Universo: diferenças entre revisões

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Revisão das 02h46min de 4 de janeiro de 2011

O universo é constituído de tudo o que existe fisicamente, a totalidade do espaço e tempo e todas as formas de matéria e energia. O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou natureza.

A palavra Universo é geralmente definida como englobando tudo. Entretanto, usando uma definição alternativa, alguns cosmologistas têm especulado que o "Universo" composto do "espaço em expansão como o conhecemos", é somente um dos muitos "universos", desconectados ou não, que são chamados multiversos[1] Por exemplo, em Interpretação de muitos mundos, novos "universos" são gerados a cada medição quântica[carece de fontes?]. Acredita-se, neste momento, que esses universos são geralmente desconectados do nosso, portanto, impossíveis de serem detectados experimentalmente[quem?]. Observações de partes antigas do universo (que situam-se muito afastadas) sugerem que o Universo vem sendo regido pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história. No entanto, na teoria da bolha, pode haver uma infinidade de "universos" criados de várias maneiras, e talvez cada um com diferentes constantes físicas.

Ao longo da história, varias cosmologias e cosmogonias têm sido propostas para explicar as observações do Universo. O primeiro modelo geocêntrico quantitativo foi desenvolvido pelos gregos antigos, que propunham que o Universo possui espaço infinito e tem existido eternamente, mas contém um único conjunto de círculos concêntricos esferas de tamanho finito - o que corresponde a estrelas fixas, o Sol e vários planetas – girando sobre uma esférica mas imóvel Terra. Ao longo dos séculos, observações mais precisas e melhores teorias levaram ao modelo heliocêntrico de Copérnico e o modelo Newtoniano do Sistema Solar respectivamente. Outras descobertas na astronomia levaram a conclusão de que o Sistema Solar está contido em uma galáxia composta de milhões de estrelas, a Via Láctea, e outras galáxias existem fora dela, tão longe quanto os instrumentos astronômicos podem alcançar. Estudos cuidadosos sobre a distribuição dessas galáxias e suas raias espectrais contribuíram muito para a cosmologia moderna. O descobrimento do desvio para o vermelho e a radiação cósmica de fundo revelaram que o Universo continua se expandindo e aparentemente teve um princípio.

Esta imagem em alta-resolução do Hubble ultra deep field, mostra uma grande variedade de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas. As pequenas galáxias avermelhadas, aproximadamente 100, são algumas das galáxias mais distantes fotografadas por um telescópio óptico, existentes no momento logo após o Big Bang.

De acordo com o modelo científico vigente do Universo, conhecido como Big Bang, o Universo surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente chamada Era de Planck, . A partir da Era Planck, o Universo vem se expandindo até sua atual forma, possivelmente com curtos períodos (menos que 10−32 segundos) de inflação cósmica. Diversas medições experimentais independentes apoiam teoricamente tal expansão e a Teoria do Big Bang. Observações recentes indicam que essa expansão tem-se acelerado por causa da energia escura e pelo fato de que a maioria da "matéria" está em uma forma que não pode ser detectada pelos instrumentos existentes e por isso não são contabilizadas nos modelos atuais do universo, que é chamada de matéria escura. A imprecisão das atuais observações tem dificultado as predições acerca do destino do Universo.

Atuais interpretações de observações astronômicas indicam que a idade do Universo é de 13,73 (± 0,12) bilhões de anos,[2] e seu diâmetro é de 93 bilhões de anos-luz ou 8,80 ×1026 metros. [3] De acordo com a teoria da relatividade geral, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta pela velocidade da luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita.

Etimologia, sinônimo e definição

A palavra Universo deriva do francês antigo Univers que por sua vez deriva do latim universum.[4] A palavra latina foi usuada por Cícero e posteriormente outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente.[5] A palavra latina é derivada da contração poética Unvorsum — usada primeiramente por Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum, versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de vertere, que significa "algo rodado, rolado ou mudado"). [5]. Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um".

Captulação artística (exagerada) de um pêndulo de Foucault mostrando que a Terra não é fixa, mas gira

Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo, περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas.[6] Esta palavra grega refere-se a um modelo grego antigo do universo, onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com Aristóteles, a rotação da esfera ultraperiférica era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas astronomicas e físicas (como o Pêndulo de Foucault) são necessárias para provar o contrário.


Subdivisões

Milhares de superaglomerado de galáxias no Universo.

O universo subdivide-se em Aglomerados de Galáxias, que se subdivide em grupos de galáxias (com aproximadamente entre 3 e 5 milhões de anos luz de diâmetro), que se subdivide em galáxias, que se subdivide em sistemas solares, que contém corpos celestes (como estrela, planetas, asteróides, etc.).

Futuro

Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Esta última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenômeno inverso ao Big Bang, o Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.

Ver também

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
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Referências

  1. Linde, Andrei; Vanchurin (December 8, 2009). «How many universes are in the multiverse?». 12 páginas  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. Chang, Kenneth (9 de março de 2008). «Gauging Age of Universe Becomes More Precise». New York Times. Consultado em 24 de setembro de 2008 
  3. Lineweaver, Charles; Tamara M. Davis (2005). «Misconceptions about the Big Bang». Scientific American. Consultado em 6 de novembro de 2008 
  4. Edição Compacta do Dicionário Inglês Oxford, volume II, Oxford: Oxford University Press, 1971, p.3518.
  5. a b Lewis and Short, A Latin Dictionary, Oxford University Press, ISBN 0-19-864201-6, pp. 1933, 1977–1978.
  6. Liddell and Scott, A Greek-English Lexicon, Oxford University Press, ISBN 0-19-864214-8, p.1392.

Ligações externas