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A sintaxe é o ramo da linguística que estuda os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e funcionamento. Os primeiros passos da tradição européia no estudo da sintaxe foram dados pelos antigos gregos, começando com Aristóteles, que foi o primeiro a dividir a frase em sujeitos e predicados. Um segundo contributo fundamental deve-se a Frege que critica a análise aristotélica, propondo uma divisão da frase em função e argumento. Deste trabalho fundador, deriva toda a lógica formal contemporânea, bem como a sintaxe formal. No século XIX a filologia dedicou-se sobretudo à investigação nas áreas da fonologia e morfologia, não tendo reconhecido o contributo fundamental de Frege, que só em meados do século XX foi verdadeiramente apreciado.

Funções Sintáticas[editar | editar código-fonte]

Há várias funções sintáticas. Algumas delas podem ser vistas abaixo:

Basicamente, em qualquer linguagem, as funções básicas são o sujeito e o predicado.

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Sujeito[editar | editar código-fonte]

Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado.

Segundo uma tradição iniciada por Aristóteles, toda oração pode ser dividida em dois constituintes principais: o sujeito e o predicado. Em português, o sujeito rege a terminação verbal em número e pessoa e é marcado pelo caso reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de regência do sujeito sobre o verbo são denominadas concordância verbal. Na frase, Nós vamos ao teatro. vamos é uma forma do verbo "ir" da primeira pessoa do plural que concorda com o sujeito nós.

Para os verbos que denotam ação, freqüentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas conseqüências. Sob outra tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara, "É o termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou qualidade".

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • O pássaro voa. - Os pássaros voam.
  • O menino brinca. - Os meninos brincam.
  • Pedro saiu cedo. - Os jovens saíram.
  • O livro é bom. - Os livros são bons.

Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a resposta; esta resposta será o sujeito.

  • "O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.
  • "O livro é bom." O que que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.

Tipos de Sujeito[editar | editar código-fonte]

O sujeito pode ser, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificado em simples, composto, indeterminado, desinencial ou implícito e inexistente. Nesse último caso, temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.

Simples[editar | editar código-fonte]

É o sujeito que tem apenas um núcleo representativo. Aumentar o número de características a ele atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em itálico):

  • Maria é uma garota bonita.
  • A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo.
  • Brunella Zanoni é astuta.
  • Manuela é amiga de verdade.
  • Bruna é minha melhor amiga
  • Maryane é muito bonita
  • Caíque é muito fofo.

Sujeito composto[editar | editar código-fonte]

É aquele que apresenta mais de um núcleo representativo, escrito na oração.

  • Arthur Dutra , Lucas Pimentel , Maíra e Alex são amigos.
  • Paula e Carla fizeram compras no sábado.
  • Juliana e Michele trabalham juntas.
  • Marcos e Andressa amam-se.
  • Fabiana e Jessica são demais.
  • Caroline e Danielle' são as minhas melhores amigas.
  • Eduardo e Eric são muito perfeitos.
  • Paulo e o amigo Bruno sairam para almoçar.

O sujeito também pode vir depois do verbo:

  • Saíram Pedro e Paulo.
  • Saiu Pedro e Paulo.


Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Pedro", mais próximo a ele. Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se concordância atrativa.

Sujeito desinencial, oculto ou elíptico[editar | editar código-fonte]

Sujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência do verbo.

  • Fechei a porta.
  • Quem fechou a porta?
  • Perguntaste mesmo isso ao professor?

Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado na oração: Fechei a porta Eu. E na frase Perguntaste mesmo isso ao professor?, o identificado é Tu.Entretanto, cuidado para não criar confusão com a segunda frase, que pode passar a idéia de elipse do sujeito ou sua indeterminação; pois o sujeito simples está explícito e é o pronome interrogativo Quem.

Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto e indeterminado. Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e lingüistico-gramaticais, passando a denominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramos todos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal, coloca-se entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= sujeito simples desinencial.

