagem de dois anos.<ref name="NYT-20181203">{{cite news |último=Chang |primeiro=Kenneth |título=NASA's Osiris-Rex Arrives at Asteroid Bennu After a Two-Year Journey — The spacecraft now begins a close study of the primitive space rock, seeking clues to the early solar system. |url=https://www.nytimes.com/2018/12/03/science/osiris-rex-bennu-asteroid-arrival.html |data= 3 de dezembro de 2018 |obra=[[The New York Times]] |acessodata=3 de dezembro de 2018}}</ref> Uma semana depois, no Fall Meeting da [[União Geofísica Americana]], pesquisadores anunciaram que a OSIRIS-REx havia descoberto evidências espectroscópicas de [[Hidratação mineral|minerais hidratados]] na superfície do asteroide, sugerindo que havia água líquida no corpo pai do Bennu antes deste se separar.<ref name="Space-20181210">{{cite news |url=https://www.space.com/42690-asteroid-bennu-had-water-nasa-osiris-rex-discovery.html |título= Asteroid Bennu Had Water! NASA Probe Makes Tantalizing Find |primeiro= Mike |último=Wall |data=10 de dezembro de 2018 |acessodata=6 de Janeiro de 2019|website=Space.com}}</ref><ref name="Lauretta2019Nature"/> Em 20 de outubro de 2020, a OSIRIS-REx tocou a superfície do asteroide, coletou uma amostra e voltou.<ref name="NYT-20201020">{{cite news |last=Chang |first=Kenneth |title=Seeking Solar System’s Secrets, NASA’s OSIRIS-REX Mission Touches Bennu Asteroid - The spacecraft attempted to suck up rocks and dirt from the asteroid, which could aid humanity’s ability to divert one that might slam into Earth. |url=https://www.nytimes.com/2020/10/20/science/osiris-rex-mission.html |date=20 de Outubro de 2020 |work=[[The New York Times]] |accessdate=21 de Outubro de 2020 }}</ref><ref>[https://www.pbs.org/wgbh/nova/video/touching-the-asteroid/ "Touching the Asteroid" (vídeo, 54:03 min.)], ''[[Nova (série de televisão)|Nova]]'' na [[PBS]], 21 de outubro de 2020.</ref> Espera-se que a OSIRIS-REx retorne as amostras para a Terra em 2023<ref name ="OSIRIS-REx press release"/> por meio de uma cápsula de paraquedas, da espaçonave para a superfície da Terra em [[Utah]] no dia 24 de setembro.<ref name="NYT-20201020"/>

===Seleção===
O Bennu foi selecionado entre mais de meio milhão de asteroides conhecidos pelo comitê de seleção da OSIRIS-REx. A restrição primária para a seleção foi a proximidade da Terra, uma vez que a proximidade implica baixo[[delta-v | impulso]] (Δv) necessário para alcançar um objeto da órbita da Terra.<ref name="Benner et al.">[http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/delta_v/delta_v.rendezvous.html Near-Earth Asteroid Delta-V for Space Rendezvous]</ref> Os critérios estipularam um asteroide em uma órbita com baixa excentricidade, baixa inclinação e um raio orbital de 0,8-1,6 AU.<ref name="Why Bennu" /> Além disso, o asteroide candidato para uma missão de retorno de amostra deve ter regolito solto em sua superfície, o que implica um diâmetro maior que 200 metros. Asteroides menores que isso normalmente giram muito rápido para reter poeira ou pequenas partículas. Finalmente, o desejo de encontrar um asteroide com material de carbono intocado do início do Sistema Solar, possivelmente incluindo moléculas voláteis e [[compostos orgânicos]], reduziu ainda mais a lista.

Com os critérios acima aplicados, cinco asteroides permaneceram como candidatos para a missão OSIRIS-REx, e o Bennu foi escolhido, em parte por sua órbita potencialmente perigosa.<ref name="Why Bennu" />

== Galeria ==
<gallery>
File:Bennu shape model.gif|Uma compilação de imagens de radar do Bennu (esquerda) e um modelo 3D correspondente. (direita)
File:Bennu 200px.png| Esta foto, tirada pela espaçonave OSIRIS-REx em 2 de novembro de 2018, fazia parte de uma sequência de quadros coletados para mostrar o Bennu girando. Nesta foto, o Bennu tem aproximadamente 200 pixels de largura.
File:1999 RQ36.ogv| Animação da OSIRIS-REx coletando uma amostra da superfície do Bennu.
File:Bennu 75cm shape model.stl|Modelo 3D do Bennu feito a partir de imagens da OSIRIS-REx.
</gallery>

