Chevrolet Vectra

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Chevrolet Vectra
Chevrolet Vectra
Visão geral
Nomes
alternativos
Opel Vectra
Vauxhall Vectra
Vauxhall Cavalier
Opel Astra Saloon
Produção 19932011 (Brasil)
19882008 (Europa)
Fabricante Opel/Chevrolet/Holden/Vauxhall, grupo General Motors
Modelo
Classe sedan médio
Carroceria Sedan médio e Hatchback
Ficha técnica
Motor 2.0 8V
2.0 16V
2.2 8V
2.2 16V
2.4 16V
Transmissão 5 marchas, manual; 4 marchas, automático
Modelos relacionados Chevrolet Vectra GT, Chevrolet Cruze
Citroën C4
Citroën C4L (CAR Awards 2014[1])
Peugeot 308 (CAE 2014)
Peugeot 408
Citroën C4 Pallas
Renault Megane (CAE 2003)
Renault Fluence
Toyota Corolla
Chevrolet Prisma
Chevrolet Omega
Fiat Tempra
Volkswagen Passat
Ford Mondeo
Fiat Marea
Honda Civic
Ford Focus Sedan
Volkswagen Jetta
Entre-eixos 2703 mm (terceira geração)
Tanque 58 l (modelo 2007 ou posterior)
Cronologia
Chevrolet Monza
Chevrolet Cruze - Brasil
Opel Insignia - Europa

Baseado no Opel Vectra europeu, lançado originalmente na Alemanha, em 1988, o Chevrolet Vectra foi produzido pela General Motors do Brasil entre os anos de 1993 e 2011. Considerado um marco na história da indústria automobilística brasileira, se destacou pela tecnologia que empregava na época de seu lançamento, em fins de 1993, principalmente se comparado a seu antecessor, o Chevrolet Monza. Sua produção foi encerrada em 2011, com a chegada do novo modelo, o Chevrolet Cruze.

Já reestilizado em meados de 2004

O Vectra de 2ª geração produzido entre os anos de 1996 e 2005, foi o mais marcante no mercado brasileiro, sendo considerado o sedan preferido da classe média na época, chegando a ser o líder de vendas em sua categoria. O Vectra ''B'', como também ficou conhecido, teve 313.035 unidades produzidas.

História[editar | editar código-fonte]

A primeira versão do Vectra nacional, foi apresentada no mercado brasileiro em fins de 1993, com a missão de substituir o Chevrolet Monza, contudo, num primeiro momento, o Vectra foi redirecionado para um segmento superior de mercado, situando-se entre o Chevrolet Monza e o Chevrolet Omega. No início, a linha Vectra nacional contava duas opções de motores: o 2.0-8 válvulas, destinado as versões GLS e CD, e o 2.0-16 válvulas, importado da Alemanha, com 150 cavalos de potência, este, exclusivo para versão esportiva GSI.

A segunda geração do Vectra, chegou ao Brasil em 1996, trazendo recursos inéditos em automóveis nacionais na época, como os inovadores air-bags, controle de tração, e comandos de som no volante.

O Lançamento da 2ª geração do Chevrolet Vectra no Brasil, coincidiu com a chegada da Fórmula Indy em terras Brasileiras, com a renovação do campeonato de Stock Cars e também com a chegada da nova Fórmula Chevrolet. A General Motors, percebendo a oportunidade, tratou de incluir o remodelado Vectra neste universo de competições, para reforçar a imagem do automóvel e da marca. A etapa brasileira da Fórmula Indy, foi batizada de Rio 400, enquanto que a renovada Stock Cars, realizada em conjunto com a Fórmula Chevrolet, foi denominada Chevrolet Challenge. Para tais eventos, a General Motors, em conjunto com os Engenheiros Gildo Pires e Roberto Azem, desenvolveram 3 veículos baseados no Vectra, sendo dois Safety Car e um Medical Car. Estes carros consistiam em uma carroceria de Vectra B (2° geração) com a mecânica V6 trazida da divisão Australiana da General Motors, a Holden, o que tornou estes 3 carros únicos no mundo. Pois eram dois Vectras Brasileiros com motores Holden V6. A General Motors, perto de 2004, resolveu fazer uma doação de seus carros históricos ao Museu da Tecnologia da ULBRA, onde estes Vectras foram repousar ao lado do Omega Stock Car, porém, sabe-se que com o final do museu, estes carros foram leiloados, e um dos carros foi comprado por uma concessionária Chevrolet que o descaracterizou, colocando interior do Vectra CD e vendendo-o posteriormente por R$ 38.000,00. Entretanto, não se sabe ao certo, qual foi destino dos outros dois modelos.