Sujeito indeterminado[editar | editar código-fonte]

Sujeito indeterminado é o que não se nomeia ou por não se querer ou por não se saber fazê-lo. Podemos dizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como dizer quem a pratica ou praticou.

Há três maneiras de identificar um sujeito indeterminado:

a) O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural.

  • Dizem que eles não vão bem.
  • Estão chamando o rapaz...
  • Falam de tudo e de todos.
  • Falaram por aí...
  • Disseram que ele morreu.

b) Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na terceira pessoa do singular, mais a partícula se.

  • Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa → verbo transitivo indireto)
  • Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa → verbo transitivo indireto)

A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quem necessita.

Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:

  • Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo direto)
  • Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)

Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função de partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz passiva analítica, teremos:

  • Carros são comprados (sujeito: "Carros");
  • Casa é vendida (sujeito: "Casa").

c) Com um Verbo Intransitivo, somente na terceira pessoa do singular, mais a palavra se, índice de indeterminação do sujeito.

  • Vive-se feliz, aqui.
  • Aqui se dorme muito bem.

Orações Sem sujeito[editar | editar código-fonte]


Observação: Dar o nome de Oração sem sujeito (OSC) não se constitui, formalmente, da classificação do sujeito, mas da oração enquanto estrutura lingüística desprovida de sujeito.


Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os seguintes:

1. Com os verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar...

  • Trovejou muito.
  • Neva no sul do país.
  • Anoitece tarde no verão.
  • Chove muito no Amazonas.
  • Ventou bastante ontem em Vila Velha no Espirito Santo.

2. Com o verbo haver, significando existir ou acontecer.

  • Ainda há amigos.
  • Haverá aulas amanhã.
  • bons livros na livraria.
  • gente ali.
  • homens no mar.
  • dois dias que não durmo.
  • Houve um grave incidente no meu apartamento.

3. Com os verbos fazer, haver e estar indicando tempo, decorrido ou não.

  • Está quente esta noite.
  • Faz dez anos que não o vejo.
  • Faz calor terrível no verão.
  • Está na hora do recreio.

4. Com o verbo ser indicando tempo.

  • Era em Londres.
  • É tarde.
  • Era uma vez.
  • Foi em janeiro.

5. Com os verbos ir, vir e passar indicando tempo.

  • passa de um ano... .
  • passa das cinco horas.

Observação importante: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual é própria de substantivos.

  • Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã...)
  • Aqui já é Vitória (Este lugar...)
  • Hoje é dia de festa. (O dia de hoje...)
  • Agora já é noite avançada. (Esta hora...)

Nota: Oração sem sujeito também pode ser chamada de OSS.


Predicado[editar | editar código-fonte]

 Nota: Se procura outros usos para a palavra predicado, veja predicado.

Na gramática, o predicado é um dos termos essenciais da oração; é tudo aquilo que não se diz ou o que se declara sobre o sujeito.

Significado de predicado: Qualidade, característica, dote, prenda, virtude. Aquilo que numa preposição se enuncia acerca do sujeito.

O que o predicado não é[editar | editar código-fonte]

Importante é arriscar que o predicado não é o verbo, bem como é tudo aquilo que pertence ao sujeito. Ainda mais, o vocativo e o aposto(Nome, ou Expressão Equivalente, que exerce a mesma função sintática de outro elemento a que se refere.) não são, nem fazem, formalmente, parte de um predicado.É tudo o que se fala do sujeito. Para estudar o predicado é preciso conhecer algumas noções de predicação verbal.

Há verbos que expressam ação (chamados de significativos). São eles:

Há verbos que expressam estado e que são chamados de verbos de ligação. (Os Verbos de ligação possuem as mesmas características para um predicado nominal)

Tipos de Predicado[editar | editar código-fonte]

O predicado pode ser subdividido em Predicado nominal, verbal ou verbo-nominal (também escrito verbonominal).

Predicado Verbal[editar | editar código-fonte]

Possui um verbo significativo, também denominado de nocional; ou seja: verbo que exprime ação.