== Referências ==
{{reflist
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| refs =
| refs =


<ref name="jpldata">{{cite web
<ref name="Goldstone radar images">{{citar web|url= http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/1999RQ36/1999RQ36.html |título=Goldstone Delay-Doppler Images of 1999 RQ36 |obra=Asteroid Radar Research |publicado=Jet Propulsion Laboratory}}</ref>
| type = 2017-09-01 last observation. Solution includes non-gravitational parameters
| title = JPL Small-Body Database Browser: 101955 Bennu (1999 RQ36)
| publisher = [[Jet Propulsion Laboratory]]
| url = https://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sstr=101955;cad=1
| archiveurl = https://web.archive.org/web/20180319121233/https://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sstr=101955;cad=1
| archivedate= 19 de Março de 2018
| acessodata = 20 de Agosto de 2016}}</ref>


<!--
<ref name="risk-table">{{citar web
<ref name="Hergenrother-2014">{{Cite arXiv|last1=Hergenrother|first1=CW|last2=Barucci|first2=MA|last3=Barnouin|first3=O|title=The Design Reference Asteroid for the OSIRIS-REx Mission Target (101955) Bennu|date=16 de Setembro de 2014|eprint=1409.4704|class=astro-ph.EP}}</ref> (unused)
|data = 14 de outubro de 2011
-->
|título = Sentry Risk Table

|publicado = NASA/JPL Near-Earth Object Program Office
<ref name="Lauretta2019Nature">{{cite journal |last1= Lauretta |first1= D. S. |data= 19 de Março de 2019 |title= The unexpected surface of asteroid (101955) Bennu|journal=[[Nature (journal)|Nature]] |volume= 568 |issue= 7750 |pages=55–60 |doi= 10.1038/s41586-019-1033-6|pmid= 30890786 |pmc= 6557581 |bibcode= 2019Natur.568...55L }}</ref>
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|acessodata = 2011-10-14
<ref name="contest">{{cite news|last1=Murphy|first1=Diane|title=Nine-Year-Old Names Asteroid Target of NASA Mission in Competition Run By The Planetary Society|url=http://www.planetary.org/press-room/releases/2013/nine-year-old-names-asteroid.html|accessodata=20 de Agosto de 2016|publisher=The Planetary Society|date=1 de Maio de 2013}}</ref>
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|arquivodata = 21 de julho de 2011
<ref name="NEODyS2060">{{cite web
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<ref name="NEODyS2175">{{cite web
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|acessodata=26 de outubro de 2020}}</ref>

<ref name="Sentry">{{cite web
| url=https://cneos.jpl.nasa.gov/sentry/details.html#?des=101955
| title=101955 1999 RQ36: Earth Impact Risk Summary
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}}</ref>
}}</ref>

<ref name="Cellino2018">{{Cite journal
| title=Unusual polarimetric properties of (101955) Bennu: similarities with F-class asteroids and cometary bodies
| journal=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters
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}}</ref>

<ref name="GDSCC-img">{{cite web
| url= http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/1999RQ36/1999RQ36.html
| title=Goldstone Delay-Doppler Images of 1999 RQ36
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<ref name="OSIRIS-REx press release">{{cite web
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<ref name="Chodas2018">{{cite web
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<ref name="Benner et al.">[http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/delta_v/delta_v.rendezvous.html Near-Earth Asteroid Delta-V for Space Rendezvous]</ref>

<ref name="Goldstone radar images">{{citar web|url= http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/1999RQ36/1999RQ36.html |título=Goldstone Delay-Doppler Images of 1999 RQ36 |obra=Asteroid Radar Research |publicado=Jet Propulsion Laboratory}}</ref>


