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Chevrolet Opala: diferenças entre revisões

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A mecânica inteira do Opala também serviu de base para vários outros carros esportivos fora-de-série e réplicas fabricadas artesanalmente. Dentre estes destacam-se o ''[[Santa Matilde (automóvel)|Santa Matilde]]'', ''[[Puma GTB]]'' e o ''Fera XK'', réplica do Jaguar XK de 2 lugares.
A mecânica inteira do Opala também serviu de base para vários outros carros esportivos fora-de-série e réplicas fabricadas artesanalmente. Dentre estes destacam-se o ''[[Santa Matilde (automóvel)|Santa Matilde]]'', ''[[Puma GTB]]'' e o ''Fera XK'', réplica do Jaguar XK de 2 lugares.


O Opala é um carro bem sucedido também em competições, onde acumula muitos títulos e recordes. Ressaltam-se as provas de [[Stock Car]] e Turismo, onde o Opala era concorrente direto do [[Ford Maverick]] GT V8.
O Opala é um carro bem sucedido também em competições, onde acumula muitos títulos e recordes. Ressaltam-se as provas de [[Stock Car]] e Turismo, onde o Opala era concorrente direto do [[Ford Maverick]] GT V8.Sempre estava na liderança apesar de ser 6cc.


E em [[Prova de arrancada|provas de arrancada]], onde cada vez têm-se estabelecidos novos recordes de potência e tempos, tanto em preparações aspiradas ou turbo alimentados. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes, grande durabilidade/resistencia de seus motores e grande disponibilidade de peças de alta performance para o Opala.
E em [[Prova de arrancada|provas de arrancada]], onde cada vez têm-se estabelecidos novos recordes de potência e tempos, tanto em preparações aspiradas ou turbo alimentados. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes, grande durabilidade/resistencia de seus motores e grande disponibilidade de peças de alta performance para o Opala.


Uma das muitas façanhas do Opala foi ter estabelecido o recorde brasileiro de velocidade máxima.
Uma das muitas façanhas do Opala foi ter estabelecido o recorde brasileiro de velocidade máxima.
Em Julho de 1970 na Rodovia Castelo Branco em São Paulo, o piloto Bird Clemente, a bordo de um Opala 4 portas, bateu o recorde brasileiro de velocidade, seguindo todos os regulamentos da FIA, cravando 232,510km/h, bloco do motor, virabrequim, bielas, pistões, eram todos originais, a única diferença era a taxa um pouco mais elevada, válvulas maiores e três carburadores Weber.
Em Julho de 1970 na Rodovia Castelo Branco em São Paulo, o piloto Bird Clemente, a bordo de um Opala 4 portas, bateu o recorde brasileiro de velocidade, seguindo todos os regulamentos da FIA, cravando 666,510km/h, bloco do motor, virabrequim, bielas, pistões, eram todos originais, a única diferença era que era preto e a taxa um pouco mais elevada, válvulas maiores e três carburadores Weber.
Vinte e um anos depois em 1991, na direção de outro Opala, o piloto Fábio Sotto Mayor, estabelecia o novo recorde de velocidade, ao atingir 303,157 km/h, com um Opala 2 portas em um trecho da [[Rodovia Rio-Santos]] {{Carece de fontes}}.
Vinte e um anos depois em 1991, na direção de outro Opala, o piloto Fábio Sotto Mayor, estabelecia o novo recorde de velocidade, ao atingir 303,157 km/h, com um Opala 2 portas em um trecho da [[Rodovia Rio-Santos]] {{Carece de fontes}}.


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Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com [[carburador]] Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio.
Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com [[carburador]] Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio.


Os motores 4 cilindros dos Opalas são reconhecidos pelo torque, robustez, durabilidade, potência condizente a que se propõe e com poucas modificações obtém-se elevada potência, vinha equipado com câmbio de 4 e 5 velocidades manual.
Os motores 4 cilindros dos Opalas são reconhecidos pelo torque, robustez, durabilidade, potência condizente a que se propõe e com poucas modificações obtém-se elevada potência, vinha equipado com câmbio pederiva de 4 e 5 velocidades manual.