  • O ministro do Sítio anunciará um pacote de reajuste de impostos.
  • O Administrador de redes bloqueou o acesso dos alunos ao Orkut.
  • Bush invadiu o Iraque, baseando-se em justificativas infundadas.
  • João foi à Escola de carro. (Nota-se que aqui o verbo "foi" está relacionado ao verbo "ir" e não ao verbo "ser". Portanto, o sujeito efetuou uma ação. Caso fosse "foi" do verbo "ser", ele assumiria o papel de verbo de ligação. Ex.: "João foi um aluno esperto")

Predicado Nominal[editar | editar código-fonte]

Possui por núcleo um sintagma nominal (substantivo ou, normalmente, adjetivo), denominado, sintaticamente, de predicativo do sujeito. Integra esse termo da oração um verbo de ligação, também chamado de verbo não-significativo (uma vez que não expressa ação) ou de verbo relacional.

  • O acesso à internet banda larga está cada vez mais ao alcance da classe média urbana..
  • Franco-Dousha é o mais novo fórum lingüístico da atualidade.

Estou com uma vontade louca de comer chocolate!.

  • Chico está doente.
  • Carlos Drummond de Andrade é um poeta notável.

Predicado Verbo Nominal[editar | editar código-fonte]

Também grafado como verbo nominal, este encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo (núcleo do predicado verbal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal). Portanto, são dois núcleos.

  • Alegre, ela entrou na sala.
  • João abaixou os olhos pensativo.
  • Considero inesquecível o projeto exposto.

O papel do Predicado na Gramática[editar | editar código-fonte]

Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só se mostra importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos.

Nesse sentido, o predicado revela-se, sintaticamente, o segmento lingüístico onde se estabelece a concordância verbal com outro termo essencial da oração – o sujeito. Não se trata, portanto, de definir o predicado como "aquilo que se diz do sujeito" como o faz gramática tradicional, mas, sim, estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos oracionais.

Imperioso frisar, ainda que, na realidade, somente o predicado constitui-se, verdadeiramente, um termo essencial da oração, uma vez que não há oração que não o possua, o mesmo não se pode afirmar quanto ao sujeito que, embora seja classificado pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) como termo essencial, de fato não o é; prova disso é a existência da Oração sem Sujeito (OSS) constituída apenas de predicado.


Complemento Nominal[editar | editar código-fonte]

Complemento nominal, em análise sintática, é um termo integrante (que se refere a substantivo, adjetivo e advérbio)que completa o sentido de um nome. Complemento nominal é a parte paciente. Podendo ser representada por um pronome oblíquo. Ele é imprescindível para o sentido da oração estar completo.

Exemplo: "João ficou à disposição..." A pergunta inevitável é: de que? ou de quem ? A resposta (da empresa, da Justiça, da família, etc.) é um complemento nominal, porque completa o sentido de um nome (à disposição).

Outros exemplos: "Faz tempo que não tenho notícia de Joaquim" "Sou favorável à sua promoção". "Tenho esperança de que seus planos dêem certo".

Os termos assinalados completam o sentido de nomes (notícia - substantivo - e favorável - adjetivo). O complemento nominal pode ser até uma oração, classificada como "subordinada substantiva completiva nominal", que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio da oração subordinante: "Tenho esperança de que ele venha".

A oração subordinada completa o sentido do substantivo esperança. Repare que esse tipo de oração é sempre introduzido por uma preposição, clara ou subentendida (no exemplo, a preposição "de"). Como o próprio nome já diz o complemento nominal completa o sentido da frase ex.: " está difícil o pagamento das dívidas " das dívidas completa o sentido da frase.

