Globo (empresa)

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Globo
Globo (empresa)
Razão social Globo Comunicação e Participações S.A.[1]
subsidiária
Slogan Fazer diferença é todo dia
Atividade mídia de massa
Gênero sociedade anônima
Fundação 1 de janeiro de 2020 (4 anos)
Sede Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Área(s) servida(s) Mundo
Proprietário(s) Grupo Globo
Presidente Paulo Marinho
Produtos
Marcas
Divisões
Ativos R$ 14,2 bilhões (2023) [2]
Lucro Baixa R$ 838,7 milhões (2023)[2]
LAJIR Lucro R$ 1,239 bilhão (2023)[2]
Faturamento Estável R$ 15,1 bilhões (2023)[2]
Antecessora(s)
Website oficial somos.globo.com

A Globo é uma empresa de mídia e comunicação brasileira, pertencente ao Grupo Globo, fundada em 1 de janeiro de 2020 a partir da fusão das operações das empresas TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com, Som Livre e DGCorp, que antes operavam de forma independente uma da outra.[3][4][5]

História[editar | editar código-fonte]

Projeto Uma Só Globo (2018-2021)[editar | editar código-fonte]

Em 24 de setembro de 2018, o Grupo Globo anunciou o projeto Uma Só Globo onde, em três anos, as operações de suas subsidiárias TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com, Som Livre e DGCorp seriam integradas em uma única empresa,[5] sob a razão social Globo Comunicações e Participações S.A. e a marca Globo. As empresas-irmãs Editora Globo, Infoglobo, Sistema Globo de Rádio e Fundação Roberto Marinho não foram contempladas para o projeto e continuam operando independentemente. O processo de reestruturação foi feito com a consultoria da Accenture.[6]

Com esse movimento, a Globo vem buscando corte de despesas fixas em alinhamento com seu lucro líquido, além de ganhar mais dinamismo e se preparar para enfrentar a concorrência das novas plataformas de mídia que surgem, e que como tendência mundial, estão cada vez mais concentradas.[7] Esses cortes geraram ao longo do processo uma série de controvérsias relacionadas quanto a demissões em massa de funcionários das antigas empresas. No caso da TV Globo, chamou-se bastante atenção, já que se dispensou uma parcela significativa de seu elenco de artistas da emissora - muitos deles de longa data e outros ociosos - e passou a utilizar um modelo de contrato por obra, algo que era planejado há mais de 30 anos.

A fusão também teve impactos culturais de gestão, uma vez que para parte do público - de acordo com pesquisa do site NaTelinha - enquanto a antiga Globosat era considerada mais jovial, avançada e moderna, a Rede Globo tinha aspectos de repartição pública. Isso também era perceptível desde 2013, quando a emissora aberta consultou telespectadores, e concluiu-se que ela era vista pelo público jovem como "uma senhora rica, elegante e austera, sem muitas novidades e com uma programação engessada";[8] o que a motivou a realizar uma série de mudanças graduais tanto na comunicação com o público, quanto na identidade visual.

Em 4 de janeiro de 2021, é anunciada oficialmente a marca da nova Globo, como resultado da união da TV aberta, TV por assinatura, streaming e plataformas digitais. O projeto gráfico foi realizado por uma equipe multidisciplinar e teve como ponto de partida a opinião do público. Ele ilustra os valores da empresa compostos por brasilidade, proximidade, diversidade, senso de comunidade, liberdade e criatividade. A arquitetura da nova marca traz o uso de letras em caixa baixa para representar a proximidade com o público. As cores vibrantes refletem a natureza, e a tipografia arredondada foi idealizada para trazer a ideia de círculo e movimento.[3]

Empresa Mediatech[editar | editar código-fonte]

Um dos principais pontos da reestruturação é que ela passaria a se tornar uma empresa mediatech, visionando um futuro mais direcionado aos âmbitos digital e tecnológico. Nóbrega argumentou: "Nossos canais lineares falam com mais de 100 milhões de pessoas todos os dias no Brasil, o que demonstra a enorme relevância da televisão como a conhecemos, mas o conceito do que é televisão está se ampliando com rapidez".[9]

No dia 7 de abril de 2021, é anunciado um acordo de 7 anos com a plataforma Google Cloud. A parceria contempla a migração de 100% dos dados de seus data centers próprios para a nuvem da gigante tecnológica americana, assim como os seus conteúdos, produtos e serviços digitais da nova empresa; e abre possibilidades para a utilização de Inteligência Artificial e Machine Learning, incluindo no desenvolvimento de soluções e no processo de inovação da Globo.[10]

Venda da Som Livre[editar | editar código-fonte]

Ainda sob o processo de reestruturação da nova empresa, em 18 de novembro de 2020, o presidente Jorge Nóbrega anunciou que pretendia vender a gravadora Som Livre. Ainda no mesmo dia, colocou-se a marca em processo de valuation, para disponibilizá-la ao mercado.[11] A distribuidora global Believe foi uma das interessadas na aquisição, porém, em 1º de abril de 2021, foi anunciado que a gravadora foi adquirida pela Sony Music, em uma transação de estimadamente US$ 255 milhões. Nóbrega afirmou na aquisição: "Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros".[12][13]