<ref name="Hudson et al. 2000">{{citar periódico|autor =Hudson, R. S.; Ostro, S. J.; Benner, L. A. M. |bibcode=2000DPS....32.0710H |título=Recent Delay-Doppler Radar Asteroid Modeling Results: 1999 RQ36 and Craters on Toutatis |periódico=Bulletin of the American Astronomical Society |publicado=American Astronomical Society |volume=32 |página=1001}}</ref>
<ref name="Hudson et al. 2000">{{citar periódico|autor =Hudson, R. S.; Ostro, S. J.; Benner, L. A. M. |bibcode=2000DPS....32.0710H |título=Recent Delay-Doppler Radar Asteroid Modeling Results: 1999 RQ36 and Craters on Toutatis |periódico=Bulletin of the American Astronomical Society |publicado=American Astronomical Society |volume=32 |página=1001}}</ref>
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<ref name="Benner et al.">[http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/delta_v/delta_v.rendezvous.html Near-Earth Asteroid Delta-V for Space Rendezvous]</ref>
<ref name="Benner et al.">[http://echo.jpl.nasa.gov/~lance/delta_v/delta_v.rendezvous.html Near-Earth Asteroid Delta-V for Space Rendezvous]</ref>


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<ref name="OSIRIS-REx press release">[http://www.nasa.gov/topics/solarsystem/features/osiris-rex.html NASA to Launch New Science Mission to Asteroid in 2016.]</ref>

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==Ligações externas==
==Ligações externas==

Revisão das 11h19min de 17 de novembro de 2020

101955 Bennu 
Número 1999 RQ36
Data da descoberta 11 de setembro de 1999
Descoberto por Lincoln Near-Earth Asteroid Research
Categoria Asteroide Apollo
Homenagem a Benu
Precedido por (101954) 1999 RY33
Sucedido por (101956) 1999 RS36
Elementos orbitais
Semieixo maior 1,126 UA
Periélio 1,356 UA
Afélio 0,8969 UA
Orbita Sol
Excentricidade 0,20374507624164
Período orbital 436,6 dias
Anomalia média 101,7 °
Inclinação 6,035 °
Longitude do nó ascendente 2,061 °
Argumento do periastro 66,22 °
Características físicas
Dimensões 484,4 m
Período de rotação 4,296 h
Classe espectral Asteroide tipo B
Magnitude absoluta 20,41
Albedo 0,044
Temperatura 236 (unidade Q11579)

O 101955 Bennu (designação provisória (101955) 1999 RQ36) é um asteroide Apollo descoberto pela LINEAR em 11 de setembro de 1999. O asteroide é o alvo da sonda OSIRIS-REx que foi lançada em 2016.[1] Em 20 de outubro de 2020 a sonda pousou no asteroide e coletou algumas amostras para um estudo aprofundado. O retorno da sonda à Terra está previsto para setembro de 2023.[1] O asteroide possui um grande potencial de atingir a Terra e está listado na Tabela de Risco Sentry.[2] O seu nome se refere a Bennu, a antiga ave mitológica egípcia associada ao Sol, à criação e ao renascimento.

Com um diâmetro de aproximadamente 493 metros, Bennu é observado extensivamente com o radar planetário do Arecibo Observatory e o Deep Space Network, Goldstone.[3][4][5] Um estudo dinâmico recente feito por Andrea Milani e seus colaboradores localizou uma série de oito impactos potenciais da Terra entre 2169 e 2199.

A probabilidade cumulativa de impacto depende das pouco conhecidas propriedades físicas do objeto, mas não é maior do que 0,07% para todos os oito encontros.[6] A avaliação com precisão da probabilidade do Bennu ter um impacto na Terra exigirá um modelo de forma pormenorizado do asteroide, além de observações adicionais (quer a partir do solo ou de naves para interceptar o objeto) para determinar a magnitude da aceleração Yarkovsky.

Descoberta e observação

Série de imagens de radar mostrando a rotação do Bennu.

O Bennu foi descoberto em 11 de setembro de 1999 durante uma pesquisa de asteroides próximos da Terra feita pelo Lincoln Near-Earth Asteroid Research (LINEAR).[7] O asteroide recebeu a designação provisória1999 RQ36 e foi classificado como um objeto próximo à Terra. Ele foi extensivamente observado pelo Observatório de Arecibo e o Goldstone Deep Space Network, que usaram imagens de radar quando o mesmo se aproximou da Terra em 23 de setembro de 1999.[8][9]

Nomeação

O nome Bennu foi selecionado por mais de 800 estudantes inscritos de vários países ao redor do mundo no concurso "Name That Asteroid!" organizado pela Universidade do Arizona, a Sociedade Planetária, e o projeto LINEAR em 2012.[10][11] O estudante do terceiro ano Michael Puzio da Carolina do Norte propôs o nome em referência à Benu, garça da mitologia egípcia. Para Puzio, o TAGSAM (braço robótico para a coleta de amostras) estendido da espaçonave assemelha-se à divindade egípcia, que é tipicamente representada como uma garça.[10]

As características do asteroide têm o nome de aves ou de criaturas mitológicas semelhantes.[12]

Características físicas

Sequência de imagens da OSIRIS-REx mostrando a rotação do Bennu, a uma distância de aproximadamente 80 km.