E também, para finalizar, devemos saber que o termo preposicionado para ser complemento nominal, terá que estar ligado a um substantivo abstrato que seja o receptor, o alvo da ação. No exemplo dado acima "pagamento" é um substantivo abstrato pois precisa de algo para existir, e "das dívidas" é o complemento nominal, pois as "dívidas" é o agente receptor/alvo da ação, as "dívidas" estão sendo o ALVO do pagamento. O complemento nominal pode ser substantivo, adjetivo, advérbio ou expressão ou oração.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Complemento Verbal[editar | editar código-fonte]

Os complementos verbais completam o sentido dos verbos transitivos. Estes complementos podem ligar-se ao verbo através de uma preposição ou sem o auxílio dela. Quando há necessidade de preposição, o objeto é dito indireto; quando ela não é necessária, o objeto é dito direto. Alguns verbos podem aceitar ao mesmo tempo um objeto direto e outro indireto. Em alguns casos, por questões de estilo, adiciona-se uma preposição ao objeto direto. Neste caso o objeto direto é dito preposicionado.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • Aviões possuem asas. - Asas é o objeto direto do verbo possuir.
  • Gosto de escrever. - de escrever é objeto indireto do verbo gostar.
  • Neguei tudo aos impostores. - tudo é objeto direto e aos impostores é objeto indireto do verbo negar.
  • Ele ama a Deus - a Deus é um objeto direto preposicionado. Observe que o verbo amar não exige a preposição.

Objeto direto[editar | editar código-fonte]

Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto direto liga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ação.

Identificamos o Objeto direto, quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê". A resposta será o Objeto Direto.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • Vós admirais os companheiros. -Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros', que é o objeto direto.
  • Nós amamos Julieta. -Perguntamos, nós amamos quem? A resposta é 'Julieta', que é o objeto direto da oração.
  • Maria vendia doces. -Perguntamos, Maria vendia o que? A resposta é 'doces', que é o objeto direto.
  • Ivano ama Hortência. -Perguntamos, Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o objeto direto.

Objeto direto preposicionado[editar | editar código-fonte]

Há casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que, por sua vez, precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto preposicionado.

  • Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós tomais "parte" do vinho

O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:

  • por pronome pessoal oblíquo tônico;
  • pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro;
  • por pronome átono e substantivo coordenados.

Objeto indireto[editar | editar código-fonte]

O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo obrigatoriamente precedido de preposição.

Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será o Objeto indireto.

Objeto indireto reflexivo[editar | editar código-fonte]

O objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito. Exemplo:

  • O dono da casa deu-se o prazer de uma torta.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • André obedece aos pais.( André obedece a quem? Resposta: aos pais, Objeto Indireto.)
  • Mariana obedeceu a sua avó( Mariana obedeceu a quem? Resposta: a sua avó, Objeto Indireto.)
  • Toby, o cachorro, obedeceu a Amanda( O cachorro obedeceu a quem? Resposta: a Amanda, Objeto Indireto.)


Complemento Verbo-Nominal[editar | editar código-fonte]

Adjuntos[editar | editar código-fonte]

Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Apesar de o vocativo ser um termo independente, ele está presente neste artigo.

Adjunto adnominal[editar | editar código-fonte]

Adjunto adnominal é o termo que caracteriza o nome sem intermediação de um verbo. As classes de palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, locuções adjetivas, pronomes, numerais e artigos. Ele é uma expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.

Os adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome. Eles apenas conferem uma nova informação ao nome e por isso são chamados de modificadores.

O Cunha falou que o Eduardo está viajando no adjunto adnominal.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • No desfile, duas garotas vestiam calças e camisetas brancas.
  • O espetáculo de dança foi suspenso até segunda ordem.
  • O espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem.
  • O passeio era demorado e filosófico.
  • 'Nosso' velho mestre sempre nos voltava à mente.

Em " é nóisss mano"..também há adjunto adnominal

Confusão com predicativo[editar | editar código-fonte]

É importante notar que o adjunto adnominal pode estar em qualquer parte da oração e dá uma característica constante ao substantivo. Já o predicativo só se encontra no predicado, e dá uma característica momentânea ao substantivo. Podemos diferenciar um do outro substituindo a estrutura sintática por -o, -os, -a, -as. Veja os exemplos:

  • Busquei o caderno velho. --> Busquei-o.