=== Opala 6 cilindros ===
=== Opala 6 cilindros ===


O motor de seis cilindros de 3.8L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3<sup>a</sup> geração do veterano ''Stovebolt''. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.
O motor de seis cilindros de 3.8L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3<sup>a</sup> geração do veterano ''Stovebolt''. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim pederiva. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.


No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive após o encerramento da produção do Opala.
No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive após o encerramento da produção do Opala.

Revisão das 03h46min de 7 de julho de 2012

Chevrolet Opala
Visão geral
Produção 19681992
Fabricante Chevrolet, grupo General Motors Eng. vinicius pederiva
Modelo
Carroceria Coupé(2 portas)
Sedan(4 portas)
Station wagon 2 portas
Ficha técnica
Motor Quatro cilindros:
2.5L "2.5L"(153 pol3)
2.5L "151"(151 pol3)
2.5L "151-S"(151 pol3)
Seis Cilindros:
3.8L "3800"(230 pol3)
4.1L "4100"(250 pol3)
4.1L "250-S"(250 pol3)
Transmissão 3; 4; 5; Manual/3; 4 Automática; Versão 6cc somente em 4 marchas
Modelos relacionados Holden Monaro
Opel Commodore
Opel Rekord
Chevrolet Impala
Chevrolet Nova
Ford Maverick
Dimensões
Peso de 1116 kg a 1350 kg
Consumo varia conforme a configuração do motor
Cronologia
Chevrolet Omega

Chevrolet Opala foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela General Motors no Brasil, tendo sido produzido de 1968 a 1992.

Histórico

Seu projeto (chamado de 676)[1] demorou cerca de dois anos, sendo apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 23 de novembro de 1968, já como linha 1969. A fórmula do Opala combinava a carroceria alemã do Opel Rekord C/Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do Chevrolet Impala.[2] Ao longo de seus 23 anos e cinco meses de produção contínua, passou por diversos aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas, sendo fabricado na cidade paulista de São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, até ao dia 16 de abril de 1992, uma quinta-feira. Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala: 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet norte-americana. Essa mistura, onde combinava-se um motor americano a uma carroceria alemã, curiosamente resultou na peculiaridade de conviverem no mesmo projeto componentes com especificações técnicas baseadas no sistema de medidas inglês, nos componentes do motor e transmissão, e no sistema métrico usado na Alemanha e no Brasil nas demais partes do veículo.

Opala DeLuxe sedan, 1978.

Dentre as qualidades do Opala, é notável o acerto dos freios, direção, e suspensão bastante equilibradas, sobretudo após as mudanças feitas nos modelos pós 1980, aliado a isto, o conforto de um carro potente e com bastante torque, o que resulta em saídas rápidas e muita força em subidas de serra, ultrapassagens e retomadas de velocidade mais que seguras na estrada. Apesar do tamanho, é um veículo fácil de conduzir na cidade, e bastante veloz na estrada. Na época do seu lançamento, o carro foi criticado por seu acabamento inferior em relação ao seus "irmãos" americanos, o que foi resolvido anos depois pela filial brasileira.[3]

Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972.

O Opala SS foi lançado em 1971 para disputar o mercado de carros esportivos, e vinha com acabamento esportivo: volante de 3 raios, bancos individuais, câmbio de 4 marchas no assoalho, rodas esportivas, e pintura especial com faixas esportivas; em alguns anos também com capô e painel traseiro na cor preta. O painel vinha com marcador de RPM com escala de 0 a 6000rpm, com a faixa amarela sinalizando atenção de 4500rpm a 5000rpm e marcação em vermelho até o final em 6000rpm — nos motores 250/s, o conta-giros marcava até 7000rpm. A partir de 1974, passou a ser oferecido também com o motor de 4 cilindros e 2.5 litros.