O Bennu tem uma forma mais ou menos esferoidal, lembrando um pião. O seu eixo de rotação tem uma inclinação de 178° em relação à sua órbita; a direção da rotação sobre o eixo é retrógrada com respeito à órbita.[13] Enquanto as primeiras observações de radar instalado na Terra indicaram que o Bennu tinha uma forma razoavelmente lisa com uma rocha de 10 a 20 m proeminente na superfície,[14] dados de alta resolução obtidos pela OSIRIS-REx revelaram que a superfície é mais áspera, com mais de 200 rochas maiores que 10 m na superfície, a maior tendo 58 m de diâmetro.[13] As rochas contêm veias de carbono mineral que acredita-se terem origem na formação do asteroide devido à canais de água quente.[15] As veias têm de 3 a 15 cm de largura, e podem ter mais de um metro de comprimento, sendo bem maiores que as vistas em meteoritos.[16] Existe uma crista bem-definida ao longo do equador do Bennu. A presença dessa crista sugere que partículas refinadas de regolito acumularam nessa área, possivelmente por causa da baixa gravidade e rápida rotação.[14] Observações da OSIRIS-REx mostraram que a rotação do Bennu está ficando mais rápida com o passar do tempo.[17] Essa mudança é causada pelo Efeito de Yarkovski.[17] Devido à emissão desigual de radiação térmica da superfície do Bennu enquanto ele gira na luz do sol, o seu período de rotação diminui um segundo a cada 100 anos.[17]

Observações desse asteroide feitas pelo Telescópio espacial Spitzer em 2007 deram um diâmetro efetivo de 484±10 m, o que está de acordo com outros estudos. Ele tem um baixo albedo geométrico de 0.046±0.005. A inércia térmica foi medida e descobriu-se que esta varia por aproximadamente 19% durante cada período de rotação. Com base nestas informações, cientistas (incorretamente) estimaram um tamanho médio para os grãos de regolito, indo de alguns milímetros até um centímetro, uniformemente distribuídos. Nenhuma emissão de poeira foi detectada perto do Bennu, o que põe um limite de 106 g de poeira dentro de um raio de 4750 km.[18]

Observações astrométricas entre 1999 e 2013 demonstraram que o Bennu é influenciado pelo Efeito de Yarkovski, fazendo com que o eixo semimaior de sua órbita desvie em média 284±1.5 metros ao ano. Análises de efeitos gravitacionais e térmicos deram uma densidade aparente de ρ = 1190±13 kg/m3, o que é um pouco mais denso que a água. Portanto, a macroporosidade prevista é de 40±10%, sugerindo que o interior do asteroide tenha uma estrutura Rubble pile. A massa estimada é de (7.329±0.009)×1010 kg.[13]

Superfície coberta por regolitos do asteroide Bennu
Foto grande angular do Hemisfério Norte do Bennu tirada pela OSIRIS-REx a uma altitude de aproximadamente 1,8 km.
Foto tirada pela OSIRIS-Rex da superfície coberta por regolitos do Bennu.
Foto do lugar de coleta de amostras Nightingale tirada pela OSIRIS-Rex após a aterragem.

Fotometria e espectroscopia

Observações fotométricas do Bennu em 2005 mostraram um período sinódico de 4.2905±0.0065 h. Ele é um asteroide tipo B, que é uma subcategoria dos asteroides tipo C.[19] Medidas em um intervalo de ângulos de fase mostraram um declive na função de fase de 0,04 magnitudes por grau, o que é similar a outros asteroides próximos à Terra com baixo albedo.[20]

Antes da OSIRIS-REx, a espectroscopia indicou uma correspondência com CI e/ou CM condritos carbonáceos,[21][22][23] incluindo a magnetita mineral carbonácea-condritada.[24][25][26] A magnetita, um produto de água espectralmente proeminente, mas destruída pelo calor, é um importante indicador para os astrônomos, incluindo a equipe da OSIRIS-REx.[27][28][29][30][31][32][33][34]