Note que a estrutura o caderno velho pode ser substituída por -o. Isso caracteriza o adjunto adnominal.

  • Considero sua decisão triste. --> Considero-a triste

Note que a estrutura sua decisão triste não pode ser substituída inteiramente, caracterizando o predicativo, que nesse caso é o predicativo do objeto, pois se refere ao substantivo decisão.

Confusão com complemento nominal[editar | editar código-fonte]

É comum as pessoas fazerem confusão ao tentar classificar essas estruturas sintáticas. Uma dica é: sempre notar que o adjunto adnominal só trabalha para o substantivo (concreto ou abstrato), enquanto o complemento nominal pode trabalhar para o substantivo abstrato, adjetivo e advérbio. Quando uma estrutura que se está em dúvida quanto sua classificação estiver trabalhando para um adjetivo ou advérbio, certamente será complemento nominal.

Quando a estrutura estiver relacionada a um substantivo, basta olhar se este substantivo "existe" sem o auxílio de um complemento. Se existir, a estrutura é classificada como adjunto adnominal, se não, complemento nominal. Vejamos exemplos:

  • necessidade de atenção – note que necessidade não "existe" sem o complemento de "de atenção". Isso caracteriza o complemento nominal;
  • chuva fria – note que chuva "existe" sem complemento, fria pode ser retirado, sem alterar o significado do substantivo. Isso caracteriza o adjunto adnominal.

Adjunto adverbial[editar | editar código-fonte]

O adjunto adverbial é um termo acessório da oração cuja função é complementar um verbo intransitivo, ou seja, um verbo que tem sentido pleno, completo, ou um verbo transitivo, aquele que possui um complemento.

Exemplo:Choveu Ontem

O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, visto que complementa um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover". Já numa análise morfológica, o termo ontem passa a ser categorizado como um advérbio composto pela própria palavra, ou seja, os adjuntos adverbiais tem que ter obrigatoriamente um verbo.

Aposto[editar | editar código-fonte]

Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de forma isolada, ora entre vírgulas, ora separado por uma única vírgula no início ou no final de uma oração ou ainda por dois pontos.

Existem sete tipos de aposto: O aposto explicativo, o aposto enumerativo, o aposto especificativo, o aposto distributivo, aposto oracional, aposto comparativo e o aposto recapitulativo (resumidor). Na norma culta é permitido utilizar qualquer um dos apostos também entre parênteses ou entre dois travessões e outros tipos de adjunto!

Aposto explicativo[editar | editar código-fonte]

É aquele que explica o termo anterior.

Exemplo:

  • A Wikipédia, uma enciclopédia virtual, é a mais nova ferramenta para um conhecimento irrestrito e de fácil acesso.

Aposto enumerativo[editar | editar código-fonte]

É aquele utilizado para enumerar dados relacionados ao termo anterior.

Exemplo:

  • Sergio possui 3 filhas: Carol, Stefanie e Vitória

Aposto especificativo[editar | editar código-fonte]

É aquele que especifica um lugar. Pode ser utilizado sem vírgulas.

Exemplo:

  • O melhor carnaval é o do Rio de Janeiro, cidade maravilhosa.

Aposto distributivo[editar | editar código-fonte]

É aquele que distribui as informações de termos separadamente. Geralmente, utilizado com ponto e vírgula.

Exemplo:

  • Henrique e Núbia moram no mesmo país; esta na cidade do Porto, e aquele, na cidade de Lisboa.

Aposto oracional[editar | editar código-fonte]

É o aposto que possui um verbo.

Exemplo:

  • Desejo uma única coisa: que a Wikipédia atinja 300 mil verbetes ainda este ano.

Aposto Recapitulativo (resumidor)[editar | editar código-fonte]

É o aposto que recapitula toda a oração.