A 2º geração, ou Vectra ''B'', como também ficou conhecido no mercado brasileiro, trazia os motores 2.0-8 válvulas, nas versões GL e GLS, ou o 2.0-16 válvulas, na versão CD. Em 1998 chegavam os novos motores 2.2-8 válvulas para as versões GL e GLS, e o 2.2-16 válvulas, com 138 cavalos de potência, para a versão CD. Em sua segunda geração, o Vectra chegou a ser o sedan mais vendido do país, entre os anos de 1996 a 1998, quando começou a dividir a liderança com o Honda Civic, já nacionalizado. Aproveitando incentivos fiscais aos carros equipados com motores de até 2000 cilindradas, em 2003 o motor 2.0-8 válvulas voltou a ser oferecido pela General Motors na linha Vectra.

A versão CD (Confort Diamond), a mais luxuosa da linha, contava com itens exclusivos, como transmissão automática e teto solar. Já a versão GLS, intermediária, trazia de série itens como vidros e travas com acionamento elétrico, direção hidráulica e ar condicionado, enquanto que na versão básica GL, estes itens eram todos opcionais. Entre os anos de 2000 e 2004, uma versão com características esportivas, denominada Challenge, equipada exclusivamente com o motor 2.2-16 válvulas, com 138 cavalos de potência, também foi oferecida.

Com o lançamento da nova geração do Toyota Corolla, em meados de 2002, e as constantes atualizações da linha Honda Civic, o Vectra começou a perder apelo comercial, e suas vendas começaram a cair a passos largos, já que a versão nacional, não acompanhou a remodelação instituída pela Opel ao modelo alemão em 2003. O golpe de misericórdia foi dado com a chegada do remodelado Chevrolet Astra ao mercado nacional em 2003, o que acabou afetando diretamente as vendas do Vectra. A última versão do modelo de 2ª geração, denominada Collection, foi produzida no ano de 2005, em série limitada, trazendo itens exclusivos e motor 2.0 de 8 válvulas.

Em outubro de 2005, chega ao mercado brasileiro o Vectra de 3ª geração, ou ''Novo Vectra'', como ficou popularmente conhecido. Totalmente remodelado, com linhas do Opel Astra europeu, a nova geração nacional chegou ao mercado nas versões Elegance e Elite. O motor 2.0 de 8 válvulas, com 121/128 cv (G/A) e 18.3/19.6 mkgf (G/A), se tornou padrão para a versão Elegance, enquanto que o recém lançado motor 2.4 de 16 válvulas, com 146/150 cv (G/A), se tornou exclusivo da versão Elite (mais luxuosa), oferecida apenas com transmissão automática de 4 velocidades. Ambos os motores, podiam ser abastecidos com álcool ou gasolina, em qualquer proporção, sistema denominado pela General Motors do Brasil, de FlexPower. Posteriormente o ''Novo Vectra'' ganhou também a opção de acabamento Expression, equipada com o motor 2.0-8 válvulas, e sem boa parte dos acessórios de luxo das outras versões, como rodas de liga leve (na Expression, eram aro 15, de aço com calotas), e ar condicionado digital (na Expression havia comandos manuais), tornando-se a opção básica da linha Vectra, com preço bastante competitivo diante de outros carros médios da mesma categoria.

O Vectra Elegance vinha de fábrica equipado com ar condicionado digital, com saídas para o banco traseiro (algo inédito na versão), direção hidráulica, trio elétrico e rodas de 16 polegadas, e como opcional, a transmissão automática. Na versão Elite, havia transmissão automática de série, sistema de freios com ABS, com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), air-bags laterais, módulo de som e subwoofer, bancos revestidos em couro e aparatos eletrônicos, como controlador automático de velocidade e sensor de chuva no pára-brisa, além de rodas de 17 polegadas.