Levantamentos espectroscópicos preliminares da superfície do asteroide pela OSIRIS-REx confirmaram a magnetita e a ligação meteorito-asteroide,[35][36][37] dominada por filossilicatos.[38][39][40] Os filossilicatos, entre outros, retêm água.[41][42][43] Os espectros de água de Bennu foram detectáveis na aproximação,[36][44] revisados por cientistas externos,[45][27] e depois confirmados da órbita.[24][46]

Atividade

O Bennu é um asteroide ativo,[47][48][49][50] emitindo esporadicamente jatos de partículas[51][52] e pedras de até 10 cm,[53][54] (não é poeira, que é definida em dezenas de micrômetros).[55][56] Os cientistas levantam a hipótese de que as emissões podem ser causadas por fraturamento térmico, liberação de voláteis por desidratação de filossilicatos e/ou impactos de meteoroides.[54]

Antes da chegada da OSIRIS-REx, o Bennu exibiu polarização consistente com o Cometa Hale-Bopp e o 3200 Phaethon, um cometa rochoso.[19] Bennu, Phaethon, e os cometas de Manx inativos[57] são exemplos de asteroides ativos.[58][59][49] Os asteroides tipo B que exibem uma cor azul em particular podem ser cometas inativos.[60][61][62] Se a União Astronômica Internacional declarar o Bennu como sendo um objeto de estado duplo, sua designação de cometa seria P/1999 RQ36 (LINEAR).[63]

Asteroide Bennu expelindo partículas
6 de Janeiro de 2019
Trajetória das partículas em quatro eventos de emissão de partículas em 2019 (vÍdeo; 0,43)
19 de Janeiro de 2019

Características da superfície

Todas as características geológicas Bennu têm o nome de espécies de aves e figuras mitológicas parecidas com aves.[65] As primeiras características a serem nomeadas foram as últimas quatro candidatas para ser o lugar da coleta de amostras da OSIRIS-REx, que receberam nomes não-oficiais em agosto de 2019.[66] Em 6 de março de 2020 a União Astronômica Internacional anunciou os primeiros nomes oficiais para 12 características da superfície do Bennu, incluindo regiões (grandes regiões geográficas), crateras, cordilheiras, fossas (sulcos e trincheiras) e rochas.[67]

Candidatos a lugar de coleta de amostras

Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx
Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx [68]
Nome Local Descrição
Nightingale 56°N 43°E Material granulado abundante com alta variação de cor.[69]
Kingfisher 11°N 56°E Uma cratera relativamente nova com a maior assinatura de água entre os quatro.
Osprey 11°N 80°E Localizado em uma mancha de baixo albedo com uma grande variedade de rochas.[69]
Sandpiper 47°S 322°E Localizado entre duas crateras jovens, localizadas em terreno acidentado. Os minerais variam em brilho com indícios de minerais hidratados.

Em 12 de dezembro de 2019, depois de um ano mapeando a superfície do Bennu, o alvo foi anunciado. Chamado Nightingale, a área é próxima ao polo norte do asteroide e encontra-se em uma pequena cratera dentro de uma cratera maior. Osprey foi escolhido o substituto.[69]