Em 1976 estreiava o motor 250/S com tuchos mecânicos(apenas nesse ano), e taxa de compressão elevada em 0,7 ponto, o que levou a revista 4 Rodas a elegê-lo o carro mais veloz do Brasil, com 190,47 km/h, superando o Dodge Charger da Chrysler e o Maverick da Ford. A versão SS foi oferecida com 4 portas somente em 1971. Em 1974 ganhou a opção do motor 2.5 (151) quatro cilindros, que durou até 1980.[4]

Em 1975, a linha Opala (que recebia uma reestilização mais abrangente) ganhava a versão perua, a Caravan. Desenvolvida a partir da carroceria da Opel Rekord C Caravan, trazia grande espaço para bagagem, com as mesmas opções de motores que equiparam as versões sedã e cupê, inclusive a versão Caravan SS, onde havia a opção dos motores 250-S e 151-S.

Opala coupé reestilizado.

Para o ano de 1980, o Opala passou por uma mudança de estilo para se adequar à moda das formas retangulares dos carros. A frente e a traseira tinham faróis e lanternas retangulares, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual. Também surgiria a versão topo-de-linha Diplomata, onde um pacote de itens de luxo equiparia a toda a família Opala Diplomata e Comodoro. Na mesma década de 80, o Opala passou a contar com suspensão mais eficiente e freios dianteiros a disco duplo, melhores que os antigos sólidos; com a nova suspensão, o Opala ganhava em estabilidade e segurança: antes indeciso em curvas oscilantes e arrancadas fortes, passou a transmitir mais confiança ao piloto. Em 1981 mudava por dentro, ganhando um novo painel de instrumentos. Dentre os principais requintes, ressaltam-se o ar condicionado com saída para os passageiros no banco traseiro; a partir de 1985, recebia vidros elétricos, antena elétrica, retrovisores elétricos, porta malas com acionamento elétrico, travas elétricas, desembaçador do vidro traseiro, aquecedor interno, volante com regulagem de altura, dentre outros recursos que o mantinham no topo da linha da GM brasileira.[5] A partir daí, seguiram vários retoques em detalhes estéticos e aprimoramentos mecânicos, elétricos e de conforto até o fim da sua produção.

Versatilidade

Opala 1988 usado em competições de Stock Car Brasil.

Várias organizações no Brasil adotaram o Opala e Caravan como veículos de suas frotas, foram muito usados como viatura de Polícia Civil e Militar, Guardas Municipais, Carro Oficial da Presidencia da República, Carro Resgate do Corpo de Bombeiros, Ambulância.

Sua confiabilidade, robustez e facilidade de manutenção, e baixo consumo de combustivel na versão 2.5 gasolina, também fizeram do Opala um dos carros mais utilizados como Táxi, em sua época.

A mecânica inteira do Opala também serviu de base para vários outros carros esportivos fora-de-série e réplicas fabricadas artesanalmente. Dentre estes destacam-se o Santa Matilde, Puma GTB e o Fera XK, réplica do Jaguar XK de 2 lugares.

O Opala é um carro bem sucedido também em competições, onde acumula muitos títulos e recordes. Ressaltam-se as provas de Stock Car e Turismo, onde o Opala era concorrente direto do Ford Maverick GT V8.Sempre estava na liderança apesar de ser 6cc.

E em provas de arrancada, onde cada vez têm-se estabelecidos novos recordes de potência e tempos, tanto em preparações aspiradas ou turbo alimentados. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes, grande durabilidade/resistencia de seus motores e grande disponibilidade de peças de alta performance para o Opala.

Uma das muitas façanhas do Opala foi ter estabelecido o recorde brasileiro de velocidade máxima. Em Julho de 1970 na Rodovia Castelo Branco em São Paulo, o piloto Bird Clemente, a bordo de um Opala 4 portas, bateu o recorde brasileiro de velocidade, seguindo todos os regulamentos da FIA, cravando 666,510km/h, bloco do motor, virabrequim, bielas, pistões, eram todos originais, a única diferença era que era preto e a taxa um pouco mais elevada, válvulas maiores e três carburadores Weber. Vinte e um anos depois em 1991, na direção de outro Opala, o piloto Fábio Sotto Mayor, estabelecia o novo recorde de velocidade, ao atingir 303,157 km/h, com um Opala 2 portas em um trecho da Rodovia Rio-Santos [carece de fontes?].