Com maiores dimensões, o Vectra ''C'' (3º geração) alemão, apresentado na Europa em 2003, tinha um padrão de acabamento superior ao similar brasileiro, disputando mercado com modelos maiores e mais sofisticados, como Volkswagen Passat e Ford Mondeo. A 3ª geração do Vectra, foi produzida na Europa até 2008, quando o modelo foi substituído no mercado europeu pelo Opel Insignia.

No Brasil, a terceira geração do Vectra foi desenvolvida a partir do aperfeiçoamento da plataforma da Chevrolet Zafira, com entre-eixos de 2,70 metros. Seu desenho ganhou as linhas do Opel Astra europeu, porém, com carroceria sedan, exclusiva do mercado brasileiro, posteriormente também lançada na Europa em fins de 2006, com o relançamento da versão sedan da linha Astra na Europa. O design interno do ''Novo Vectra'', também foi baseado no Astra alemão, utilizando alguns elementos dos demais veículos da marca, como difusores de ar do Chevrolet Meriva. O carro nacional, com 4,60 metros de comprimento, tornou-se um dos sedãs médios mais vendidos no Brasil, ficando em vendas atrás apenas do Honda Civic e do Toyota Corolla.

Em fevereiro de 2009, é lançado o "Vectra Next Edition", uma reestilização sobre o desenho da terceira geração. O novo modelo ganhou alterações no propulsor 2.0-8 válvulas, que passou a desenvolver 140 cavalos de potência, quando abastecido com álcool, além de ter ficado 7% mais econômico, segundo a General Motors. Os revestimentos internos tiveram seus padrões alterados, e o acabamento foi melhorado. Embora tenha havido um retrocesso com a eliminação do duto de ar condicionado para o banco traseiro, sua retirada foi necessária para o aumento do número de porta-objetos no veículo. Já o motor 2.4-16 válvulas, saiu de linha em 2009, porque, segundo a General Motors do Brasil, não seria vantajoso submetê-lo às mesmas alterações técnicas pelas quais passou o motor 2.0, para adequação de seus índices de emissão de poluentes, da norma L5 do Proconve. Contribuiu para essa decisão também, a alíquota de impostos, mais alta para veículos equipados com motores de cilindrada superior a 2 litros, e também, a baixa procura pela versão mais potente.

Com 18 anos de história no mercado brasileiro, o Vectra tornou-se, com o passar dos anos, um dos mais desejados automóveis da indústria nacional, devido a suas características de luxo e tecnologia, e mesmo já não sendo mais produzido, o Vectra continua sendo um dos grandes produtos da General Motors do Brasil. O modelo saiu de linha em 2011, sendo substituído pelo Chevrolet Cruze, e como aconteceu em 2005, a terceira geração do Vectra, também ganhou uma série especial, denominada Vectra Collection, com apenas 2 mil unidades produzidas, sendo disponibilizado na cor metálica Verde Lotus, trazendo bancos de couro com gravação do nome da edição limitada, logotipos alusivos à versão nas laterais, e manual do proprietário com capa de couro numerada entre 0001 e 2000.

Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano, nos anos de 1994 e 1997.

Curiosidade[editar | editar código-fonte]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Chevrolet Vectra GT e GT-X[editar | editar código-fonte]

Chevrolet Vectra GT
Visão geral
Produção 20072011
Fabricante Chevrolet, grupo General Motors
Modelo
Carroceria Hatchback de 5 portas
Ficha técnica
Motor 2.0 8V Flex
Potência Gasolina - 133 CV (98 KW/ 131 HP) @ 5600 rpm / Álcool - 140 CV (103 KW/ 138 HP) @ 5600 rpm
Transmissão Manual, 5 marchas
Automática, 4 marchas
Modelos relacionados Chevrolet Vectra
Opel Astra
Chevrolet Cruze Sport6
Peugeot 307
Volkswagen Golf
Citroën C4
Nissan Tiida
Ford Focus
Dimensões
Comprimento 4,25 m
Entre-eixos 2.614 m
Largura 1.753 m
Altura 1.455 m
Tanque 52 litros
Cronologia
Chevrolet Monza S/R
Chevrolet Cruze Sport6

Vectra GT foi um hatch de porte médio da Chevrolet do Brasil. Lançado em setembro de 2007, é derivado do Opel Astra H (já descontinuado na Europa). Ele era a versão hatch do também descontinuado Chevrolet Vectra nacional, mas mantém características próprias, como o entre-eixos idêntico ao da geração anterior do Chevrolet Astra nacional. Seu desenho é o mesmo do Opel Astra H europeu (já substituído pelo moderno Opel Astra J). O visual da dianteira é idêntico ao da última geração do Vectra brasileiro, exceto pela máscara negra dos faróis. A sigla GT indica o apelo do veículo, com seu design de linhas esportivas e proposta de uso moderna.