Características nomeadas pela União Astronômica Internacional

Mosaico global do Bennu mostrando as localizações das 12 primeiras características de superfície a serem nomeadas
Lista das características da superfície do Bennu nomeadas oficialmente pela União Astronômica Internacional [70]
Name Significado do nome Local
Aellopus Saxum Aelo, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 25.44°N 335.67°E
Aetos Saxum Aetos, companheiro de infância do deus Zeus que foi transformado em uma águia na mitologia grega 3.46°N 150.36°E
Amihan Saxum Amihan, ave divindade da mitologia das Filipinas 17.96°S 256.51°E
Benben Saxum Benben foi o monte que surgiu a partir das águas primordiais Nun na mitologia egípcia 45.86°S 127.59°E
Boobrie Saxum Boobrie, entidade que muda de forma da mitologia escocesa que geralmente assume a forma de uma ave aquática gigante 48.08°N 214.28°E
Camulatz Saxum Camulatz, uma das quatro aves do mito da criação dos quichés na mitologia maia 10.26°S 259.65°E
Celaeno Saxum Celaeno, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 18.42°N 335.23°E
Ciinkwia Saxum Ciinkwia, seres trovejantes da mitologia algonquina que se parecem com águias gigantes 4.97°S 249.47°E
Dodo Saxum Um personagem dodô de Alice no País das Maravilhas 32.68°S 64.42°E
Gamayun Saxum Gamajun, ave profética da mitologia eslava 9.86°N 105.45°E
Gargoyle Saxum Gárgula, monstro semelhante a um dragão com asas 4.59°N 92.48°E
Gullinkambi Saxum Gullinkambi, galo da mitologia nórdica que vive em Valhala 18.53°N 17.96°E
Huginn Saxum Hugin, um dos dois corvos que acompanham o deus Odin na mitologia nórdica 29.77°S 43.25°E
Kongamato Saxum Kongamato, criatura voadora gigante da mitologia Kaonde 5.03°N 66.31°E
Muninn Saxum Munin, um dos dois corvos que acompanham o deus Odin na mitologia nórdica 29.34°S 48.68°E
Ocypete Saxum Ocypete, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 25.09°N 328.25°E
Odette Saxum Odette, princesa que se transforma no Cisne Branco em O Lago dos Cisnes 44.86°S 291.08°E
Odile Saxum Odile, o Cisne Negro em O Lago dos Cisnes 42.74°S 294.08°E
Pouakai Saxum A Pouakai ou poukai é uma ave monstruosa da mitologia maori. 40.45°S 166.75°E
Roc Saxum Roca, ave de rapina gigante da mitologia árabe 23.46°S 25.36°E
Simurgh Saxum Simurgh, ave benevolente que possui todo o conhecimento na mitologia persa 25.32°S 4.05°E
Strix Saxum Strix, ave de mau agouro da mitologia romana 13.4°N 88.26°E
Thorondor Saxum Thorondor, o Senhor das Águias na Terra Média de Tolkien 47.94°S 45.1°E
Tlanuwa Regio Tlanuwa, aves gigantes da mitologia cherokee 37.86°S 261.7°E

Origem e evolução

O material carbonáceo que compõe o Bennu veio originalmente da quebra de um corpo — um asteroide ou um protoplaneta. Porém, como quase toda matéria do Sistema Solar, a origem de seus minerais e átomos é na morte de estrelas como gigantes vermelhas e supernovas.[71] De acordo com a teoria da acreção, essa matéria veio junta há 4,5 bilhões de anos durante a formação do Sistema Solar.

A mineralogia básica e a natureza química do Bennu teriam sido estabelecidas durante os primeiros 10 milhões de anos da formação do Sistema Solar, onde o material carbonáceo passou por algum aquecimento geológico e transformação química dentro de um asteroide muito maior ou um protoplaneta capaz de produzir a pressão, o calor e a hidratação necessários.[14] O Bennu provavelmente começou no cinturão de asteroides interior como um fragmento de um corpo maior com um diâmetro de 100 km. Simulações sugerem que há 70% de chance de que ele tenha vindo da família Polana e 30% de que ele tenha vindo da família Eulalia.[72]

Posteriormente, a órbita desviou como resultado do efeito de Yarkovski e da ressonância orbital com os planetas gigantes, como Júpiter e Saturno. Várias interações com os planetas em combinação com o efeito de Yarkovski modificaram o asteroide, possivelmente mudando sua rotação, sua forma e características de sua superfície.[73]

Cellino et al. sugeriram uma possível origem cometária para Bennu, com base nas semelhanças de suas propriedades espectroscópicas com cometas conhecidos. A fração estimada de cometas na população de objetos próximos à Terra é de 8%±5%.[19] Isso inclui o cometa rochoso 3200 Faetonte, descoberto originalmente como, e ainda numerado como um asteroide.[74][75]

Órbita

Diagrama das órbitas do Bennu e dos planetas rochosos ao redor do Sol.