  • Trocar fraldas, amamentar, limpar o nariz, acordar de noite, tudo exige paciência.

Aposto Comparativo[editar | editar código-fonte]

É o aposto que compara.Geralmente entre vírgulas.

  • A inflação, monstro devorador dos salários, é sempre uma ameaça à estabilidade econômica do país.

Vocativo[editar | editar código-fonte]

Dentro da sintaxe, o vocativo é um termo de natureza exclamativa, que tem como função chamar alguém ou alguma coisa personificada. É o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar ou interpelar o elemento a que se está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação e admite anteposição de interjeição de chamamento.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • "Tenho certeza, amigos, que isso vai acabar bem."
  • "Ide lá, rapazes!"
  • "Paulo, venha cá."
  • "Sylvie, vamos logo!"
  • "Ana, saia daí!"
  • "Elen,olhe aqui!"

Ver também[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikilivros Livros e manuais no Wikilivros



Voz Verbial[editar | editar código-fonte]

Voz verbal, em linguística, é como se denomina a flexão verbal que denota a forma segundo a qual o sujeito se relaciona com o verbo e com os complementos verbais.

Voz é a categoria verbal da qual se marca a relação entre o verbo e seu sujeito. Essa relação pode ser de atividade, passividade ou ambas.

As vozes verbais são:

  • Voz reflexiva: é como se denomina a flexão verbal que denota que o sujeito pratica a ação sobre si mesmo.
    O garoto magoou-se.
    Eu me arrumei para a festa 
    José se queimou
    Marcos se feriu
    Eu penteio meu cabelo    
    • Voz reflexiva recíproca: quando há um sujeito composto e o verbo indica que um elemento do sujeito pratica ação sobre o outro, mutuamente.
      José e Maria se casaram.
  • Voz ativa: é como se denomina a flexão verbal que indica que o sujeito pratica ou participa da ação denotada pelo verbo,dá destaque é quem pratica a ação(agente). Não possui verbo ser nem pronome "se".
    Maria Joana quebrou a janela de dona Télia.
    A torcida aplaudiu os jogadores.
  • Voz passiva: é como se denomina a flexão verbal que indica que o sujeito recebe a ação,dá destaque a quem recebe a ação(paciente).
     No verão,pede-se um sorvete..
     No inverno, pede-se um café.
     Compraram-se as roupas.
     Alugam-se as casas.
     Destruiu-se a casa.
     Durante um jogo de futebol, vários jogadores foram machucados por torcedores
     Quando a aula de matemática terminou fomos surpreendidos com a morte de um professor
     A janela de Dona Télia foi quebrada por Maria Joana
     Os jogadores foram aplaudidos pela torcida
IMPORTANTE:

Para admitir flexão de voz, o verbo precisa ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.



Sujeito do Predicado[editar | editar código-fonte]

Na Gramática, Predicativo é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ao sujeito.

Alguns verbos não têm (ou perdem, em certos contextos) uma significação definida, no sentido de que não exprimem ações ou processos suscetíveis de serem atribuídos a algo.

Tais verbos contêm um significado puramente gramatical. Limitam-se a transmitir a idéia em referência a um estado permanente (ser), um estado transitório (estar), permanência de estado (continuar), aparência de estado (parecer), mudança de estado (ficar, vir) e outras semelhantes.

Desse modo, estes verbos necessitam de um complemento especial que atribua ao predicado um verdadeiro sentido, que permite exprimir efetivamente um estado ou qualidade atribuíveis ao sujeito. "Ser" é o único verbo que é usado quase exclusivamente como copulativo. Praticamente, só na linguagem filosófica é utilizado como verbo intransitivo, assumindo o significado de "existir" (O ser é; o não ser não é.). No entanto, vários verbos significativos podem assumir valor copulativo, como é o caso dos já referidos estar, ficar, andar, permanecer, continuar, parecer, vir.