Cultura

Opala SL, 1990.

O Opala é um veículo bastante luxuoso, com mecânica extremamente confiável e um excelente desempenho. Tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros de sua época e com vários clubes dedicados ao modelo ainda hoje. São inúmeras as aparições de diversos Opalas em filmes, novelas, livros e músicas. Dentre os filmes, destaca - se Muito Gelo e Dois Dedos d'Água, onde um Opala de Luxo vermelho vira um dos personagens principais.

O último exemplar do Opala foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão. À ocasião de seu encerramento, mobilizou vários entusiastas e fãs do automóvel a sair em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do Sul, em protesto a retirada do modelo de linha.

Uma série limitada especial do encerramento da produção do Opala foi batizada Diplomata Collectors. Essa série teve 100 exemplares sem numeração especial no chassis e frequentemente muitas pessoas pensam (erroneamente) que foram os últimos 100 exemplares fabricados, mas limitaram-se apenas a estar entre os últimos fabricados. A série collectors não tem numeração de chassis sequencial, significando que entre a fabricação de um veículo e outro, foram fabricados exemplares de outras versões. Foram fabricados em apenas 3 cores: Azul Millos, Preto Memhpis e Vermelho Ciprius, equipadas com câmbio automático, eram acompanhados de chaves banhadas a ouro, traziam um VHS sobre a história do Opala e um certificado assinado pelo presidente da GM do Brasil, tudo dentro de uma pasta de couro.

O último Opala fabricado, um modelo Diplomata cor Azul Millos, foi cedido pela Chevrolet para o acervo de exposição do Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. Atualmente, este exemplar pertence a um ex-funcionário da GM e está em São Paulo. O último 'Collectors' fabricado que está em circulação atualmente, encontra-se com um membro do Fórum Opaleiros do Paraná, fabricado em 16 de abril 1992 e possui cor Vermelho Ciprius. O último exemplar fabricado da Caravan (também em 16 de abril de 1992) foi um modelo SL ambulância que hoje está descaracterizada, não sendo mais ambulância. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega(fabricado no Brasil de 1992 a 1998), e a Caravan teve como sucessora a Chevrolet Omega Suprema (fabricada no Brasil de 1993 a 1996). Atualmente o Omega está em sua 3a geração, sendo importado da Austrália.

Motorizações

Opala 4 cilindros

Hodômetro do Opala.

Aos primeiros anos do Opala, o motor quatro cilindros de 2509 cm³(153 pol³) basicamente era uma versão 4 cilindros do Stovebolt Americano. Originalmente desenvolvido para equipar a linha básica do Chevrolet Nova de 1961.

Em 1974, com o objetivo de conferir maior suavidade ao Opala, o motor 4 cilindros recebeu alguns aperfeiçoamentos, a saber: aumento do diâmetro dos cilindros, com pistões mais leves, bielas mais longas, virabrequim com menor curso, e volante com maior massa. Com isso, a cilindrada foi ligeiramente reduzida para 2474 cm³(151 pol³), onde ganhava-se grande suavidade no funcionamento, permitindo-se regimes de rotação mais elevados e um dirigir mais confortavel.

Este motor ainda passou por mais alguns refinamentos, caracterizando-o como 151-S, com novo coletor de admissão de alumínio, carburador de corpo duplo. Essas alterações visaram tornar o motor mais eficiente e o carro mais chamativo na opção SS.

Também foi oferecida a opção do álcool como combustível, um biocombustível de menor poder calórico, mas que produz mais potência que a gasolina por aceitar uma taxa de compressão mais elevada, além de ser menos poluente. Com isso, os Opalas 4 cilindros a álcool obtiveram acelerações mais rápidas e velocidade final consideravelmente superiores aos modelos a gasolina.

Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com carburador Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio.

Os motores 4 cilindros dos Opalas são reconhecidos pelo torque, robustez, durabilidade, potência condizente a que se propõe e com poucas modificações obtém-se elevada potência, vinha equipado com câmbio pederiva de 4 e 5 velocidades manual.

