Tireoidite de De Quervain

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Tireoidite de De Quervain
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E06.1
CID-9 245.1
DiseasesDB 3474
MedlinePlus 000375
eMedicine med/534
MeSH D013968
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A tireoidite de De Quervain ou tireoidite subaguda granulomatosa é uma doença rara da glândula tireóide, cujas causas ainda não são totalmente esclarecidas. Provavelmente infecções virais e predisposição genética sejam fatores que afetem o surgimento da doença.

A doença começa subaguda, ou seja, dentro de poucos dias. Ocorre uma inflamação da tireóide, que é marcada histologicamente através de células gigantes típicas. A doença se manifesta com um leve aumento da tireóide (bócio) assim como sintomas como fortes dores e dificuldades para deglutição. A progressão da doença que dura por mais de meses geralmente ocorre em várias fases. A seguir ocorre uma hiperfunção da tireóide, seguida por uma pequena fase de função normal, conhecida como eutireose, e então seguida por uma fase de hipofunção da tireóide. Durante uma fase de recuperação a tireóide finalmente recupera sua função e geralmente se cura totalmente.

O diagnóstico é estabelecido através da anamnese, exames clínicos e com a ajuda de resultados laboratoriais. Em caso de dúvida pode ser solicitada uma biópsia para que o diagnóstico seja assegurado. A tireoidite subaguda granulomatosa é geralmente uma doença auto-limitada, ou seja, se cura por conta própria sem medidas terapêuticas no período de um ano. Os sintomas e a evolução da doença podem ser contidos através de uma terapia com medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos.

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

A idade média de ocorrência da doença é entre os 30 e 50 anos.[1] As mulheres são 3 a 5 vezes mais afetadas que os homens.[2] Existem poucos dados estatísticos exatos sobre a epidemiologia e principalmente sobre a frequência da doença. Segundo um grande estudo de coorte, a incidência em Olmsted County Minnesota nos anos de 1960 até 1997 foi de 4,9 casos por 100.000 moradores por ano.[3]

Terapia[editar | editar código-fonte]

A terapia é realizada geralmente para tratar os sintomas. São utilizadas principalmente substâncias antiinflamatórias e analgésicas do grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ácido acetilsalicílico (AAS) e ibuprofeno. Quando estes medicamentos não são suficientes para um tratamento sintomático, são utilizados glicocorticóides, começando com prednisolona, para um efeito anti-inflamatório. Se mesmo com os AINEs e com a terapia com glicocorticóides a dor permanecer, o diagnóstico deve ser revisto.[2]

Manifestações características da hiperfunção da tireóide, como aceleração do batimento cardíaco (taquicardia), ocorrem apenas em poucos casos. Elas podem ser tratadas com medicamentos beta bloqueadores.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. M. Dietl (Hrsg.) u.a.: Harrisons Innere Medizin. Dt. Ausgabe der 15. Auflage - ABW Wissenschaftsverlag Berlin 2003, S. 2269 ff. ISBN 3-936072-10-8
  2. a b Burman KD: Subacute granulomatous thyroiditis. UpToDate v15.3, August 2007
  3. Fatourechi V et al.: Clinical features and outcome of subacute thyroiditis in an incidence cohort: Olmsted County, Minnesota, study. J Clin Endocrinol Metab. 2003 May;88(5):2100-5. PMID 12727961