Atualmente o Bennu orbita o Sol com um período de 1,1955 anos terrestres. O planeta Terra chega tão perto quanto 480.000 km (0.0032 AU) de sua órbita em torno de 23 a 25 de setembro. Em 22 de setembro de 1999 o Bennu passou a 0,0147 AU da Terra, e em 20 de setembro de 2005 ele passou a 0,033 AU. As próximas aproximações de menos de 0,09 AU serão em 30 de setembro de 2054 e depois em 23 de setembro de 2060, o que perturbará ligeiramente a órbita. Entre as aproximações de 1999 e 2060, a Terra completa 61 órbitas e o Bennu 51. Uma aproximação ainda maior ocorrerá em 23 de setembro de 2135 entre 0,0008 e 0,0036 AU (veja abaixo).[10] Nos 75 anos entre as aproximações de 2060 e 2135, o Bennu completa 64 órbitas, o que significa que seu período terá mudado para cerca de 1,17 anos.

Possível impacto com a Terra

Em média, um asteroide com um diâmetro de 500 m pode impactar a Terra a cada 130.000 anos ou mais. [76] Um estudo dinâmico de 2010 realizado por Andrea Milani e colaboradores previu uma série de oito impactos em potencial do Bennu com a Terra entre 2169 e 2199. A probabilidade cumulativa de impacto depende das propriedades físicas do Bennu, que eram pouco conhecidas na época, mas não ultrapassou 0,071% em todos os oito encontros.[6] Os autores reconheceram que uma avaliação precisa da probabilidade de impacto da Terra exigiria um modelo de forma detalhada e observações adicionais (seja do solo ou de espaçonaves visitando o objeto) para determinar a magnitude e direção do efeito de Yarkovski.

A publicação do modelo de forma e da astrometria com base em observações de radar obtidas em 1999, 2005 e 2011[8] possibilitou uma estimativa melhorada da aceleração de Yarkovsky e uma avaliação revisada da probabilidade de impacto. A melhor estimativa atual (a partir de 2014) da probabilidade de impacto é uma probabilidade cumulativa de 0,037% no intervalo 2175 a 2196. [77] Isso corresponde a uma pontuação cumulativa na Escala de Palermo de −1.71. Se um impacto ocorresse, a energia cinética esperada associada com a colisão seria de 1.200 megatons no Equivalente em TNT (para comparação, o equivalente em TNT para a bomba atômica Little Boy era de aproximadamente 0,015 megaton).[78]

Aproximação de 2060

Animação mostrando a posição do Bennu relativa à Terra, enquanto ambos orbitam o Sol, de 2128 até 2138. A aproximação de 2135 é mostrada perto do fim da animação.
      Terra ·       101955 Bennu

O Bennu passará a 0,005 AU (750 000 km)da Terra em 23 de setembro de 2060, [10] enquanto a distância orbital média da Lua (Distância lunar, DL) é hoje e será daqui a 50 anos de 384.404 km. Estará muito escuro para ser visto com binóculos comuns.[79] Essa aproximação causará divergência na aproximação de 2135. Em 25 de setembro de 2135, a distância nominal de aproximação será de 0,002 AU (300 000 km), mas o Bennu poderia passar tão perto quanto 0,0007 AU (100 000 km). [10] Não há nenhuma chance de um impacto na Terra em 2135.[80] A aproximação de 2135 criará muitas linhas de variação e o Bennu pode passar por uma fenda de ressonância gravitacional, o que poderia criar um cenário de impacto em um encontro futuro. As fendas de ressonância têm menos de 55 km de largura.[77]

Em 25 de setembro de 2175, há uma chance de 1 em 24.000 de um impacto com a Terra,[78] mas a trajetória nominal tem o asteroide a mais de 1 UA da Terra nessa data.[81] O possível impacto mais ameaçador é em 24 de setembro de 2196, quando há uma chance de impacto de 1 em 11.000.[78] Há uma chance cumulativa de 1 em 2.700 de um impacto na Terra entre 2175 e 2199. [78]

Em longo prazo

Lauretta et al. relataram em 2015 seus resultados de uma simulação de computador, concluindo que é mais provável que o Bennu seja destruído por alguma outra causa:

A órbita do Bennu é intrinsecamente dinamicamente instável, assim como a de todos os NEOs. A fim de colher informações probabilísticas sobre a evolução futura e o provável destino do Bennu em algumas centenas de anos, rastreamos 1.000 "Bennus" virtuais por um intervalo de 300 milhões de anos com as perturbações gravitacionais dos planetas de Mercúrio a Netuno incluídas. Nossos resultados [...] indicam que o Bennu tem uma chance de 48% de cair no sol. Há uma probabilidade de 10% de que o Bennu seja ejetado do Sistema Solar interno, muito provavelmente após um encontro próximo com Júpiter. A maior probabilidade de impacto com um planeta é com Vênus (26%), seguido pela Terra (10%) e Mercúrio (3%). As chances do Bennu atingir Marte são de apenas 0,8% e há 0,2% de chance de colidir com Júpiter.[73]