Predicativo do sujeito é, portanto, o nome ou expressão equivalente que se associa a um verbo copulativo para lhe atribuir sentido.

Predicativo

É o termo que indica uma qualidade ou um estado do sujeito ou do objeto direto ou do objeto indireto. No predicado nominal sempre existe predicativo do sujeito. No predicado verbo-nominal, sempre existe predicativo do sujeito ou do objeto direto o do objeto indireto. Exemplo:

~> Ele está triste

Predicativo do sujeito: triste.

Os alunos são inteligentes.

Predicativo do sujeito: inteligentes

O trem chegou quebrado.

Predicativo do sujeito: quebrado

Nomeei José o meu secretário.

Predicativo do objeto direto: o meu secretário

Chamei-o de ladrão.

Predicativo do objeto indireto: ladrão.

O predicativo pode ser:

  • a) do sujeito.
  • b) do objeto direto
  • c) do objeto indireto
                                      (:==Nota==:)



1 - No predicado nominal, o predicativo é o termo mais importante no que se refere ao predicado. 2 - Com o verbo chamar pode aparecer um predicativo referente ao objeto indireto e ao objeto direto 3 - Só existe predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. 4 - O predicativo do objeto direto ou do objeto indireto "pode" aparecer precedido de preposição. 5 - Quando não houver possibilidade de se encontrar um predicativo em orações onde aparecem verbos de ligação, estes verbos passam a ter um conteúdo significativo e constituirão predicados verbais. 6 o predicado é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade um estado ao sujeito indica uma qualidade ou um estado do sujeito ou do objeto direto ou objeto indireto. 7 [só existe predicativo do objeto direto e indireto no verbo falar. como isso é legal não é?

Exemplos[editar | editar código-fonte]

A menina está aqui.

  • a) aqui é adjunto adverbial de lugar.
  • b) não tem predicativo.
  • c) o verbo é de ligação.
  • d) o predicado nominal é: está aqui.
  • e) o verbo é de ligação.
  • f) o sujeito é simples

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  • O menino é inteligente --- predicativo do sujeito :inteligente.
  • António Guterres é primeiro-ministro.

Esquematicamente, temos:

  • Oração (Ântonio Guterres é primeiro-ministro)
  • Sujeito + Predicado nominal (Ântonio Guterres + é primeiro-ministro)
  • Sujeito + Verbo copulativo + Predicativo do sujeito (Ântonio Guterres + é + 'primeiro-ministro)

Representação do predicativo do sujeito — O predicativo do sujeito pode ser representado por um nome ou sintagma nominal, como no exemplo acima, ou

  • por um adjetivo: O Miguel é inteligente.
  • por um pronome: A minha casa é 'aquela.
  • por um numeral: As partes do corpo humano são três.
  • por um advérbio: Estou bem.
  • por uma oração completa: Amar é saber pedir perdão.
  • Oração com predicativo (Para mim, é falta de fé)


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Objecto do Predicado[editar | editar código-fonte]

Predicativo , na análise sintática, é o termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto indireto, conferindo-lhes um atributo. O predicativo somente aparece em predicado nominal ou verbo-nominal pois é complemento do verbo de ligação. A formação do predicativo do objeto é feita através de um substantivo ou um adjetivo. Há duas classificações para o predicativo, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

Predicativo do sujeito[editar | editar código-fonte]

O predicativo do sujeito é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, completando o verbo de ligação

Exemplos:

  • Mariana anda doente

Onde anda é o verbo de ligação, e doente é o predicativo do sujeito;

  • Adolfo dirige feliz

Onde feliz é o predicativo do sujeito, pois ele está feliz;

Predicativo do objeto[editar | editar código-fonte]

O predicativo do objeto é o elemento do predicado que se refere ao objeto.

Exemplo:

  • Os adultos consideram as crianças sapecas

No exemplo acima, as crianças sapecas é o objeto direto e sapecas é o predicativo do objeto (pois elas são sapecas)

Ver também[editar | editar código-fonte]