Marcas e Divisões[editar | editar código-fonte]

Canais Globo[editar | editar código-fonte]

Televisão aberta[editar | editar código-fonte]

Televisão fechada[editar | editar código-fonte]

Pay-per-view[editar | editar código-fonte]
Joint-ventures[editar | editar código-fonte]

Produtos & Serviços Digitais[editar | editar código-fonte]

Streaming[editar | editar código-fonte]

Criação & Produção de conteúdo[editar | editar código-fonte]

Antigas propriedades[editar | editar código-fonte]

Estrutura Corporativa[editar | editar código-fonte]

  • Paulo Marinho[4][14] (Presidente, Canais Globo)
  • Paulo Tonet[15] (Vice-presidente, Relações Institucionais)
  • Ali Kamel[16] (Coordenador do Conselho Editorial do grupo)
  • Amauri Soares[17] (Diretor, TV Globo e dos Estúdios Globo)
  • Claudia Falcão[4] (Diretora, Recursos Humanos)
  • Fernando Ramos[16] (Diretor, Parcerias Estratégicas de Distribuição)
  • Manuel Belmar[18] (CFO e Diretor de Produtos Digitais e Canais Pagos)
  • Manuel Falcão[19] (Diretor, Marca e Comunicação)
  • Manzar Feres[20] (Diretora, Negócios Integrados em Publicidade)
  • Pedro Garcia[4] (Diretor, Aquisição de Direitos)
  • Raymundo Barros[21] (Diretor, Estratégia & Tecnologia)
  • Renato Ribeiro[16] (Diretor, Esporte)

Notas e referências

Notas

  1. Joint-venture com os estúdios de cinema da Disney, Paramount Global, Comcast (Universal) e MGM.

Referências

  1. «Empresas do Projeto Uma Só Globo» (em inglês). Globo.com. Consultado em 3 de janeiro de 2021 
  2. a b c d Góes, Francisco (28 de março de 2024). «Globo tem lucro de R$ 838,7 milhões em 2023». Valor Econômico. Globo.com. Consultado em 29 de março de 2024 
  3. a b «Globo começa 2021 com nova marca». G1. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  4. a b c d «Globo unifica marcas em uma mesma estrutura a partir de janeiro». Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  5. a b Cynthia Malta (8 de novembro de 2019). «Grupo Globo terá nova estrutura a partir de janeiro de 2020». Valor Econômico. Consultado em 28 de abril de 2021 
  6. João Luiz Rosa (8 de novembro de 2019). «Reformulada, Globo avança na direção de se tornar 'media tech'». Valor Econômico. Consultado em 28 de abril de 2021 
  7. «O que está por trás da megafusão da Globo?». G1. Globo. 17 de novembro de 2019. Consultado em 17 de janeiro de 2021 
  8. «Jovens veem Globo como senhora rica e austera». Outro Canal - Folha de S. Paulo. 11 de setembro de 2013. Consultado em 19 de janeiro de 2021 
  9. «Globo acelera projeto para ser mediatech». Tela Viva. 20 de setembro de 2020. Consultado em 10 de abril de 2021 
  10. «Globo anuncia parceria estratégica de co-inovação e migração para nuvem com Google Cloud». Globo.com. Consultado em 10 de abril de 2021 
  11. «Globo anuncia venda da gravadora Som Livre». Metrópoles. Consultado em 17 de janeiro de 2021 
  12. «Som Livre é vendida pela Globo para a Sony Music Entertainment». Globo.com. Consultado em 2 de abril de 2021 
  13. «Por que a Globo se desfez da Som Livre em um negócio de R$ 1,4 bilhão». Uol. Consultado em 2 de abril de 2021 
  14. Castro, Daniel (14 de outubro de 2021). «Neto de Roberto Marinho vira presidente da Globo após fusões e demissões». Notícias da TV - UOL. Consultado em 1 de dezembro de 2021 
  15. «Executivos de rádio e TV defendem regras mais equilibradas entre plataformas e a mídia tradicional» 
  16. a b c «Ali Kamel deixará a direção geral de Jornalismo da Globo em dezembro» 
  17. «Amauri Soares assume direção dos Estúdios Globo» 
  18. [hhttps://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2024/02/05/erick-bretas-deixa-a-lideranca-de-produtos-digitais-e-canais-pagos-da-globo-e-manuel-belmar-e-o-novo-diretor.ghtml «Erick Brêtas deixa a liderança de Produtos Digitais e Canais Pagos da Globo, e Manuel Belmar é o novo diretor»] 
  19. «Manuel Falcão assume comunicação da Globo» 
  20. «Eduardo Schaeffer sai e Manzar Feres assume Negócios da Globo» 
  21. «Raymundo Barros é o novo diretor de Estratégia e Tecnologia da Globo» 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]