Asteroides com a magnitude absoluta menor que 21 passando a menos de uma distância lunar da Terra
Asteroide data Distância nominal de aproximação (LD) Distância mínima (LD) Distância máxima (LD) Magnitude absoluta (H) Tamanho (metros)
(152680) 1998 KJ9 31-12-1914 0,606 0,604 0,608 19,4 279–900
(458732) 2011 MD5 17-09-1918 0,911 0,909 0,913 17,9 556–1795
(163132) 2002 CU11 30-08-1925 0,903 0,901 0,905 18,5 443–477
2017 VW13 08-11-2001 0,454 0,318 3,436 20,7 153–494
(153814) 2001 WN5 26-06-2028 0,647 0,647 0,647 18,2 921–943
99942 Apophis 13-04-2029 0,0981 0,0963 0,1000 19,7 310–340
2005 WY55 28-05-2065 0,865 0,856 0,874 20,7 153–494
101955 Bennu 25-09-2135 0,780 0,308 1,406 20,19 472–512
(153201) 2000 WO107 01-12-2140 0,634 0,631 0,637 19,3 427–593

Chuva de meteoros

Como um asteroide ativo com uma pequena distância mínima de interseção orbital da Terra, o Bennu pode ser o corpo pai de uma fraca chuva de meteoros. As partículas do Bennu iriam irradiar por volta de 25 de setembro ao sul da constelação do Escultor.[82] Os meteoros devem estar próximos do limite do olho nu e produzir apenas uma taxa horária zenital inferior a 1.[82]

OSIRIS-REx

Ver artigo principal: OSIRIS-REx
Primeiras imagens do Bennu tiradas da OSIRIS-REx
Animação da trajetória da OSIRIS-REx's de 9 de setembro de 2016 até 3 de dezembro de 2018.
OSIRIS-REx; 101955 Bennu; Terra; Sol;
Animação da trajetória da OSIRIS-Rex ao redor do Bennu a partir de 25 de dezembro de 2018
      OSIRIS-REx ·       101955 Bennu

A missão OSIRIS-REx do Programa New Frontiers da NASA foi lançada em direção ao Bennu em 8 de setembro de 2016. Em 3 de dezembro de 2018, a espaçonave chegou ao asteroide depois de uma viagem de dois anos.[83] Uma semana depois, no Fall Meeting da União Geofísica Americana, pesquisadores anunciaram que a OSIRIS-REx havia descoberto evidências espectroscópicas de minerais hidratados na superfície do asteroide, sugerindo que havia água líquida no corpo pai do Bennu antes deste se separar.[84][13] Em 20 de outubro de 2020, a OSIRIS-REx tocou a superfície do asteroide, coletou uma amostra e voltou.[85][86] Espera-se que a OSIRIS-REx retorne as amostras para a Terra em 2023[87] por meio de uma cápsula de paraquedas, da espaçonave para a superfície da Terra em Utah no dia 24 de setembro.[85]

Seleção

O Bennu foi selecionado entre mais de meio milhão de asteroides conhecidos pelo comitê de seleção da OSIRIS-REx. A restrição primária para a seleção foi a proximidade da Terra, uma vez que a proximidade implica baixo impulso (Δv) necessário para alcançar um objeto da órbita da Terra.[88] Os critérios estipularam um asteroide em uma órbita com baixa excentricidade, baixa inclinação e um raio orbital de 0,8-1,6 AU.[89] Além disso, o asteroide candidato para uma missão de retorno de amostra deve ter regolito solto em sua superfície, o que implica um diâmetro maior que 200 metros. Asteroides menores que isso normalmente giram muito rápido para reter poeira ou pequenas partículas. Finalmente, o desejo de encontrar um asteroide com material de carbono intocado do início do Sistema Solar, possivelmente incluindo moléculas voláteis e compostos orgânicos, reduziu ainda mais a lista.

Com os critérios acima aplicados, cinco asteroides permaneceram como candidatos para a missão OSIRIS-REx, e o Bennu foi escolhido, em parte por sua órbita potencialmente perigosa.[89]

Galeria

Referências

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