O lançamento do veículo em território brasileiro, a exemplo do que ocorreu anteriormente com o Vectra, acendeu novas discussões a respeito da nomenclatura empregada: o carro é, na verdade, a geração "H" do Opel Astra adaptada para o mercado nacional.

Sua produção foi encerrada oficialmente no dia 28 de junho de 2011, sendo substituído pelo Chevrolet Cruze Sport6.

Versões/Motorização[editar | editar código-fonte]

O Vectra GT era vendido em duas versões: GT, de entrada, e GT-X, topo de linha. As diferenças entre as versões resumem-se a itens de conforto e conveniência e de aparência externa. A GT-X traz de série bancos de couro, computador de bordo, freios ABS, rodas de liga leve 17 polegadas e CD/MP3 Player, dentre outros equipamentos. Ar-condicionado digital, direção hidráulica, air-bag duplo são itens de série em todas as versões.

O conjunto mecânico do Vectra GT é o mesmo em ambas as versões, e também idêntico ao do Vectra Sedã. O motor, o tradicional Família II da Chevrolet, de 121/128 cv (gasolina/Etanol), que com a introdução de avanços tecnológicos, passou a 133/140 cv em 2009, com a adoção de balancins e comando de válvulas roletados, e, coletor de admissão de plástico, com enrrugações internas confeccionadas eletronicamente, dentre outras alterações, que adequaram o propulsor às novas normas de emissão de poluentes, trazendo bom desempenho e consumo de combustível. As principais características dessa motorização continuam sendo o alto rendimento com combustível vegetal, a robustez mecânica e a facilidade e o baixo custo de manutenção. A GM fez leves alterações na suspensão, a fim de tornar a condução do veículo mais esportiva que a do sedã, aprimorando a estabilidade sem comprometer o conforto dos passageiros.

O interior do Vectra GT é muito semelhante ao do sedã, exibindo linhas e cores sóbrias, seguindo o padrão europeu, que contrastam com o design externo do carro e o diferenciam de outros modelos com versões esportivas da própria marca.

Características importantes[editar | editar código-fonte]

As versões GT e GT-X tem os entre eixos com distância menor que no Vectra Sedan, idêntico ao Astra Hatch último modelo nacional, garantido desta forma uma dirigibilidade e comportamento diferenciado e mais esportivo. Também possui amortecedores mais pressurizados sendo que o GT-X tem amortecedores ainda mais pressurizados que o GT. Ambos tem comportamento de suspensão mais firme, quando equipados de série com aro 17 polegadas e pneus que vem originais nas medidas 225-45 R17, dessa forma, tem um comportamento, em algumas situações com batidas secas, mas isso não ocorreria se dirigisse-mos em "piso" liso... Mas isso agrada a muitos jovens, visto que você sente o carro como um esportivo, aliado a uma interna muito silenciosa e robusta preparada para isso.

A GM não poderia ter descontinuado sua fabricação, visto que é um conjunto robusto, confiável aliado a baixa manutenção. O último motor que equipou essa máquina é perfeito, silencioso, forte, e com consumo razoável. O cabeçote roletado, mais algumas alteração em coletores, pistões, virabrequim, taxa de compressão etc. aliado a um sistema de injeção mais "inteligente" e ainda com dupla sonda lambda, o carro funciona muito bem com etanol ou gasolina e ainda rende 140 cv no etanol e 133 cv na gasolina. Mas o que realmente faz o efeito é o torque máximo em baixa rotação, cerca de 19,7 Kgfm, é possível dirigir em baixos giros inclusive em aclives sem reduzir a marcha.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «2014 Mejor Coche Nacional en Brasil». Consultado em 31 de maio de 2014. Arquivado do original em 31 de maio de 2014 
  • Revista Quatro Rodas - Setembro de 1993 - Edição 398.
  • Revista Quatro Rodas - Dezembro de 1993 - Edição 401. Vectra GSi.
  • Revista Quatro Rodas - Abril de 1996 - Edição 429. Testamos o novo Vectra CD.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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