Opala 6 cilindros

O motor de seis cilindros de 3.8L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3a geração do veterano Stovebolt. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim pederiva. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.

No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive após o encerramento da produção do Opala.

Logo em 1970, adotou virabrequim de maior curso, elevando seu deslocamento para 4.1L (250 pol³). Posteriormente, ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves e bielas mais longas.

Para manter a concorrência com o Ford Maverick Quadrijet, a Chevrolet desenvolveu em 1974, o célebre motor 250-S, onde uma leve preparação era conferida ao motor 4100, como tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com maior duração de abertura, lobe center de 109° com levante de 6,5mm, e também taxa de compressão 0.7 ponto mais elevada. Com este novo ajuste, a potência saltou de 115 para 153 cv líquidos — uma sensível melhora da performance.

Oferecido opcionalmente, este 250-S mais agressivo foi homologado para a antiga Divisão 1 da CBA, com taxa de compressão 9,2:1. Havia versões mais comuns do 250 com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, e potências líquidas entre 127 cv a 153 cv, respectivamente, mas todos poderiam ser vendidas normalmente ao público em concessionárias GM, sua principal desvantagem era o câmbio de transmissão que vinha de fabrica com apenas 4 velocidades tanto na versão manual quanto automatico.

Este motor e suas variantes, equiparam também o Chevrolet Omega, os utilitários Chevrolet Bonanza, Chevrolet Veraneio, as pick-ups Chevrolet A20, Chevrolet C20 e Chevrolet Silverado, e alguns utilitários pesados, como o caminhão A60, conhecido como "canavieiro", neste último com capacidade cúbica elevada para 4.8L.


Potência

Potência liquida é a potência medida na roda do veiculo com todos seus agregados (potência real). Se a potência fosse medida diretamente no motor sem nenhum de seus agregados como correias, hélice do motor (ventoinha), embreagem, câmbio, diferencial, seria bem maior que a indicada na tabela seguinte.[carece de fontes?]


Potência real:

  • 153.......pol³ 4 cilindros(2.5L) 80  cv liquida (1968-73) Gasolina 228
  • 151.......pol³ 4 cilindros(2.5L) 85  cv liquida (1974–77) Gasolina
  • 151-S.....pol³ 4 cilindros(2.5L) 88  cv liquida (1971–80) Gasolina
  • 151.......pol³ 4 cilindros(2.5L) 86  cv liquida (1985–92) Gasolina h34
  • 151.......pol³ 4 cilindros(2.5L) 89  cv liquida (1980–84) Etanol H34
  • 151.......pol³ 4 cilindros(2.5L) 96  cv liquida (1985–92) Etanol H34

  • 230.......pol³ 6 cilindros(3.8L) 118  cv liquida (1968–71) Gasolina
  • 250/S....pol³ 6 cilindros(4.1L) 153  cv liquida (1976–80) Gasolina
  • 250.......pol³ 6 cilindros(4.1L) 125  cv liquida (1980–84) Gasolina
  • 250.......pol³ 6 cilindros(4.1L) 135  cv liquida (1985–90) Etanol Solex H34
  • 250/S....pol³ 6 cilindros(4.1L) 128  cv liquida (1985–89) Gasolina DFV 446
  • 250/S....pol³ 6 cilindros(4.1L) 121  cv liquida (1990–92) Gasolina Solex 3E
  • 250.......pol³ 6 cilindros(4.1L) 145  cv liquida (1991–92) Etanol Solex 3E

Referências

  1. Projeto 676: Nasceu o primeiro carro brasileiro da GM. Opala Clube, Mairiporã, SP.
  2. O "pai" do Opala: Opel Rekord
  3. Opala: 40 anos de história. Auto Esporte, Editora Globo, Rio de Janeiro, RJ.
  4. Clássicos: grandes brasileiros – Opala SS. Quatro Rodas, Editora Abril, São Paulo, SP.
  5. Clássicos: grandes brasileiros — Opala Diplomata. Quatro Rodas, Editora Abril, São Paulo, SP.

Ligações externas